Ora, aí está o filme mais polémico dos últimos tempos sobre o qual já tive oportunidade de aqui falar.
Para que fique desde já esclarecido, não sou defensor nem apologista da maioria das políticas da actual administração norte-americana e, como muitos, espero uma vitória de Kerry em Novembro.
Devo confessar contudo que, toda a simpatia que ainda tinha por Michael Moore ( proveniente de alguns dos seus antigos filmes ) desapareceu com este.
É certo que é um filme que se pode considerar "engraçado" mas é altamente catalizador para extremar ainda mais posições. É um filme repleto de erros históricos, de ignorância e de manipulação de factos de modo a cumprir os "requesitos" do seu autor, Michael Moore.
E, pior que tudo isto, é o facto de Michael Moore admitir que manipulou os factos do modo que bem desejou pois o seu único objectivo, e passo a citar: "É a derrota da administração Bush (...) pois eu é que estou certo!" - ver resposta a Nuno Rogeiro numa das mais recentes "Sábados" ( não me lembro do número ).
Não sei - e sinceramente nem quero saber - como é que este filme ganhou a palma de ouro em Cannes. Com certeza que isso só aconteceu devido ao anti-americanismo primário que existe na europa dos nossos dias.
Afinal de contas o "filme proíbido nos EUA" - como clamava Moore - foi exibido em 2700 cinemas nos próprios EUA e não passa de uma "bem" elaborada arma de propaganda.
Temos de ser justos: é verdade que muitos de nós preferem Kerry a Bush, mas as atitudes de este cineasta ultrapassam as regras do bom senso e do respeito comum.
Shame on you mr. Moore.