Não deixa de ser irónico:
A Rússia é quem mais armas fornece à Ucrânia. Tropas fogem e deixam tudo para trás
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/a-russia-e-quem-mais-armas-fornece-a-ucrania-tropas-fogem-e-deixam-tudo-para-tras
Este facto, leva-nos de volta ao mundo real, e ao que a atual campanha se está a revelar...
Creio que a situação se pode tornar complicada para os ucranianos, a acreditar nos avisos dados por alguns generais americanos sobre a possibilidade de os ucranianos estarem a estender demasiado o pé, e começar a faltar lençol
Às vezes noto um certo triunfalismo relativamente aos avanços ucranianos, nomeadamente a retirada russa da região de Kharkiv, que em grande medida é importante como foi importante a retirada de Kiev.
Por outro lado, a retirada russa é tudo menos retirada, e tem sido uma autêntica debandada. Numa retirada organizada, há prioridade, por exemplo ao combustível e aos abastecimentos das tropas que dão cobertura à operação de retirada.
Tem que se criar uma linha defensiva, com capacidade letal, para manter o inimigo de sobreaviso e essa linha, tem que ser mantida e essas tropas têm que estar permanentemente abastecidas.
A força que protege a retirada, pode facilmente ficar cercada, e por isso tem que ser capaz de romper o cerco.
Esta situação, lembra-me o que aconteceu com o exército soviético em 1941. As tropas tinham sido preparadas para um ataque continuo. Diziam os generais e a imprensa soviética, que o exército vermelho só actuaria em território inimigo. Retirar não estava nos plano.
Não só não estava nos planos como era considerado "pensamento derrotista", o que levava a pessoa para a lista que o Estaline organizava todas as noites.
O que tem acontecido nos últimos dias, deixa até as pessoas que durante anos, disseram que a Russia não tinha nem uma fração do poder que dizia ter, e que avisaram que a propalada superioridade das armas russas, era uma farsa total.
Os generais russos, são cada vez de pior qualidade, porque para comandar as forças não é necessário ser competente, é necessário ser amigo do ditador.
Putin e Hitler, até nisto se parecem.
Hitler, na fase final da guerra, especialmente depois da tentativa de assassinato, passou a viver num mundo de paranoia. Deu os comandos das tropas a fanáticos, o que levou ao descalabro da operação no rio Vistula (sob o comando do chefe das SS, Himmler), e aos recuos a sul, que levaram os russos a tomar os últimos poços de petroleo na Hungria.