Vigilância do nosso mar por potência Estrangeira

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typhonman

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pedro

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« Responder #1 em: Maio 17, 2008, 12:56:26 pm »
Isto é uma vergonha.
Os militares estao a espera de que para dizer ao governo que este projecto é um perigo para a soberania nacional. :evil:
Raio nao foram eles que juraram defender a patria.
Este pais vai pelo pior caminho possivel e ninguem tem o valor de fazer nada.
Cumprimentos
 

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SSK

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« Responder #2 em: Maio 17, 2008, 01:25:08 pm »
São coisas que já existem a bordo dos navios que integram as forças da NATO!!!

O papão Espanha não existe!!! Pelo menos a este nível, ao nível militar, ao contrário do nível económico em que estamos a ser papados e aí os militares nada podem fazer meu caro Pedro. Se tem dúvidas do juramento e qualidades dos mesmos porque não veio para as Forças Armadas? Assim poderia influenciar os outros com todos esses seus nobres valores... e já agora aprender alguma coisa de geopolítica e táctica militar!
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
1º Ten Fontes Pereira de Melo
 

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zocuni

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« Responder #3 em: Maio 17, 2008, 01:25:49 pm »
Tudo bem,

Me parece uma notícia surrealista.Espero ter lido mal e interpretado pior.Irei investigar.

Abs,
zocuni
 

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nelson38899

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« Responder #4 em: Maio 17, 2008, 01:29:05 pm »
Os militares portugueses não teêm culpa nenhuma, pois não são eles que mandam no dinheiro. Projectos como os espanhois estão a desenvolver ao nivel da defesa e de outros projectos civis, deve-se ao facto de eles e isto é uma teoria minha terem aprendido com a nossa revolução, ou seja, em quanto em Portugal se destruía a nossa economia, pois se "dizia a terra a quem a trabalha", os espanhois fizeram uma transição mais suave e ajudou a sua economia, outra das coisas deve-se ao facto de os espanhois apostarem nos seus recursos humanos próprios para desenvolvimento do país, Em quanto em Portugal dizia-se que o que vem de fora é que é bom, e só tendo apostado na nossa população muito recentemente para tentar fazer o que os espanhois fazem há muito tempo. Por isso é que na minha opinião a culpa disto não é dos militares mas sim de quem governou ou queria governar.
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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pedro

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« Responder #5 em: Maio 17, 2008, 01:55:56 pm »
Ok entao meu caro SSK então porque que o pais esta com esta??
A culpa é de quem?
Nao é dos portugueses porque so escolheram governos da treta.
Quanto aos militares é o de sempre nao dizem nada e nos vamos perdendo poderio militar,Falta de visao e valor das altas esferas. :wink:
Eu nao duvido dos nossos militares eu duvido é das altas esferas.
Portugal dorme sobre corrupçao, olhe exemplo Apito dourado.
Nos precisamos e de gente de valor neste Pais nao é do Socrates.
Cumprimentos esta é a minha opniao. :wink:
 

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SSK

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« Responder #6 em: Maio 17, 2008, 02:04:21 pm »
Citação de: "pedro"
Ok entao meu caro SSK então porque que o pais esta com esta??
A culpa é de quem?
Nao é dos portugueses porque so escolheram governos da treta.
Quanto aos militares é o de sempre nao dizem nada e nos vamos perdendo poderio militar,Falta de visao e valor das altas esferas. :wink:
Eu nao duvido dos nossos militares eu duvido é das altas esferas.
Portugal dorme sobre corrupçao, olhe exemplo Apito dourado.
Nos precisamos e de gente de valor neste Pais nao é do Socrates.
Cumprimentos esta é a minha opniao. :wink:


Já que sabe tanto o que faz aí por fora??? Volte para este para a nossa Pátria e brinde-nos com a sua sabedoria e inteligência...
"Ele é invisível, livre de movimentos, de construção simples e barato. poderoso elemento de defesa, perigosíssimo para o adversário e seguro para quem dele se servir"
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papatango

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« Responder #7 em: Maio 17, 2008, 02:48:28 pm »
Citar
O papão Espanha não existe!!! Pelo menos a este nível, ao nível militar, ao contrário do nível económico em que estamos a ser papados e aí os militares nada podem fazer meu caro Pedro.
O problema não é o «papão» que existe apenas na cabeça daqueles que não leem os factos correctamente.
O problema não é o papão, mas sim a continua e imparável tomada do Atlântico pela marinha espanhola.

Em África, também achávamos que as nossas possessões estavam protegidas pelos nossos direitos históricos e achávamos que os ingleses eram uma protecção.

Na realidade, quando menos esperávamos, vieram-nos dizer que como não tínhamos capacidade para controlar tão vastos territórios deveríamos cede-los aos britânicos e aos alemães.

As nossas aguas terroriais e Zona Economica Exclusiva não são eternas. Uma pequena alteração nas leis internacionais, e perderemos qualquer capacidade de controlo e propriedade das mesmas (plataforma continental)  se se confirmar a nossa incapacidade para controlar esse mesmo mar.

Este sistema espanhol, é apenas mais uma afirmação do grande Reich castelhano.

O Senegal, Cabo Verde e a Mauritania praticamente não têm marinha. Curiosamente, o único país africano na área, que tem algo parecido com uma marinha - Marrocos - recusou fazer parte do negócio, porque achou que ele colocava a sua soberania nacional em causa.

A interferência espanhola é considerada ameaça à soberania em Marrocos, mas em Portugal parece que o Diktat do Reich não é problema.

O nosso probema não é uma invasão espanhola. O nosso problema é o facto de estarmos a caminhar para uma situação em que deixamos «De Facto» de possuir qualquer capacidade de decisão e acção sobre as águas territoriais e a ZEE.

Um governo que manda as mulheres parir a Espanha, mais tarde ou mais cedo, desarmará o exército, porque fica mais barato contratar os espanhóis para fazer o serviço.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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zocuni

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« Responder #8 em: Maio 17, 2008, 03:24:22 pm »
Tudo bem,

Meus senhores o assunto é por demais grave e inflamado por natureza.Não entendo como o governo espanhol decide sobre que sistemas de vigilância vai colocar na nossa ZEE,onde existe jurisdição e respaldo em organismos internacionais.Existem regras,ainda não virou bagunça.Por muito ruins que nossos governantes sejam dúvido que fiquem de braços cruzados perante tal cenário de clara violação de nosso espaço marítimo e aéreo.Ainda não estamos no fim do mundo.
Será que essa notícia está bem colocada.Pelo que tinha lido,a situação era algo distinta dessa noticiada e coloco a notícia,inclusive do portal do governo.Será que não estamos confundindo os factos,estou colocando uma posição mais moderada para não levantar uma confusão desenfreada e alucinada.Aguardemos.


       
 
Ligação entre os sistemas de Controlo de Navios e de Vigilância da Costa


2008-04-17
Intervenção do Secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna na assinatura do protocolo entre a Guarda Nacional Republicana  e o Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos para gestão da interligação entre o Sistema de Controlo de Navios (VTS) e o Sistema Integrado de Vigilância, Comando e Controlo da Costa (Sivicc) portuguesa, em Lisboa

Tem plena justificação esta cerimónia pública, com a qual quisemos sublinhar que daremos hoje mais um passo importante na excelente cooperação entre o Ministério da Administração Interna e o Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações no tocante ao planeamento e execução dos sistemas de vigilância da costa portuguesa VTS e Sivicc.

Agradeço com prazer à Senhor Secretária de Estado dos Transportes o empenhamento na aposta comum que decidimos fazer, invertendo uma linha de rumo que levava a que os dois projectos fossem pilotados de costas voltadas.

Recusámo-nos a reeditar a fórmula que leva ao desperdício e à sangria de recursos. Estando em causa sistemas com objectivos diferenciados — um para a segurança do tráfego marítimo (VTS) e o outro para a segurança interna e aduaneira (Sivicc) — tratámos de pôr as competências das estruturas que tutelamos ao serviço de uma tarefa aliciante: identificar áreas onde se fosse possível e vantajosa a partilha de meios e o intercâmbio de serviços.

O Protocolo cuja leitura testemunhámos no histórico enquadramento do Quartel do Carmo é a prova irrefutável de que o esforço produziu frutos concretos e valeu a pena.

Gostaria de agradecer a todas e todos os que, pelo estudo minucioso e pela discussão de todos os pormenores, tornaram possível a definição das cláusulas que vão governar as próximas fases do nosso trabalho conjunto.

Quero igualmente manifestar o firme empenhamento do Ministério da Administração Interna no impulsionamento do Sistema Integrado de Vigilância, Comando e Controlo da Costa Portuguesa, cuja gestão será assegurada pela Unidade de Controlo Costeiro da GNR.

Como é público, está em curso o procedimento tendente à adjudicação de uma proposta para o fornecimento e instalação do Sivicc, nos termos estabelecidos no respectivo Caderno de Encargos e Especificações Técnicas.

Exigiu um formidável trabalho técnico e organizativo a elaboração desses requisitos do Projecto. Durante anos, o Sivicc foi um Santo Graal da vigilância costeira, uma boa ideia vestida com um acrónimo feliz, parada à espera de planeamento e desprovida de orçamento. Agora o planeamento foi feito e a Lei de Programação dos Investimentos das Forças de Segurança veio assegurar o suporte financeiro do Projecto, que tem um custo cifrado entre 25 e 30 milhões de euros.

Dito assim parece simples, mas não foi, nem julgo que o venha a ser.

Congratulo-me, no entanto, com os preciosos ensinamentos destes meses de trabalho.

Em primeiro lugar, fizemos bem em não ceder à forte tentação de fazer sucessivos e dispendiosos remendos ao sistema existente. Esta opção do Governo torna ainda mais louvável o esforço desenvolvido nestes meses pela Guarda. Só em 2007, a Brigada Fiscal executou uma média diária de 1120 acções em terra e no mar, que implicaram um esforço exercido sobretudo no período nocturno e do qual resultaram apreensões de mais de 10 toneladas de droga. No 1.º trimestre de 2008, detectou já 7469 infracções e apreendeu mercadoria no valor de 5 870 101,72 euros.

Em segundo lugar, não se faz um Sivicc como quem compra um carro ou um bilhete de avião.

Por isso o procedimento respeitante ao Sivicc foi cuidadosamente preparado, por uma estrutura multidisciplinar, que estudou e fixou os requisitos técnicos e elaborou o caderno de encargos, envolvendo representantes de vários serviços. O trabalho necessário foi elaborado, de forma gradual e modular, com elevada interactividade e mercê do contributo de várias entidades: GNR, SEF, Ministério da Defesa e IPTM, sob coordenação do MAI.

Em terceiro lugar, não poderíamos deixar de ter o máximo cuidado no cumprimento das leis da contratação pública. E valeu a pena tê-lo.

A metodologia adoptada visou propiciar maior imunidade a pressões, ao mesmo tempo que assegurou a troca de informações sobre matérias de elevada tecnicidade em que o mercado oferece uma grande diversidade de soluções. Essa diversidade levou-nos a fazer um Regulamento que assegurou a interacção entre a entidade adjudicante e os potenciais intervenientes empresariais, por forma a garantir que o Caderno de Encargos fosse o mais perfeito possível. Aplicámos ainda o princípio segundo o qual todas as empresas que o solicitassem teriam, em condições de igualdade, acesso a instalações da GNR para poderem preparar e apresentar as suas propostas. Finalmente, e pela mesma razão, todas as empresas que o requereram fizeram apresentações, em condições de igualdade e sem exclusões, no Ministério da Administração Interna ou no terreno, para poderem demonstrar as respectivas soluções técnicas.

A complexidade da elaboração das especificações de um Sistema que não estava planeado nem poderia ser «chave na mão» não permitiu cumprir o calendário que, a priori, fora encarado e que levou, em certo momento, a admitir publicamente a possibilidade de iniciar, ainda no final de 2007, o processo de instalação do Sistema. Mas nem estivemos parados, nem foi pouco o que se conseguiu, com destaque para a sinergia garantida pelo Protocolo hoje assinado e homologado.

Três notas finais, em nome da transparência, sobre o estado do procedimento referente ao Sivicc.

1 - As empresas que participam no procedimento em curso são as seguintes: 1 - Thales; 2 - Indra; 3 - Globaleda/Empordef; 4 - Selex; 5 - Advanced Resources/Telcabo/Amper; 6 - Atlas/Critical/No Limits.

Sublinho que foram convidadas todas as empresas que tendo apresentado ao MAI manifestações de interesse, comprovadamente - pelo critério do conhecimento do mercado - apresentavam elevadas garantias de estarem em condições de apresentar propostas solidamente fundamentadas, credíveis e exequíveis.

2 - A Comissão de Supervisão e Consulta para adjudicação da proposta tem a seguinte composição: Dr. João Carlos Silva - que preside, Eng. Carlos Machado (DGIE), Eng. Carlos Gonçalves (SEF), Eng. Rui Moreso Guerra (IPTM), Ten. Cor. Carlos Leal (GNR), Major Silva Guerreiro (GNR-BF), Cap. Frag. Ramalho Silva (MDN), Dr. Nuno Pintão (DGIE - Suplente), Major Costa Rebelo (GNR -Suplente).

A Comissão tem ainda os seguintes consultores: Cor. António Porfírio (GNR), Prof. Antunes Ferreira (CISED), Eng. Ricardo Spínola (CISED), Dra. Paula Faustino (Sérvulo Correia & Associados).

3 - Finalmente, quanto ao calendário:

- Espera-se o primeiro relatório preliminar da Comissão até à segunda semana de Maio, seguindo-se a audição prévia e a selecção das propostas que passarão à fase de negociação.

- A fase de negociação deverá decorrer nos meses de Julho, Agosto e Setembro.

- Assim sendo, a proposta de decisão final para adjudicação poderá ser apresentada ao Governo durante o mês de Outubro.

O Sivicc nascerá e com ele passaremos a ter, ao lado do excelente VTS, uma segunda preciosa ferramenta de reforço da vigilância da costa portuguesa.






 
 
 Governo da República Portuguesa - Centro de Gestão da Rede Informática do Governo
zocuni
 

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papatango

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« Responder #9 em: Maio 17, 2008, 04:02:12 pm »
Citar
Meus senhores o assunto é por demais grave e inflamado por natureza.Não entendo como o governo espanhol decide sobre que sistemas de vigilância vai colocar na nossa ZEE,onde existe jurisdição e respaldo em organismos internacionais.Existem regras,ainda não virou bagunça.Por muito ruins que nossos governantes sejam dúvido que fiquem de braços cruzados perante tal cenário de clara violação de nosso espaço marítimo e aéreo.


Zocuni -> Os espanhóis não vão colocar nada nas nossas águas, o que vão ter é acesso a toda a informação sobre o que se passa nelas.
Visto isoladamente este passo não tem consequências imediatas.

Mas por alguma razão Marrocos não quis dar aos espanhóis um olhar mais sobre as suas águas e o que se passa nelas, ainda que isso de pouco adiante.

Não há com este tipo de sistemas um problema imediato e direto de ameaça à soberania nacional. O problema é mais complexo, e prende-se com a nossa aceitação de uma posição de total dependência e subserviência relativamente aos espanhóis.

Uma das razões que explica a nossa existência como estado independente, é exactamente essa afirmação contra a Espanha. Quando deixármos de afirmar essa nossa idêntidade própria, não adianta mais existir país nenhum, porque mesmo que nós digamos que existimos, como não temos forma de o demonstrar, acabaremos por ser vistos como uma província.

Existir também existe o País Basco ou a Catalunha, mas não têm qualquer possibilidade de influenciar directamente o que se passa nas suas águas e é por isso que Madrid deixou que o desastre do Prestige atingisse o ponto de catástrofe que atingiu.

A Galiza não tinha meios para fazer nada. Estava condicionada pelo governo de Madrid e quem pagou a incompetência e o desleixo quer do governo de Madrid quer do antigo ministo Nazista Fraga Iribarne foi a costa galega.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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PedroM

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« Responder #10 em: Maio 17, 2008, 04:11:43 pm »
Parece-me que há aqui confusão entre a "estrada da Beira" com a "beira da estrada".

1º Apesar do título do artigo o sistema não se destina a controlar a ZEE portuguesa, mas sim o tráfico de droga e principalmente, a a imigração ilegal. Este problema já atormenta Espanha há muitos anos e contudo SÓ agora avançam para esta solução. Se o mesmo problema ocorresse em Portugal há tanto tempo sem que o(s) governo(s) tomassem uma medida idêntica, certamente que haveria muita gente a dizer que os políticos queriam vender Portugal...

2º A imigração ilegal não vem do norte, França, Reino Unido ou Irlanda, vem do sul e assim é inevitável que o sistema de vigilância cubra PARTE da ZEE portuguesa, aquela que está na rota utilizada pelas redes de imigração ilegal.

3º A Espanha tem toda a legitimidade para implementar um sistema destes, não militar, embora possa ser usado também para esses fins, já que é o maior alvo das referidas redes de imigração ilegal. Por ano chegam à Espanha continental e Canárias milhares de ilegais e muitos mais o tentam fazer.

4º Marrocos obviamente não quer fazer parte desta solução. Afinal de contas fazem isso sim é parte do problema, dado que é de lá que partem a maior parte dos ilegais que procuram chegar  ao sul da Europa e mais em particular a Espanha. Para além disso têm ainda pendente com os espanhóis a questão de Ceuta e Mellilla. Contudo o facto de não fazerem parte do sistema não implica, obviamente, que as suas águas territoriais não sejam vigiadas pelo mesmo, o que acontece é que não vão fazer parte da rede de informação que vai alimentar o sistema.

5º Portugal não sentiu ainda a pressão da imigração ilegal por via marítima. Cá nos há-de chegar mas até agora temos sido praticamente espectadores nesta questão. Isso explica em parte a inexistência de um sistema análogo ao que Espanha encomendou.

6º Contudo creio que Portugal não está parado nesta matéria. Os NPO previstos e o sistema de vigilância costeira que está a ser instalado têm precisamente como objectivo principal o combate ao tráfico de droga e imigração ilegal e o controlo da nossa ZEE.

7º Quanto à obtenção de informações via satélite, rastreio das potenciais ameças e controlo dos movimentos das mesmas, o nosso país poderá em parte fazê-lo dentro de alguns anos sem que seja necessário dispender fortunas com a criação e lançamento de satélites para esse fim. É bom lembrar que a partir de 2012 deverá entrar em exploração o sistema Galileo, o sistema europeu de navegação por satélite, o que nos permitirá ter alguma capacidade nesta matéria se Portugal assim o entender.

8º No mundo de hoje muitas ameaças são globais e a imigração clandestina está nesta categoria. Não é só uma ameaça para Espanha, Portugal ou Itália, é uma ameça para toda a Europa. Isto quer dizer que se Portugal não lidar convenientemente com este problema, se não controlar convenientemente a sua ZEE, porque não quer ou porque não pode, outros o farão em seu lugar. Se os NPO e os NCP não vierem, se o sistema de radar para controlo costeiro não for totalmente instalado ou não for eficiente e se futuramente não contarmos com alguma capacidade de satélite para vigiarmos a nossa ZEE, não nos podemos queixar quando outros o fizerem por nós.
 

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papatango

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« Responder #11 em: Maio 17, 2008, 04:36:58 pm »
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1º Apesar do título do artigo o sistema não se destina a controlar a ZEE portuguesa, mas sim o tráfico de droga e principalmente, a a imigração ilegal.


Se amanhã os espanhóis criarem um sistema de vigilância das estradas, com câmaras de video ligadas à central em Madrid para encontrar «etarras», também será para lutar contra o terrorismo.
Devemos instalar essas câmaras em Portugal ?

O problema não seria o facto de elas serem utilizadas na luta contra o terrorismo, mas sim a aceitação de que os espanhóis podem utilizar o nosso território para resolver os problemas deles.

E uma questão de soberania nacional, que é um problema com a Espanha, único país que ainda hoje explica aos seus estudantes que Portugal não tem o direito de existir, quando recusa aceitar a ideia de que a Espanha é um país nascido a partir de 1715.

O «Spanische Reich» está aí, com toda a sua força e utilizando o sistema que sempre utilizou em séculos e séculos de história: A mentira a persuação, e a corrupção.
Os espanhóis sempre foram dissimulados, mentirosos e traidores.
Nunca, em nenhuma situação da história os espanhóis deixaram de trair a nossa confiança.

Esquecendo as lições da História, estamos mais uma vez a abrir as portas a quem provou mil vezes não ser digno disso.
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garrulo

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« Responder #12 em: Maio 17, 2008, 06:11:32 pm »
Os espanhóis sempre foram dissimulados, mentirosos e traidores.  

        Papatongo.
España tiene el 107% de la renta de la UE, Portugal el 75%, entramos al mismo tiempo. No seremos tan tontos.
 

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pedro

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« Responder #13 em: Maio 17, 2008, 07:00:03 pm »
Esta nos meus planos quando acabar os meus estudos no futuro.
Caro Papatango voce tem em parte razao.
Caro garrulo eu nao tenho nada contra Espanha ao o vosso controlo da imigraçao ilegal.
Eu sou contra o controlo das aguas portuguesas no continente e na Madeira.
Eles tem que controlar é a costa africana Marrocos,Mauritania,Cabo verde e a costa Espanhola.
Cumprimentos
 

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zocuni

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« Responder #14 em: Maio 17, 2008, 07:29:27 pm »
Citação de: "papatango"
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Meus senhores o assunto é por demais grave e inflamado por natureza.Não entendo como o governo espanhol decide sobre que sistemas de vigilância vai colocar na nossa ZEE,onde existe jurisdição e respaldo em organismos internacionais.Existem regras,ainda não virou bagunça.Por muito ruins que nossos governantes sejam dúvido que fiquem de braços cruzados perante tal cenário de clara violação de nosso espaço marítimo e aéreo.

Zocuni -> Os espanhóis não vão colocar nada nas nossas águas, o que vão ter é acesso a toda a informação sobre o que se passa nelas.
Visto isoladamente este passo não tem consequências imediatas.

Mas por alguma razão Marrocos não quis dar aos espanhóis um olhar mais sobre as suas águas e o que se passa nelas, ainda que isso de pouco adiante.

Não há com este tipo de sistemas um problema imediato e direto de ameaça à soberania nacional. O problema é mais complexo, e prende-se com a nossa aceitação de uma posição de total dependência e subserviência relativamente aos espanhóis.

Uma das razões que explica a nossa existência como estado independente, é exactamente essa afirmação contra a Espanha. Quando deixármos de afirmar essa nossa idêntidade própria, não adianta mais existir país nenhum, porque mesmo que nós digamos que existimos, como não temos forma de o demonstrar, acabaremos por ser vistos como uma província.

Existir também existe o País Basco ou a Catalunha, mas não têm qualquer possibilidade de influenciar directamente o que se passa nas suas águas e é por isso que Madrid deixou que o desastre do Prestige atingisse o ponto de catástrofe que atingiu.

A Galiza não tinha meios para fazer nada. Estava condicionada pelo governo de Madrid e quem pagou a incompetência e o desleixo quer do governo de Madrid quer do antigo ministo Nazista Fraga Iribarne foi a costa galega.


Papatango,

Sabe muito bem de minhas colocações anti-espanholistas,se nunca assumi agora me revelo,mas também não vamos ver chifres em cabeça de cavalo.
Confesso que fiquei muito apreensivo com a notícia.
Temos é de cuidar o que é nosso,aquanto á invasão de emigrantes vindos dessa área para a Espanha,não é de todo problema nosso.
Quero ver é nosso arquipélago da Madeira bem vigilantes e com meios de dissuasão.
Desculpe se fui algo brusco,mas como bem escreveu nossa identidade e independência passa por essa soberania de Espanha,que também não temos que a toda hora mencionar.
Nossos governos e nossos militares apesar dos poucos recursos saberão acorrer a qualquer eventualidade,nossa história secular o comprova e em situações muito mais desvantajosas para nós.Não vamos fazer uma tempestade num copo de água.Serenidade e caldos de galinha.

Abraços,
zocuni