Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas

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Cabeça de Martelo

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #90 em: Outubro 22, 2010, 09:53:32 am »
Citação de: "PILAO251"
Há um marinheiro Norte-americano que escreveu acerca das Campanhas do Ultramar.
Diz claramente que só mantivemos a logística, manutenção de material e rotação de pessoal, nas 3 frentes durante 13 anos, a uma distancia de milhares de Km, contra os ventos da historia e hipocrisias dos pretensos amigos, devido a uma e só uma qualidade.
Qualidade que ele próprio reconhecia que muitos povos do dito 1º mundo perderam devido á natural evolução da moderna sociedade.
Portugal á distancia de 30 anos também a perdeu. Se por um lado essa perda se insere na evolução e melhoria de qualidade de vida, leva a que se levantem este tipo de questões.
-Conversa entre uns velhinhos do Ultramar e rapaziada do Afeganistão na Carregueira.
E pá quantos é que começaram o curso, ...prá aí uns 100. Quantos acabaram.... Não deu prá formar um pelotão.
 Mas porque?....Sei lá.... Queixam-se por tudo e por nada...Se levam um empurrão mais forte desistem logo dizem que não estão prá aturar isto...Mas então por se ofereceram?? Acho que nem eles sabem...
Esta conversa não é textual mas, é verídica.
Tenho um sobrinho que passou por Timor e Afeganistão, e contou-me que, das duas, uma.
Ou se baixavam os parâmetros de dureza do curso, ou então pra formar 1 regimento, nem daqui a 5 anos.
Claro que ele dizia que se baixassem a qualidade, mais valia ir comprar a boina á feira da ladra.
Não pretendo ser drástico, nem sarcástico, mas há uma enorme diferença entre o pastor próprio da sociedade agrícola dos anos 60,70 e 80 e o puto da play station dos anos 2000, 2010.
Se por um lado nesse tempo a xisplina era incutida sem ser questionada( o que estava mal, e deu origem á natural revolta), hoje a xisplina nem é aceite, quanto mais questionada.
Esta qualidade tiem um nome, mas vou deixar pra depois.
Saude e desporto

O mal é geral e em todas as Tropas.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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FoxTroop

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #91 em: Outubro 22, 2010, 12:00:12 pm »
Citação de: "Malina"
Eu só sei que cada vez se ganha mais guerras à conta da inteligência e não da força...

Acho que deveria ir divulgar isso aos Talibãs no Afeganistão e aos resistentes iraquianos. Pena não ter visto isso antes porque assim os "amaricados" poderiam ter ganho no Vietman, assim como os "Popov's", quando no auge do seu poder foram enterrar-se no Afeganistão.

As guerras ganham-se com vontade. Pode por a inteligencia, a força, a tecnologia, o dinheiro, etc,etc, onde quiser, mas sem a vontade...... Ardeu
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #92 em: Outubro 22, 2010, 12:29:30 pm »
Citação de: "FoxTroop"
Citação de: "Malina"
Eu só sei que cada vez se ganha mais guerras à conta da inteligência e não da força...

Acho que deveria ir divulgar isso aos Talibãs no Afeganistão e aos resistentes iraquianos. Pena não ter visto isso antes porque assim os "amaricados" poderiam ter ganho no Vietman, assim como os "Popov's", quando no auge do seu poder foram enterrar-se no Afeganistão.

As guerras ganham-se com vontade. Pode por a inteligencia, a força, a tecnologia, o dinheiro, etc,etc, onde quiser, mas sem a vontade...... Ardeu

Ah fadista!

Basicamente é isso mesmo, sem tirar nem pôr.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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corapa

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #93 em: Outubro 22, 2010, 05:12:19 pm »
Citar
por Malina » Sexta 22 Out, 2010 2:31 am

Eu só sei que cada vez se ganha mais guerras à conta da inteligência e não da força...

Esta deixou-me sem palavras....
 

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PILAO251

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #94 em: Outubro 22, 2010, 11:04:16 pm »
Dona Malina
Seja patriota
Nunca va prá tropa.
Pense no futuro do pais, se houver guerra.
 

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papoila

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #95 em: Outubro 23, 2010, 01:22:21 am »
Ultimamente as guerras não se perdem devido ao poder logístico....sempre a injectar material, dinheiro e meios humanos...e as guerras perpectuam-se... :wink:
"Hic Non hostes nisi morbi”
 

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Cabeça de Martelo

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #96 em: Outubro 23, 2010, 10:08:02 am »
Papoila concordo contigo em parte. Uma guerra quando se perpetua por norma não é bom sinal, mas há excepções. Israel ainda não era um pais reconhecido e já havia guerra e desde aí não parou. Se fores ver há inúmeros conflitos que se têm arrastado e que talvez pela aniquilação de umadas partes vá acabar em breve (os Tigres Tamil devem estar nas últimas).

Se estiveres a falar do Iraque e do Afeganistão, os EUA chegaram viram e venceram?! Não, mas na verdade fizeram uma coisa muito inteligente, passaram a batata quente para os Iraquianos na questão da guerra. Eles msnatém 50.000 militares no Iraque e treinam os Iraquianos. Em caso de haver alguma coisa que o governo não consiga lidar, há sempre o "amigo" americano. Afeganistão...vamos ver o que vai acontecer.
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Malina

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #97 em: Outubro 23, 2010, 12:59:02 pm »
PILAO251

O que você pensa não me interessa nem nunca interessou para nada.



Cabeça de Martelo

Mais espertos são eles (americanos), que metem lá o Governo que querem e as tropas são treinadas à maneira deles, como eles querem, e ainda lhes ficam agradecidos... Ou seja... têm controlo no país, mesmo que indirectamente...




FoxTroop

Desculpe lá, mas para mim força de vontade é algo que é muito mais inerente à inteligência e mentalidade de cada um do que à força bruta! E não me diga o contrário...! Força de vontade é uma capacidade mental, tal como a inteligência. Você interprete a minha frase como quiser. Aposto que muita gente percebeu a analogia.
 

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FoxTroop

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #98 em: Outubro 23, 2010, 02:23:54 pm »
Citar
Desculpe lá, mas para mim força de vontade é algo que é muito mais inerente à inteligência e mentalidade de cada um do que à força bruta! E não me diga o contrário...! Força de vontade é uma capacidade mental, tal como a inteligência. Você interprete a minha frase como quiser. Aposto que muita gente percebeu a analogia

Habemus Papam  :twisted:  :twisted:  O argumento "tipo fisga", como costumava dizer um sr. intrutor muito conhecido pelo seu sentido de humor e ainda mais pela dureza com que nos castigava. Como já entendi que o seu conhecimento sobre as particularidades da vida militar é pouco passivel de mais esclarecimentos, penso que pouco mais poderia acrescentar.
 

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papoila

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #99 em: Outubro 23, 2010, 08:02:54 pm »
Citação de: "Cabeça de Martelo"
Papoila concordo contigo em parte. Uma guerra quando se perpetua por norma não é bom sinal, mas há excepções. Israel ainda não era um pais reconhecido e já havia guerra e desde aí não parou. Se fores ver há inúmeros conflitos que se têm arrastado e que talvez pela aniquilação de umadas partes vá acabar em breve (os Tigres Tamil devem estar nas últimas).

Se estiveres a falar do Iraque e do Afeganistão, os EUA chegaram viram e venceram?! Não, mas na verdade fizeram uma coisa muito inteligente, passaram a batata quente para os Iraquianos na questão da guerra. Eles msnatém 50.000 militares no Iraque e treinam os Iraquianos. Em caso de haver alguma coisa que o governo não consiga lidar, há sempre o "amigo" americano. Afeganistão...vamos ver o que vai acontecer.

Mas se formos a analisar..quer dseja de modo directo ou de modo indirecto..quem tem o poder logístico pelo menos não perde a guerra, isto é, tem sempre capital material e humano para lá coocar...por isso é que os Americanos vierem embora do Vietname...ainda esta hora lá estavam...não ganhavam mas também não perdiam...mas concordo com a análise.. :lol:
"Hic Non hostes nisi morbi”
 

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PILAO251

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #100 em: Outubro 23, 2010, 09:29:36 pm »
Tenho que agradecer a quem me tem feito rir com algumas saidas profundas, não propriamente intelegentes.
Mas que estamos a fugir ao tema, estamos.
 

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Malina

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #101 em: Outubro 24, 2010, 01:26:11 am »
Foxtroop

Estamos a falar de psicologia e eventualmente anatomia humana, não de militares. Ou será que só os militares têm inteligência, força física e força de vontade?
Mais logo vai-me dizer que força de vontade é inerente à força física e não do foro psicológico e mental  :lol:
 

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PILAO251

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #102 em: Outubro 24, 2010, 12:08:17 pm »
A nossa cadete depois do que se passou não merece isto, mas...
A logistica, a força bruta ajudam imenso, mas se não houver vontade, força animica, não há guerra que se vença.
O exemplo classico do Vietname, é tipico da superior vontade dum grupo sobre outro.Os norte-americanos, não a perderam no terreno, ela foi perdida na retaguarda, por falta de vontade, de apoio, o soldado Norte-americano sentia-se traido e não apoiado, no fundo andava a fazer um frete e a deixar correr o marfim ( obviamente que não todas as unidades, as especificidades de treino de algumas faziam a diferença).
Em contra partida o combatente vietnamita, tinha toda uma cultura de resistencia atras de si. Em tempos mais recuados contra os Chineses e nos mais proximos tinha feito frente aos Japoneses, Franceses e os Camones vieram por arrasto.
Alias rechaçaram uma tentativa de invasão da tropa chinesa, na altura daquela historia do Cambodja.
B-52, desfolhantes, toneladas e toneladas de material, ( Não era o Sr.Jean Laterguy, que dizia; 1 milhão de dolares cada viet? ), nada disto serviu contra a vontade inabalavel de vencer.
O Ultramar perdeu-se, aparte remarmos contra a maré, porque a partir dum certo ponto a vontade se foi, porque?; É outra história, da mesma maneira que o 25 Abril, se venceu na Rua do Arsenal devido á falta de vontade da tripulação dos carros de lutar.
Uma guerra conduzida com inteligencia e material com fartura, abrevia de sobremaneira, mas se não houver vontade, a mesma perpetua-se ate á solução barata de passar o testemunho( o que passa no Iraque, não é mais do que a saida airosa dos camones, se bem que hoje em dia eles estão sempre lixados devido as condicionantes regras de engajamento, ou postura em combate, não sei bem qual o termo em portugues).
Não percebo nada de psicologia, mas sempre ouvi dizer em:
FAZER DAS TRIPAS CORAÇÃO    
Se isto não é psicologia aplicada, desculpem qualquer coisinha.
Não se deve confundir coragem fisica com coragem moral, são coisas distintas, pode haver muita força mas se a cabeça não acompanhar, pouco serve.
Enfiar-se num buraco, esperar que a morteirada acabe, ou carregar á baioneta sabendo que os proximos 30,40 metros poderão ser fatais, é muito diferente dum altamente condecorado oficial alemão que perante a debacle dos ultimos dias dá um tiro nos miolos, ou um empresário que se mata por causa das dividas.
 

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tyr

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #103 em: Outubro 24, 2010, 12:37:27 pm »
Malina, estas a confundir velocidade com andamento, estamos a confundir a estrada da Beira com a beira da estrada.
Um militar não precisa de ser nenhum Einstein (mas não ser burro como uma porta, ajuda muito).
Um militar não tem que ser nenhum mister universo (mas ter força a força e resistência física para cumprir a sua missão é fulcral).
Relativamente à força de vontade concordo, mas esquecestes te de algumas coisas importantíssimas, que são:
    Submissão (cumprir qualquer ordem legitima, por mais repugnante que ela nos seja);
    Espírito de grupo (coisa que por experiência já vi que 90% das mulheres não têm, mas que a grande maioria dos homens tem);
    Espírito de auto preservação que não ponha em causa o espírito de grupo (regra geral as mulheres têm muito do primeiro, mas o 2º é só para a sua família e amigos próximos);

PS: não confundir espírito de grupo, com vida social, pois este espírito só se vê verdadeiramente em situações em que a pessoa tem que por os seus interesses para trás em prol do grupo (e nesses interesses incluo a integridade física e a vida).
PPS: As mulheres nas forças armadas, pela minha experiência pessoal são, regra geral, melhores que os homens em: funções administrativas (isto é, se não houverem muitas mulheres na mesma secretaria); em trabalhos monótonos (não têm tanta tendência a terem brincadeiras estúpidas); a manter as instalações limpas; etc...  Mas em funções que implique força física, trabalho de grupo e violência, as mulheres regra geral não se dão muito bem (excepto em artigos de revistas politicamente correctas).
A morte só é terrivel para quem a teme!!
 

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papoila

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #104 em: Outubro 24, 2010, 03:55:26 pm »
Caro tyr eu até pensava que dizia uns coisas acertadas...mas essas percentagens são como se custuma dizer...."ao Deus  me livre"....se não quer que seja acusado de ser, digamos injusto...não generalize, porque se cai no erro...nao considero que só quem está na parte operacional seja o "bom militar" e os que estão no apoio sejam um parente pobre....se o rancho geral não cozinhar bem, se as instalações não estiverem em bom estado de conservação, se não existir uma boa politica de saúde, se os militares não considerarem que as suas dificuldades são atendidas...isso tudo é resolvido pelos militares dos serviços de apoio....Por isso eu custumo dizer que todos somos importantes dentro das nossas funções e missões....e não me venha dizer que os homens é que são isto e aquilo e as mulheres o contrário...as pessoas são únicas e como únicas tem caracteristicas que as evidênciam...para o bem e para o mal..
Já agora...o meu melhor faxina...era homem... c34x
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