Guiné-Bissau

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Cabeça de Martelo

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Guiné-Bissau
« em: Outubro 29, 2005, 05:13:28 pm »
Guiné-Bissau sem governo
 
Uma decisão de Nino Vieira, no 1º mês de mandato
 
    O presidente da Guiné-Bissau demitiu, esta sexta-feira, o Governo do primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior. A decisão foi anunciada ao país através da Rádio Difusão nacional.
 
Uma decisão que faz com que as ruas de Bissau estejam a ser completamente patrulhadas pelo exército.

O presidente, Nino Vieira alega "crispação de relações" entre os órgãos de soberania e adianta que o governo "inviabiliza o regular funcionamento das instituições do país".

A decisão do presidente guineense, surge menos de um mês depois de ter tomado posse e põe termo a 17 meses de governação de Carlos Gomes Júnior.

Lá vamos nós outra vez; avisem os Fuzos que eu aviso o meu ppl!  :twisted:
7. Todos os animais são iguais mas alguns são mais iguais que os outros.

 

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Rui Elias

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« Responder #1 em: Dezembro 29, 2005, 11:40:07 am »
Entretanto já formou novo Governo.

Aparentemente Nino Vieira está a expurgar dos cargos governamentais todos os elementos do PAIGC, o seu antigo partido, desde as lutas pela independência.

O mais triste é que sendo dos países mais pequenos de África a instabilidade politico-militar é endémica, praticamete desde a independência, apesar desta ter sido conseguida apenas por um único partido.

Se Amilcar Cabral soubesse, daria voltas no seu túmulo.
 

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typhonman

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« Responder #2 em: Dezembro 30, 2005, 07:44:22 pm »
Coitados.. Ainda aquilo não têm riquezas naturais.. como Angola.. Se tivesse era golpes todos os dias.
 

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NotePad

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Re: Guiné
« Responder #3 em: Dezembro 30, 2005, 08:07:43 pm »
...
« Última modificação: Fevereiro 25, 2007, 06:09:56 am por NotePad »
 

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Lancero

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« Responder #4 em: Janeiro 10, 2007, 04:46:57 pm »
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Guiné-Bissau: Polícia com ordem para deter líder do PAIGC, que se refugiou ONU

Bissau, 10 Jan (Lusa) - Elementos das forças de segurança guineenses encontram-se defronte da sede do PAIGC para, alegadamente, executar um mandado de captura visando o líder do partido, Carlos Gomes Júnior, que se refugiou na sede das Nações Unidas, em Bissau.

      Um corpo de 12 elementos das Brigadas de Intervenção Rápida (BIR) deslocou-se hoje à residência do líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), onde não o encontrou, seguindo depois para a empresa de que este é proprietário e, por último, para a sede da força política.

      Cerca das 12:30 locais (mesma hora em Lisboa), Carlos Gomes Júnior saiu por uma porta lateral da sede do partido e, em breves declarações a jornalistas, entre eles o da Lusa, afirmou "desconhecer" o que se passava, mas adiantou ter "percebido" que havia uma ordem para o deter.

      "Desconheço o que se passa, mas sei que há uma ordem para me prender. Estão forças da polícia a cercar a sede do partido, mas eu sou deputado e, como tal, tenho imunidade parlamentar", disse Carlos Gomes Júnior.

      O líder do PAIGC, que seguiu para a delegação da ONU na capital guineense, disse estar disposto a responder a quaisquer acusações de que venha a ser alvo, uma vez que, sublinhou, "sempre" colaborou com a Justiça.

      "Estamos num Estado de Direito e colaborarei com a Justiça, tal como sempre fiz. Mas sou deputado e tenho imunidade parlamentar", insistiu.

      A Lusa não conseguiu confirmar a origem do mandado de captura, embora fontes partidárias tenham avançado que este só poderá vir da Procuradoria-Geral da República (PGR).

      Em causa, acrescentaram fontes do PAIGC, estarão as declarações de Carlos Gomes Júnior feitas segunda-feira à Agência Lusa, em que o líder do partido responsabilizou o presidente guineense, João Bernardo "Nino" Vieira, pelo assassínio do antigo Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), comodoro Lamine Sanhá.

      Lamine Sanhá faleceu sábado último, dois dias depois de ter sido atingido com quatro tiros por um grupo de desconhecidos que o abordaram próximo da sua residência no Bairro Militar, arredores de Bissau.

      Na terça-feira, a Presidência da República da Guiné-Bissau refutou as alegações contra "Nino" Vieira, afirmando que as declarações de Gomes Júnior "não passam de uma mera caixa de propaganda hostil, que visam denegrir a boa imagem" do presidente guineense.

      Também na terça-feira, em conferência de imprensa, o Procurador-Geral da República guineense, Fernando Jorge Ribeiro, admitiu que as afirmações do líder do PAIGC constituem um tipo de denúncia enquadrada na lei penal.

      Segundo referiu na altura, a PGR "está atenta a toda e qualquer denúncia pública sobre este e outros casos" e tudo o que puder ajudar a desvendar o assassínio de Liamine Sanhá será tomado em conta.  Na sede das Nações Unidas em Bissau encontram-se já representantes da embaixada de Portugal e da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).


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Guiné-Bissau: PAIGC fala de "esquadrões da morte" a propósito assassínio ex-CEM A

Bissau, 09 Jan (Lusa) - O Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) denunciou hoje a existência de alegados "esquadrões da morte" a propósito do assassínio do ex-Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA) Lamine Sanhá.

      Em comunicado do "bureau" político, assinado pelo presidente do partido, Carlos Gomes Júnior, refere-se que devido aos últimos acontecimentos ocorridos, incluindo o espancamento do opositor Silvestre Alves por desconhecidos, paira no país o espectro dos "esquadrões da morte".

      Sobre o assassínio de Lamine Sanhá, o PAIGC manifesta a sua "profunda indignação, perante e silêncio" das autoridades, acusando-as de não darem "no momento oportuno (à) o apoio imediato em termos de uma rápida e pronta evacuação, sem falar da necessária protecção (à) face às ameaças de morte" feitas ao comodoro.

      Lamine Sanhá faleceu no passado sábado numa clínica privada em Bissau, em consequência dos eira, quando foi atingido a tiro por desconhecidos que se puseram em fuga.

      Na segunda-feira, em declaraior responsabilizou o Presidente guineense pelo assassínio de Lamine Sanhá, afirmando não ter "quaisquer dúvidas" de que se tratou de "um ajuste de contas" com elementos da Junta Militar que o derrubou em 1999.

      Hoje, a Presidência da República refutou as alegações do líder do PAIGC, considerando que não passavam de "uma mera caixa de propaganda hostil, que visa denegrir a boa imagem" de "Nino" Vieira.  O comunicado do PAIGC divulgado hoje à tarde levanta ainda uma série de questões sobre as quais diz aguardar por respostas "de quem de direito".

      Concretamente, o PAIGC pretende saber "quem está a caucionar a livre circulação da droga no país, quem serve o espancamento de opositores políticos, quem serve o bárbaro assassinato de Lamine Sanhá".

      Dirigindo-se ao governo e ao presidente da República, o documento refere que existe, de facto, um "sepulcral e inaceitável silêncio" de João Bernardo "Nino" Vieira, na sua qualidade de garante da Constituição e de Aristides Gomes (primeiro-ministro) como garante da ordem e paz pública.

      "Numa análise fria e objectiva deste rol de tristes e perigosos actos", o PAIGC entende ainda questionar se "não será muita coincidência esta série de acontecimentos" ou se será o início de "um processo de ajuste de contas?", questiona-se no comunicado.

      Para clarificar a situação e sobretudo a morte do ex-CEMA o PAIGC convida organizações sub-regionais e internacionais, nomeadamente o Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas e a Amnistia Internacional a "ajudarem a Guiné-Bissau".

   
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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pedro

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« Responder #5 em: Janeiro 10, 2007, 05:27:40 pm »
Cada vez pior.
Sera que eles nao tem nada dentro da cabeca.
Cumprimentos
 

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Lancero

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« Responder #6 em: Janeiro 10, 2007, 07:05:11 pm »
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Guiné-Bissau: ONU confirma presença líder PAIGC na sua sede em Bissau

Bissau, 10 Jan (Lusa) - A representação das Nações Unidas em Bissau confirmou hoje a presença do presidente do PAIGC, Carlos Gomes Júnior, nas instalações da organização na capital guineense.

      Segundo um comunicado do Gabinete das Nações Unidas de Apoio à Consolidação da Paz na Guiné-Bissau (UNGBIS), Carlos Gomes Júnior procurou refúgio nestas instalações depois de ter conhecimento que a polícia pretendia detê-lo a mando do ministro do Interior.

      "A UNGBIS está a envidar os esforços necessários em estreita ligação com as autoridades guineenses para tentar encontrar uma solução para este problema", lê-se no comunicado.

      Presidente do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), o antigo primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior, actualmente deputado, conseguiu chegar às instalações das Nações Unidas, em Bissau, por volta das 13:00 (mesma hora de Lisboa), evitando um corpo de agentes da polícia que foram à sede do partido com o objectivo de o levar para interrogatório no Ministério do Interior.

      O mesmo documento refere as recentes declarações do novo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, segundo os quais a organização está "bastante preocupada" com os últimos acontecimentos na Guiné-Bissau.

      "Para as Nações Unidas qualquer perda de vida humana é motivo de preocupação", diz o comunicado, sublinhando ainda que a ONU espera que as partes envolvidas nas disputas políticas, "não permitirão que a impunidade prevaleça" no país.

      Fonte diplomática em Bissau garantiu à Lusa, entretanto, que Carlos Gomes Júnior se mantém (até as 18:30, mesma hora em Lisboa) na sede da UNOGBIS.

      A direcção, o "bureau" político e o Comité Central do PAIGC estão reunidos em Bissau para analisar a situação que envolve o seu líder.

      A Agência Lusa tentou, por diversas vezes obter reacções do governo e da Procuradoria-geral da República sobre a tentativa de detenção do líder do PAIGC, mas todas se revelaram infrutíferas.
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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Luso

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« Responder #7 em: Janeiro 10, 2007, 07:27:42 pm »
Realmente, a Guiné é um espanto.
Porque não fazem um referendo para saber se querem ser uma região autónoma de Portugal?
Teriam certamente paz e dignidade, agora que as mentiras "progressistas" já se exibiram demasiado.

Fazia-nos bem ao ego e eles teriam pelo menos as ruas limpas e alcatroadas.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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papatango

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« Responder #8 em: Janeiro 10, 2007, 10:00:09 pm »
Citação de: "Luso"
Porque não fazem um referendo para saber se querem ser uma região autónoma de Portugal?
Teriam certamente paz e dignidade, agora que as mentiras "progressistas" já se exibiram demasiado.


 :shock:  :shock:

A Guiné?
Ainda ganhava o sim  :oops:

Lembre-se das palavras do Salazar: Se cai uma caem todas.
Ainda se criava um precedente :shock:
Não temos dinheiro para perder com ingratos!!!

Quiseram ser independentes, tenham muito boa saúde e desejo-lhes muitas felicidades, serão sempre muito bem vindos quando vierem a Portugal (desde que tenham dinheiro para pagar a estadia) mas acho que já démos damasiado para esses peditórios.

Pessoalmente não olho os países fricanos com paternalismo, porque acho que todas as pessoas são iguais, por isso acho que devem ganhar juízo e olhar para o lado para Cabo Verde, que é um deserto, e onde a renda per capita já ultrapassou os 6.000 dolares (eram a mais miserável das colonias e por este andar ultrapassam o Brasil como segundo mais rico país de lingua portuguesa).

Cumprimentos


PS:
Cabo Verde, isso sim valia a pena, agora a Guiné?
Um pantano, onde 35% do país desaparece na maré cheia...
Só para turismo.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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typhonman

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« Responder #9 em: Janeiro 10, 2007, 10:15:58 pm »
Para mim nem para Turismo :lol:
 

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Lightning

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« Responder #10 em: Janeiro 10, 2007, 10:25:24 pm »
Citação de: "Typhonman"
Para mim nem para Turismo :lol: .
 

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Luso

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« Responder #11 em: Janeiro 10, 2007, 10:46:55 pm »
Citação de: "papatango"
PS:
Cabo Verde, isso sim valia a pena, agora a Guiné?
Um pantano, onde 35% do país desaparece na maré cheia...
Só para turismo.


Tststs.. :shock:
O primeiro exportador mundial de mangas e camarãozinho-da-costa!
E cricos!
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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papatango

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« Responder #12 em: Janeiro 10, 2007, 10:53:39 pm »
Temos aqui muito Estuario do Sado para fazer aquacultura piscicultura, e se calhar até baleiocultura. :mrgreen:

Se bem tratados, os nossos recursos aquiferos principais 100% portugueses (rio Mondego e rio Sado) podem produzir muito. Para quê investir no estrangeiro quando o podemos fazer aqui.

De qualquer forma, investimento por investimento, podemo até investir lá, desde que se contrate uma pequena força de defesa e se besuntem umas mãos. Tiramos o peixe e não precisamos de dar mais nada que os empregos que bem falta fazem.

A verdade é que estamos muito melhor sem encargos, que com pesos mortos que só servem para aumentar o deficit do estado.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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ricardonunes

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« Responder #13 em: Janeiro 10, 2007, 11:00:19 pm »
Citação de: "papatango"
A verdade é que estamos muito melhor sem encargos, que com pesos mortos que só servem para aumentar o deficit do estado.

Cumprimentos


A ideia que tenho é que não eram pesos mortos, mas sim produtores de riqueza, isto quando foram geridos convenientemente.
Potius mori quam foedari
 

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papatango

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« Responder #14 em: Janeiro 10, 2007, 11:16:05 pm »
-> Ricardo Nunes

Todas as colónias eram deficitárias.
Salazar tentou tudo por tudo para as transformar em colónias viáveis, do ponto de vista económico, o que no futuro poderia até levar à independência.

Só Angola conseguiu atingir um equilibro orçamental aceitável, e apenas nos anos 70.

Nenhuma das colónias pagava nem de perto nem de longe os custos que o continente tinha com a guerra.

Em Moçambique, havia mesmo a ideia de que a guerra era uma coisa entre uns movimentos lá muito longe no norte e o governo de Lisboa e queixavam-se dos impostos acusando o governo de Lisboa de os explorar.

Moçambique sempre foi um sorvedouro de dinheiro e seria deficitário mesmo que não houvesse guerra.

Cahora Bassa, foi uma das tentativas para fazer investimentos enormes para produzir um choque na economia de Moçambique que ajudasse o resto da economia (nomeadamente empresas portuguesas de construção).

Mas não resultou em nada.

Da Guiné então nem se fala. Não produzia praticamente nada a não ser militares mortos na defesa de um charco cheio de insectos.

=  = = =
Nota: A Guiana Francesa nem chega a ter 10% da população da Guiné Bissau, ou seja: A população da Guiana Francesa representa 0.16% da população francesa. A Guiné representaria qualquer coisa como 12.5% da população, ou seja 78 vezes mais. :mrgreen:

Cumprimentos
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