Potencias continentais ? ...e maritimas ?, oh amigos ja estamos na época das potencias espaciais ..
legionario, peço-lhe que leia qulquer coisa sobre geoestratégia. Creio que (pelo menos pensava) que os presentes percebem o que quer dizer Potência Continental e Potência marítima.
Toda a politica na Europa nos últimos séculos se tem baseado nesta oposição entre duas forças, uma continental, que tem capacidade para controlar o continente, e outra marítima, que se lhe opõe, negando-lhe a utilização dos mares.
A potência marítima é a potência que depende do comércio e a potência continental tem que aproveitar essa dependência.
Foi assim desde Napoleão copm o Bloqueio Continental, como já tinha sido anteriormente com os Habsburgos.
Foi esse conflito que provocou a I Guerra Mundial, quando uma potência continental emergente (a Alemanha) tentou desafiar a potência marítima.
A mesma coisa voltou a acontecer com a Alemanha de Hitler, e posteriormente com a URSS.
Não é tão cedo que a possibilidade de desaparecerem estes blocos vai desaparecer. Eles são mutáveis na medida em que mudam os intervenientes, mas não mudam enquanto blocos de interesses.
Mas agora esse vinculo com a potencia maritima ainda é necessária? Já não temos colonias com que manter contacto, é devido aos arquipelagos da Madeira e dos Açores? Ou porque se nos virarmos para a potencia continental nos arriscamos a desaparecer?
Um dos «busilis» da questão é esse. Será possivel Portugal mudar de um bloco para o outro sem desaparecer como Nação independente ?
Ou seja: O velho problema de Salazar. O país sem o Império está em risco de desaparecer e de ser absorvido, naturalmente pela Espanha, que é a entidade que mais facilmente pode perante os principais poderes europeus, explicar, justificar e fundamentar a aborção (seja ela violenta ou pacífica isso não está em causa).
É por isso que a base das Lajes e toda e qualquer ligação especial que seja possível manter com os americanos assume uma importância ainda maior que a que tinha anteriormente.
Lembro que a presença dos americanos nas Lajes não tem a ver com a NATO, mas sim com as relações bilaterais entre Portugal e os Estados Unidos.
Mesmo que amanhã nós deixássemos de ser um país da NATO os americanos continuariam nos Açores.