Kosovo - À Procura do Beijo Impossível

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André

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« Responder #60 em: Fevereiro 19, 2008, 11:10:16 pm »
Sérvios destroem posto fronteiriço de Kosovo

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A polícia da ONU abandonou um posto de fronteira que foi destruída pelos sérvios, prometendo nunca submeter-se ao governo da maioria albanesa no Kosovo
 
Soldados dinamarqueses da KFOR (força internacional sob o comando da NATO) posteriormente ocuparam a guarnição na fronteira entre Kosovo e a Sérvia, segundo o comando do contingente.

O primeiro-ministro do novo país, Hashim Thaci, minimizou os ataques contra dois postos fronteiriços no norte, um dos quais foi completamente queimado.

«Tudo está sob controlo das autoridades da NATO, da polícia de Kosovo e da ONU, e nenhum incidente isolado vai afetar as celebrações da independência de Kosovo», afirmou em conferência de imprensa ao lado do chefe da diplomacia da União Européia, Javier Solana.

«Kosovo é um integral, inseparável, e o território de Kosovo está garantido e reconhecido internacionalmente», disse Thaci.

Testemunhas da Reuters viram a polícia da ONU destruir documentos oficiais e retirar computadores do posto semidestruído, para então partir num comboio escoltado por blindados.

O chamado Portão 3-1, ao norte da localidade de Zubin Potok, foi abandonado. Carros sem placas passavam sem serem molestados.

SOL

 

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Lancero

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« Responder #61 em: Fevereiro 20, 2008, 08:43:14 pm »
Citação de: "Miguel"
L’ancien commandant de l’OTAN parle du Kosovo.

"Nous avons bombardé le mauvais côté"

Le major-général canadien MacKenzie était le commandant des forces occidentales en Bosnie.

Aujourd’hui à la retraite, il dénonce ce que l’Otan a fait au Kosovo et contre la Yougoslavie.

- "Génocide" ? Pas 100.000 victimes, mais 2.000 ("toutes ethnies confondues").

- "Ce sont les Albanais qui ont commencé, nous les avons dépeints comme victimes"

- "Milosevic n’a fait que réagir"

- "L’Otan a livre le Kosovo à la maffia"

- "Nous avons aidé l’UCK à créer un Kosovo ethniquement pur."

- "Nous avons encouragé les terroristes du monde entier."

Interview du major-général MacKenzie :

"Il y a cinq ans, les écrans de nos télévisions débordaient d’images d’Albanais du Kosovo fuyant à travers les frontières pour aller chercher refuge en Macédoine et en Albanie. Des rapports alarmistes disaient que les forces de sécurité de Slobodan Milosevic menaient une campagne génocidaire, et qu’au moins 100.000 Albanais du Kosovo avaient été massacrés et enterrés dans des charniers à travers toute la province.

L’OTAN entra promptement en action, bien qu’aucun des Etats membres de cette alliance n’ait été menacé, et se mit à bombarder non seulement le Kosovo, mais aussi les infrastructures et la population de la Serbie elle-même, sans que cette action soit autorisée par une résolution des Nations-Unies, instance pourtant vénérée par les gouvernants du Canada passés et présents.

On qualifia de "munichois" ceux d’entre nous qui mirent en garde l’Occident contre le fait qu’il se laissait entraîner aux côtés d’un mouvement indépendantiste albanais extrémiste et partisan. On oublia opportunément que l’organisation qui menait le combat pour l’indépendance, l’Armée de libération du Kosovo (UCK), était désignée universellement comme organisation terroriste et connue pour être soutenue par le mouvement Al Qaida d’Oussama Ben Laden."

"Depuis l’intervention de l’OTAN et de l’ONU en 1999 au Kosovo, ce dernier est devenu la capitale européenne du crime. Le commerce des esclaves sexuels y est florissant. La province est devenue la plaque tournante de la drogue en direction de l’Europe et de l’Amérique du nord. Et pour comble, la plupart des drogues proviennent d’un autre pays "libéré" par l’Occident : l’Afghanistan. Les membres de l’UCK, qui a été démobilisée mais non démantelée, participent à la fois à ce trafic et au gouvernement. La police de l’ONU arrête quelques uns de ceux qui sont impliqués dans ce trafic et les traduit devant une juridiction passoire ouverte à la corruption et aux pressions.

Le but ultime des Albanais du Kosovo est de purger celui-ci de tous les non-Albanais, y compris les représentants de la communauté internationale, et de fusionner avec la mère-patrie albanaise, réalisant ainsi la "Grande Albanie". Leur campagne a commencé au début des années 1990, par l’attaque des forces de sécurité serbes ; ils ont réussi à retourner la réaction musclée de Milosevic en une sympathie universelle pour leur cause. Le génocide proclamé par l’Occident n’a jamais existé ; les 100.000 morts prétendument enterrés dans des charniers se sont avérés être environ 2000, toutes ethnies confondues, y compris ceux qui sont tombés dans les combats.

Les Albanais du Kosovo ont joué sur nous comme sur un Stradivarius. Nous avons financé et soutenu indirectement leur campagne pour l’indépendance d’un Kosovo ethniquement pur. Nous ne leur avons jamais reproché d’être responsables des violences du début des années 90, et nous continuons de les dépeindre comme les victimes d’aujourd’hui, malgré les preuves du contraire.

Quand ils auront atteint leur objectif d’indépendance, aidés par les dollars de nos impôts ajoutés à ceux de Ben Laden et d’Al Qaida, on peut imaginer quel signal d’encouragement ce sera pour les autres mouvements indépendantistes du monde entier soutenus par le terrorisme !
Notre acharnement à creuser notre tombe n’est-il pas comique ?"




The National Post, 6 avril 2004.

Traduit de l’anglais par Maurice Pergnier.

Version complète dans le n°88 de la revue française B.I. http://b-i-infos.com/index.html




Le major-général Lewis Mackenzie

A commandé des troupes à Gaza, Chypre, Vietnam, Le Caire, l’Amérique centrale. A Sarajevo, en pleine guerre civile, il avait la responsabilité des contingents de 31 nations. Selon Martin Bell de la BBC, il a été, durant ses fonctions à la tête des Occidentaux en Bosnie, l’homme le plus interviewé de toute l’histoire de la télévision. Travaille à présent comme commentateur des affaires internationales pour le National Post et pour de nombreuses chaînes de télévision américaines
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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Miguel

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« Responder #62 em: Fevereiro 21, 2008, 11:59:43 am »
Tenho informaçoes que em Mitrovica houve incidentes esta manha.

E o sector dos nossos soldados, alguém pode confirmar se se passa tudo bem com os nossos rapazes? :roll:
 

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P44

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« Responder #63 em: Fevereiro 21, 2008, 12:24:16 pm »
a verdadeira bandeira do kosovo

"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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André

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« Responder #64 em: Fevereiro 21, 2008, 03:22:44 pm »
Citação de: "P44"
a verdadeira bandeira do kosovo



Já agora também punha elementos da Union Jack e da bandeira francesa na do Kosovo, já que também disseram SIM à independência ...  :roll:

 

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comanche

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« Responder #65 em: Fevereiro 21, 2008, 06:35:05 pm »
Kosovo: 16 países, 9 da UE, já reconheceram formalmente a independência, seis rejeitam


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Paris, 21 Fev (Lusa) - Quatro dias depois da proclamação da independência do Kosovo, apenas 16 países reconheceram efectivamente a declaração e seis já recusaram aceitar o novo estado, entre eles Rússia, Sérvia, Geórgia, Espanha, Chipre e Roménia.

Os países que já reconheceram formalmente a independência do Kosovo são Alemanha, França, Itália, Reino Unido, Áustria, Luxemburgo, Letónia, Dinamarca e Estónia e, fora da União Europeia, os Estados Unidos, a Albânia, o Afeganistão, a Turquia, o Senegal, a Austrália e Taiwan.

Prestes a reconhecer formalmente o novo Estado estão, na UE, Holanda, Bélgica, Irlanda, Finlândia, Suécia, Hungria, Polónia, Eslovénia, Bulgária e Lituânia. No resto do mundo, a Croácia e a Noruega.

Há ainda países com algumas reservas face à independência, entre os quais Portugal, Grécia, Eslováquia, República Checa, Malta, bem como a China.

 

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Miguel

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« Responder #66 em: Fevereiro 21, 2008, 07:55:59 pm »
A França vai pagar caro isso.

Estou a ver dentro de algums anos alguns departamentos com uma maioria de populaçao arabe pedir autonomia ou independencia.

Quanto aos EUA nao comento, o unico objetivo deles é a destabilizaçao da Europa.

Parabems Portugal que mostra ainda ter uma certa lucidez.
 

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NBSVieiraPT

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« Responder #67 em: Fevereiro 21, 2008, 08:46:29 pm »
Portugal disse, para já não dizer nada.
Mas acho que vamos seguir o que a Espanha disser, a Galiza está muito perto e as lutas de independência por parte dos espanhóis também nos dizem algo, embora indirectamente.

A ver vamos.
 

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Miguel

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« Responder #68 em: Fevereiro 21, 2008, 09:17:49 pm »
Destruiçao de uma IGREJA no Kosovo
 :arrow: http://www.youtube.com/watch?v=_Pg-bYIq ... 0&start=60
 

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Luso

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« Responder #69 em: Fevereiro 21, 2008, 09:25:25 pm »
Isto está lindo.
Não me digam que não há um movimento estranho aqui na Europa para destruir o cristianismo ou causar confusão. Ou obrigar os europeus a provar um pouco de realidade.
Ou então é cobardia pura e simples.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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Miguel

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« Responder #70 em: Fevereiro 21, 2008, 09:40:53 pm »
Citação de: "Luso"
Isto está lindo.
Não me digam que não há um movimento estranho aqui na Europa para destruir o cristianismo ou causar confusão. Ou obrigar os europeus a provar um pouco de realidade.
Ou então é cobardia pura e simples.


Exato Luso, temos o dever de espalhar por todos os meios possiveis este video, para o povo ver, e pode ser que ainda passe na RTP :arrow: http://www.youtube.com/watch?v=_Pg-bYIq ... 0&start=60
 

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Ataru

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« Responder #71 em: Fevereiro 21, 2008, 10:25:14 pm »
Eu sou completamente a favor da autodeterminação de povos (com justa causa) assim, penso que a melhor solução para o Kosovo seria a sua integração na Albânia com excepção das zonas sérvias no norte, que continuariam sérvias.
Mas, a minha segunda opção seria claramente a independência deste novo país. O tal "efeito domino" que tantos falam, seria vantajoso para uns (ex:Alemanha, Portugal, Irlanda, Nações dependentes), pejorativo para outros (ex:Espanha, Reino Unido, Bélgica, França...) e não afectaria de nenhuma forma outros (Coreia do Sul, África do Sul, Dinamarca, Israel...)
De maneira que apoio o novo estado kosovar...
Greater Portugal = Portugal + Olivença + Galiza and the Eonavian Region + border villages that speak galaico-portuguese dialects + Cape Verde + St. Tomé and Principe + Cabinda + Timor
 

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ricardonunes

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« Responder #72 em: Fevereiro 21, 2008, 11:01:06 pm »
Citação de: "Luso"
Isto está lindo.
Não me digam que não há um movimento estranho aqui na Europa para destruir o cristianismo ou causar confusão. Ou obrigar os europeus a provar um pouco de realidade.
Ou então é cobardia pura e simples.


Acho que é mesmo causar confusão!

Não consigo é perceber o que os motiva  :conf:

Em reportagem na RTP, as nossas tropas até estão muito bem vistas por aquelas bandas, mas se o grémio recretivo de de São Bento tomar o partido que quer, a situação leva uma reviravolta !!
Potius mori quam foedari
 

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« Responder #73 em: Fevereiro 22, 2008, 08:19:25 am »
O interesse é dos americanos em criar uma fonte permanente de destabilização na Europa, provocando insegurança e clivagens permanentes em redor da UE e dentro da própria UE.
Só anjinhos é que não percebem isso.
Quanto aos paus-mandados dos EUA (UK, França e Alemanha), apenas fazem o que lhes manda.(Dúvido que se em França estivesse o CHIRAC ou na Alemanha o SCHRODER tal tivesse acontecido...pelo menos tão facilmente, pois eles eram mil vezes mais "europeístas", embora pessoalmente não simpatizo com nenhum, não se vendiam tão facilmente!)

o problema é que enquanto a UE continuar a ser o "yes-man" dos EUA, nunca deixará de ser um anão politico em termos de politica -externa, veja-se as divergências internas a nivel dos Países da UE que revela a enorme fraqueza da UE em termos de politica -externa.

Realmente penso que a única razão porque Portugal não reconheceu o kosovo (geralmente basta Bruxelas estalar os dedos para os nossos sucessivos governos saltarem), é para não arreliar Espanha.

Quanto ao interesse "humanitário" e "desinteressado" dos Americanos no kosovo, penso que ISTO fala por si...


Camp bondsteel kosovo
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« Responder #74 em: Fevereiro 22, 2008, 08:21:46 am »
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Mais de 150.000 manifestantes em Belgrado contra independência do Kosovo


Há 13 horas

BELGRADO (AFP) — Mais de 150.000 pessoas participaram nesta quinta-feira, em Belgrado, de uma manifestação contra a independência do Kosovo, na qual o primeiro-ministro Vojislav Kostunica garantiu que o território pertencerá "para sempre" à Sérvia.

Paralelamente, um grupo de manifestantes conseguiu provocar um incêndio na embaixada dos Estados Unidos na capital sérvia, de onde foi retirado um corpo carbonizado.

"Sim, podemos confirmar que um corpo foi encontrado na parte incendiada da embaixada, mas estamos certos de que não é de qualquer membro do nosso pessoal. Sabemos do paradeiro de todos os membros do pessoal da embaixada", informou o porta-voz da missão diplomática, Rian Harris.

O incêndio foi deflagrado por um grupo integrado por vários "hooligans", que invadiu a embaixada, desocupada, durante os protestos em Belgrado.

Washington apresentou um protesto oficial ao governo sérvio, qualificando como "intoleráveis" os incidentes em Belgrado.

O número três do Departamento de Estado, Nicholas Burns, telefonou para o primeiro-ministro e o chanceler sérvios, Vojislav Kostunica e Vuk Jeremic, respectivamente, para protestar pelos fatos e pela "totalmente insuficiente" proteção oferecida pelos corpos de segurança do país.

Pelo menos 70 pessoas, incluindo 19 policiais, ficaram feridas nos incidentes, segundo um centro médico de emergências citado pela rede de televisão B92.

Os distúrbios se espalharam pelo centro da capital sérvia, onde significativas forças do Batalhão de Choque enfrentavam manifestantes, no final do dia.

Dez veículos blindados da polícia e dezenas de agentes da Polícia de Choque foram enviados ao local para dispersar a multidão, recorrendo a bombas de gás lacrimogêneo. Pelo menos dez pessoas foram detidas.

Os protestos foram precedidos por uma grande concentração em Belgrado, na qual o premier Kostunica, principal orador, disse que "Kosovo pertence à Sérvia, Kosovo pertence ao povo da Sérvia; assim foi sempre e assim sempre será".

"Não há nenhuma força, nenhuma ameaça, nenhum castigo suficientemente forte e mau para que algum sérvio diga o contrário", acrescentou o premier, questionando o destino da Sérvia, se "os sérvios renunciarem às suas raízes, ao Kosovo e à História".

"Para nós, os sérvios, tudo é possível pela amizade, mas nunca pela força. Se aceitarmos a força e o medo, cada vítima da fundação da Sérvia terá sido em vão", sentenciou Kostunica, insistindo em que "Kosovo é da Sérvia".

Kostunica garantiu que a manifestação em Belgrado será a primeira de uma série.

Os cerca de 150.000 manifestantes concentraram-se por volta das 17h (13h de Brasília), diante do Parlamento, onde se instalou a tribuna para os discursos.

Os manifestantes agitavam bandeiras sérvias e gritavam "Kosovo é o coração da Sérvia", uma frase que se tornou o grito de guerra desde a perda da província no domingo.

Também foram vistas bandeiras da Espanha e da Romênia, dois membros da União Européia (UE) que se negaram a reconhecer o novo Estado, e da Rússia, grande aliado histórico eslavo, que também é firmemente contra a independência do Kosovo.

O ultranacionalista Tomislav Nikolic, líder do Partido Radical Sérvio, e o célebre diretor de cinema Emir Kusturica figuravam entre os oradores. O herói do tênis sérvio e número 3 do mundo, Novak Djokovic, falou à multidão por telefone.

Após os discursos na frente do Parlamento, os manifestantes seguiram para a imponente Catedral Branca de Belgrado, Santo Sava, para participar de uma "oração por Kosovo" com membros da Igreja ortodoxa sérvia. Enquanto isso, "hooligans" quebravam lojas e bancas de jornal no centro.

Episódios violentos também foram registrados perto da embaixada da Croácia e em uma das principais praças da capital, a praça Slavija, onde manifestantes atearam fogo a um McDonald's, além de quebrarem as janelas.

Na frente da embaixada da Alemanha, assim como na da Grã-Bretanha, guaritas de segurança foram incendiadas, enquanto um automóvel ardia em chamas diante da embaixada do Canadá. A maioria das representações diplomáticas fica no mesmo perímetro, na avenida Kneza Milosa, uma das principais artérias da capital.

As companhias nacionais de trem e de ônibus transportaram gratuitamente os manifestantes, as escolas não funcionaram, e algumas empresas públicas deram folgas coletivas para os funcionários.

A manifestação foi precedida por um violento ataque, de pelo menos 20 minutos, de 300 ex-reservistas do Exército sérvio à polícia kosovar no posto de fronteira de Merdare, no sul do país, entre a Sérvia e o Kosovo.

Os ex-reservistas lançaram pedras nos policiais de Choque do Serviço de Polícia do Kosovo e incendiaram pneus de caminhões, espalhando uma espessa fumaça negra. De acordo com a polícia, não houve feridos.

"É aqui que defendemos Kosovo e não em Belgrado", disse à AFP o chefe dos reservistas, Dejan Milosevic.

A grande ausência da manifestação em Belgrado foi a do presidente do país, Boris Tadic, que visita a Romênia. De lá, ele lançou um apelo à calma, pedindo "o fim imediato da violência e dos ataques contra as embaixadas".

Tadic, reeleito há algumas semanas, e também contra a independência do Kosovo, é partidário da entrada do país na UE, uma posição delicada ao se levar em conta que as autoridades sérvias acusam essa organização internacional e os EUA de terem instigado a independência.

Até o momento, 15 países, entre eles oito da UE, já reconheceram a independência do Kosovo. Sérvia, Rússia e outros três da União Européia, como a Espanha, são desfavoráveis, enquanto que os demais ainda "esperam" novas informações.


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