Muitos criticam a ideia de uma guarda costeira porque, dizem, é uma duplicação de esforços, meios e orçamentos. No entanto, temos a Marinha e a GNR a meterem-se onde não devem e a duplicarem-se uma à outra e as críticas não param. Então em que é que ficamos?
Quanto a mim é simples: a criação de uma Guarda Costeira, com um enquadramento legal semelhante ao da GNR. Seria basicamente a GNR da Marinha, que formaria os oficiais do novo corpo na Academia Naval, à semelhança do que acontece com formação dos oficiais da GNR na Academia Militar. Do novo corpo militar fariam parte: a UCC da GNR e tudo o que faz actualmente parte da AMN (Polícia Marítima, ISN, faróis, capitanias, etc.). Os navios patrulha da Marinha (até aos NPO) passariam para o novo corpo. Naturalmente, a Marinha ainda teria alguns patrulhas para missões de soberania e poderiam reter alguns NPO's para missões mais musculadas. Gradualmente as missões de SAR costeiro e marítimo passariam para a GC (e porque não os EH101). O novo corpo militar seria ainda responsável pelo combate à poluição. Grupos de abordagem da GC seriam embarcados em navios da Marinha para missões policiais (à semelhança do que faz a USCG nos navios da US Navy). E durante muitos anos a Guarda Costeira ainda albergaria tachos com fartura para os oficiais da Marinha. Parece-me relativamente simples.
O maior problema seria manter a PSP de fora porque esta, rapidamente, formaria a sua unidade costeira.
Mas era simples: era deixá-los prosseguir e depois incorporar a nova unidade na Guarda Costeira.