Lá vem o marketing outra vez. É impressionante como à mínima notícia negativa que surja sobre outra aeronave, aparece logo a "brigada do Gripen" a querer impingir o seu avião aos outros.
Me inclua fora dessa brigada. A meu ver Portugal deveria seguir o caminho natural dos congêneres NATO europeus: Lockheed Martin F-35 Lightning II.
Porém fica a questão: mais importante do que ter é manter e poder usar quando precisar.
Se a própria USAF já admite publicamente que o F-35 já extrapolou todos os limites do aceitável no que se refere a custos e demais fatores... Eis um cálculo complexo a ser equacionado.
Os custos do F-35, não são sinónimo de que a única opção no mundo seja o Gripen. Não o é no caso português, e muito menos para a USAF.
No caso da USAF, se a ideia fosse ter algo ao nível do Gripen, compravam novos F-16V, e assim mantinham as linhas de produção abertas por mais tempo, e os custos da transição eram mínimos. Não há que "inventar a roda". Como a USAF não quer o Viper, quererá certamente algo superior a qualquer caça de 4.5G do mercado (até para justificar os custos de desenvolvimento).
No caso da FAP, a questão do "ter" e "manter" é bem real, e para isso há uma solução óbvia: upgrade aos F-16. Não só porque custaria muito menos que qualquer caça novo, como permite adiar a decisão para uma nova geração por mais 15 anos.