Boa noite a todos,
Nunca me apresentei devidamente e esta é somente a minha segunda mensagem no fórum, pelo que peço desculpa. Terminei a Licenciatura em Direito mas desde cedo soube que uma carreira na advocacia não era para mim. Contudo, nunca pensei verdadeiramente no que queria fazer da vida. E agora, chegada a hora, reavivou-se a intenção de ingressar nas Forças Armadas, e em especial no Exército, como sonhava antes de iniciar o curso.
Sei que com o curso poderia ingressar directamente como oficial, embora não esteja a par das particularidades (sei que depende de abertura de concurso com respectiva publicação em DR, como o estimado user acima partilhou), mas sei também que mesmo dentro do exército não quereria exercer funções na área do Direito - desta feita, a minha primeira questão é: poderia ingressar numa especialidade que nada tenha a ver, ou que requeira, de forma genérica, um qualquer curso? No anúncio acima partilhado vejo, por exemplo, a especialidade de atirador (que é até a que mais vagas tem). Noto também que uma série de especialidades elencadas abaixo da de Atirador não especificam qualquer "condição essencial". Significa que qualquer curso de ensino superior serve também?
A minha segunda questão é esta: bem sei que não são bem vistos estes oficiais que entram nas Forças Armadas sem antes terem passado por praças e sargentos. Que não será merecido ou que não terão as aptidões que, naturalmente, só se adquirem vivenciando a "tropa". Oficiais de secretaria e não tanto oficiais de mérito, por assim dizer. Estamos cheios deles. Eu percebo esta visão. Por mim, começava a minha carreira militar como Praça, e progrediria por mérito (expressão porventura infeliz, uma vez que aquele que ingressa como oficial está também sujeito a testes para aferir o seu "mérito", embora um mérito diferente), mas o quão comum ou exequível é isto? Pergunto porque não vou para novo, tenho 24 anos, e não tarda perfaço os 27 (que é a idade máxima para ingressar como oficial). Estes 27 aplicam-se somente aos candidatos externos ou também àqueles que, fazendo já parte dos quadros (praças, sargentos...) progridam dentro do exército? Não me levem a mal. Pode parecer que estou mais preocupado com a "carreira" do que com o serviço à pátria propriamente dito, mas não é assim. Somente gostava de ver estas questões esclarecidas uma vez que, se ingressar, pretendo dedicar toda ou grande parte da vida ao exército, e que não seja uma experiência passageira.
Cordialmente,
RS.