Paquistão – A maior ameaça para o ocidente?

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« Responder #15 em: Novembro 09, 2007, 12:33:30 pm »
A vertigem de Musharraf
António Eduardo Ferreira

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A«lei marcial» imposta pelo general Pervez Musharraf, a segunda desde o golpe de Estado de 1999, levanta questões relacionadas com a instabilidade interna no Paquistão e outras relacionadas com a política externa dos EUA, designadamente a «guerra contra o terrorismo», um dos vectores da política internacional do pós-11 de Setembro.

Na vertente interna, o general presidente deixou-se levar pela vertigem pouco prudente de instaurar o estado de emergência - e mandar prender o próprio presidente do supremo tribunal de Justiça, líderes oposicionistas, activistas de direitos cívicos e centenas de advogados e manifestantes contestatários da sua recente eleição -, precisamente dois dias antes arriscar o chumbo da sua reeleição como presidente executivo de um país com mais de 160 milhões de mortais, na maioria muçulmanos.

Argumento: Musharraf, o zeloso general que tinha prometido assumir uma segunda legislatura na condição de civil, não despe o uniforme, suspende a Constituição e, mostrando-se patriota, decreta a lei marcial para «evitar o suicídio do seu país».

Em meados de Outubro, um atentado suicida de extremistas islâmicos quase atingiu Benazir Bhuto, antiga primeira-ministra e líder do Partido do Povo (PPP), regressada recentemente ao Paquistão.

Agora, ainda sem se saber por quanto tempo mais durará o estado de emergência e com as legislativas marcadas para Janeiro prestes a serem adiadas (pelo governo) por mais um ano, as prisões sucedem-se em várias cidades paquistanesas, de Carachi a Islamabad.

Novo bico-de-obra para a administração Bush: o colaboracionismo de Musharraf na luta contra a Al Qaeda, enquanto parceiro regional dos EUA para ajudar a estabilizar a região e combater os acólitos de Bin Laden também arrisca parecer agora um desperdício.

A cerca de um ano de eleições presidenciais nos Estados Unidos, os democratas têm agora mais uma onda para cavalgar, denunciando a parceria lançada na região como mais uma opção desastrosa. A linguagem diplomática de «revisão das condições do auxílio» é manifestamente insuficiente para travar as críticas dos democratas.

Em cinco anos, além de ajuda militar, o Paquistão recebeu 11 mil milhões de dólares (de assistência vinda dos EUA).

A luta contra os extremistas islâmicos refugiados nas montanhas, embora sem resultados prodigiosos, fez do Paquistão – um dos países da zona com capacidade nuclear - um aliado importante na região. Todavia, se a situação degenerar num conflito interno – independentemente da sua dimensão - será outro preço demasiado elevado para o balanço da administração de George W. Bush.

Segundo a imprensa internacional, depois de ceder à vertigem de aplicar a força e com o país «à beira de uma guerra civil», Musharraf não tem muito tempo até garantir as condições que permitam viabilizar um governo de coligação ao qual o seu segundo mandato, decerto não resistirá.

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« Responder #16 em: Novembro 13, 2007, 03:47:32 pm »
EUA mandam enviado Paquistão para pedir fim do estado de emergência

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A Casa Branca vai enviar um enviado especial de alto nível ao Paquistão para insistir junto do presidente do país, Pervez Musharraf, para que suspenda o estado de emergência, noticiou hoje o jornal The New York Times.
Segundo o jornal, o Governo norte-americano não está satisfeito com o plano de Musharraf para realizar eleições em Janeiro e quer que o general ponha fim ao estado de emergência.

O jornal, que cita fontes não identificadas do Governo norte-americano, assinalou que embora a Casa Branca veja com bons olhos a ideia de realizar eleições em Janeiro, questiona se o pleito pode ser legítimo, uma vez que o país permanece sob os efeitos da lei marcial, situação que impede que os partidos da oposição possam fazer campanha ou reunir-se livremente.

«O presidente (dos EUA, George W. Bush) acredita que é preciso acabar com o estado de excepção, a fim de realizar eleições livres e justas», disse a porta-voz Dana Perino.

Por seu turno, um alto funcionário do Governo disse ao The New York Times que persiste a dúvida sobre a possibilidade de realizar eleições livres que reflictam os verdadeiros desejos do povo paquistanês, caso o general Musharraf continua a deter elementos da oposição.

Segundo o jornal, aqueles esses comentários reflectem a crescente frustração de Washington com Musharraf, bem como dúvidas acerca do tempo que o país poderá continuar na actual situação sem sucumbir a uma maior instabilidade.

O Governo Bush continua a apoiar publicamente Musharraf, a quem o Pentágono ainda vê como a melhor opção dos EUA para fazer frente aos membros do grupo terrorista Al Qaeda presentes no país.

O alto funcionário entrevistado pelo The New York Times assegurou que os Estados Unidos «não estão prontos para virar as costas a Musharraf», mas acrescentou que muitos no Governo estão preocupados porque temem que os erros do presidente paquistanês acabem por minar as suas bases, o que poderia obrigá-lo a entregar o poder.

Face aquela possibilidade, a Casa Branca tentou fazer uma distinção durante os últimos dias entre o apoio ao Paquistão e o seu apoio ao general.

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #17 em: Novembro 14, 2007, 12:39:01 pm »
Musharraf diz que deixará o poder «quando acabar a agitação»

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O presidente do Paquistão, o general Pervez Musharraf, afirmou hoje que permanecerá no poder enquanto não acabar a agitação política no país, e defendeu energicamente a decisão de instaurar o estado de emergência.
Em entrevista concedida ao canal de televisão britânico Sky News, Musharraf confirmou que as eleições legislativas prometidas para 9 de Janeiro serão realizadas sob o estado de emergência.

«Quando não haverá mais agitação no Paquistão, deixarei o poder», garantiu. «Eu não sou um ditador, quero uma democracia», sustentou.

Musharraf admitiu que a situação política actual está complicada, e promoveu a unidade. «É preciso deixar o passado para trás. O país deve trabalhar com unidade para o bem do Paquistão», insistiu.

Musharraf impôs o estado de excepção a 3 de Novembro, alegando problemas com os militantes islâmicos e a interferência do poder judiciário, afirmando desde então que tomou a decisão pensando no bem da nação.

O general, que chegou ao poder mediante um golpe de Estado em 1999, encontra-se sob uma crescente pressão interna e internacional para pôr fim ao estado de emergência, renunciar ao cargo de chefe das forças armadas, restaurar a Constituição e permitir eleições livres e justas.

Musharraf tinha declarado domingo que o estado de emergência permaneceria em vigor até às eleições, para garantir que as mesmas decorram sem problemas.

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #18 em: Novembro 15, 2007, 01:56:57 pm »
Estados Unidos já começam a admitir queda de Musharraf

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Os Estados Unidos já admitem a queda do presidente paquistanês, Pervez Musharraf, e estão a discutir a situação política do país após a sua saída, segundo o jornal The New York Times.
Quarta-feira, responsáveis da Casa Branca, do Departamento de Estado e do Pentágono reuniram-se para definir a mensagem que o secretário do Departamento de Estado, John D. Negroponte, levará a Musharraf na sexta-feira, revelou o jornal.

Uma parte do governo dos Estados Unidos ainda acredita ser possível «salvar» a aliança política entre Musharraf e a ex-primeira-ministra paquistanesa Benazir Bhutto.

No Paquistão, porém, diplomatas e assessores do ditador e da ex-primeira-ministra dizem que as possibilidades de um acordo entre os dois é cada vez mais remota.

Os Estados Unidos estão a aperceber-se cada vez mais que os dias de Musharraf no poder estão contados e, nesse caso, deveriam preparar um plano de contingência para resolver a situação política, o que incluiria recorrer aos generais do país, acrescenta o jornal.

De acordo com o The New York Times, mais de uma dezena de oficiais em Washington e Islamabad, que falaram ao jornal sob anonimato, manifestaram dúvidas quanto à possibilidade de permanência do ditador paquistanês.

Os Estados Unidos estão a actuar com cautela, segundo um oficial citado pelo jornal. «O governo não quer encorajar um outro golpe militar no país. Porém, já começa a haver um entendimento na administração Bush de que Musharraf é parte do problema», disse.

Esse «entendimento» é significativo, uma vez que, nos últimos seis anos, Musharraf procura projectar-se como aliado fundamental do Ocidente contra os extremistas islâmicos e passar a mensagem de que a sua saída poderia resultar na tomada de poder pelos extremistas.

Embora o noroeste do país seja reduto da Al Qaeda, as autoridades acreditam que o exército paquistanês tem força suficiente para manter a estabilidade no país.

A tensão política no Paquistão aumentou nas últimas semanas desde que o governo decretou o estado de emergência no país.

O estado de emergência permite que as autoridades detenham pessoas sem a necessidade de ordens judiciais, limitem o movimento de pessoas ou veículos, confisquem armas e encerrem espaços públicos.

Em entrevista na quarta-feira, Musharraf disse que aquela medida permite «agir com mais liberdade» para enfrentar este problema. «Se não vencermos, haverá consequências para a região e para o mundo», acrescentou.

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« Responder #19 em: Novembro 16, 2007, 12:02:45 am »
Parlamento dissolvido para as eleições gerais

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O Parlamento paquistanês foi dissolvido hoje à meia-noite (hora local, 19:00 em Lisboa), após um mandato de cinco anos, e o país será dirigido por um governo provisório até às eleições gerais de Janeiro, revelaram fontes oficiais.

«O primeiro-ministro cessante aprovou a notificação da dissolução do Parlamento. A medida entrou em vigor um segundo depois da meia-noite», indicou o ministro dos Assuntos Parlamentares, Sher Afgan.

O presidente Pervez Musharraf nomeara antes o actual presidente do Senado, Mohamedmian Soomro, para a chefia do governo de transição para gerir os assuntos correntes até ao escrutínio.

O actual mandato parlamentar de cinco anos terminou hoje, 15 de Novembro, tal como o actual mandato presidencial de Musharraf, apesar de o general o ter prolongado, através da imposição do estado de emergência que mergulhou o país numa profunda crise política.

Segundo Musharraf, a administração de transição terá como tarefa guiar o país para as eleições parlamentares que deverão realizar-se até 09 de Janeiro.

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #20 em: Novembro 16, 2007, 01:57:57 pm »
Novo governo de transição toma posse

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O Presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, empossou hoje o novo governo de transição e levantou o termo de residência fixa da antiga primeira-ministra do país Benazir Bhutto, que considerou o novo executivo inaceitável.

O antigo presidente do Senado paquistanês Mohammedian Soomro, nomeado primeiro-ministro de transição encarregue de organizar as eleições legislativas previstas para antes de 09 de Janeiro, tomou hoje posse na presença de Musharraf.

«Juro preservar, proteger e defender a Constituição da República Islâmica do Paquistão», declarou Soomro, que vestia a tradicional túnica preta, sherwani.

Soomro, 57 anos, é um antigo banqueiro e membro do partido presidencial, a Liga Muçulmana do Paquistão-Q (PML-Q), e muito próximo do general Musharraf. Governador da província meridional de Sind em 2000, Soomro foi eleito senador pela primeira vez em 2003. Assumiu a presidência da câmara alta do parlmento um mês após a eleição.

Soomro substitui Shaukat Aziz, que deixa a direcção do governo após três anos no cargo.

O parlamento foi dissolvido quinta-feira à meia-noite, no termo previsto do mandato de cinco anos, pela primeira vez na história do Paquistão.

Em conferência de imprensa, Benazir Bhutto, cujo termo de residência fixa - imposto segunda-feira para impedir a líder da oposição de participar num marcha contra Musharraf - foi levantado durante a noite passada, rejeitou o novo governo de transição.

«Este governo transição é uma extensão da Liga Muçulmana o Paquistão-Q, o que não é aceitável», defendeu.

«Não discutiremos com ditadores a nossa estratégia e aquela que visa restaurar a democracia», sublinhou.

O general Musharraf, que também subiu ao poder através de um golpe de Estado, há oito anos, congratulou-se por ter conseguido instalar uma «nova cultura de transição suave rumo à democracia».

Opinião que não é partilhada pela oposição que tenta unir-se contra Musharraf.

Benazir Bhutto exige, além da demissão de Musharraf, o levantamento imediato do estado de emergência decretado há quase duas semanas.

A oposição, tal como a comunidade internacional, considera que as eleições não podem decorrer sob o estado de emergência, que limita ao mínimo as liberdades mais fundamentais dos cidadãos, nomeadamente as de expressão e de reunião.

Mais de 3.000 elementos da oposição, entre advogados e magistrados, continuam detidos e sob residência vigiada desde a instauração do estado de emergência.

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #21 em: Novembro 17, 2007, 03:22:40 pm »
Exército mata 40 seguidores de clérigo islâmico rebelde

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Tropas paquistanesas apoiadas por helicanhões e artilharia atacaram militantes pró-talibãs no Norte do Paquistão, matando 40 seguidores de um clérigo islâmico rebelde, informaram hoje autoridades militares.

O ataque ocorreu na quinta-feira em Kuza Banda, Basham e Shangla, três praças-fortes dos rebeldes na província de Swat, informou o Exército.

Num incidente separado, dois soldados ficaram feridos quando a coluna em que seguiam foi atacada com granadas de mão, disse um porta-voz militar.

As últimas mortes elevam para 100 o total de baixas entre os rebeldes de Swat, onde as tropas combatem os seguidores de Maulana Fazlullah, um clérigo que tem incitado à guerra santa contra o Exército.

Diário Digital / Lusa

 

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« Responder #22 em: Novembro 18, 2007, 11:30:49 pm »
Pervez Musharraf vai propor 8 de Janeiro para a realização de eleições legislativas

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O Presidente paquistanês Pervez Musharraf vai recomendar à comissão eleitoral a organização de eleições legislativas no próximo dia 08 de Janeiro, anunciou hoje um comunicado divulgado pelo governo.

Musharraf fez esta declaração depois de se ter encontrado com o número dois do Departamento de Estado norte-americano, John Negroponte, que lhe pediu para levantar o estado de emergência, organizar eleições livres e justas e negociar com a oposição.

"As eleições gerais poderão ter lugar no dia 08 de Janeiro", lê-se no comunicado governamental, que cita o Presidente Musharraf no decurso de uma reunião com aliados políticos na província de Sind, Sul do país.

Segundo o comunicado, Pervez Musharraf "declarou que iria recomendar à comissão eleitoral a escolha da data de 08 de Janeiro para realizar as eleições".

A comissão eleitoral declarou sábado que anunciaria a 21 de Novembro a data definitiva do escrutínio.

O Presidente Musharraf já anteriormente se tinha comprometido em organizar as eleições legislativas provinciais antes de 09 de Janeiro.

Lusa

 

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« Responder #23 em: Novembro 19, 2007, 03:38:19 pm »
Antiga estrela do críquete em greve fome na cadeia

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A ex-estrela do críquete Imran Khan, opositor declarado do presidente paquistanês, iniciou uma greve da fome na prisão, onde está desde quarta-feira acusado de incitar a manifestações contra o estado de emergência, anunciou hoje um porta-voz.
«Imran Khan começou uma greve da fome de duração indeterminada», afirmou Saifullah Niazi, porta-voz do pequeno partido político que Khan criou e dirige.

Khan, 55 anos, exige nomeadamente o levantamento do estado de emergência imposto pelo general Musharraf em 03 de Novembro e mantido, apesar de estarem previstas eleições legislativas para o início de Janeiro, referiu Niazi.

Detido quarta-feira durante uma manifestação na Universidade de Lahore (leste), onde se deslocou após dez dias de clandestinidade, Imran Khan foi acusado no dia seguinte de incitação à sublevação armada e preso por ter apelado para manifestações contra o estado de emergência.

Khan foi extremamente violento nas suas críticas desde o início do estado de emergência contra o general Musharraf, que apelida de «ditador militar», no poder desde um golpe de Estado há oito anos.

Imran Khan, que exigiu nomeadamente a pena de morte contra Musharraf, está detido na prisão de Deraghazi Khan, no centro do Paquistão, normalmente reservada aos suspeitos ou condenados por actos terroristas ou aos presos particularmente perigosos.

As notas de culpa referem-se a «incitação à sublevação armada, à desobediência civil e ao ódio», disseram responsáveis policiais.

Poderá incorrer numa pena de sete anos até prisão perpétua.

Antigo capitão da equipa de críquete que venceu a Taça do Mundo de 1992, Khan estava sob detenção domiciliária desde 03 de Novembro, tendo fugido alguns dias depois, quando a polícia, segundo ele, o ia buscar para a cadeia.

Na clandestinidade, multiplicou as declarações hostis contra Musharraf, chegando mesmo a exigir a pena de morte contra o presidente.

Entretanto, o Supremo Tribunal paquistanês chumbou cinco dos principais recursos da oposição contra a reeleição do presidente Pervez Musharraf, ficando apenas um por examinar ainda esta semana, anunciou hoje o advogado do governo.

A mais alta jurisdição do Estado, remodelada para uma composição mais favorável ao actual presidente e ao estado de emergência que decretou a 03 de Novembro, deveria examinar seis recursos sobre a validade do escrutínio presidencial de 06 de Outubro, mas também sobre a elegibilidade de Musharraf, contestada pela oposição.

«Cinco dos recursos foram chumbados. Falta apenas um, que será examinado quinta-feira«, afirmou Malik Mohammad Qayyum, Procurador-Geral do Paquistão, que funciona como advogado do governo.

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« Responder #24 em: Novembro 19, 2007, 03:42:42 pm »
Musharraf desloca-se a Riade para reunião com rei saudita

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O presidente paquistanês, general Pervez Musharraf, desloca-se terça-feira a Riade para se reunir com o rei saudita, Abdullah Bin Abdelaziz, para uma visita de dois dias em que não se excluem contactos «indiretos» com o ex-primeiro-ministro paquistanês Nawaz Sharif, noticiou o canal Dawn.
Segundo o Dawn, durante a visita, considerada «muito importante» nos círculos políticos, poderá ser abordado o eventual regresso de Sharif ao Paquistão, país que se encontra em estado de emergência desde 3 de Novembro.

Sharif foi deportado pelo regime de Musharraf para a Arábia Saudita em Setembro, ao tentar regressar ao Paquistão após sete anos no exílio.

Na semana passada, no entanto, Musharraf enviou uma delegação à Arábia Saudita para se reunir com Sharif em busca de uma «reconciliação» política, após a ruptura do diálogo entre o general e a também ex-primeira-ministra Benazir Bhutto.

As conversaçõess entre Bhutto e Musharraf ficaram bloqueadas desde que o presidente declarou o Estado de emergência, o que levou a ex-governante a iniciar contactos com outros dirigentes da oposição - entre os quais Sharif - para tentar criar uma aliança unida contra o general.

O Governo paquistanês afirmou que a visita de Musharraf à Arábia Saudita tem o objectivo de «rever as relações» com este país.

Musharraf decretou o Estado de excepção alegando o aumento da violência radical e da «ingerência» do Poder Judicial na política do Governo.

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« Responder #25 em: Novembro 26, 2007, 07:01:57 pm »
Musharraf deixa Forças Armadas nos próximos dias, diz porta-voz

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O presidente do Paquistão, Pervez Musharraf, deverá deixar as Forças Armadas e tomar oje posse para um novo mandato na quinta-feira, anunciou o respectivo porta-voz, Rashid Qureshi.
Qureshi disse à BBC que o general Musharraf renunciará ao cargo de chefe das Forças Armadas do país antes de prestar juramento como presidente.

Musharraf está sob forte pressão internacional e interna para abandonar o cargo militar.

O presidente ocupa actualmente os dois cargos, mas comprometeu-se a sair do cargo militar e transformar-se num presidente civil.

Musharraf assumiu o poder no Paquistão depois de um golpe de Estado em 1999, depondo o governo civil de Nawaz Sharif.

O porta-voz do presidente não esclareceu se Musharraf renunciará à chefia das Forças Armadas paquistanesas na própria quinta-feira ou antes do prazo.

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« Responder #26 em: Novembro 27, 2007, 05:43:47 pm »
Musharraf, futuro «presidente civil», diz adeus aos militares

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O chefe de Estado paquistanês reeleito, general Pervez Musharraf, iniciou hoje uma ronda de de despedida pelos quartéis, forçado a deixar a chefia das Forças Armadas antes de tomar posse quinta-feira como «Presidente civil».

Na chefia das Forças Armadas ficará o general Ashfaq Kiyani, 55 anos, leal a Musharraf, nomeado a 08 de Outubro vice-chefe do Estado-Maior e que deverá tomar posse quarta-feira, em Rawalpindi.

Com esta «passagem de poder», os cerca de 160 milhões de habitantes da República Islâmica do Paquistão, a única potência nuclear confirmada do mundo muçulmano e com 500.000 soldados, deverão assim iniciar, pelo menos formalmente, um período de democracia «normal».

Desde a independência há 60 anos, o país viveu a maior parte do tempo sob o poder de generais que tomaram o poder em golpes de Estado e outra parte sob o comando do Exército que controlava, de facto, os governos civis.

Mas a crise política que o Paquistão vive há oito meses e que se agudizou com a imposição do estado de emergência a 03 de Novembro, não deverá ser resolvida com o abandono de Musharraf da chefia das Forças Armadas.

A oposição, tal como a comunidade internacional, continua a exigir um «verdadeiro regresso à democracia» e que o Presidente Musharraf levante o estado de emergência antes das eleições legislativas de 08 de Janeiro.

Pervez Musharraf iniciou hoje uma ronda de dois dias pelo Estado-Maior General das Forças Armadas na cidade de Rawalpindi, na periferia de Islamabad.

As tropas desfilaram perante o antigo membro dos comandos das forças especiais, que sempre considerou o uniforme como uma «segunda pele», e que para esta ocasião vestiu o de gala, coberto de medalhas.

Chefe do Estado-Maior do Exército desde 07 de Outubro de 1998, Musharraf tomou o poder num golpe de Estado sem derramamento de sangue um ano mais tarde, a 12 de Outubro de 1999.

Em 2002, o golpe foi legalizado pela justiça e o parlamento confirmou-o na presidência após um referendo.

A 06 de Outubro passado, numa altura em que o seu poder era cada vez mais contestado na rua, Musharraf foi reeleito pelo mesmo parlamento, bem como pelas assembleias provinciais.

Mas o Supremo Tribunal - a pedido da oposição que contestava a elegibilidade de Musharraf - suspendeu a proclamação dos resultados, pendentes de uma decisão.

A 03 de Novembro, o general Musharraf decretou o estado de emergência, invocando a ameaça fundamentalista, enquanto a oposição e a comunidade internacional o acusaram de querer travar a mais alta instância jurídica do país.

No dia seguinte à imposição do estado de emergência, Musharraf afastou a maioria dos juízes que lhe eram hostis e na última quinta-feira o novo Supremo validou a sua reeleição.

No entanto, há vários meses tinha já prometido - como definido na Constituição - demitir-se da chefia das Forças Armadas, o que deverá formalizar quarta-feira, antes de prestar jurament dia seguinte.

Ao mesmo tempo, Musharraf quer manter o estado de emergência ao afirmar que é a única maneira de garantir um ambiente seguro para as legislativas e provinciais de 08 de Janeiro, quando o país regista uma vaga de atentados sem precedentes que causou mais de 250 mortos, em pouco mais de quatro meses.

Foi em Rawalpindi que um duplo atentado suicida causou 18 mortos sábado, quando um veículo armadilhado chocou contra uma viatura militar no recinto do próprio Estado-Maior, e outro contra um posto de controlo à entrada de uma base militar dos serviços de informação.

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« Responder #27 em: Novembro 28, 2007, 12:37:36 pm »
Musharraf transmite comando militar a sucessor


Ashfaq Kiyani é dado como moderado e pró-ocidente.

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O presidente paquistanês, Pervez Musharraf, passou hoje o comando das Forças Armadas para o general Ashfaq Kiyani, um dia antes de ser empossado como «presidente civil».

Emocionado, Musharraf afirmou em Rawalpindi, praça-forte dos arredores de Islamabad, que a instituição militar era a sua «paixão» que preenchera a sua vida.

«Amanhã já não vou estar de uniforme», disse às centenas de convidados e dignitários presentes na cerimónia de transmissão de poderes, admitindo que se sentia «um pouco tristo».

«Depois de envergar uniforme durante 46 anos anos, digo adeus ao exército», acrescentou Musharraf que na terça-feira tinha iniciado uma volta pelos quartéis do país para se despedir dos militares que comandou durante mais de dez anos.

O novo chefe do estado-maior general das forças armadas paquistanesas, Ashfaq Kiyani, tinha sido nomeado a 08 de Outubro como adjunto e sucessor de Musharraf.

Na quinta-feira Pervez Musharraf presta juramento como presidente civil, num país ainda sob estado de emergência, devido à crise política.

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Jorge Pereira

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« Responder #28 em: Dezembro 28, 2007, 01:36:16 am »
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Nuclear Arsenal

The Natural Resources Defense Council (NRDC) estimates that Pakistan has built 24-48 HEU-based nuclear warheads, and Carnegie reports that they have produced 585-800 kg of HEU, enough for 30-55 weapons. Pakistan's nuclear warheads are based on an implosion design that uses a solid core of highly enriched uranium and requires an estimated 15-20 kg of material per warhead. According to Carnegie, Pakistan has also produced a small but unknown quantity of weapons grade plutonium, which is sufficient for an estimated 3-5 nuclear weapons.

Pakistani authorities claim that their nuclear weapons are not assembled. They maintain that the fissile cores are stored separately from the non-nuclear explosives packages, and that the warheads are stored separately from the delivery systems. In a 2001 report, the Defense Department contends that "Islamabad's nuclear weapons are probably stored in component form" and that "Pakistan probably could assemble the weapons fairly quickly." However, no one has been able to ascertain the validity of Pakistan's assurances about their nuclear weapons security.

Pakistan's reliance primarily on HEU makes its fissile materials particularly vulnerable to diversion. HEU can be used in a relatively simple gun-barrel-type design, which could be within the means of non-state actors that intend to assemble a crude nuclear weapon.

The terrorist attacks on September 11th raised concerns about the security of Pakistan's nuclear arsenal. According to press reports, within two days of the attacks, Pakistan's military began relocating nuclear weapons components to six new secret locations. Shortly thereafter, Gen. Pervez Musharraf fired his intelligence chief and other officers and detained several suspected retired nuclear weapons scientists, in an attempt to root out extremist elements that posed a potential threat to Pakistan's nuclear arsenal.

Concerns have also been raised about Pakistan as a proliferant of nuclear materials and expertise. In November, 2002, shortly after North Korea admitted to pursuing a nuclear weapons program, the press reported allegations that Pakistan had provided assistance in the development of its uranium enrichment program in exchange for North Korean missile technologies.


Espero sinceramente que isto esteja bem controlado, vigiado e protegido… :roll:
Um dos primeiros erros do mundo moderno é presumir, profunda e tacitamente, que as coisas passadas se tornaram impossíveis.

Gilbert Chesterton, in 'O Que Há de Errado com o Mundo'






Cumprimentos
 

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ShadIntel

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« Responder #29 em: Dezembro 28, 2007, 11:55:37 am »
Citação de: "Jorge Pereira"
Espero sinceramente que isto esteja bem controlado, vigiado e protegido… :evil: