Portugal com «participação muito simbólica»
Portugal vai integrar a força que a União Europeia vai enviar para a Geórgia com «uma participação muito simbólica», de «dois ou três oficiais de polícia», disse hoje em Bruxelas o ministro dos Negócios Estrangeiros.
Luís Amado falava à entrada para uma reunião dos chefes de diplomacia dos 27, na qual o conflito na Geórgia voltará a estar na ordem do dia, uma semana após a presidência francesa da UE ter logrado um acordo entre Moscovo e Tblissi sobre a retirada das tropas russas e o envio de uma missão de observação da União.
O memorando de aplicação do acordo de cessar-fogo assinado há uma semana em Moscovo entre o presidente em exercício da UE, Nicolas Sarkozy, e o presidente russo, Dmitri Medvedev, contempla o envio para a zona do conflito, no início de Outubro, de uma missão de observação civil europeia de cerca de 200 observadores.
Apontando que o governo português «favorece o papel de mediação que a UE tem assumido» no conflito, Luís Amado disse que Portugal aceita participar na missão, mas de forma «meramente simbólica».
«Entendemos que não devemos envolver-nos directamente no processo de preparação da força, embora aceitando uma participação simbólica», disse, precisando que, também devido a limitações financeiras, Portugal integrará a missão «com dois ou três oficiais de polícia», embora isso dependa também do «processo de geração da força», ainda em curso.
Quanto ao mandato desta missão europeia, Luís Amado vincou que «o entendimento da UE é de que a força deve ter por missão todo o território da Geórgia, incluindo os dois territórios» auto-proclamados independentes, Ossétia do Sul e Abkházia, «já que nenhum país da UE reconhece a sua independência».
Lusa