Para além da hipótese de um negócio de ocasião, como a Estónia fez, não sobram opções para a continuidade do BiMec nos moldes em que ele existe.
A mudança para o Pandur também se depara com dois problemas, o primeiro é o facto de não existirem Pandur suficientes, se estou a fazer bem as contas, e o outro o problema habitual de substituir um IFV lagartas (o que, se formos honestos, não é o caso do M113) por um 8x8 com menor proteção (e teoricamente, comparando com um IFV tradicional) menor poder de fogo.
Por isso, resta provavelmente como única opção, à boa maneira Lusa, desenrascar e encontrar uma nova doutrina que seja compatível com o que temos.
Não será fácil..
Cumprimentos
No mercado ainda existem algumas opções ou para substituir os M113, por outro modelo lagartas, ou para modernizar algumas dezenas de unidades da Frota.
Quanto aos Pandur, das duas versões em falta a de maior numero, os PM 120, está neste momento, no entroncamento, a ser efectuada a transformação de uma dúzia/catorze ICV em PM120, para termos, finalmente, algum apoio de fogos indirecto, a que fica por adquirir será a de combate de engenharia, que se não estou em erro era composta por oito ou nove unidades, mas dizia eu tirando essas, das restantes temos suficientes Pandur para formarmos, dois BiMec completos a 69/70 VB cada.
A falta de 10 unidades, das quinze previstas para a versão ACar, poderá ser facilmente resolvida se e quando o Exército conseguir adquirir umas dezenas de RWS com ATM, o ideal seriam 27, que até poderão ser de 12,7 com lançador Spike L, e assim modificar o mesmo numero de ICV, equipando todos os PelAt dos dois BiMec com uma VB ACar.
A segunda opção, bem mais dispendiosa, seria equipar a torre de uma dúzia dos Porta canhão, com um lançador duplo do mesmo missil, e distribuí-los pelas CAt dos dois BiMec.
Abraços
Folgo em saber isso, que há veículos suficientes para 2 batalhões completos, mesmo que não seja nas versões exactamente necessárias. Eu honestamente, como não sei a distribuição dos Pandur pelas unidades, vejo o número redondo de 200 e parecem-me sempre poucos.
Os M113 mais recentes deveriam poder ser modernizados, pelo menos, para PM120 e outras valências de apoio, mas não para o transporte de infantaria.
Este tema é complexo (pelo menos para mim), a utilização de infantaria blindada pode ser feita de formas diferentes em cenários diferentes, mas nunca acontece num acto isolado.
Nos conflitos mais recentes, antes do envolvimento directo de tropas mecanizadas há geralmente intervenção de unidades mais pesadas (carros combate ou artilharia, sobretudo esta) ou de apoio aéreo, consoante a precisão necessária e/ou a escala do confronto. Seguindo este prisma, numa perspetiva de conflito real, o que importa seria perceber que tipo de unidade(s) mecanizada é necessária para acompanhar a acção de 2 esquadrões de CC e duas baterias de 155, que é o que temos. Eu não sei a resposta a essa questão, mas suspeito que seria conveniente maior poder de fogo que o que existe na frota Pandur actualmente.
Por outro lado, pode-se assumir uma infantaria mecanizada para acções de baixa intensidade, vulgo missões internacionais, onde ter um batalhão completo (de Pandur ou o que seja) é suficiente em termos de protecção vs ameaça, e já será um luxo, uma vez que nunca será projectado como unidade.
E será provavelmente esta segunda perspetiva, a que paira pelos corredores e gabinetes.