Saudações guerreiras
- Evitou que a Guerra de Espanha se alargasse a Portugal.
Combateu a oposição interna de tal maneira que a deixou enfraquecidíssima e sem capacidade de agitação interna. O povo nesse tempo definia-o como o salvador da pátria e isso está tudo dito. Tendo o apoio da (talvez mesmo esmagadora) maioria da população o resto eram favas contadas.
Porque tirou partido pelo lado mais forte e que lhe convinha mais, porque do outro lado não se sabia muito bem o que poderia vir aí. Talvez uma democracia ou um outro regime considerado hostil, fosse visto com desconfiança por Hitler por apoiar ou até envolver-se contra as forças do eixo e acabávamos por ter a II WW praticamente nas fronteiras da metrópole Portugal. Sabe-se que o próprio Hitler tinha intenções de invadir Portugal também, logo era só atravessar a fronteira.
É verdade que evitou que a guerra do outro lado ultrapassasse as fronteiras, mas não foi por isso que Portugal não deixou de estar envolvido, antes o contrário. Já aí era notório que havia uma oposição em Portugal disposta a fazer estragos cá, caso os republicanos espanhóis ganhassem a guerra. O apoio oficial foi todo para o lado nacionalista
- Evitou a anexação espanhola em 1939
- Livrou-nos da 2 GM (só isso...)
Caro JQT, o que livrou Portugal verdadeiramente da guerra foi Hitler ter mais com que se preocupar e já não era pouco. Aliados idem. Ganho por mil, ganho por um. Talvez a estátua - que é um dos melhores miradouros que conheço em Portugal - que está em Almada nos possa dizer mais. Por Salazar, não sei se estava ou não estava, mas estava concerteza pelo povo português.
Quanto a anexação espanhola é um dos episódios que ainda não domino nada bem. Ainda não tive a oportunidade para me debruçar sobre o assunto. Gostava de saber a explicação oficial ou o(s) motivo(s) que se aponta(m) como o(s) mais provável/veis para que Espanha atacasse Portugal.
Desconfio que isso pudesse envolver a Europa também. No entanto, talvez isso pudesse criar uma ruptura entre aqueles que tiveram que enfrentar um elemento comum e considerado hostil num assunto muito mais perigoso que foi o combate e destruição do regime NAZI na Alemanha que, dada a sua natureza patológica seria a desgraça do planeta se ganhasse. Mais uma vez a atenções, estavam concentradas na Europa central e talvez isso fizesse recuar Franco de invadir Portugal.
- Salvou a economia numa altura em que tudo parecia perdido. Pela primeira vez desde o Marquês de Pombal tivémos um superávito na balança de pagamentos com o exterior.
- Pôs Portugal no Século XX em termos económicos, tecnológicos e sociais
Salazar salvador da pátria, assim era ele intitulado pelas multidões. Temos que ver que a ascensão de Salazar ao poder teve a ver mais com a resolução pontual de um problema grave em Portugal na altura que era a grande instabilidade a quase todos os níveis e porque a ditadura militar, sem estratégia eficaz para combater essa crise, também, de repercussão internacional, esteve já sem soluções para o país.
Salazar entendia de finanças mas nada ou muito pouco de economia. Ele era professor em Coimbra de finanças, mas era de Direito se não tou em erro. Ele era famoso por uma tese qualquer e foi chamado para fazer parte de um governo, em que, ao administrar, de um dia para o outro, conseguiu o tal “milagre” que nem o melhor prémio Nobel tinha conseguido.
Mas esse tal “milagre” foi á custa de um ultra-fortíssimo choque que teve um impacto inimaginável, por ser demasiado brusco. Quem pagou isso não foi ele porque era funcionário público, mas todo o setor produtivo em geral. Foi como ressuscitar um ser humano em coma com a dor de umas valentíssimas marretadas. Teve o mérito de fazê-lo recuperar a consciência, mas como foi á marretada imagine-se só como teria ficado. Teve que recuperar da doença e da cura ao mesmo tempo.
(Se cai o Carmo e a Trindade quando se trata de equilibrar as finanças públicas e se o que se está a fazer, que sendo de modo faseado, mas mesmo assim, tendo a consciência do que isso significa na realidade, então imagine-se o que não teria sido na altura e com Portugal na banca rota!!! O sacrifício foi de um sucesso que nem aos americanos lembrou para relançar a sua economia preferindo o “ridículo” “ The New Deal”, coisa que Salazar recusou no pós-guerra por causa da sua “inteligente” ideia de independência.)
Ninguém conhecia o pensamento de Salazar. Ele apenas aproveitou a embalagem para fundar o seu próprio “reino” e com isso fazer o que ele quisesse e foi o que aconteceu. Aposto que ficou deslumbrado com a bajulice que lhe foi feita e com isso iludir-se com a sua dita competência até então demonstrada pelas políticas ORÇAMENTAIS e exclusivamente em Portugal.
- Pôs Portugal no Século XX em termos económicos, tecnológicos e sociais
Salazar teve tudo a seu favor. Ele teve o poder de recusar o estratégico plano dos americanos, como já referi. Podia-se aceitar, embora sendo (mais que) discutível a sua posição face a tal oferta, ao optar pela independência económica de Portugal. Fê-lo porque podia, pois contava com um império que lhe fornecia matéria-prima e mercado (este último não sei se alguma vez funcinou) e porque tinha abastecido a 2ª guerra mundial. Estava com os cofres bem recheados, mas nem isso soube aproveitar em condições mais que favoráveis, logo no pós 2ª guerra mundial. E quando se olhou seriamente para uma política industria (que já aqui exposta e bem pelo Dissident) o efeito positivo esbateu-se, senão na totalidade talvez uma boa parte, com a guerra colonial. Se houve muito crescimento os recursos consumidos pela guerra não foram de menosprezar.
O “New Deal” á portuguesa resumiu-se praticamente só ao burgo e pouco mais no resto do país. Embora Portugal tivesse todas as províncias até parece que todo se resumia á metrópole salvo algumas excepções. Também aqui parece que nunca tivemos recursos suficientes para sermos uma verdadeira potência mundial. Vejamos então o alcance da visão do homem. Coisa que, infelizmente, nos tempos que correm parece ainda persistir.
Tecnologia? Só um exemplo: Como se explica que todos os navios mais importantes da Armada, da ainda existente (uma parte) frota atual, fossem construídos no estrangeiro?
Mais outro: Talvez mais de 70% do país se tivesse de deitar e levantar com as galinhas. Electricidade? Sim, só quando relampejava!!!
Só uma achega no social, para além de tudo o que foi dito. O ensino não era para quem queria, mas sim para quem podia. Depois da 4ª classe era só para que era rico. Se se tivesse dois filho e um deles varão, era esse que lhe era dado o privilégio e um dos cônjuges tinha que ser funcionário publico ou então ter um negócio que lhe pudesse render algum para sustentar um “fardo” daqueles e ainda com algum sacrifício. Entrar na universidade era só mesmo para muito abastados ou então por ter ganho a lotaria dos santos populares.
As políticas sociais (curiosamente um conceito marxista-leninista) surgiram só com o Marcelo Caetano, com as primeiras reformas. Até aí era trabalhar até morrer.
Uma política social que foi muito promovida foi a perseguição e chantagem a todos aqueles que eram considerados anti regime e a censura como fomento da aprendizagem e castração dos maus pensamentos. Assim se construía o progresso, sempre na linha, não vá o gajo virar comuna!!!
Arroz-doce? Só em casamentos (50 cães de volta de um osso). Carne? Só por festa da paróquia. Uma sardinha? Não é verdade. Era a cabeça para as mulheres e o resto para os homens. Uma sardinha? Não é verdade. Era uma porção de uma sardinha a dividir por 3 pessoas e as “sobras” iam para Espanha. Leite? Qual quê!!! Isso era para mariquinhas. O tinto alimentava um milhão de portugueses, dizia-se e propagandeava-se com orgulho e sabedoria. A Amália foi uma heroína conseguiu cantar o fado em inglês (uma coisa só portuguesa e grosseiramente adulterada) sem ser censurada. Não esqueçam o futebol para o convívio social e discussão das correctas políticas de Salazar. Salazar tinha mais estádios do que as localidades começadas por S. António
A política social nos costumes, hoje é de rir e uma anedota autêntica, castradora e hipócrita. Afinal o politicamente correto também se cultivava.
[size=1~2]Sacralizar Salazar por causa da pseudo-manutenção do império colonial, sem meios, e que condenou à implosão do tal império, porque chegados a 74/75, já não haviam condições sociais, politicas, militares e económicas para controlar de forma diferente da que foi, o processo de descolonização, ou dizer que Salazar era um ditador civil em vez de militar, esquecendo que o Estado Novo era de facto tutelado pelas FA's, em que o Presidente era um militar, tal como os presidentes das câmaras Municipais de Lisboa e Porto, é mau para o país e de péssimo sintoma para a memória.[/size]
Não entendi de que maneira é que não havia condições para se manter as ex-províncias ultramarinas se elas se mantiveram até a data do início da resistência armada na mais absoluta tranquilidade !!!!! O que está em dúvida era se Portugal teria a possibilidade de aguentar os territórios mesmo que a guerra fosse totalmente ganha. É que os outros invejosos e hipócritas ex-colonisadores (tipo os ingleses) não iriam perdoar e talvez fosse mais que certo a ingerência estrangeira – para além do conflito guerra colonial no contexto guerra-fria e que de certo modo já estava a ser feita - para que a descolonização fosse feita e consequente perda de poder de Portugal no mundo. Numa palavra, (eliminação de) concorrência.
Para mim a razão principal de derrocada do império não se dá pela falta de meios. Foi, sim, por causa da não-aceitação política, por parte da nova classe que tinha chegado ao poder, uns fartos da guerra e outros porque tinham interiorizado que assim é que estava bem e todos aqueles que achavam que já tava mais que na hora de abalar.
A própria existência de uma ditadura, sendo um regime repressivo, criou anticorpos em todos os opositores(os que já eram por questões ideológica e outros porque se tornaram) a Salazar, logo após o terminus da II guerra mundial que passaram a resistência interna (a possível e sem efeitos práticos) ou externa, onde Salazar aí já não tinha poder nenhum para controlar a não ser com colaboração desses mesmos países. Tudo o que fosse a assemelhar-se com a política anterior ao golpe de estado de 1974 seria completamente rejeitado e impensável de se por em prática.
O Estado Novo era tutelado por um regime que CUSTOU ao país praticamente meio século de retrocesso á Idade-média e com um só objetivo muito simples, que foi o perpetuar a cavalgadura na cadeira do poder. Para isso, Salazar criou ferramentas para que se fizesse respeitar, não pelas suas qualidades de governante, mas pela lógica do terror. Ter ou não militares aqui ou acolá num regime em que não eram eles que mandavam, não aquece nem arrefece. O cargo de PR era meramente figurativo e ai dele se não alinhasse pela bitola de Salazar. Enfardava á grande e com sorte ainda tinha férias pagas em ambiente tropical no resort "Hotel Maravilhas" no Tarrafal para os mais “empreendedores” !!!
Permitam-me dar o meu centimozito de prosa:
Acho que se está a dar demasiada importância a Salazar, e uma importância que pessoalmente acredito que não merece.
Da minha parte não há qualquer tipo de inconveniente em discutir seja o que for. Não se pode é confundir isso é com veneração e nisso tem razão, porque não o merece.
Está a ter o destaque que tem, porque há outras verdades para além daquelas que são apresentadas. Salazar merece ser discutido e refletido assim como outro qualquer da mesma ou pior estirpe que ele. Se assim não for também não se aprende.
Não a merece por não ter sido realmente uma pessoa de grande visão, e da mesma forma não a merece por não ter sido o grande biltre e ditador sanguinário que de facto nunca foi.
Quantas pessoas são precisas morrerem para que alguém seja apelidado de sanguinário? Quanto valeu a vida humana á luz do regime? Quantos não morreram sob cativeiro? Quantos não morreram torturados? Quantos não foram torturados? Quantos não foram assassinados? Não basta isto para ser sanguinário? Então e para ser sádico também não?
Se Salazar alguma vez ordenou a morte em nome de Portugal aí já se pode discutir a sua
eventual desculpabilização. Outra coisa é quando o faz na protecção do regime e/ou o faz para si - como se queira designar - justificando-se com o interesse nacional. Aí é que... pois... pois...
Uma morte no séc. XXI a.C. não deixa de ser uma morte no séc. XXI d.C.. Um assasinato no séc. XVIII d.C. não deixa de ser um assasinato no séc. XXI d.C.
Salazar matou não em legitima defesa, mas por tão simplesmente não aceitar um não do outro, o que fez dele um assassino e conspurcou o nome de Portugal porque o fez em associação de causa. A fraude foi revelada.
A demonização da imagem de Salazar, aparece aos olhos das novas gerações e das pessoas que querem ter uma visão abrangente do nosso passado recente, como algo de estranho e pouco fundamentado.
Honra lhe seja feita para aquilo que fez de bem, sempre. Resta saber com que intenção e para que fim é utilizado esse reconhecimento, se para uma base propagandística pró-fascista ou se se está numa de discussão a sério daquilo que representou e representará para todas as gerações pós-Salazar.
Se ele tivesse abandonado o poder quando as pessoas já não lhe reconheciam méritos, talvez hoje a ideia dele não penderia tanto para o lado tão negativo e se fosse capaz de se entender algumas atitudes menos recomendáveis, tudo, claro, dentro do contexto da época, coisa que de resto já aqui foi discutida também.
Se há uma apreciação depreciativa da imagem de Salazar recorrendo á demonização, significa isso que houve algo que falhou na sua política e não porque se inventou algo. Se se tivesse inventado algo então já haveria uma contraposição de argumentos devidamente estudados e fundamentados. Dou este exemplo (não sei se sabiam disto):
(*) Foi estranho o período em que esteve no poder e passou a ser traumático a partir do momento em que o deveria ter abandonado voluntariamente.
(*) A expressão regist[r]ada no Dicionário das Origens das Frases Feitas, de Orlando Neves, vem no plural, embora o uso tenha consagrado o singular, também, como vem abonado no Dicionário Contemporâneo da Língua Portuguesa (que dá amigo de Peniche = amigo da onça, «falso amigo, amigo interesseiro, hipócrita, interesseiro»).
Quanto à origem da expressão, transcreve-se de seguida o que refere Orlando Neves:
«A "amigos" traiçoeiros, falsos ou hipócritas se costuma chamar “amigos de Peniche". Afinal, nem Peniche nem os seus naturais têm que ver com essa ideia de falsidade.
Mariano Calado, no livro Peniche na História e na Lenda, esclarece completamente o caso:
"Tendo D. Henrique morrido sem deixar descendência, surgiram, naturalmente, como pretendentes ao trono de Portugal, três netos de D. Manuel: Filipe II, rei de Espanha, D. Catarina de Bragança e D. António, Prior do Crato. Era ao primeiro aquele a quem a força dava mais direitos, demais coadjuvado pela perfídia que, ao tempo, grassava na corte portuguesa; e um exército espanhol, comandado pelo Duque de Alba, invadiu o Alentejo, tendo Filipe sido proclamado rei de Portugal.
Não o reconheceu, todavia, D. António que, mercê de mil e uma habilidades diplomáticas, conseguiu que Isabel Tudor, rainha de Inglaterra, pusesse à sua disposição uma armada de cerca de 20 000 homens e 'cento e setenta navios grandes e pequenos' para, com ela, reivindicar os seus direitos; e, a 26 de Maio de 1589, os penichenses viram desembarcar, na sua praia do sul, parte dos soldados desse exército, comandados pelo general John Norris.
Depois de uma leve escaramuça com a guarnição da Fortaleza – a que não faltaria, sem dúvida, a indiferença dos poucos portugueses às ordens do oficial castelhano D. Pedro de Gusmão, e que suporiam, talvez, que com a chegada dos bretões seria possível a expulsão do invasor filipino –, a praça foi tomada e o exército inglês caminhou sobre a capital, ao mesmo tempo que, sob o comando do almirante Francis Drake, a esquadra que o desembarcara em Peniche rumava a caminho de Cascais.
Entretanto, entre o receio de uns e a alegria de outros, chegava a Lisboa a nova do desembarque de D. António, passando entre os seus partidários, a segredar-se, num anseio de esperança: 'Vêm aí os nossos amigos… Vêm aí os nossos amigos que desembarcaram em Peniche…'
Mas o exército invasor, e sem que o Prior do Crato tivesse a força suficiente para o evitar, avançava na maior das indisciplinas, devastando e roubando as terras por onde passava – Atouguia, Lourinhã, Torres Vedras, Loures… –, até que, tendo chegado às portas da cidade, acampou nos altos do Monte Olivete onde, pouco depois, os canhões do castelo de S. Jorge, por ordem de D. Gabriel Niño, começaram a despejar metralha. Grande foi a surpresa de John Norris em face desse bombardeamento, pois D. António, para conseguir o indispensável auxílio do exército inglês, teria provavelmente garantido não haver necessidade de combater, visto que seria festivamente recebido em Portugal. E o acampamento foi mudado para a Boa Vista e Bairro Alto, de onde, após um breve recontro com os castelhanos, retirou de novo, desta vez para Esperança.
Dentro das muralhas e durante todas estas manobras, a ansiedade patriótica dos 'antonistas' continuava, segredando a ocultas: 'Será hoje que chegam os nosso amigos?… Virão os nossos amigos de Peniche?…'
D. António bem deve ter insistido e procurado dar novas garantias, mas aquele exército composto de mercenários não poderia sentir o patriotismo e a dor do infeliz e desorientado pretendente; e assim, dias depois e em face do desespero do Prior do Crato, refugiava-se ingloriamente em Cascais, na mesma esquadra que o trouxera de Inglaterra e desembarcara em Peniche.
'– Porque não entram os nossos amigos?… Porque nos abandonam os nossos amigos de Peniche?…'
E foram baldadas todas as ingénuas esperanças dos partidários de D. António, pois o auxílio que a este tinha sido oferecido teria, por certo, menos o interesse de participar generosamente na reconquista da independência de Portugal que humilhar o orgulho e poderio de Espanha através de um golpe de surpresa, aliás coadjuvado pela suposta fácil sublevação do povo português, cansado de extorsões e ignomínias.
Por muito tempo ficou aberta no coração dos 'antonistas', como ferida dolorosa, a desilusão dos amigos desembarcados em Peniche, daqueles amigos que esperavam receber como libertadores e que afinal os tinham abandonado. Mas os homens desembarcados em Peniche, e que traíram as esperanças dos bons portugueses de então, não eram de cá e partiram como vieram, não ficaram em Portugal…"»J.M.C.
01/04/2004[/i]
http://ciberduvidas.sapo.pt/php/resposta.php?id=13442
Cumprimentos