EPI reduzida a 250 efectivos
Um ano e dois meses depois do fim do Serviço Militar Obrigatório (SMO), extinto em Novembro de 2004, a Escola Pratica de Infantaria (EPI) de Mafra, que num passado não muito longínquo chegou a ter 850 efectivos, está reduzida a 250 homens e mulheres.
Em entrevista à RCM, o comandante da EPI, revela um optimismo moderado face à quebra verificada. Na opinião de Tavares Nunes, 250 efectivos “é o número suficiente para fazer sobreviver a máquina”.
“Nas actuais condições é um número que satisfaz, é evidente que quantos mais encargos e missões tiver a Escola, mais recursos terão que existir, não só financeiros, mas sobretudo humanos”, pontua.
Talvez porque a EPI é, primeiramente, uma escola de formação de quadros, oficiais e sargentos, e menos uma casa de formação de praças, a transição do serviço efectivo profissional para o serviço efectivo normal, frisa o comandante, “foi tranquila, sem sobressaltos e positiva”.
Seja como for, o efectivo actual na EPI ainda fica longe do ideal. Para atrair mais soldados às fileiras daquela instituição militar, a estratégia passa por fazer ver aos jovens que a tropa é um emprego aliciante.
“É uma carreira muito atractiva porque é muito diferenciada ao longo do tempo. Há uma grande rotatividade nas funções, o que impede que a pessoa se entedie”, exemplifica o coronel de Infantaria Tavares Nunes.
Além disso, salienta, “é uma carreira com formação contínua, o que é muito raro acontecer noutras”. E em jeito de anúncio de oferta de trabalho: “É uma boa opção para uma jovem que procura uma carreira dinâmica, activa e saudável”.
Com o objectivo de dar a conhecer as condições apetecíveis da carreira militar a EPI está presente em feiras de profissões, actividades radicais e recebe a visita de alunos do Ensino Secundário, potenciais novos praças.
Sinais do tempo em que o serviço efectivo profissional substituiu o serviço efectivo normal.
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