Tenho a impressão que não vou conseguir trazer uma mais valia para a "discussão"... mas acho que o Artic Fusion fez um bom post e "arrumou a casa" um pouco, após o zecouves ter (bem) colocado o dedo na ferida.
Não esqueçam a história recente militar de Portugal, que explica muita coisa do que temos hoje - criação de 3 forças elite, cada uma nos 3 ramos das FA...
Eu, civil e com poucos conhecimentos (e que detesto sobreposições/desperdicios de recursos e falta de definição de doutrina), arrumo a questão de uma forma "simplex":
- O Comando de Tropas Aerotransportadas tem obrigação de manter uma unidade escalão brigada de forças infantaria ligeira de elite, com 2 ou 3 batalhões e 1 batalhão de apoio - a palavra chave aqui é escalão batalhão. No nosso ordenamento militar teria a mesma missão (sim eu sei que uma é paraquedista e outra fuzileiros, mas não é importante para este caso) da
3 Commando Brigade, talvez um pouco mais "pequena"...
- O Comandos e os "Rangers" são unidades diferentes mas complementares: se estivessem sobre a "alçada" do mesmo "Centro de Operações Especiais e Tropas Comando" não me criaria muitos problemas... dois cursos distintos, unidades operacionais distintas, claro.
Mais uma vez o escalão da unidade operacional é a chave: os Comandos, IMHO, devem ter uma doutrina de escalão companhia, "specialise in offensive or assault tasks", algo parecido com
Special Forces Support Group; manter 2 a 3 companhias operacionais (independentes), de natureza muito ligeira.
Os "Rangers"... talvez a força mais fácil de entender o que são (ou o que deveriam ser)... ser uma escola de aptidões especificas, manter unidades operacionais com as mesmas caracteristicas das SAS, "US Army Special Forces", etc; como descrito
aqui: "reconnaissance, unconventional warfare, and counter-terrorism actions"
A famosa BRR devia ter era o titulo de Brigada Ligeira Paraquedista e podia manter a responsabilidade de "comandar" de forma operacional as forças Comando e/ou "Forças Especiais" quando estas fossem empenhadas operacionalmente de forma "ad-hoc".
Já agora: os Fuzileiros (sim, a minha favorita
- declaração de interesses): manter uma unidade operacional de combate equivalente a um batalhão, à imagem, sem muitas invenções, dos Royal Marines Commando... nada de MBT / IFV (os Pandur ainda me fazem confusão), nada de tentar imitar os Espanhois ou os Brasileiros... repito, Royal Marines Commando. E, claro, manter unidades tipo DAE, etc.
Para terminar: uma força pode ser de elite e não ser especial...