Artilharia do Exército

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Pedro Monteiro

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« Responder #105 em: Julho 06, 2007, 10:58:14 am »
Mais do que os obuses, é nos equipamentos de comando e controlo e aquisição que a Artilharia tem dado importantes passos.
Por exemplo, o Exército irá incorporar o Automatic Fire Control System nos seus M109 A5; o que, conjuntamente com a capacidade dos novos rádios tácticos PRC-525 para transmissão de dados, tornará mais eficiente e rápida a capacidade de resposta da artilharia de campanha da Brigada Mecanizada. Na área da electrónica, a Artilharia tem recebido vários sistemas sofisticados como o caso do Advanced Field Artillery Tactical Data System para planeamento e controlo da direcção de tiro e do Closed Loop Artillery Simulation System para instrução sem recurso a tiro real.

Quanto ao facto da BRR não possuir nenhuma unidade orgânica de artilharia, o actual CEME, na directiva para o Exército para 2007-2009, ordenou a análise do levantamento de uma unidade.
Na minha opinião pessoal, um grupo de artilharia de campanha autopropulsado e um rebocado totalmente equipados com obuses modernos são suficientes para as actuais necessidades de projecção de forças no exterior. Ou seja, mesmo não sendo levantada uma terceira unidade, o Exército possui uma capacidade de resposta muito credível.

Cumprimentos,
Pedro Monteiro
 

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LM

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« Responder #106 em: Julho 06, 2007, 11:23:41 am »
Obrigado! :wink:
Quidquid latine dictum sit, altum videtur
 

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zecouves

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« Responder #107 em: Julho 06, 2007, 11:29:08 am »
Citação de: "Pedro Monteiro"
Mais do que os obuses, é nos equipamentos de comando e controlo e aquisição que a Artilharia tem dado importantes passos.
Por exemplo, o Exército irá incorporar o Automatic Fire Control System nos seus M109 A5; o que, conjuntamente com a capacidade dos novos rádios tácticos PRC-525 para transmissão de dados, tornará mais eficiente e rápida a capacidade de resposta da artilharia de campanha da Brigada Mecanizada. Na área da electrónica, a Artilharia tem recebido vários sistemas sofisticados como o caso do Advanced Field Artillery Tactical Data System para planeamento e controlo da direcção de tiro e do Closed Loop Artillery Simulation System para instrução sem recurso a tiro real.


Palavra chave: INTEGRAÇÃO

Pois é meus caros, a deficiência mais grave do exército português ao nivel operacional não é tanto ao nos sistemas de armas (CC, PANDUR, Espingardas automáticas, etc etc...) mas antes ao nivel dos Sistemas Integrados de Comando e Controlo (SIC2). Por este andar qualquer dia não podemos operar com outras forças estrangeiras e mesmo entre os diversos sistemas operativos do exército português. A artilharia tem os AFATDS mas eu pergunto se ele é interoperável com algum sistema homólogo da manobra? Teremos a artilharia no séc. XXI e a manobra, apoio de serviços, anti-aérea, etc, no séc. XX? Com podem todos os sistemas actuar de forma integrada e coordenada se uns estão a comunicar por sinais de fumo e outros por sistemas digitais? Parece que há falta de visão por parte de quem decide comprar alguns brinquedos ...

Para quê Leopards modernaços, M113 quitados, espingardas fashion e bonitas PANDUR se ninguem conseguir comunicar no futuro com uma força aliada do século XXI?

Se não fui muito explicito talvez ajude ver o que pensam e fazem aqueles que têm dinheiro e sabem o que querem e como deve ser feito: http://www.fas.org/man/dod-101/sys/land/abcs.htm ou http://en.wikipedia.org/wiki/ABCS

Se quiserem saber ainda mais procurem no google em army battle command system

Acho curioso como ainda nenhum forista "abriu" um tópico sobre sistemas de C2 (eu incluido  :oops: ).
 

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Lince

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« Responder #108 em: Julho 06, 2007, 04:54:11 pm »
Citação de: "zecouves"
Acho curioso como ainda nenhum forista "abriu" um tópico sobre sistemas de C2 (eu incluido  :G-Ok:

Brinde-nos com isso, caro zecouves :G-beer2:
Cumprimentos

 

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zocuni

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Delirios
« Responder #109 em: Agosto 04, 2007, 03:48:43 pm »
Tudo bem,

Eu e meus delirios auto-propulsados.Imagens irreais!!!
PHZ 2000
http://www.kmweg.de/frame.php?page=19

MARS

http://www.kmweg.de/frame.php?page=20

AGM

http://www.kmweg.de/frame.php?page=21


Isto tudo com os Leopard A6,ficaria sem graça...


Abraços,
zocuni
 

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typhonman

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« Responder #110 em: Agosto 28, 2007, 12:59:38 am »
Para refectir

Citar
SISTEMAS DE DEFESA ANTIAÉREA
- Novos Equipamentos -
 

Artigo realizado pela

SET/RAAA 1

 

 

Em Dezembro de 1932, o Exército Português adquire o seu primeiro material de Antiaérea, proveniente de Inglaterra, a peça “Vickers-Amstrong” de 75mm, com um alcance de 9.200 m e uma cadência máxima de 15 tiros por minuto. Esta peça cujo único exemplar existente em Portugal se encontra no Museu do Regimento de Artilharia Antiaérea nº1, viria a equipar as 3 primeiras Baterias, do Grupo de Artilharia Contra Aeronaves (GACA), criado em 17 de Junho de 1935.

 A constituição desta 1ª Unidade de Artilharia Antiaérea em Portugal, a implementação do dispositivo de Defesa Antiaérea de Lisboa (DAAL) e a entrada ao serviço, no início da década de 90, dos sistemas míssil Portátil Stinger e míssil Ligeiro Chaparral, constituem-se como principais marcos da Artilharia Antiaérea em Portugal. Mas a antiaérea, pode e deve ser mais do que uma vertente histórica do Sistema de Forças Nacional. Quem ouvisse os noticiários do dia 08 de Março, do presente ano, poderia ser levado a pensar que se tratava de um seminário televisionado sobre a Antiaérea. Em primeiro lugar, a alusão às medidas de segurança em redor da cimeira de Madrid, sobre terrorismo, que passavam pela implementação de um dispositivo de defesa antiaérea nesta cidade. De seguida a realização de testes do sistema de defesa antiaérea PATRIOT, em Taiwan, e a consequente reacção do Estado Chinês.

  E em Portugal, que espaço deverá ter a antiaérea no nosso Sistema          de forças?

 

Debates sobre o terrorismo e a nova ameaça, a necessidade de protecção aérea em eventos de alta visibilidade, tais como o Euro 2004 ou a cimeiras no âmbito da União Europeia, levam-nos a reflectir sobre o papel da Antiaérea na protecção de pontos e áreas sensíveis. A missão de Defesa Aérea, conferida primariamente à Força Aérea pode ser susceptível de alguma reflexão, pois este ramo não dispõe de Mísseis SHORAD                 (Short-Range Air Defense) ou HIMAD (High to Medium Altitude Air Defense), nem de doutrina de emprego, experiência ou tradição, para a sua utilização, de forma a poder cumprir cabalmente esta missão.

Sobre esta matéria dizia Sua Excelência o General Chefe de Estado Maior do Exército, em entrevista ao Jornal do Exército: “Em matéria de prevenção e combate ao terrorismo, a intervenção do Exército deve fazer-se com as Unidades existentes. O único aspecto a desenvolver é o do planeamento e treino da defesa de áreas e pontos sensíveis”.

Para melhor avaliar as nossas necessidades, e sem qualquer tipo de complexos, decidimos analisar alguns dos Sistemas que constituem a arquitectura de defesa aérea do País que historicamente seguimos como doutrina de referência, os Estados Unidos da América.  

A utilização de sistemas SHORAD tipo Stinger, são de novo a base da arquitectura de defesa aérea dos EUA, pois providenciam a mobilidade e fogo em movimento necessários para o apoio à manobra da força.

Os sistemas SHORAD têm quatro componentes básicos:

 

Os mísseis, as plataformas de lançamento, os radares e os sistemas de Comando e Controlo, FAAD C 2I (Forward Area Air Defense Command, Control & Intelligence).

O sistema SHORAD está em fase de transição do seu papel fundamental de protecção da força, para um novo conceito, o – EAADS – (Enhanced Area Air Defense System).

As capacidades do EAADS conjugam a função clássica de protecção contra as ameaças tradicionais (aeronaves de asa fixa e helicópteros) de mísseis e de UAV’s, com uma nova valência contra ameaças RAM (rockets, artilharia e morteiros), utilizando sistemas de energia dirigida.

A corrente arquitectura do AMD (Air and Missile Defense), programa base de todo o sistema de defesa aérea, consiste em lançadores, mísseis, sensores e sistemas de comando e controlo, operando de forma conjunta e integrada.

A capacidade EAADS irá combater lado a lado com a actual capacidade SHORAD que irá substituir gradualmente.

O EAADS irá aumentar em grande escala a capacidade de defesa contra mísseis cruzeiro, UAVs (Unmanned Aerial Vehicles), aeronaves de asa fixa e helicópteros em relação aos sistemas SHORAD existentes (Avenger, Linebacker).

As capacidades iniciais do EAADS serão alcançadas através da integração de sistemas SLAMRAAM (Surface Launched Advanced Medium Range Air-to-Air Missile), do sistema radar SENTINEL, complementado por outros sensores, e de sistemas de comando e controlo.

Os sistemas SLAMRAAM fazem parte do bloco I de desenvolvimento do sistema EAADS, que aumenta o alcance na protecção da futura força.

As capacidades do bloco I do sistema EAADS serão maximizadas com o sistema SLAMRAAM, com  o desenvolvimento da unidade de tiro e do sistema de comando e controlo BMC4 I, com a integração do SENTINEL e do JLENS (Joint Land Attack Cruise Missile Defense Elevated Netted Sensors System).

O sistema SENTINEL é um radar de aquisição tridimensional com um alcance de 40 Km.

O Sentinel transmite a sua imagem radar via link radio, este sistema será transformado através do programa ETRAC (Enhanced  Target Range and Classification) o que permitirá  aumentar para o dobro o alcance de detecção e servirá de apoio ao sistema SLAMRAAM.

Integrado no sistema EAADS, o MTHEL (Mobile Tactical High Energy Laser) surge como a sua peça basilar que transforma e confere novas capacidades à defesa antiaérea, programa desenvolvido com base no conceito de energia dirigida, integrando tecnologia capaz de adquirir, fazer o seguimento, empenhar-se e destruir munições de morteiros e de artilharia e mísseis balísticos.

O MTHEL, em exercícios, provou a sua eficácia abatendo 28 rockets e 5 granadas de 155mm.

Como único sistema de defesa antiaéreo na zona avançada, surge o Stinger, um sistema míssil de guiamento por Infra Vermelhos e Ultra Violetas, do tipo Fire and Forget, MANPAD e que pode ser montado em diversas plataformas, nomeadamente em unidades de tiro Avenger (8 mísseis prontos a disparar e alcance máximo eficaz de 10Km), no helicóptero Black Hawk e no Bradley Linebacker (4 mísseis prontos a disparar e alcance máximo eficaz de 10Km).

Um degrau acima, na arquitectura de defesa aérea, actua o sistema MEADS (Medium Extended Air Defense System) que confere protecção aérea integrada, contra ataques de mísseis às forças terrestres e outros elementos críticos durante todas as fases das operações.

 

O MEADS irá operar na protecção de zonas de reunião e zonas de desembarque, bem como conferir protecção na área de responsabili-dade da divisão, durante a marcha para o contacto e noutras operações decisivas.

O sistema irá conferir protecção antiaérea a pontos críticos de Corpo e Divisão e defesa contra ataques múltiplos e simultâneos de mísseis balísticos e outros vectores aéreos que se constituam como ameaça para a força. É rapidamente aerotransportado em C-130, tem grande mobilidade para apoiar e proteger os elementos da força, a sua arquitectura modular aumenta a sua sobrevivência e flexibilidade de emprego perante diferentes configurações da operação.

Permite também uma maximização do poder de fogo com redução de pessoal e de requisitos logísticos.

Este sistema utiliza o míssil PATRIOT e é desenvolvido por três nações USA, Alemanha e Itália,

O sistema míssil PATRIOT tem por missão conferir protecção antiaérea contra ataques aéreos efectuados por aeronaves, mísseis balísticos e cruzeiro a elementos críticos pertencentes ao escalão Corpo de Exército ou superior.

O PAC-2, que é um melhoramento do sistema, dá uma capacidade acrescida de defesa táctica contra mísseis.

A Unidade Táctica fundamental é a Bateria constituída por um radar de fase, uma estação de controlo de empenhamentos, ECS (Engagement Control Station) , uma central de electricidade, o grupo da antena, um grupo de comunicações e as plataformas de lançamento.

O radar confere ao sistema todas as funções tácticas de vigilância do espaço aéreo, detecção de alvos e seguimento para além de guiamento de mísseis, no apoio a um empenhamento.

A ECS garante a introdução do elemento humano no comando e controlo das operações.

Cada estação de lançamento contêm quatro mísseis prontos a disparar selados em canisters que têm a dupla função de contentores e tubos de lançamento.

A capacidade de reacção rápida do sistema PATRIOT, o seu poder de fogo, a capacidade de seguir vários alvos simultanea-mente e de operar num ambiente saturado em medidas e contra medidas electrónicas são melho-rias significativas em relação a outros sistemas de defesa aérea.

O PAC-3 (Patriot Advanced Capability) incorpora principal-mente melhorias ao nível da ECS e do Radar, e apresenta um     novo míssil que utiliza tecnologia     Hit-To-Kill, para uma maior eficácia contra mísseis balísticos tácticos (TBMs) com ogivas de destruição maciça, somada á possibilidade de aumentar para o número de 16 a quantidade de mísseis por lançador.

A missão primária do PAC-3 é o abate de TBMs, de mísseis cruzeiro e aeronaves, melhorando as capacidades de interoperabilidade com sistemas conjuntos.

O JTAGS (Joint Tactical Ground Station) é um dos programas ainda em desenvolvimento que permitirá ao comandante ter actualizado um sistema de processamento de informação para um plano de contingência ou em tempo de guerra.

O JTAGS recebe informação de três sensores que pertencem ao programa DSP (Defense Support Program), para determinar pontos de lançamento, trajectórias e pontos prováveis de impacto de mísseis balísticos tácticos.

Esta informação utiliza sistemas de comunicações, de sistemas anteriores, já existentes, o que diminui o tempo de transmissão de dados e permite ao comandante tomar acções de retaliação em tempo oportuno com o objectivo de empenhar e destruir ameaças e proteger elementos críticos nas áreas projectadas de impacto.

Ao longo da última década, os comandantes de teatro têm insistente-mente referido a necessidade da existência de um sistema de aviso prévio contra mísseis.  

O JLENS (Joint Land Attack cruise missile Defense Elevated Netted Sensors System) é um sensor de baixo custo que permite a detecção acima da linha do horizonte de mísseis cruzeiro.

O sistema utiliza aeróstatos que operam a cerca de 15.000 pés por períodos limitados de tempo de operação.

O JLENS é constituído por um radar de vigilância e um radar de iluminação.

O radar de vigilância fornece uma imagem aérea de grande alcance com capacidades de identificação IFF (Identification Friend or Foe).

O radar de iluminação é um dirigível com peso mínimo, capaz de detectar alvos múltiplos num determinado sector.

O JLENS autonomamente faz o seguimento de alvos, operado local-mente ou por controlo remoto e aceita pedidos externos para seguimentos de precisão e apoio a empenhamentos.

Como elemento chave no apoio à formação de uma imagem aérea comum, o JLENS integra informação de vários sensores e redes de comando e controlo, para fornecimento da mesma aos sistemas de armas.

O JLENS fornece ao comandante as seguintes capacidades:

 

–  Detecção e seguimento de ameaças voando a baixas altitudes (mísseis cruzeiro e aeronaves), que podem não ser detectadas por sensores terrestres como consequência do mascaramento ou da falta de linha de sítio para os alvos.

–  Apoio a armas antiaéreas como o PATRIOT e sistemas míssil SLAMRAAM.

–  Detecção de movimentos de alvos de superfície inimigos.

 

O Exército Americano, em Janeiro de 2003, validou os requisitos de protecção da força para as suas forças no Iraque. Estas forças foram submetidas a fogos indirectos, na sua área de responsabilidade, que afectaram a capacidade da força fornecer segurança adequada a aeródromos e bases avançadas.

Estes e outros ataques inopinados, aumentaram consideravelmente a necessidade de detectar e identificar movimentos que se tornem ameaça a uma distância suficiente, para uma tomada de decisão táctica.

O JLENS colmatou a baixo custo esta necessidade operacional tendo os primeiros sistemas entrado em pleno funcionamento pleno em Março de 2003.

O sistema é agora conhecido como RAID (Rapid Aerostat Initial Deployment) e a sua missão é  fornecer protecção à força e segurança às forças da coligação.

Seria despropositado e irreal, como consequência de vários condiciona-lismos, pensarmos numa arquitectura de defesa aérea desta envergadura, para Portugal. No entanto, a valori-zação dos quadros, o acompanhamento e estudo da evolução de modelos de sucesso para melhor equacionarmos soluções para os desafios que nos são colocados, são e serão sempre úteis à evolução do nosso Exército.  

 

Perante um Mundo em continua transformação e com o aumento da diversidade, letalidade e proliferação de múltiplas plataformas que se podem constituir como ameaças, o Exército tem que desenvolver uma estratégia de defesa aérea em que a aquisição de Sistemas Míssil que preencham os requisitos impostos pelas novas ameaças aéreas, terão um papel fundamental.

Novas ameaças aéreas conferem, a potenciais nações inimigas, ou grupos terroristas, uma variedade de opções que permitem afectar qualquer fase de uma operação, ou atingir infra-estruturas, em território Nacional, assim nos próximos 20 anos, evoluções significativas na defesa aérea e antí-míssil são esperadas. O Regimento de Artilharia Antiaérea nº1, continuará a desenvolver estudos e a acompanhar estas evoluções, com o objectivo de responder a solicitações e elaborar pareceres que permitam contribuir para a tomada de decisão nesta área da Defesa.


O sistema Avenger está em processo de vinda para o Exército, faltava mesmo um SHORAD e o SLAMRAAM.
 

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Bravo Two Zero

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« Responder #111 em: Agosto 28, 2007, 09:27:59 pm »
Citar
O sistema Avenger está em processo de vinda para o Exército, faltava mesmo um SHORAD e o SLAMRAAM.


O sistema SHORAD é baseado nas várias configurações do FIM-92 Stinger, ou seja, a versão portátil (shoulder-fired), o M1097 Avenger e o M6 Linebacker, curiosamente este último parece que vai ser retirado de serviço nos States.
"Há vários tipos de Estado,  o Estado comunista, o Estado Capitalista! E há o Estado a que chegámos!" - Salgueiro Maia
 

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fischt75

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« Responder #112 em: Agosto 30, 2007, 12:13:39 am »
Citação de: "Pedro Monteiro"
Mais do que os obuses, é nos equipamentos de comando e controlo e aquisição que a Artilharia tem dado importantes passos.
Por exemplo, o Exército irá incorporar o Automatic Fire Control System nos seus M109 A5; o que, conjuntamente com a capacidade dos novos rádios tácticos PRC-525 para transmissão de dados, tornará mais eficiente e rápida a capacidade de resposta da artilharia de campanha da Brigada Mecanizada. Na área da electrónica, a Artilharia tem recebido vários sistemas sofisticados como o caso do Advanced Field Artillery Tactical Data System para planeamento e controlo da direcção de tiro e do Closed Loop Artillery Simulation System para instrução sem recurso a tiro real.

Cumprimentos,
Pedro Monteiro


É importante que assim seja porque segundo um relato de um colega que fez tropa já vai ai uns 3 anos, estava destacado a um M-109, num exercício em que apareceu uma comitiva de políticos e representantes militares estrangeiros, eles tinham de dar 3 salvas com munição real em alvos com coordenadas diferentes, dos 3 tiros nenhum caiu nem perto do alvo, mas o pior foi o 3º que caiu demasiado perto da tribuna, a partir desse dia ele e os colegas passaram a varrer as sarjetas da base em Santa Margarida. Isso também me faz lembrar o episódio do teste de tiro dos Chaparral!!!!
Que apostem em alguma coisa ou modernizar ou comprar novos mas não comprem lixo.
Já dizia o ditado “O BARATO SAI CARO”.
Portugal
 

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TazMonster

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« Responder #113 em: Agosto 30, 2007, 12:26:19 am »
Citação de: "fischt75"
Citação de: "Pedro Monteiro"
Mais do que os obuses, é nos equipamentos de comando e controlo e aquisição que a Artilharia tem dado importantes passos.
Por exemplo, o Exército irá incorporar o Automatic Fire Control System nos seus M109 A5; o que, conjuntamente com a capacidade dos novos rádios tácticos PRC-525 para transmissão de dados, tornará mais eficiente e rápida a capacidade de resposta da artilharia de campanha da Brigada Mecanizada. Na área da electrónica, a Artilharia tem recebido vários sistemas sofisticados como o caso do Advanced Field Artillery Tactical Data System para planeamento e controlo da direcção de tiro e do Closed Loop Artillery Simulation System para instrução sem recurso a tiro real.

Cumprimentos,
Pedro Monteiro

É importante que assim seja porque segundo um relato de um colega que fez tropa já vai ai uns 3 anos, estava destacado a um M-109, num exercício em que apareceu uma comitiva de políticos e representantes militares estrangeiros, eles tinham de dar 3 salvas com munição real em alvos com coordenadas diferentes, dos 3 tiros nenhum caiu nem perto do alvo, mas o pior foi o 3º que caiu demasiado perto da tribuna, a partir desse dia ele e os colegas passaram a varrer as sarjetas da base em Santa Margarida. Isso também me faz lembrar o episódio do teste de tiro dos Chaparral!!!!
Que apostem em alguma coisa ou modernizar ou comprar novos mas não comprem lixo.
Já dizia o ditado “O BARATO SAI CARO”.


Pois... nestes casos o material não tem nada a ver... é mais metidela de patas. O tiro de Artilharia é todo ele um processo muito permissivel ao erro.
Desde o Observador localizar mal o OBJ e a ele. Um pequeno desvio na implantação da prancheta, um calculo em que se soma e devia subtrair. Só quem sabe do assunto...
Taz
 

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jmg

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« Responder #114 em: Setembro 05, 2007, 11:12:54 am »
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Acho curioso como ainda nenhum forista "abriu" um tópico sobre sistemas de C2 (eu incluido  ).
 
 

Podem pesquisar o SICCE (sistema integrado de comando e controlo do exercito).
É um projecto nacional a cargo da arma de transmissões que já é frequentemente utilizado em exercicios CPX.
Não te fies de mim, se te faltar valentia.
(Inscrição gravada num antigo punhal.Autor desconhecido)

ΜΟΛΩΝ ΛΑΒΕ
 

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jmg

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« Responder #115 em: Setembro 05, 2007, 11:20:26 am »
E já agora muito se fala de artilharia de campanha e de anti aérea, mas será que alguém me pode esclarecer quanto a situação da nossa artilharia de costa. Somos um país com um litoral extenso penso que não se deveria descurar este campo.
Lembro-me de visitar os complexos de costa na madeira quando estive colocado no RG3. Infraestruturas impressionantes, mas segundo os artilheiros o material já estava praticamente obsoleto.....
Não te fies de mim, se te faltar valentia.
(Inscrição gravada num antigo punhal.Autor desconhecido)

ΜΟΛΩΝ ΛΑΒΕ
 

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nelson38899

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« Responder #116 em: Setembro 05, 2007, 11:30:35 am »
boas

Segundo me disseram a unidade de artilharia de costa foi extinta por volta de 93 e o pessoal foi integrado na artilharia de campanha. Em termos de defesa das ilhas, são usados canhões tipo o ligthing gun de 105 mm.


Cump.
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Bravo Two Zero

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« Responder #117 em: Setembro 05, 2007, 10:39:55 pm »
Citação de: "nelson38899"
boas

Segundo me disseram a unidade de artilharia de costa foi extinta por volta de 93 e o pessoal foi integrado na artilharia de campanha. Em termos de defesa das ilhas, são usados canhões tipo o ligthing gun de 105 mm.


Cump.


Não creio que haja L-119 de 105mm colocados nos arquipélagos. Quanto muito, alguma bateria de Oto-Melara 56 nos Açores. Na Madeira, só o CSR de 106mm montado num Cournil, aparte as peças de museu já mencionadas pelo jmg
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Duarte

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« Responder #118 em: Setembro 06, 2007, 12:06:06 am »
Citação de: "Bravo Two Zero"
Citação de: "nelson38899"
boas

Segundo me disseram a unidade de artilharia de costa foi extinta por volta de 93 e o pessoal foi integrado na artilharia de campanha. Em termos de defesa das ilhas, são usados canhões tipo o ligthing gun de 105 mm.


Cump.

Não creio que haja L-119 de 105mm colocados nos arquipélagos. Quanto muito, alguma bateria de Oto-Melara 56 nos Açores. Na Madeira, só o CSR de 106mm montado num Cournil, aparte as peças de museu já mencionadas pelo jmg


Não há Light Gun nas Ilhas. Já li aqui que havia os Oto, mas tanto quanto sei, o orgânica do RG2 não tem bataria de artilharia de campanha, nem de costa. Talvez estejam armazenados no RG2 para emprego eventual?
слава Україна!

“Putin’s failing Ukraine invasion proves Russia is no superpower"

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jmg

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« Responder #119 em: Setembro 06, 2007, 10:42:13 am »
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Não há Light Gun nas Ilhas. Já li aqui que havia os Oto, mas tanto quanto sei, o orgânica do RG2 não tem bataria de artilharia de campanha, nem de costa. Talvez estejam armazenados no RG2 para emprego eventual?

Provavelmente hoje em dia se aposte na dissuasão submarina como melhor arma para a defesa dos arquipelagos. Não há dúvidas que o futuro submarino, furtivo e armado de misseis será um bom defensor do nosso território.
Não te fies de mim, se te faltar valentia.
(Inscrição gravada num antigo punhal.Autor desconhecido)

ΜΟΛΩΝ ΛΑΒΕ