Não é uma questão de querer, é mais uma questão de poder. Actualmente, temos 5 navios de superfície 'deployable' e, com o Siroco, passamos a ter 6. Era isto que notícias postadas anteriormente no tópico do Navpol claramente indicavam. Os grande desafios para a Marinha com a aquisição do Siroco são económicos por um lado, mas também a questão da guarnição de 200 ou 220 elementos. Se passássemos de 5 fragatas para 4, mais o LPD, a situação em termos de navios 'deployable' seria exactamente a mesma que existe actualmente.
Está a esquecer-se de um pormenor... as 6 ou 7 corvetas que tínhamos no activo... essas por si só tinham um custo de operação e guarnição relativamente altos e se juntarmos o custo de todas, era equivalente a praticamente 3 fragatas... portanto, com a substituição das mesmas pelos NPO (que está a ser feita de forma gradual, mais dois planeados), estes últimos (NPO) terão encargos tanto de operação como de tripulação (dois quintos da tripulação é muita fruta) muito menores, e com isto já se consegue compensar o custo acrescido de operação de um 6º navio principal (Siroco) que acaba por ser inferior até ao da operação das nossas fragatas. Para não falar que ao serem retirados os Cacine a titulo definitivo também há redução a nível das tripulações e custos operacionais de cada navio.
Se me dissesse trocar as 3 Vasco da Gama por duas fragatas/contratorpedeiros muito mais poderosos, aí talvez, agora trocar por duas fragatas que são um down-grade das Alvaro de Bazan, com sistema Aegis inferior e que apenas contam com misseis ESSM para defesa aérea, nem sequer possuem sistema anti-míssil... acho ridículo... o número de 5 fragatas é o minimo aceitável, ainda para mais com a extinção das corvetas, é o que nos resta como meio de escolta para o LPD, agora imagine uma situação em que duas vão para missão escoltar o LPD, uma está em manutenção e outra está numa missão da Nato ou assim, ficamos com quantas cá para uma eventual emergência? Pois, lá está, zero. O poder de fogo na MP já se está a reduzir em número, contando apenas com 7 meios de combate (5 fragatas e 2 subs), e não se pode reduzir mais.
O mar que temos deve ser vigiado e patrulhado por navios apropriados e, obviamente, por meios aéreos tripulados e não tripulados. As fragatas são navios ineficientes para essas tarefas, devem servir para projecção de força e para dissuasão.
Solução encontrada, 100 UAV's e 30 navios de patrulha servem para a Marinha. É essa a lógica certo?... O "mar que temos" também tem de ser protegido, e não é com NPO's que se protege os mares... há uma grande diferença entre fiscalizar/patrulhar de dissuadir um potencial "inimigo".