General Loureiro dos Santos alerta p/ desespero de militares

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Trafaria

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« Responder #180 em: Novembro 10, 2008, 10:17:53 pm »
nâo....

Os futebolistas são pagos em  conformidade com  aquilo com o que o patrão (certo ou errado) pensa que eles valem.
::..Trafaria..::
 

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flavio

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« Responder #181 em: Novembro 10, 2008, 10:31:20 pm »
Citação de: "Trafaria"
nâo....

Os futebolistas são pagos em  conformidade com  aquilo com o que o patrão (certo ou errado) pensa que eles valem.



Mas o patrão somos todos nós (os contribuíntes). Eu retiro a minha parte, não acho que eles precisem de ficar em hotéis de luxo para representarem bem a selecção:)
 

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Lightning

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« Responder #182 em: Novembro 10, 2008, 10:58:05 pm »
O que eu queria dizer com o comentário dos jogadores de futebol é que os estudos, se bem que importantes, não são o unico factor que inflenciam o ordenado de uma pessoa, tão ou mais importante são a propria função que a pessoa executa, se é perigosa, as responsabilidades que tem, etc. Se fosse só os estudos que interessasse, todos os licenciados tinham exactamente o mesmo ordenado, todos os que tem mestrado tinham o mesmo ordenado, todos os que tinham doutoramento tinham o mesmo ordenado, etc. E isso não acontece.
 

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legionario

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« Responder #183 em: Novembro 10, 2008, 11:19:57 pm »
Isso é verdade, mas nao impede que  se compararmos os salarios dos  militares de outros paises europeus constatamos que os nossos militares nao estao assim tao mal em termos de vencimentos ( em termos de carreira ja nao é assim).

Um sargento portugues ganha o equivalente a varios salarios minimos. Um sargento frances ganha quase um salario minimo. Como repararam na tabela que postei antes, os sargentos portugueses e franceses ganham praticamente a mesma coisa. O custo de vida em França é muito mais caro que em Portugal...

P.S.
Quando estive em Sarajevo, em 1996, os militares italianos fizeram uma reclamaçao ao governo italiano, queriam ser mais bem pagos ; invocavam eles : "até os portugueses ganham mais que nos..." .
Os paras tugas que estiveram comigo em Sarajevo, ganhavam no posto de soldado mais do que um legionario de 1°classe. So a partir do posto de cabo é que os franceses ganhavam mais.
 

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Lightning

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« Responder #184 em: Novembro 11, 2008, 11:46:04 am »
Citação de: "legionario"
Um sargento portugues ganha o equivalente a varios salarios minimos. Um sargento frances ganha quase um salario minimo. Como repararam na tabela que postei antes, os sargentos portugueses e franceses ganham praticamente a mesma coisa. O custo de vida em França é muito mais caro que em Portugal...


Isso não me parece que seja um problema para os militares portugueses, mas sim para os militares franceses :lol: .
E não está nada escrito em lado nenhum que os militares do pais X tem que ganhar o mesmo que os miltares do pais Y, cada pais sabe de si sem ter os outros paises como referencia, e cá os militares tem como referencia (mais ou menos) é os outros corpos especiais do estado.

Então uma questão. Se um sargento francês ganha pouco mais que o ordenado minimo então quanto ganha um soldado, o ordenado minimo? Menos?
 

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legionario

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« Responder #185 em: Novembro 11, 2008, 12:14:38 pm »
Ganham menos que o salario minimo em termos de salario base. Com os diversos subsidios, premios, etc  devem la chegar, ou mesmo ultrapassar o salario minimo.
Eu nao digo que os militares ganham MUITO, digo que a maior parte dos civis é que ganham POUCO. :):)
 

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FoxTroop

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« Responder #186 em: Novembro 11, 2008, 01:09:07 pm »
Legionário, tens toda a razão. Eu também estive lá fora é posso dizer que em relação às forças de outros países, os militares portugueses até têm um ordenado razoavél.

A maior diferença de que me apercebi foi o grande hiato ente os postos na renumeração. Conheço bem o sistema renumeratório francês e também o americano e entre os postos a diferença não é tão expressiva como em Portugal. Também sei que em todo o 3rd Armored Cavalry Regiment (CC M1 Abrams) do US Army com um total de 5700 efectivos, existiam praticamente menos oficiais superiores do que num batalhão português de 330 homens.

Onde considero que os militares portugueses têm razão é na falta de condições (alojamentos, sistema de saúde, etc...) porque, tal como me disse um sargento americano, com as condições dadas aos nossos militares se fossem americanos, tinham um levantamento entre eles.
 

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legionario

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« Responder #187 em: Novembro 11, 2008, 01:44:49 pm »
Em relaçao às diferenças salariais, e falando dos franceses, como viste na tabela nao existe grandes diferenças entre os postos de soldado e cabo ou cabo-chefe. No entanto, em operaçoes exteriores, existem diferenças enormes entre o salario dum soldado e dum cabo, ou entre este e um sargento. Por exemplo, na Jugoslavia, um soldado frances ganhava cerca de 300 contos, um cabo ganhava 450 contos e um sargento cerca de 600 contos. O porquê destas grandes diferenças, nao sei !
 

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emarques

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« Responder #188 em: Novembro 11, 2008, 04:32:50 pm »
Citação de: "Lightning"
O que eu queria dizer com o comentário dos jogadores de futebol é que os estudos, se bem que importantes, não são o unico factor que inflenciam o ordenado de uma pessoa, tão ou mais importante são a propria função que a pessoa executa, se é perigosa, as responsabilidades que tem, etc.

Não exactamente. O que é importante é quantas pessoas há disponíveis para cumprir aquela função. No caso de um soldado do exército português, basicamente faz falta um cidadão da República Portuguesa que esteja disposto a isso. No caso do nº 10 da selecção nacional, faz falta o Deco. Dada a escassez de Decos face ao número de cidadãos da República Portuguesa dispostos a ser soldados, o posto de nº 10 da selecção nacional é muito mais bem pago que o posto de soldado.

 :wink:
Ai que eco que há aqui!
Que eco é?
É o eco que há cá.
Há cá eco, é?!
Há cá eco, há.
 

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flavio

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« Responder #189 em: Novembro 11, 2008, 06:29:19 pm »
Citação de: "emarques"
Citação de: "Lightning"
O que eu queria dizer com o comentário dos jogadores de futebol é que os estudos, se bem que importantes, não são o unico factor que inflenciam o ordenado de uma pessoa, tão ou mais importante são a propria função que a pessoa executa, se é perigosa, as responsabilidades que tem, etc.
Não exactamente. O que é importante é quantas pessoas há disponíveis para cumprir aquela função. No caso de um soldado do exército português, basicamente faz falta um cidadão da República Portuguesa que esteja disposto a isso. No caso do nº 10 da selecção nacional, faz falta o Deco. Dada a escassez de Decos face ao número de cidadãos da República Portuguesa dispostos a ser soldados, o posto de nº 10 da selecção nacional é muito mais bem pago que o posto de soldado.

 :wink:



Se não houvesse licenciados ligados à construção iriam haver habitações.
Se não ouvesse técnicos na área da construção não iriam haver habitações.
Logo, profissões com menos estudos não têm que ser menos remuneradas.

Quanto a jogadores de futebol, se eles não existissem o mundo não iria acabar. Os jogadores apenas auferem salários astronómicos porque muitas culturas são baseadas no futebol.
 

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Xô Valente

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« Responder #190 em: Novembro 11, 2008, 06:32:51 pm »
O futebol é um negócio que gere milhões, e desses milhões, uma parte vai para os jogadores. Eles não recebem muito porque tiram daqui ou dali. :lol:
E eles não devem receber muito desses milhares e milhões, até porque parte vai para a equipa técnica, direcção, despesas, etc.
http://valente-city.myminicity.com/  -  Cria a tua minicidade também.
 

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abatista

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« Responder #191 em: Novembro 11, 2008, 06:45:55 pm »
Citação de: "flavio"
Citação de: "emarques"
Citação de: "Lightning"
O que eu queria dizer com o comentário dos jogadores de futebol é que os estudos, se bem que importantes, não são o unico factor que inflenciam o ordenado de uma pessoa, tão ou mais importante são a propria função que a pessoa executa, se é perigosa, as responsabilidades que tem, etc.
Não exactamente. O que é importante é quantas pessoas há disponíveis para cumprir aquela função. No caso de um soldado do exército português, basicamente faz falta um cidadão da República Portuguesa que esteja disposto a isso. No caso do nº 10 da selecção nacional, faz falta o Deco. Dada a escassez de Decos face ao número de cidadãos da República Portuguesa dispostos a ser soldados, o posto de nº 10 da selecção nacional é muito mais bem pago que o posto de soldado.

 :wink:


Se não houvesse licenciados ligados à construção iriam haver habitações.
Se não ouvesse técnicos na área da construção não iriam haver habitações.
Logo, profissões com menos estudos não têm que ser menos remuneradas.

Quanto a jogadores de futebol, se eles não existissem o mundo não iria acabar. Os jogadores apenas auferem salários astronómicos porque muitas culturas são baseadas no futebol.


Se n houvessem licenciados haviam habitações, tens razão. Eram, era, todas casinhas singulares, como vemos no campo..

Foram os técnicos de construção que fizerem com que agora existam arranha-céus? Com protecção anti-sísmica, e um milhão de sistemas anti-emergência?

Não tou a perceber qual a refutância em aceitar que é necessário existir gente com estudos, e conhecimentos, que não são transmissíveis a qualquer um, e que essas pessoas devem ser bem pagas porque, como o emarques disse, e muito bem, existem milhares de pessoas que podem ser trolhas, e apenas algumas que podem ser engºs.

Claro que isto abrange todos os ramos. Estou a usar o ramo da construção civil só porque é fixe. :p
 

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P44

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« Responder #192 em: Novembro 17, 2008, 10:33:53 am »
Citação de: "soultrain"
Carta aberta

Fyi:

A “CRISE” DA INSTITUIÇÃO MILITAR



   Como se sabe o derradeiro artigo do General Loureiro dos Santos no jornal “O Público” sobre os motivos (mais do que justos) da indignação militar que tem afectado as Forças Armadas (FAs), gerou uma pequena tempestade mediática. Pelo meio ocorreu um jantar na antiga FIL, promovido pela Associação de Oficiais das FAs – aliás já programado – para debate dos problemas existentes e procura de pistas para o futuro e que ganhou notoriedade pela polémica então gerada. Como o meu nome apareceu referido publicamente como tendo participado e falado, no referido jantar, venho transcrever o que então disse para que não haja dúvidas ou interpretações incorrectas sobre o que entendi dizer.
   
   “Estamos todos aqui a fim de procurar soluções para o descaminho porque vai a Instituição Militar e as desconsiderações que têm sofrido a condição militar e os militares.
   Porque entendo que não se pode andar para a frente sobre bases falsas vou tentar recuar um pouco no tempo e fazer um breve sumário de como chegámos à situação actual. Sem isso só por bambúrrio faremos as opções correctas.
   Tentarei cingir-me a factos sem os adjectivar, tecer considerações ou juízos de intenções. Isso só serviria para aumentar as clivagens entre nós.

O público como todos os
soberanos, como os reis, os
povos e as mulheres, não
gosta que se lhes diga
a verdade”

Alexandre Dumas

   A questão fundamental que temos pela frente – que a IM tem pela frente – é uma questão de respeito. Isto é, de nos darmos ao respeito. Só assim poderemos ser respeitados. Ora o problema é que nós não nos temos dado ao respeito. Por uma simples razão: não estarmos em condições de o fazer.
   Quando era cadete e dei História Militar, passava-se pela I Grande Guerra, como cão por vinha vindimada.
   Sabem porquê? Porque a nossa participação, de um modo geral, correu mal. Do mesmo modo, na História que aprendi no liceu, quase não se falava no século XIX português. Sabem porquê? Exactamente, porque correu muito mal. Ora nós perante o que corre mal o que fazemos? Fazemos o que a mulher a dias coira faz: pomos o lixo debaixo do tapete. A sala fica aparentemente limpa, mas só aparentemente, pois o lixo está lá.
   Para se decidir correctamente o que fazer hoje temos ainda que recuar ao pós 25 de Abril. Ora as consequências para a IM decorrentes do 25/4, foram péssimas. Por mais que muitos de nós julguem que foram boas. Vou tentar explicar porquê.
   As FAs sairam de mal do 25/4, com a Extrema Direita – que aliás praticamente não existia desde que o Prof. Salazar tinha acabado com o Nacional Sindicalismo de Rolão Preto – ficaram de mal com a chamada “Direita”, por causa do 11 de Março de 75,e das nacionalizações; com o PCP e a Extrema Esquerda,por causa do 25 de Novembro de 75 ; com os “retornados” do Ultramar (que representavam cerca de 9% da população) por causa da Descolonização, adjectivada inicialmente de “exemplar”; com a população rural, por causa da “dinamização cultural”, da reforma agrária e das ocupações selvagens; com as forças ditas do Centro (onde se engloba o CDS, o PSD e o PS), por preconceitos culturais e políticos e sobretudo por causa do Conselho da Revolução e do Pacto MFA/Partidos, que estes assinaram mas nunca aceitaram.
   A Lei 29/82 (da Defesa e FAs) parece até um ajuste de contas com tudo isto.
   Resumindo as FAs, por uma razão ou por outra, acabaram de ficar de mal com todos. Creio que será difícil conseguir pior em qualquer parte do mundo.

   Agora vejamos o que aconteceu aos quadros da altura. Numa só geração os oficiais e sargentos do quadro permanente, formados num quadro de referências totalmente diferente daquele que se veio a institucionalizar após a revolução, e tendo já aguentado com uma ou mais comissões no Ultramar, tiveram que passar pela “experiência” do PREC – que deixou a tropa praticamente destruída – a recuperação do mesmo PREC – que, deve dizer-se, foi notável mas se cingiu maioritariamente ao âmbito “material” da Instituição – para apanharem depois com doses maciças de propaganda anti militar (não é a mesma coisa que anti-militarista …), que se prolonga até aos dias de hoje.
   O que quero dizer com isto tudo é que a cadeia hierárquica que fez a guerra ou ainda foi formada no regime anterior esgotou-se e não está psicologicamente capacitada para fazer frente ao plano inclinado em que colocaram as FAs e os militares.
   Chamo ainda a atenção para mais alguns pontos: a recuperação “material” da IM (os edifícios, os equipamentos, a disciplina, a hierarquia, o treino, a doutrina, etc) não foi acompanhada devidamente pela recuperação espiritual (a deontologia, as virtudes militares, a camaradagem, o espírito de corpo, a confiança nos chefes, etc); depois da revolução – que era para ser apenas um golpe de estado -  e quando os ânimos serenaram, não se separou o trigo do joio, isto é, não se apartou os militares que não se portaram segundos os ditames da “virtude e da honra”, daqueles que se  mantiveram dentro das baias que os deveres militares obrigam. Antes pelo contrário, tentou-se e permitiu-se, tentar ultrapassar todas as barbaridades cometidas, distribuindo subsídios e promovendo todo o bicho careta a coronel.
   Depois nunca se assumiu que a generalidade da classe política que nos passou a governar, além de ignorante sobre a “coisa militar” não tem boas intenções relativamente à IM e aos militares. Ora se basearmos a nossa “ordem de batalha” em informações ou crenças erradas, o resultado será o desastre.
   Com isto dito, nunca se conseguiu até hoje, delinear nenhuma estratégia, a não ser a de encaixar danos e ir, nem sempre da melhor maneira, contornando intenções e até decisões. Passámos a viver num teatro de sombras.
   Como corolário nunca se promoveu o estudo e reflexão do que se passou contemporaneamente, utilizando-se constantemente a técnica da mulher a dias, coira.
   A cereja em cima do bolo passou a ser a falta de entendimento crónico que as levas sucessivas de camaradas nossos que ostentaram estrelas em número de quatro, passaram a ostentar sobre o que fazer e actuar concertadamente (com honrosas excepções). E quando eu digo que não se entenderam nem entendem cobre quase tudo e  vai da cor dos atacadores das botas à compra de submarinos.
   Este diagnóstico é factual e explica porque temos vindo a coleccionar derrotas e explica também, que a IM esteja quase em extertor e parte da opinião pública pense que ainda temos a gasolina mais barata …
   Chamo apenas a atenção que sem IM Portugal desaparecerá. Convém ter isto presente.
   Por último, quero dizer que nós tendemos a indignar-nos não por princípios, mas por conveniências.
   Muitos de nós, aliás, só começaram a ficar incomodados, quando não foram colocados num lugar que ambicionavam ou, sobretudo, quando não eram nomeados para o curso de promoção a oficial general.
   Por isso é que quando a nível político se cometeram crimes de lesa Pátria (e a nós pagam-nos para defender a Pátria) poucos se indignaram; mesmo a nível militar, quando nos dão machadadas institucionais, por exemplo, quando acabaram como os tribunais militares; extinguiram o serviço militar obrigatório; quando oficiais generais são achincalhados na praça pública; quando se vende património ao desbarato; quando se mente descaradamente; quando há intromissões abusivas na cadeia hierárquica; quando se quer reduzir a profissão militar a um emprego como outro qualquer, etc., um etc longo e doloroso, pouca gente se indigna.
   Quando, porém, nos começam a ir ao bolso ou nos mexem nas carreiras, aqui d’el rei.
   Ou seja nós acordamos para a luta, tarde e nem sempre pelas melhores causas. E, podendo não ser evidente, estou em crer, que se defendêssemos os Princípios, logo que são postos em causa, ninguém mais teria a ousadia de nos querer confiscar os (parcos) direitos.”



                                                         João José Brandão Ferreira
                        TCor Pilav (Ref)
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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Portucale

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« Responder #193 em: Dezembro 06, 2008, 07:40:53 pm »
Gostei do texto, está cheio de verdades.
Estas duas frases do texto que se seguem são excelentes;

«Chamo apenas a atenção que sem IM Portugal desaparecerá. Convém ter isto presente.
Por último, quero dizer que nós tendemos a indignar-nos não por princípios, mas por conveniências.»
Eis aqui
quase cume da cabeça da Europa toda
O Reino Lusitano
onde a Terra se acaba
e o Mar começa.

Versos de Camões
 

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raphael

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« Responder #194 em: Dezembro 06, 2008, 08:54:24 pm »
Agora assustei-me quando olhei para IM não li Instituição Militar... li Internet Messenger!!! :shock: já me estava a assustar...
Um abraço
Raphael
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