Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas

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tyr

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #75 em: Outubro 17, 2010, 11:16:14 pm »
As abdominais antigamente eram feitas elevando completamente o tronco do solo e tocando alternadamente com os cotovelos nos joelhos (os pés encontram-se no chão).  as actuais são crunches tocando com ambos os cotovelos em simultameo nos joelhos (as pernas estão a noventa graus com os pés nos espaldares).

As antigas forçavam a coluna (e a coluna juntamente com os joelhos são as partes do corpo que são normalmente mais massacradas na vida militar), as novas não.
A morte só é terrivel para quem a teme!!
 

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PILAO251

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #76 em: Outubro 18, 2010, 12:10:12 am »
Dona Malina
Afinal tambem há na EPI legionários. Ou metodos legionarios.
Ou sera que alguem que fugiu do museu.
Afinal...... tão certinhos que eles eram
Pela boca morre o peixe, ma chere.
Se puxar pela cabeça sabe do que estou a falar
Saude e desporto
 

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Malina

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #77 em: Outubro 18, 2010, 07:28:57 pm »
PILAO251

Bem que puxei pela cabeça e fiquei na mesma. Eu nunca defendi gente sádica de lado nenhum, nem nunca disse que em Portugal só havia santos. Se você viu isso em algum lugar, demonstre-me. Quando se tem alguma coisa a dizer, ou diz-se logo ou fica-se calado.


corapa

Se elas não cumpriram, só tinham que ser mandadas embora...
E ser militar não deixa de ser um emprego comum, como muitos outros, cada um com as suas exigências. Até parece que ser militar é mais extraordinário do que se ser médico, engenheiro, arquitecto, canalizador, bombeiro, polícia ou o que quer que seja. Essa mania de tentar demonstrar que os militares são uma elite para mim passa-me ao lado. São tão cidadãos deste país como outro qualquer. Cada um tem as suas exigências e responsabilidades. Posso ter apreço mais por uns que por outros, mas como trabalhadores deste país, são iguais pois são todos necessários. Ser militar é um emprego comum com direitos e deveres especialmente atribuídos, é assinado um contrato como em qualquer trabalho, e o militar está ao abrigo do Código do Trabalho, como qualquer trabalhador, excepto algumas excepções, mas isso não é o único a ter excepções, os médicos, os polícias, os bombeiros, também têm, bem como muitos outros. O militar não é o único que dá a vida pelo país, não é o único que tem que fazer escalas ou turnos, não é o único responsável por vidas (se for o caso!),  não é o único que tem que estar alerta e sempre disponível...

Quanto ao resto, não tenho mais nada a acrescentar...
 

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corapa

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #78 em: Outubro 18, 2010, 11:04:46 pm »
Citar
Até parece que ser militar é mais extraordinário do que se ser médico, engenheiro, arquitecto, canalizador, bombeiro, polícia ou o que quer que seja. Essa mania de tentar demonstrar que os militares são uma elite para mim passa-me ao lado

Cara Malina,

Continuamos a ler algo que não esta escrito!
Por acaso leu em algum dos meus textos, alguma vez isso que acabou de frisar?
Não com toda a certeza.
Então não tente utilizar esses argumentos que para mim, não servem.
Se há coisa que nunca ninguem me ouviu dizer ou escrever é que o A é melhor do que o B, ou extraordinário ou elite.
Mas continuo a dizer-lhe que por um lado, o seu completo desconhecimento do que é a vida dentro da instituição militar, lógicamente a leva a pensar assim - e aqui volto a frisar que, ouvir o que os outros contam, não conta, pois não é a mesma coisa.
Por outro lado, nos dias de hoje, a mentalidade é mesmo essa de que isto é um emprego e quem vem para as FFAA, inclusivé para o QP, vem exactamente à procura de um emprego, com um ordenado certo ao fim do mês, bastantes direitos e preferencialmente, poucos deveres - atenção que não estou a dizer que é o seu caso, apenas estou a generalizar o tipo de voluntario para as FFAA seja RV,RC ou QP.
È a geração dos direitos - eu felizmente ainda sou da geração dos deveres.

Cumps
« Última modificação: Outubro 18, 2010, 11:10:38 pm por corapa »
 

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Lightning

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #79 em: Outubro 18, 2010, 11:07:02 pm »
Citação de: "Malina"
São tão cidadãos deste país como outro qualquer. Cada um tem as suas exigências e responsabilidades. Posso ter apreço mais por uns que por outros, mas como trabalhadores deste país, são iguais pois são todos necessários.

Você tem direito à sua opinião, e eu também concordo que são todos necessáriuos, mas eu não posso concordar com a parte que são como um outro cidadão qualquer, um militar não é um cidadão como outro qualquer porque não tem os mesmos direitos e obrigações que um cidadão qualquer, é verdade que após o SMO só vai para militar quem quer mas o que está aqui em causa não é a vida da pessoa antes de ser militar, ou qual o método utilizado no recrutamento (SMO, RV, RC, etc), mas sim após serem militares, e estas pessoas, os militares não podem por exemplo fazer greve, não se podem negar a efectuar o seu trabalho em qualquer parte do mundo se a tal for ordenado (as missões internacionais normalmente o pessoal gosta, mas as missões nunca se deixam de cumprir, caso não haja voluntários pode haver imposições), não se pode negar a ser transferido de unidade (se forem enviados para os Açores ou Madeira ou para a outra ponta do pais de onde querem estar 2 ou 3 anos são capazes de não axar muita piada, pelo menos se for uma pessoa já de meia idade), o militar pode ser chamado em qualquer hora do dia ou da noite em qualquer dia do ano e ganha 0 euros de horas extra. Há o caso das punições/prisões militares, o que não acontece em qulquer outro trabalho, o director/patrão não pode prender o pessoal da sua empresa :lol: e talvez outras situações que são diferentes de outros empregos mas que agora não me recordo.
 

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papoila

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #80 em: Outubro 19, 2010, 01:51:53 am »
Lightning....concordo plenamente...

Não sei se é o caso dos outros participantes mas este tópico para mim já está fechado...
"Hic Non hostes nisi morbi”
 

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PILAO251

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #81 em: Outubro 19, 2010, 09:21:04 am »
CORAPA
È a geração dos direitos - eu felizmente ainda sou da geração dos deveres.

Permita meu caro , que me junte ao clube.
Saúde e desporto

PS: Esta situação é de todo desagradável.
Todos falharam, ou deixaram chegar as coisas a um tal ponto em que perderam o dominio da situação.
Eles deveriam ser punidos exemplarmente, por terem excedido a sua competência - a Praxe, é uma farra académica, com os seus limites, em principio reconhecidos por ambas as partes.
O Cmd. da EPI por ter tentado camuflar uma situação passível de porrada, perdeu uma soberana oportunidade de incutir "xisplina".
A cadete por eventualmente não ter posto no papel o que se estava a passar.
Passei pelo COM da EPI nos princípios de 70 e estive na outra banda, tanto em França como em Angola, vi monumentais arraiais de porrada, mas não vi violência gratuita.
Esta cambada precisava duma lição á antiga portuguesa, eles para terem consciência dos seus deveres e direitos.
 

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papoila

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #82 em: Outubro 19, 2010, 05:14:50 pm »
Caro PILAO251...a cadete escreveu....a cadete relatou...a cadete tem processo em tribunal...os "coisas" e os "irmãos" não sabem de nada, não virão nada...oficialmente deve ter sido ela, que n aguentando se meteu dentro de um cacifo e com poderes mágicos consegui que ele fosse ao rebolo pelas escadas a baixo....irónico, não?
"Hic Non hostes nisi morbi”
 

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Malina

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #83 em: Outubro 21, 2010, 02:21:50 pm »
Lightning

Como não quero prolongar o off-topic, digo apenas: pense lá bem. Pense lá bem se não há profissões com deveres iguais ou muito semelhantes. Eu consigo.
 

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Dffsilva

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #84 em: Outubro 21, 2010, 04:40:50 pm »
Citação de: "tyr"
Malina só para saberes, as PAF para homens são 28 extenções de braços no solo, 40 abdominais em 1 minuto e o cooper é de 2400m em 12 minutos (o muro (mais baixo para mulheres), o portico e a vala (mais pequena para mulheres) não se executam nas PAF, só são executados nos testes de admissão a algo).

E acrescento que eu sou contra estas PAF, pois um pessoa quase sem treino consegue os cumprir. deveria voltar a ser 5 elevações na barra, 2500 metros em 12 minutos e os abdominais dou de barato, pois os antigos não eram lá muito saudaveis.

Existe dualidade de criterios e mesmo assim as mulheres têm problemas, como por exemplo em fazer varios obstaculos da pista de 200m enquanto que nos  homens os que têm problemas costumam ser os cromos do pelotão.

Tyr o senhor esta enganado, ou então o escrito em Diario da Republica está errado e passo a citar o DR:
"b) Prova de Aptidão Física (PAF):
Tem por finalidade verificar as capacidades motoras e a robustez
necessárias para a frequência do curso e é composta pelos seguintes
exercícios:
i) Extensões de braços no solo (número mínimo de 15 repetições);
ii) Abdominais em 1 minuto (número mínimo de 25 repetições);
iii) Corrida de 12 minutos (Teste Cooper — distância mínima de
2000 m);
iv) Transposição de Muro (60 cm de altura);
v) Passagem de Pórtico (4 metros altura).
Consideram -se excluídos os candidatos que não cumpram os mínimos
exigidos em cada um dos exercícios.

Como pode ler, não há diferença no género sexual, homens e mulheres são sujeitos as mesmas provas.

Quanto a praxe violenta que foi sujeita esta militar, é condenável...
 

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tyr

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #85 em: Outubro 21, 2010, 06:58:38 pm »
caro Dffsilva, eu faço as PAF de 6 em 6 meses, não venhas ensinar a missa ao padre  :P ) com as PAF.
A morte só é terrivel para quem a teme!!
 

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Lightning

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #86 em: Outubro 21, 2010, 08:09:04 pm »
Citação de: "Malina"
Lightning

Como não quero prolongar o off-topic, digo apenas: pense lá bem. Pense lá bem se não há profissões com deveres iguais ou muito semelhantes. Eu consigo.

Eu também não quero prolongar o off-topic, pode haver parecidas mas não há iguais.
 

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Dffsilva

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #87 em: Outubro 21, 2010, 08:11:54 pm »
Citação de: "tyr"
caro Dffsilva, eu faço as PAF de 6 em 6 meses, não venhas ensinar a missa ao padre  :P ) com as PAF.

Caro tyr, longe de mim querer ensinar-lhe algo em matérias de Exército, noutras matérias até podia  :P

Quanto aquilo que diz dos rapazes de hoje em dia, é a sua opinião, e vale o que vale.

Cumps
 

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PILAO251

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #88 em: Outubro 22, 2010, 01:17:45 am »
Há um marinheiro Norte-americano que escreveu acerca das Campanhas do Ultramar.
Diz claramente que só mantivemos a logística, manutenção de material e rotação de pessoal, nas 3 frentes durante 13 anos, a uma distancia de milhares de Km, contra os ventos da historia e hipocrisias dos pretensos amigos, devido a uma e só uma qualidade.
Qualidade que ele próprio reconhecia que muitos povos do dito 1º mundo perderam devido á natural evolução da moderna sociedade.
Portugal á distancia de 30 anos também a perdeu. Se por um lado essa perda se insere na evolução e melhoria de qualidade de vida, leva a que se levantem este tipo de questões.
-Conversa entre uns velhinhos do Ultramar e rapaziada do Afeganistão na Carregueira.
E pá quantos é que começaram o curso, ...prá aí uns 100. Quantos acabaram.... Não deu prá formar um pelotão.
 Mas porque?....Sei lá.... Queixam-se por tudo e por nada...Se levam um empurrão mais forte desistem logo dizem que não estão prá aturar isto...Mas então por se ofereceram?? Acho que nem eles sabem...
Esta conversa não é textual mas, é verídica.
Tenho um sobrinho que passou por Timor e Afeganistão, e contou-me que, das duas, uma.
Ou se baixavam os parâmetros de dureza do curso, ou então pra formar 1 regimento, nem daqui a 5 anos.
Claro que ele dizia que se baixassem a qualidade, mais valia ir comprar a boina á feira da ladra.
Não pretendo ser drástico, nem sarcástico, mas há uma enorme diferença entre o pastor próprio da sociedade agrícola dos anos 60,70 e 80 e o puto da play station dos anos 2000, 2010.
Se por um lado nesse tempo a xisplina era incutida sem ser questionada( o que estava mal, e deu origem á natural revolta), hoje a xisplina nem é aceite, quanto mais questionada.
Esta qualidade tiem um nome, mas vou deixar pra depois.
Saude e desporto
 

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Malina

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Re: Uma aspirante de Infantaria foi sujeita a praxes violentas
« Responder #89 em: Outubro 22, 2010, 02:31:29 am »
Eu só sei que cada vez se ganha mais guerras à conta da inteligência e não da força...