Notícias do Exército Português

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papatango

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« Responder #60 em: Abril 07, 2008, 02:52:53 pm »
Se não me engano ja discutimos aqui essa questão.

De qualquer das formas, para que é que a brigada teria que se deslocar para sul do Tejo, quando se trata de um obstáculo favorável ?

A necessidade de enviar a brigada mecanizada, só faria sentido em caso de conflito com a Espanha, ou invasão marroquina. No primeiro caso, de nada serviria avançar com tropas para sul, sendo bastante mais aconselhável manter os veículos a norte do Tejo, porque o principal problema português nem seria a falta de pontes, mas sim a falta de capacidade para se defender de ataques aéreos, e eventualmente a necessidade de impedir o acesso de forças inimigas às pontes.

De todos os problemas do exército, esse parece ser o menor.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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tyr

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« Responder #61 em: Abril 07, 2008, 05:36:52 pm »
A experiencia da Ex Juguslavia provou que um pais para manter um exercito incolume (perdas inferiores a 10% do potencial de combate), não precisa de defesa anti aerea, basta usar a cabeça e enganar o inimigo com varios logros.
A brigada deve conseguir se mover para qualquer parte do pais (ela esta trancada na margem sul do tejo e não no norte papatango :P ) para poder apoiar a defesa do mesmo contra uma invasão anfibia ou aerotransportada, apesar dela estar mais vocacionada para criar forças expedicionarias para forças NATO.
A morte só é terrivel para quem a teme!!
 

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ricardonunes

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« Responder #62 em: Abril 07, 2008, 07:27:47 pm »
Citação de: "papatango"
Se não me engano ja discutimos aqui essa questão.

De qualquer das formas, para que é que a brigada teria que se deslocar para sul do Tejo, quando se trata de um obstáculo favorável ?

A necessidade de enviar a brigada mecanizada, só faria sentido em caso de conflito com a Espanha, ou invasão marroquina. No primeiro caso, de nada serviria avançar com tropas para sul, sendo bastante mais aconselhável manter os veículos a norte do Tejo, porque o principal problema português nem seria a falta de pontes, mas sim a falta de capacidade para se defender de ataques aéreos, e eventualmente a necessidade de impedir o acesso de forças inimigas às pontes.

De todos os problemas do exército, esse parece ser o menor.

Cumprimentos


Ou eu não percebi a sua resposta á noticia, ou você não a leu :roll:

"Brigada Mecanizada bloqueada a sul do Tejo"
Potius mori quam foedari
 

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PereiraMarques

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« Responder #63 em: Abril 07, 2008, 09:30:14 pm »
Citação de: "ricardonunes"

Ou eu não percebi a sua resposta á noticia, ou você não a leu :twisted:

 :lol:  :wink:

 

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typhonman

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« Responder #64 em: Abril 07, 2008, 09:42:08 pm »
Seria possivel o uso de "barcaças" que pudessem aguentar LEO2A6? As pontes em caso de conflito seriam o primeiro alvo a abater..
 

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tyr

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« Responder #65 em: Abril 07, 2008, 11:49:39 pm »
por acaso o exercito tem pontes flutuantes capazes de atravesar viaturas de 100 tons, as ribon.
A morte só é terrivel para quem a teme!!
 

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papatango

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« Responder #66 em: Abril 08, 2008, 01:03:15 am »
:oops:  :oops:  :oops:  :oops:  :oops:  :oops:  :oops:  :oops:  :oops:



Considerando a situação, a minha análise apressada está completamente do avesso. A situação do ponto de vista defensivo passa de vantajosa a trágica.
 :shock:  :shock:  :shock:  :shock:
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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ricardonunes

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« Responder #67 em: Abril 08, 2008, 08:00:01 am »
Citação de: "papatango"
:oops:  :oops:  :oops:  :oops:  :oops:
Erro de leitura
 :oops:  :oops:  :oops:  :oops:  :shock:  :shock:  :shock:  :shock:  :G-beer2:
Potius mori quam foedari
 

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nelson38899

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« Responder #68 em: Abril 08, 2008, 09:33:28 am »
Militares portugueses mortos em missões de paz e humanitárias desde 1992
 
Desde 1992, ano em que se verificou a primeira vítima mortal fruto da participação numa operação de carácter humanitário em Angola e S. Tomé e Príncipe, as Forças Armadas Portuguesas já registaram 15 vítimas mortais:
 
30Nov1992 – Soldado Pára-quedista Fernando Sérgio da Silva Teixeira/BP21/BOTP2/CTP (S. Tomé e Príncipe);
30Nov1995 – Primeiro-Sargento Américo de Oliveira Dias/CTM 5-UNAVEMIII (Angola);
24Jan1996 – Primeiro-Cabo Pára-quedista Alcino José Lázaro Mouta – DAS/BAI/IFOR (Bósnia-Herzegovina);
24Jan1996 – Primeiro-Cabo Pára-quedista Rui Manuel Reis Tavares – DAS/BAI/IFOR (Bósnia-Herzegovina);
22Set1996 – Cabo-Adjunto Manuel António Janeiro Gonçalves – CLog 6/UNAVEM III (Angola);
06Out1996 – Primeiro-Cabo Pára-quedista José da Ressurreição Barradas – 3º BIAT/BAI/IFOR (Bósnia-Herzegovina);
06Out1996 – Soldado Pára-quedista Ricardo Manuel Borges Souto – 3º BIAT/BAI/IFOR (Bósnia-Herzegovina);
03Out2000 – Primeiro-Sargento Pára-quedista José Vitorino dos Santos Moreira Fernandes – 2BIPara/BAI/UNTAET (Timor-Leste);
03Out2000 – Soldado Pára-quedista José Miguel Gonçalves Lopes – 2BIPara/BAI/UNTAET (Timor-Leste);
08Set2002 – Brigadeiro-General Paulo José Pereira Guerreiro – UNMISET (Timor-Leste);
12Out2002 – Soldado Pára-quedista Diogo Manuel Dantas Ribeirinho – 2ºBIPara/BAI/UNMISET (Indonésia);
24Mar2003 – Primeiro‑Marinheiro Fuzileiro António José da Silva Nascimento – CFz21/UNMISET (Timor-Leste);
16Jul2004 – Soldado Pára-quedista Ricardo Manuel Pombo Valério – 3ºBIPara/BAI/SFOR (Bósnia-Herzegovina);
18Nov2005 – Primeiro-Sargento Comando João Paulo Roma Pereira – 2ªCCMDOS/RI 1/ISAF (Afeganistão);
23Nov2007 – Soldado-Pára-quedista Sérgio Miguel Vidal Oliveira Pedrosa – 22ª CParas/2BIPara/RI 10/BRR/ISAF (Afeganistão).
 
http://www.revistamilitar.pt/modules/ar ... php?id=254

A minha colocação desta informação deve-se ao facto de ter reparado que morreram bastantes militares em timor, apesar de não ser um teatro de operações em que haja combates de alta intensidade. O que eu gostava de saber o porquê de tantas baixas???? se fosse no afeganistão ou no iraque eu compreendia agora em timor.
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
Agostinho da Silva
 

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Bravo Two Zero

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« Responder #69 em: Abril 08, 2008, 10:01:48 am »
Houve dois mortos na queda de um Allouette-III:

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3 Outubro 2000
Dois militares portugueses morrem em queda de helicóptero.

Dois militares portugueses morreram hoje na queda de um helicóptero, junto da localidade de Same, em Timor Leste.
O aparelho despenhou-se quando se preparava para aterrar.
Os restantes três militares portugueses que seguiam a bordo do helicópetero estão fora de perigo. O Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas confirmou há poucos momentos, em directo na RTP1 que o helicóptero se despenhou no momento em que se preparava para aterrar em Same, num terreno inclinado, que fez com que as hélices tenham colidido com o solo, originando uma explosão no motor.
Por seu lado, o Ministro da Defesa Nacional, Castro Caldas disse que "a causa do acidente ficou a dever-se ", na sua opinião, " a uma pura casualidade.
Castro Caldas frisou ainda que todo o país está de luto "pela morte de doffs filhos no desempenho de uma missão humanitária" a que confirma que os três outros militares portugueses que seguiam a bordo não apresentam ferimentos.


 
"Há vários tipos de Estado,  o Estado comunista, o Estado Capitalista! E há o Estado a que chegámos!" - Salgueiro Maia
 

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Jorge Pereira

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« Responder #70 em: Abril 10, 2008, 05:17:12 am »
Citação de: "tyr"
A experiencia da Ex Juguslavia provou que um pais para manter um exercito incolume (perdas inferiores a 10% do potencial de combate), não precisa de defesa anti aerea, basta usar a cabeça e enganar o inimigo com varios logros.


Não vejo isso assim tão linear :wink: . Depende de inúmeros factores. De qualquer forma, quem não tiver como fazer frente à superioridade aérea do inimigo, estará sempre em desvantagem e à mercê deste.

Aliás, este parece-me um tema que merece um novo tópico.
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






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tyr

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« Responder #71 em: Abril 10, 2008, 06:55:36 pm »
Apenas dei um exemplo bem conhecido (pelo menos em alguns meios militares) de que um exército sem capacidade de se proteger de uma força aerea muito superior, que através do logro conseguiu manter o seu potencial de combate quase intacto, e existem mais exemplos que me ocorrem, obviamente o ideal é não termos que andar a criar engodos e esconder as nossas forças em tuneis e subterraneos, até haver uma invasão terrestre.
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papatango

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« Responder #72 em: Abril 11, 2008, 01:24:35 pm »
Citação de: "tyr"
Apenas dei um exemplo bem conhecido (pelo menos em alguns meios militares) de que um exército sem capacidade de se proteger de uma força aerea muito superior, que através do logro conseguiu manter o seu potencial de combate quase intacto, e existem mais exemplos que me ocorrem, obviamente o ideal é não termos que andar a criar engodos e esconder as nossas forças em tuneis e subterraneos, até haver uma invasão terrestre.


err...

Mas o caso da Jugoslávia é também o exemplo mais conhecido, de um exército que conseguiu ser derrotado sem lutar e sem que o inimigo tivesse que colocar um pé no chão...

Depois, a Sérvia é um país com muitas montanhas e com uma cobertura de vegetação muito mais densa que Portugal.
Não poderiamos aplicar o mesmo tipo de tácticas de forma eficiente no Alentejo, para dar um exemplo.

A somar a isso, temos a multiplicação dos sistemas de vigilância, que são cada vez mais eficientes. Os americanos estão neste momento a testar um radar de abertura sintética com menos de 1kg e podem coloca-lo em mini UAVS's.
Isto quer dizer que os americanos se preparam para ter um sistema que praticamente lhes permite ter em temo real, uma imagem 3D do campo de batalha.
Os vários modos dos radares de abertura sintética, permitem por exemplo, intrudizir dados sobre o tipo de vegetação, permitindo como que «remover a vegetação» de uma imagem digital 3D.
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tyr

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« Responder #73 em: Abril 11, 2008, 02:30:57 pm »
Tudo isso é bonito no papel (nos filmes e em propaganda) ou em cenarios delimitados ja com um perimetro de busca bem defenido, agora quando vamos para a pratica em que 10 ou 100 ou seja la que quantidade de unidades de vigilancia forem tiverem que vasculhar milhares de metros quadrados, em que as assinaturas electromagneticas não permitem destinguir civil de militar e o imput que entra é monstruoso (cada operador vai ter que distinguir entre milhares de provaveis alvos) a eficacia destes meios reduz se de uma forma abismal, sobretudo quando se combate contra uma força composta por pessoal inteligente, desenrascado e com uma boa noção de como funcionam esses sistemas de vigilancia.

a juguslavia perdeu no kosovo pois militarmente estavam intactos, mas a infraestrutura economica estava em farrapos (e a liderança politica decidiu não arriscar (pois se arriscassem teriam uma grande probabilidade de perder a não ser que os americas se acobardassem com as suas baixas militares)), e como ja dizia Napoleão "o exercito marcha no seu estomago".

eu dei um exemplo, de um pais mas poderiamos ir para o sistema de tuneis do vietnam (sei que o solo do alentejo não é tão maleavel mas) ou outro aplicado à nossa realidade, poderiamos inclusive fazer como os talibãs (não é estranho que os americas com toda a sua tecnologia tivessem ja destruido os talibãs e vedado os caminhos de entrada no paquistão? :twisted: ).

Eu dei só um exemplo e nada mais, usando um outro exemplo para o tentar explicar.

e ainda acrescento que existe um curso em portugal que existe para caso as forças armadas não tenham capacidade de um confronto directo contra uma invasão do território nacional (estou a falar do COIR) lhes fazerem a vida negra ao ponto de eles (os invasores) não terem alternativa a não ser meter o rabinho entre as pernas e irem se embora.
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PereiraMarques

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« Responder #74 em: Abril 22, 2008, 04:13:41 pm »
Citação de: "Ricardo"
Do stand da Exército na Exponor: