Saudações guerreiras.
Acerca deste assunto quero deixar mais uns trocados para realçar o seguinte:
Os F/A-18E/F poderão ser a opção “ideal” porque estou de acordo que Portugal tenha no mínimo 60 aviões de combate (caças). Uma coisa que me escapou, em relação a Portugal passar a ter os F-18E/F, é que estes aviões só terão a linha de produção aberta até 2010 no máximo e se entretanto, não haver mais encomendas. No entanto, penso que também é possível adquirir este aparelho em 2ª mão lá para 2020.
Os aviões terão somente 10 anos e poderão ter um MLU só poucos anos mais tarde. Porém esta última situação vejo-a como sendo pouco provável, caso os EUA continuem a precisar dos aviões. A grande vantagem assim, é que já não teríamos que pagar uma fortuna como novos. Sendo assim, para Portugal desenhar-se-ia o seguinte hipotético cenário de 40 F-16 MLU e 20 F-18E/F como força principal até ao ano de 2030/35/40.
Como também referi, o F-18 seria somente o possível, mas não o desejável que, neste caso, é, na minha visão, ter um avião última geração, pelas razões, por mim, já apontadas. No entanto, a grande questão aqui é o enorme suporte financeiro necessário para obter os aviões última geração (Rafale/EF-2000), mesmo que tivesse-mos o dobro do orçamento para as FA. Fazendo contas simples e optando sempre pelo mais barato, segundo notícias vindas na imprensa, temos para uma força de 30 Rafales temos uma total de 1.650.000.000 (mil seiscentos e cinquenta milhões de euros). Muito ou pouco?
Face a uma realidade que não pode ser mudada e que (penso) não está de feição para Portugal tomar uma decisão á vontade para alguma vez ter um avião tão oneroso – pelo menos nos tempos mais próximos – julgo que a única situação aceitável para Portugal será criar uma outra alternativa há realidade existente. Pergunto, poderá Portugal optar por um programa sozinho? Pessoalmente, acho isso possível, no entanto, por muito bonito e romântico que seja, para já, não acho que seja uma solução razoável, mas já lá vamos.
(*)Se Portugal demonstrar, alguma vez, esse interesse de construir um avião, de acordo com a sua realidade, mas mesmo que só venha a cobrir parcialmente as suas necessidades neste campo, sozinho e assumindo todos os riscos de tal decisão, também sou muito gajo para apoiar tal decisão. Aí uma boa decisão será uma caça tipo F-5.
(A minha primeira intervenção neste tópico, deixei uma pista: F-5. Aquilo que queria dizer era um caça que, foi desenvolvido na década de oitenta pela Northrop e que não passou da fase de protótipo, o F-20 Tigershark (tubarão-tigre). Ouvi em algures, já não me lembro onde – infelizmente -, que seria superior, em determinados aspectos, em relação ao F-16 e que, caso fosse posto em produção, o destronaria do sucesso comercial que tem sido. Foi a versão mais recente e muito melhorada da família F-5 “Freedom Fighter”.
No entanto, eu defendo que esse avião teria que ser bimotor e ser possível transportar 3500L de combustível (no mínimo) e capaz de uma carga bélica efetiva de 2000 Kg (BVR, JDAM e outras cangalheiras do género, incluídas também), já com tanques auxiliares incluídos)
Com estas características aproximamo-nos de um avião que já existe e que foi desenvolvido também por um único país, a Suécia. Exceptuando a questão do motor e um ou outro pormenor, o Gripen é um monomotor.)
(*)Com este conjugação de dados vou onde quero chegar. Não sendo viável o desenvolvimento solitário de tal avião sofisticado, a alternativa de desenvolvimento em conjunto é bem mais plausível. Sendo assim a minha ideia seria aproveitar o Gripen e espetar-lhe com mais um motor, uma assinatura radar conveniente e … Tá andar de mota. Já não há moirama a temer. Pelo menos durante 1/3 de século!!
Falei na Suécia porque daqui a 15 anos terá necessidade de substituir os seus Gripen, mas poderia falar de qualquer outro país que gostasse de alinhar numa brincadeira deste género. Há o Japão que dentro de 10 anos terá a necessidade de ter um avião parar substituir os seus
T-4. Há eventualmente o Brasil se estiver interessado desenvolver um caça, apesar de poder adquirir o tão esperado F-X. Há também a possibilidade de outros países que tem uma base tecnológica de respeito, mas que não se dedicam á construção de aviões pelas mesmas razões que nós, e que poderão ser também um ponto de partida. Quantidade mínima para Portugal: 100 unidades.
Não sei quanto será necessário para fazer tudo isto, mas vejo como uma possibilidade perfeitamente ao alcance de Portugal. Pode ser no futuro (terá é que ser relativamente próximo) os governos portugueses olhem mais para estes pormenores todos, mas como disse, tudo isto não passa de um sonho vazio e sem sentido nas mentes pobres de muitos políticos. O renderem-se a ofertas de construtores estrangeiros que por muito atractivas que possam ser, não desenvolvemos competências nas mais diversas áreas da ciência e ficamos ainda mais para trás. Nós não podemos ser um país como os G-8, mas temos que ter a noção que devemos ter o máximo de autonomia possível em todos os domínios.
Caro
Sintra, é como diz. Atenção que eu sei uma coisas, mas não sei tudo!
NVF, obrigado por ter chamado atenção para o erro que escrevi. É isso mesmo, o Skyflash. Os Alarm ingleses, são utilizados com outra finalidade. Curiosamente este último teve um desempenho muito superior aos Harm americanos durante a guerra do Golfo parte I. Mas também têm um preço que não se compara aos Harm. Talvez seja por isso que são considerados os melhores do mundo dentro do género.
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T-4 Cumprimentos