A nossa cadete depois do que se passou não merece isto, mas...
A logistica, a força bruta ajudam imenso, mas se não houver vontade, força animica, não há guerra que se vença.
O exemplo classico do Vietname, é tipico da superior vontade dum grupo sobre outro.Os norte-americanos, não a perderam no terreno, ela foi perdida na retaguarda, por falta de vontade, de apoio, o soldado Norte-americano sentia-se traido e não apoiado, no fundo andava a fazer um frete e a deixar correr o marfim ( obviamente que não todas as unidades, as especificidades de treino de algumas faziam a diferença).
Em contra partida o combatente vietnamita, tinha toda uma cultura de resistencia atras de si. Em tempos mais recuados contra os Chineses e nos mais proximos tinha feito frente aos Japoneses, Franceses e os Camones vieram por arrasto.
Alias rechaçaram uma tentativa de invasão da tropa chinesa, na altura daquela historia do Cambodja.
B-52, desfolhantes, toneladas e toneladas de material, ( Não era o Sr.Jean Laterguy, que dizia; 1 milhão de dolares cada viet? ), nada disto serviu contra a vontade inabalavel de vencer.
O Ultramar perdeu-se, aparte remarmos contra a maré, porque a partir dum certo ponto a vontade se foi, porque?; É outra história, da mesma maneira que o 25 Abril, se venceu na Rua do Arsenal devido á falta de vontade da tripulação dos carros de lutar.
Uma guerra conduzida com inteligencia e material com fartura, abrevia de sobremaneira, mas se não houver vontade, a mesma perpetua-se ate á solução barata de passar o testemunho( o que passa no Iraque, não é mais do que a saida airosa dos camones, se bem que hoje em dia eles estão sempre lixados devido as condicionantes regras de engajamento, ou postura em combate, não sei bem qual o termo em portugues).
Não percebo nada de psicologia, mas sempre ouvi dizer em:
FAZER DAS TRIPAS CORAÇÃO
Se isto não é psicologia aplicada, desculpem qualquer coisinha.
Não se deve confundir coragem fisica com coragem moral, são coisas distintas, pode haver muita força mas se a cabeça não acompanhar, pouco serve.
Enfiar-se num buraco, esperar que a morteirada acabe, ou carregar á baioneta sabendo que os proximos 30,40 metros poderão ser fatais, é muito diferente dum altamente condecorado oficial alemão que perante a debacle dos ultimos dias dá um tiro nos miolos, ou um empresário que se mata por causa das dividas.