Kosovo - À Procura do Beijo Impossível

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« Responder #150 em: Março 31, 2008, 06:02:04 pm »
Os EUA, a União Europeia e a ONU estão a apoiar um governo no Kosovo encabeçado por um conhecido criminoso, o primeiro-ministro Hashim Thaci.

O cargo de primeiro-ministro foi criado sob o "Provisional Institutions of Self-Government (PISG)" estabelecido pela United Nations Interim Administration Mission in Kosovo (UNMIK)

Sob mandato da ONU, a finalidade do governo provisório era "providenciar um “governo democrático provisório” antes de uma decisão sobre o estatuto político do Kosovo.

O que isto significa é que as Nações Unidas não só ajustaram o cenário para um governo do Kosovo "independente", numa clara violação do direito internacional, como também instalaram no Kosovo um governo integrado pelos membros de um sindicato do crime. Todos os três primeiros-ministros do Kosovo, Ramush Haradinaj, Agim Ceku and Hashim Thaci são criminosos de guerra. e de delito comum.
O Kosovo Democratic Party encabeçado pelo antigo comandante do KLA Hashim Thaci é essencialmente um desdobramento do antigo Kosovo Liberation Army.

O apoio encoberto dos EUA-NATO ao KLA remonta aos meados da década de 1990. No ano anterior ao bombardeamento de 1999 da Jugoslávia, o KLA era muito abertamente apoiado pela administração Clinton.

O líder do KLA Hashim Thaci foi um protegido de Madeleine Albright. Foi até escolhido por Albright para desempenhar um papel chave a favor de Washington nas negociações de Rambouillet em 1998.

As ligações do KLA ao crime organizado foram documentadas pela Interpol e pelo Congresso dos EUA.
Alguns membros do Kosovo Liberation Army [encabeçado pelo actual primeiro-ministro do Kosovo, Hashim Thaci], o qual financiou os seus esforços de guerra através da venda de heroína, foram treinados em campos terroristas dirigidos por Osama bin Laden.

Os membros do KLA, adoptados pela administração Clinton nos 41 dias da campanha de bombardeamento da NATO para levar a Jugoslávia do Presidente Slobodan Milosevic à mesa de negociação, foram treinados em campos secretos no Afeganistão e Bosnia-Herzegovina , segundo alguns relatórios.

Os relatórios dos serviços secretos documentam o que é descrito como uma "ligação" entre Bin Laden, o milionário saudita fugitivo, e o KLA – incluindo uma área de plataforma comum em Tropoje, Albânia, um centro para terroristas islâmicos. Os relatórios dizem que a organização de Bin Laden, conhecida como al-Qaeda, tanto treinou como apoiou financeiramente o KLA. (Washington Times, 04/Maio/1999)
Existem suspeitas que grande parte da violência e intimidação veio de antigos membros do KLA, especialmente aqueles aliados com Hashim Thaci, o antigo líder do KLA e chefe do Democratic Party of Kosovo, um dos desdobramentos políticos do KLA.

Embora a ONU tenha gradualmente afirmado a sua própria autoridade e colocado representantes de outros partidos políticos em governos locais, em locais como Srbica ex-membros do KLA filiados ao partido de Thaci ainda exercem um controle completo.
"Estes sujeitos não estão em vias de abandonar o poder facilmente", diz Dardan Gashi, analista político junto ao International Crisis Group, uma organização de investigação com sede nos EUA e com um gabinete em Pristina.

Também há suspeitas que o crime organizado esteja envolvido em parte na violência. Grupos criminosos dedicados à extorsão, contrabando e prostituição confiam nos laços estreitos que têm com algumas pessoas no poder. A perspectiva de perder estas ligações e o rendimento que elas geram, podem torná-los “mal dispostos” em relação ao LDK.

Responsáveis dizem que o problema é pior na região Drenica do Kosovo, a área central do KLA e a fortaleza do partido de Thaci. Srbica, onde Koci é o presidente local do LDK.

A Heritage Foundation: Apoia o KLA-KDP, apesar das suas ligações criminosas.
Num relatório de Maio de 1999 a Heritage Foundation reconheceu que o KLA é uma organização criminosa. No entanto, pediu o apoio ao KLA por parte da administração Clinton:
“Deveriam os EUA reforçar o potencial militar do KLA contra o regime brutal de Milosevic, apesar das estranhas raízes ideológicas do KLA e das suas ligações visíveis ao crime organizado? O KLA não representa todos os grupos que buscam um fim às campanhas brutais de Milosevic e sabe-se que cometeu algumas atrocidades, ele é a força mais significativa de resistência à agressão jugoslava dentro do Kosovo. Além disso, a escala e o âmbito dos seus crimes foi reduzida pela sistemática campanha de terror desencadeada pelos militares, paramilitares e forças policiais jugoslava dentro do Kosovo, às quais Washington se tem oposto com firmeza desde a guerra de 1999.” (Heritage Foundation Report, 13/Maio/1999)
“Afastar-se agora do KLA privará os Estados Unidos dos benefícios de cooperar com uma força de resistência que é capaz de apoiar a pressão sobre Milosevic para negociar um assentamento” (Ibid)
A Heritage Foundation apoia o Kosovo Democratic Party (KDP), que é integrado por antigos membros do KLA.

O KDP reteve suas ligações ao crime organizado. Esta posição de um modo geral resume a atitude da "comunidade internacional" em relação ao Kosovo. Mais recentemente, a Heritage Foundation, que desempenha um papel de bastidores na formulação da política externa americana, pressionou para a "independência" do Kosovo.

A evidência confirma amplamente que o primeiro-ministro do Kosovo nunca cortou as suas ligações com o crime organizado.

Um conhecido criminoso está a ser protegido pelas Nações Unidas: Ele foi detido em Budapeste em Julho de 2003 a pedido da Interpol e foi imediatamente libertado, a seguir a um pedido da Missão das Nações Unidas no Kosovo (UNMIK). Isto não é um evento isolado. Há evidência de que a Missão da ONU e sua força de polícia internacional protegeram o antigo KLA, o qual na sequência do bombardeamento da NATO de 1999 foi re-etiquetado como Kosovo Protection Corps (KPC) sob mandato formal da ONU.

Segundo o ministro da Justiça sérvio, Vladan Batic, "o processo em Hais no tribunal de crimes de guerra tem mais de 40 mil páginas de provas contra o antigo líder do Kosovo Liberation Army, Hashim Thaci, (citado por Radio B92, Belgrado, 03/Julho/2003).

Em Abril de 2000, a secretária de Estado dos EUA, Madeleine Albright, "ordenou à promotora chefe do Tribunal de Haia, Carla del Ponte, que retirasse Hashim Thaci da lista de suspeitos de crimes de guerra" (Tanjug, 06/Maio/2000). Carla del Ponto a seguir afirmou que não havia provas suficientes para indiciar Thaci por crimes de guerra.

Na generalidade, a Missão da ONU actuou como um acessório na protecção de um sindicato do crime.

Em Novembro de 2003, foram iniciados em Belgrado procedimentos criminais contra vários antigos comandantes do KLA. Estes incluíam Hashim Thaci, Agim Ceku e Ramush Haradinaj. .O nomes de Haradinaj e Ceku estão em listas da Interpol.

Agim Ceku é conhecido por ter cometidosistematicamente crimes de guerra na região de Krajina, na Croácia, em meados da década de 1990, envolvendo o massacre e limpeza étnica da população sérvia. Ele foi brigadeiro general no Exército croata e um dos planejadores da Operação Tempestade, a qual levou à expulsão de várias centenas de milhares de sérvios da região de Krajina. Em 1999 ele foi nomeado comandante do KLA, com a aprovação dos EUA e da NATO. de seguida foi nomeado comandante da Kosovo Protection Corps (KPC) patrocinado pela ONU (na sua folha de pagamento) e tornou-se primeiro ministro do Kosovo em 2006, sendo sucedido por Hashim Thaci, o actual primeiro-ministro. No Kosovo, ele continua a ter ligações com sindicatos do crime organizado. Segundo o London Observer, o KPC que foi chefiado por Ceku estava envolvido em actos de tortura assim como à protecção da prostituição no Kosovo. (14/Março/2000, Atlanta Journal-Constitution)

O governo do Kosovo está ligado a sindicatos de crime organizado e envolvido em tráfico de narcóticos e seres humanos.

O facto de todos os três primeiros-ministros do Kosovo, Ramush Haradinaj, Agim Ceku e Hashim Thaci serem criminosos de guerra não foi reconhecido nos recentes relatos da imprensa quanto à independência do Kosovo.

Os EUA e a UE estão a apoiar a criminalização da política no Kosovo.

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Lancero

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« Responder #151 em: Março 31, 2008, 06:46:45 pm »
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Kosovo: Independência foi ruptura do sistema internacional - Amado

Lisboa, 31 Mar (Lusa) - A declaração unilateral de independência do  Kosovo foi uma ruptura do sistema internacional, afirmou hoje o ministro  dos Negócios Estrangeiros português, voltando a defender que a posição portuguesa  deve ser anunciada sem precipitação.  

 

      "Foi uma ruptura do sistema internacional", disse Luís Amado num almoço-debate  sobre política externa, depois de acusar a União Europeia (UE) de irresponsabilidade  na condução do processo até 2007 e de apontar a necessidade de, "mais cedo  do que mais tarde", fazer a questão voltar ao Conselho de Segurança da ONU  e trabalhar, com a Rússia e os outros membros, um enquadramento da situação  tal como ela está no terreno.  

 

   "O efeito de precedente não depende de Portugal reconhecer ou não. O  precedente está criado, pela violação dos princípios da lei internacional  e pela questão das minorias", disse o ministro, acrescentando que "quanto  mais a UE se envolver enquanto UE no enquadramento, tratando-o como um caso  'sui generis', mais terá controlo sobre os efeitos colaterais".  

 

   O ministro considerou que, até Junho de 2007, "a UE estava irresponsavelmente  desresponsabilizada do problema do Kosovo", em particular, e dos Balcãs  Ocidentais, em geral, endossando tudo para o Grupo de Contacto (Estados  Unidos, Rússia, França, Reino Unido e Itália) e "sem nenhuma iniciativa  que desse rosto a uma política europeia".  

 

      O Plano Ahtissari, do enviado especial da ONU e que previa uma "independência  vigiada", foi endossado por duas vezes pelos membros da UE, mas "não houve  reflexão nem debate", "porque se acreditava que seria apoiado pela ONU"  e que "a 'digestão' do processo ia-se fazendo ao ritmo da integração daqueles  Estados na UE".  

 

   Amado considerou, por outro lado, que "o papel construtivo que se esperava  do secretário-geral da ONU na relação com a EULEX (a missão europeia) parece  que não vai ser assim" e que uma transmissão fácil e eficaz de competências  e de poderes da UNMIK (missão da ONU) para a EULEX "não está assegurada".  

 

   O nível relativamente baixo de incidentes registados no terreno, pelo  menos em relação ao que era esperado, deve-se muito, na opinião do ministro,  à postura da Sérvia, que "tem favorecido o diálogo político" em consonância  com "uma preocupação de não alimentar uma fogueira cujas labaredas se reflectirão  na estabilidade da Sérvia".  

 

   Sobre um pronunciamento de Portugal em relação à independência, Luís  Amado reiterou que "o Governo tem uma posição" mas só vai anunciá-la no  momento que entender, definindo como condições a coerência com as posições  já assumidas pelo governo e a obtenção do maior consenso possível no espectro  político português.  

 

   Sobre a primeira condição, o ministro referiu aquela que foi a orientação  dada à questão pela presidência portuguesa e que acabou por vingar com a  decisão de criar a EULEX: de que "a paz no Kosovo é vital para a paz na  Europa", pelo que era indispensável unidade e flexibilidade, ou seja, uma  plataforma de interesse estratégico comum e uma decisão soberana de cada  Estado.  

 

   "O governo não pode enjeitar esses acordos", disse, acrescentando que,  no entanto, a UE vai ter de "trabalhar a reconfiguração do quadro jurídico  que sustenta a EULEX", e daí a necessidade de trabalhar com a Rússia.  

 

   Sobre a segunda condição, Luís Amado repetiu que, tanto quanto possível,  "a política externa deve ser sustentada num consenso", e que não tendo visto  no Parlamento "uma franca abertura para um reconhecimento imediato", considera  útil adiar o pronunciamento.  

 

   O adiamento desse pronunciamento contribui ainda, segundo o ministro,  para que haja na UE "pontes" com a Sérvia, responsáveis por manter Belgrado  numa postura construtiva: "Os sectores moderados (sérvios) têm mais facilidade  em trabalhar se tiverem o conforto de algumas pontes com a UE", disse.  
"Portugal civilizou a Ásia, a África e a América. Falta civilizar a Europa"

Respeito
 

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papatango

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« Responder #152 em: Março 31, 2008, 09:03:12 pm »
Analisando os numeros:

Mortos no que é considerado um massacre, em que são mortas pessoas sem combate ou que tenham oferecido resistência.
Gospic: 100 mortos (1991)
Mirlovic Polje: 7 mortos (1993)
Medak: 31 mortos (1993)
Flash: 83 mortos (1995)
Storm: 677 mortos (1995)
Ahmici: 116 mortos (1993)
Mortos em combates, batalhas ou como consequência de acção militar
Miljevci: 40 mortos (1992)
Maslenica: 491 mortos (1993)

O massacre de Serbrenica, que os seus amigos sérvios ocultaram enquanto puderam, consistiu no assassínio a sangue frio de prisioneiros, que eram transportados pela estrada.

Os homens, foram assassinados com tiros na cabeça em apenas alguns dias.
Pelo menos 6.000 SEIS MIL foram assassinados pelos Sérvios. Uns assassinados em pequenos grupos, outros assassinados nos lugares onde eram mantidos prisioneiros.

As ordens claras dos dirigentes sérvios eram simples:
1) Separar os homens das mulheres.
2) Levar os homens (com mais de 14 anos) para escolas e armazéns abandonados
3) Transportar os homens aprisionados para lugares preparados para a execução
4) Para minimizar a resistência, os prisioneiros eram vendados, para não entenderem o que se passava.

A contagem atingiu os 6.000 SEIS MIL ASSASSINADOS PELOS SEUS HERÓIS. 5.000 CINCO MIL, FORAM DESENTERRADOS, MAS VOLTARAM A FALAR, MESMO MORTOS PARA MOSTRAR A BARBÁRIE SÉRVIA.
Mais de 2000 cadáveres terão sido identificados até ao momento

P44 -> Não podemos dar um valor ao numero de vidas. Há quem diga que quem mata uma pessoa, mata toda a humanidade.
Mas podemos contar os cadáveres. E nessa contagem, você perde toda a razão.

Apenas em Serbrenica, os Sérvios mataram mais pessoas que na lista que você coloca numa imagem enorme, onde relata 1545 vítimas ocorridas entre 1991 e 1995.

Os Sérvios assassinaram 6.000 prisioneiros desarmados num período entre dois a quatro dias.
E depois violaram as mulheres deles.
As mulheres foram entregues aos seus heróis, para que fossem violadas, e para plantar a semente da raça sérvia nas mulheres dos vencidos.

Não foram mortos em combate.
Não foram resultado de conflito ou da raiva da ocasião
Foi ódio dos Sérvios, organizado, sistemático e industrializado, que só pode ser comparado com o que fizeram os Nazis na II Guerra Mundial.

E o que dá mais raiva, é que essa gente é defendida em Portugal por aqueles fanáticos, que defendem tudo o que ainda lhes lembre a União Soviética que ainda hoje choram e cujo desaparecimento na lama podre e ensanguentada lamentam. É isso, acima de tudo isso que mete impressão.

Como é possível continuar a defender assassinos, criminosos e autênticos animais em forma de gente, apenas porque eles são anti-americanos?
A Sérvia perdeu o direito ao Kosovo, e perde-lo-ía mesmo que fosse verdade que o Kosovo é o "berço" da Sérvia.
É uma mentira histórica, porque os Sérvios chegaram à região quase mil anos depois de já lá haver kosovares.

A Sérvia perdeu o direito ao Kosovo, porque mostrou em Serbrenica, perante a Comunidade Internacional, qual era a sua forma de agir, quando a quantidade de população não sérvia era maior que a que eles achavam correcta.
A Sérvia transformaria o Kosovo num imensa Serbrenica.

Quem faz uma faz um cento se lhe derem verga e tempo, diz a sabedoria popular.
A Sérvia, e o nacionalismo sérvio, como todo o nacionalismo que se afirma pelo sangue e pela sua capacidade de matar, acabaria por produzir no Kosovo incontáveis massacres.

É a forma que eles têm de fazer política.
« Última modificação: Março 31, 2008, 11:56:25 pm por papatango »
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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André

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« Responder #153 em: Março 31, 2008, 10:11:00 pm »
A Independência do Kosovo
João Brandão Ferreira
 
Citar
A independência do Kosovo não surpreende nem deve deixar ninguém surpreendido. Mesmo que tenha sido unilateral. Todas as independências são unilaterais e quando não são – o que é raro – é porque uma das partes obrigou a outra.

De facto a independência de qualquer país faz-se, por norma, através da violência e pela força das armas. A nossa também foi assim.

As independências geram, porém, conivências e antagonismos. E todas têm consequências. É sobre estas que é preciso meditar.

O Direito Internacional é nestes casos, uma falácia: costuma dar argumentos a todas as partes envolvidas e está refém dos interesses das grandes potências. Aliás, o caso do envolvimento da NATO nos Balcãs é disto um exemplo selecto: mesmo estando fora do espírito e da forma do articulado, interveio – por pressão americana -, e só depois se legitimou, mudando o seu artigo V, na cimeira de Washington, comemorativa do 50º Aniversário do Tratado. Ou seja vai mudando conforme os “ventos da História”. Nós, Portugueses deveríamos meditar nisto … Até porque a memória dos povos é curta!

A independência do Kosovo serve os interesses dos EUA. A curto prazo, depois se verá (o governo americano tem, aliás, criado o curioso hábito de ir ajudar quem a seguir vão atacar…). Antagoniza a Rússia, aliada da Sérvia; namora os países muçulmanos (a maioria da população albanesa está islamizada) e implanta um nó górdio no quintal da União Europeia (UE). Esta, como não tem Exército, Política Externa, e cada um puxa para seu lado, está aflita sem saber o que fazer. Vamos ter aqui pano para mangas e para muito tempo. Cada país está por si.

Acresce que existe uma resolução do Conselho de Segurança da ONU, que mantém o Kosovo como parte integrante da Sérvia e ainda o facto de a independência ser declarada quando existem cerca de 17000 soldados da NATO (e de outros países, num total de 30!), a ocuparem o Kosovo, com mandato das Nações Unidas!

Como é que isto é possível? E durante quanto tempo mais é que vão ficar lá as tropas? E o que vai acontecer quando saírem? Será que estão a pensar instaurar um protectorado?

O governo português safou-se por uma unha negra de ter que lidar com este problema, durante a sua presidência da União, mas vai ter que se posicionar de alguma forma neste assunto complexo. Quanto mais não seja por termos tido e ainda termos tropas portuguesas naquele território, e que não saíram a tempo…

Ora tudo isto vai abrir um “saco de gatos” e pode multiplicar o número de “tribos” e regiões que se queiram independentizar, pelo mundo inteiro.

Portugal seria o país na Europa e no Mundo que teria menos a temer com semelhante ameaça. Mas, como por via da Descolonização traumática e desastrosa que realizámos em 74/75 as autonomias que desenvolvemos, como mal menor, e as surgências idiotas de regionalismos que se permitiu fomentar, deixámos de estar imunes ao fenómeno. Quebrou-se a nossa coerência e prevalência política e doutrinária!

Imagino que o governo português entenda tudo isto como “mais uma maçada”. Porquê? Porque os políticos em Portugal, acham, vai aí para 30 anos, que tudo no mundo ia correr bem para nós, que íamos ser amigos de todos e todos iam ser nossos amigos. Acreditaram que ameaças eram coisas do passado e que as organizações internacionais de defesa, resolviam tudo por nós. Apesar de passarmos a ter pouco Poder, entretivemo-nos a desbaratá-lo ainda mais. Ninguém está interessado em minorar vulnerabilidades e em potenciar capacidades.

Mais, não sabem nem querem saber, como se usa o Poder. E não aparentam ter coragem sequer para o utilizar. Por isso alienam soberania; agacham-se julgando-se espertos; desmantelam o aparelho militar e transformam a diplomacia num quase exercício de relações internacionais. Tudo se resume em 10% de substância e 90% de fotografia para os jornais!

Agora vamos ter uma crise séria entre mãos e não estando na linha da frente da insegurança, podemos levar com estilhaços. Se o governo português tendesse a defender princípios eu arriscaria a dizer que não reconheceria a independência (será certamente pressionado pelo governo espanhol para alinhar a seu lado), alegando-se as graves dúvidas existentes a nível do Direito Internacional e a fraca linearidade do processo. Mas pensamos que irá ganhar tempo (o que já está a fazer), passar despercebido no meio da multidão e caír para o lado da maioria com frases de circunstância, lá mais para a frente.

Mas seria avisado que nos fossemos preparando para a bulha, porque com esta crise ou com outra, será uma questão de tempo. A generalidade dos líderes políticos europeus aburguesou-se no pior sentido do termo. À custa de engordarem o corpo criaram adiposidade no espírito e deixaram fenecer a alma no coração. E já nem recordam que Roma afinal caiu, por “excesso de camas fofas e banhos quentes”.

Jornal de Defesa

 

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papatango

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« Responder #154 em: Março 31, 2008, 11:52:38 pm »
Por acaso, Roma não caiu por causa das adiposidades, mas sim por causa dos imigrantes.

As adiposidades e a decadência de costumes não eram suficientes para destruir um império, nunca foram, e as elites sempre foram amorais.

Já a pressão da imigração, essa sim foi determinante.

= = =

Curiosamente fiquei sem entender o que é que o Cel. Brandão Ferreira pensa do assunto.
Históricamente a posição dúbia da politica externa portuguesa não tem nada a ver com o 25 de Abril. Sempre balançámos em cima do muro.
Foi assim durante o periodo napoleonico, como foi assim durante muitos periodos da nossa História.

A verdade é que o império aguentou tantos anos muito mais devido à nossa diplomacia de "diz que vai mas não vai" que a qualquer intervenção militar.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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P44

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« Responder #155 em: Abril 01, 2008, 04:18:10 pm »
pt

não há santos nem demónios, ambos os lados cometeram enormes atrocidades.

No entanto para vc apenas os Sérvios são maus,por terem tido o apoio da URSS na 2ª GM e por agora terem o apoio da rússia.

Vc transporta o seu trauma em relação á URSS para os sérvios, é só isso,

Tente raciocinar com mais equilibrio, a sua versão da história é a sua versão, vc é totalmente subjectivo e não tem uma visão equidistante das coisas.

Ou então já se esqueceu do Regime Croata da 2ªGM , um Regime Fantoche dos Nazis, do Ante Palevic, dos Hustacha e dos seus crimes???? Já que vc vai buscar a história de há milénios, que os Kosovares são anteriores aos Sérvios, quando os kosovares são ALBANESES, não se oporá a que eu vá buscar os crimes dos Croatas na 2ª GM, foi há menos tempo.

Eu sei que o seu apoio á "independencia" do kosovo só tem um propósito...vc deseja ardentemente que a Espanha se balcanize, e vê no Kosovo o inicio da resposta aos seus sonhos, é ou não é?
Quantas vezes já o li a a defender a ETA por exemplo?

Que um bando de terroristas declare a independencia de um "gueto", á revelia das leis internacionais, de todos os acordos , que impere a lei da selva, do quero, posso e mando, a razão da força contra a força da razão, não lhe diz nada????

No seu fanatismo xenófobo, vc não vislumbra mais nada?

Explique lá ao menos de uma vez por todas o que é que os "soviéticos" lhe fizeram, já que nunca o vi com um milésimo dessa raiva e ódio em relação aos nazis ou a qualquer outro regime totalitário...????

É só curiosidade mesmo...
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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EB

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« Responder #156 em: Abril 01, 2008, 06:02:39 pm »
Na essência, sou da mesma opinião do P44.
Já se sabe que a História é escrita pelos Vencedores....

Em todos os conflitos armados são realizadas atrocidades, tanto de um lado como do outro das partes beligerantes...

No entanto, penso que não se pode comparar o problema do Kosovo com a questão espanhola. No Kosovo, falamos de uma etnia de emigrantes (da Albânia) com uma cultura e tradições de um País que nada tem a haver com a Sérvia (pelos assim acho...).

Cumprimentos.
"Dos Fracos Não Reza a História"
 

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« Responder #157 em: Abril 01, 2008, 06:29:54 pm »
O Kosovo é o berço da nação Servia.
Neste caso, seria mesmo que alguém pedisse a independência da região de Guimarães.

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ricardonunes

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« Responder #158 em: Abril 01, 2008, 06:35:49 pm »
Citação de: "LOBO SOLITÁRIO"
O Kosovo é o berço da nação Servia.
Neste caso, seria mesmo que alguém pedisse a independência da região de Guimarães.


Pois  :roll:
Potius mori quam foedari
 

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André

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« Responder #159 em: Abril 01, 2008, 07:59:44 pm »
MNE da Sérvia amanhã em Lisboa

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Luís Amado recebe quarta-feira o seu homólogo sérvio, Vuk Jeremic, para falar da questão do Kosovo, da estabilização dos Balcãs e das relações entre a Sérvia e a União Europeia, informou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros.

Portugal, que no semestre passado assumiu a liderança do 'dossier' do Kosovo no contexto europeu, está entre os países que ainda não se pronunciaram sobre a declaração unilateral de independência do Kosovo de 17 de Fevereiro último.

Esta posição do governo português, segundo o ministro dos Negócios Estrangeiros, baseia-se na convicção de que deve ser evitada qualquer precipitação, pelo que o anúncio da posição portuguesa só será feito "no momento adequado", tendo em conta as posições já assumidas neste processo e a procura do "maior consenso possível" dos partidos políticos.

Portugal tem "uma posição bem definida" sobre o assunto mas não pretende anunciá-la até que considere reunidas as condições para o fazer.

O chefe da diplomacia portuguesa sustenta, por outro lado, que a ausência de pressa numa tomada de posição por Portugal contribui para que haja na União Europeia "pontes" com os sectores moderados da Sérvia.

No plano das relações entre a Sérvia e a UE, o processo de aproximação está suspenso e o seu futuro vai depender da evolução política interna da Sérvia, com eleições antecipadas convocadas para 11 de Maio.

Os dois principais partidos, que integram a actual coligação no poder, opõem-se ambos à independência do Kosovo, mas defendem abordagens opostas sobre o relacionamento com a UE.

O Partido Democrático da Sérvia (DSS), de Vojislav Kostunica, opõe-se a qualquer acordo com a UE que não reconheça o Kosovo como parte integrante da Sérvia e exige que os países europeus que já reconheceram o novo estado revejam a sua posição antes de retomar negociações, enquanto o Partido Democrático (DS), do presidente pró-europeu Boris Tadic, defende que só uma aproximação a Bruxelas permitirá à Sérvia defender o seu direito ao Kosovo.

Lusa

 

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« Responder #160 em: Abril 01, 2008, 09:46:38 pm »
Citação de: "EB"
Na essência, sou da mesma opinião do P44.
Já se sabe que a História é escrita pelos Vencedores....

Em todos os conflitos armados são realizadas atrocidades, tanto de um lado como do outro das partes beligerantes...

No entanto, penso que não se pode comparar o problema do Kosovo com a questão espanhola. No Kosovo, falamos de uma etnia de emigrantes (da Albânia) com uma cultura e tradições de um País que nada tem a haver com a Sérvia (pelos assim acho...).

Cumprimentos.


Exactamente, tratou-se de um exodo maciço de albaneses para a então Jugoslávia, em busca de melhores condições de vida...comparada com a Albânia, a Jugoslávia era mil vezes melhor e mais rica.
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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papatango

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« Responder #161 em: Abril 02, 2008, 02:01:18 am »
P44, infelizmente não me parece que você esteja em condições de falar em equidistância.

Principalmente você anda muito desequidistante dos livros e dos mumeros e prefere ler a cartilha do Putin e acreditar nas mentiras que os Sérvios inventam

Você odeia os sérvios apenas porque odeia os americanos e o seu ódio aos americanos (quiçá só ultrapassado pelo seu ódio aos portugueses) tolda-lhe a vista.

Eu no entanto confesso que fico irritado, não com as opções políticas das pessoas, mas muito mais com a falta de estudo, e com a ligeireza com que se fazem afirmações.

Estive a consultar os dados estatísticos das Nações Unidas, e eles dizem que a população da Albânia era de 1,366 milhões de habitantes em 1974.

Os números são aliás os seguintes para toda a antiga Jugoslávia:

Sérvia: 8.872.000
(5.536.000 na Sérvia, 1.970.000 na Voivodina e 1.366.000 no Kosovo)
Croácia: 4.490.000
Eslovénia: 1.766.000
Bósnia-Herzegovina: 3.922.000
Macedónia: 1.730.000
Montenegro: 553.000

Total: 21.333.000

===

Passemos ao Kosovo.

A população hoje, é de 1.900.000 pessoas, segundo a própria ONU e 88% da população é de origem albanesa, ou seja, os não albaneses representam 228.000 pessoas.

Vamos partir do principio, de que durante os últimos 34 anos, não nasceu um único sérvio a mais que os que morreram, ou seja, vamos partir do principio de que a população sérvia não cresceu.

Mas vamos fazer ainda mais que isso. Vamos partir do principio de que parte da população sérvia do Kosovo fugiu, e um terço dos sérvios já não se encontra na sua terra. Ou seja, vamos supor que a população da Sérvia era em 1974, de 342.000 pessoas.
E vamos fazer ainda mais, vamos partir do principio de que os kosovares não albaneses eram todos de origem sérvia.

Vamos considerar, que todo o crescimento populacional do Kosovo, foi resultado da INVASÃO dos albaneses famintos, esses cabr**** filhos de p**as que conforme os amigos do P44 dizem, têm filhos como as ratazanas.

Mesmo assim, considerando que a população sérvia tinha estabilizado e mesmo que se tivesse reduzido em um terço, isso implica que em 1974, os sérvios (ou os não albaneses) eram 342 em cada 1366. Ou seja, a população sérvia (ou não albanesa) do Kosovo, representava em 1974 no máximo dos máximos, 25.0% da população total.

Ou seja, mesmo na hipótese mais favorável aos sérvios, da suposta invasão demográfica dos albaneses, ocorreu a seguinte alteração:

Em 1974, o Kosovo trinha 75% de população albanesa
Em 2008, o Kosovo tem 88% de população albanesa

Eu não nego que houve um aumento, o que me indigna, é que haja quem acuse os albaneses do Kosovo de terem ultrapassado demográficamente  os Sérvios na terra deles, quando as estatísticas das Nações Unidas, retiradas dos próprios dados da Jugoslávia de Tito, afirmam exactamente o contrário.

Os argumentos utilizados são arrepiantes. Os argumentos dos Sérvios são os argumentos que os nazis inicialmente utilizaram para enviar os ciganos  para as câmaras de gás.

A estatística, os números, não têm tendência politica. Mas quando se mente à populaça que está habituada a ir na conversa, aí tudo muda.

A Sérvia, é uma das partes que resultaram da extinção da República Federal da Jugoslávia, e mesmo no tempo de Tito, o facto de o Kosovo ter maioria albanesa levou a que a região tivesse o seu próprio governo autónomo.

Podemos afirmar que anteriormente poderia haver menos albaneses no Kosovo, e que antes da I guerra mundial eles eram minoria.
Isso é verdade.
MAs nesse caso teremos que dar razão aos polacos quando dizem que não têm mais população porque os alemães a mataram.
Temos que dar razão aos Curdos e dar-lhes uma pátria
Temos que dar razão aos Catalães que também foram vitimas de movimentações demográficas.

Em suma, até os russos, vão ter que sair da Kalmukia (se não me engano no nome) e do extremo oriente, porque eles são hoje maioria porque ao longo dos últimos séculos se reproduziram mais ou migraram.

E claro, seguindo esta ordem de razões, os chineses também têm que abandonar o Tibete, porque não só se reproduzem como ratazanas, como ainda por cima são transportados para o Tibete em enormes manadas.
(Isto, para utilizar o tipo de linguagem e argumentação dos sérvios)

========================================

Citação de: "LOBO SOLITARIO"
O Kosovo é o berço da nação Servia.
Neste caso, seria mesmo que alguém pedisse a independência da região de Guimarães.

Essa é outra enorme mentira do soviete de Belgrado!!!!!

É uma mentira que cai por terra, quando vamos ler os estudos sobre a História da Jugoslávia que foram editados ainda antes da morte de Tito.

A região do Kosovo já era habitada antes dos sérvios lá terem chegado. Os albaneses são autóctones da região, enquanto que há historiadores que afirmam que eles chegaram aos balcãs, mais ou menos ao mesmo tempo que os suevos chegaram à península, século IV e século V.

Em meados do século XIV, já a Sérvia tinha estabelecido um dominio imperial e controlado pela força os povos da região, controlando por 50 anos a actual Sérvia, a Albânia, grande parte da Grécia e a própria Bulgária.
(ainda hoje Sérvia e Bulgária mantêm diferendos fronteiriços).

No final do século XIV, os turcos avançam sobre os Balcãs e derrotam os sérvios, que se tinham transformado em opressores.

A Sérvia, é derrotada numa batalha que ocorre no Kosovo, chamada ou Batalha do Kosovo, ou batalha de Pristina. A batalha não é a criação da Sérvia, mas sim uma referência mítica. A Sérvia não foi criada alí, não declarou a independêcia ali, nada. Apenas foi derrotada a noroeste de Pristina pelos Turcos e a batalha passou a ser um simbolo de resistência.
.
Não se pode comparar com Guimarães.
É como se nós tivessemos sido derrotados pelos espanhóis em Valhadolid, e considerássemos Valhadolid como berço da nação portuguesa, porque a batalha tinha servido para manter o espirito nacional na mente das pessoas.


Já sei que escrevi demais
Já sei que a maioria das pessoas nem sequer se vai dar ao trabalho de ler o que eu escrevi.
Já sei que ninguém quer saber e já sei que é mais fácil acreditar na propaganda fácil, que agarrar na porcaria dos livros para tentar utilizar a cabeça.


No fim, como ninguém vai ler isto, sou eu que estou errado, e deve ser o P44 que está certo.

As albanesas são todas umas put@s, que têm mais filhos que as coelhas e eu não passo de um imbecil, por tentar explicar coisas que deveriam ser óbvias.


Cumprimentos

[2] Eu lembro que o argumento da invasão demográfica ou do grande numero de filhos só começou a ser referido depois dos anos 90, mas vamos esquecer isto e fingir que a «invasão» começou em 1974
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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P44

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« Responder #162 em: Abril 02, 2008, 08:42:07 am »
Pt, se calhar já li muitos mais livros do que vc imagina.

Vc é tudo menos uma pessoa isenta e objectiva, nota-se pelo ódio com que escreve cada post.

Consigo nem vale a pena tentar dialogar, fique lá na sua que eu fico na minha, mas se calhar fazia-lhe bem tentar ver o que escreve mais distanciado, pois quando vc se enfurece e começa a espumar da boca, a insultar todos os que não vão na sua cartilha, perde toda e qualquer razão que eventualmente poderia ter.

Pare de se achar o dono absoluto da verdade, e de chamar soviéticos, mafiosos, vendidos, traidores e sei lá que mais a toda e qualquer pessoa que não pensa como vc.

Tenha um pouco de modéstia, já sei que é pedir muito mas enfim...

Além de que, como moderador, não fica muito bem passar o tempo todo no insulto, mas nem vale a pena dizer o que seja, ou queixarmo-nos a quem quer que seja.

Passar bem.
"[Os portugueses são]um povo tão dócil e tão bem amestrado que até merecia estar no Jardim Zoológico"
-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas
 

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papatango

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« Responder #163 em: Abril 02, 2008, 11:37:27 am »
A minha condição de moderador não pode colocar em causa o meu direito de protestar contra a mentira, mesmo correndo o risco de ser atacado.

Ficaria melhor ao P44 em vez de  recorrer à retórica soviética de ódio anti-americano, explicar por numeros e com dados conhecidos (e eu nem sequer peço enlaces, porque acredito nas pessoas), porque razão é que sendo os albaneses no minimo dos minimos 75% da população do Kosovo já nos anos 70, há gente que afirma que os albaneses invadiram o Kosovo e que por terem muitos filhos tornaram-se maioria.

E foi isso que você aqui afirmou sem tirar nem por! ! !

Você acreditou nas mentiras dos Sérvios, porque eles são amigos dos russos, e o seu ódio pelos americanos leva-o a tomar partido por quem quer que seja que critique os americanos, ou por eles tenha sido atacado.

Você mente, provavelmente não porque queira, mas porque é facil consultar sites na internet para nos autoconvencermos.

O disparate do Kosovo como "Berço da Sérvia" ou as mentiras sobre o crescimento populacional albanês são apenas exemplos.

Eu chamo corja a comunistas, como chamo animais a Nazistas porque qualquer desses grupos de criminosos já mostraram ao que vêm e já mostraram do que são capazes.

TODOS ELES SE BASEIAM EM MENTIRAS PARA APRESENTAREM OS SEUS ARGUMENTOS. TODOS ELES DISTORCEM A VERDADE PARA DOURAR A PILULA.

Quando o faço, penso no que aconteceu na Alemanha no final dos anos 20 e nos anos 30. Os gangsters comunistas e os gangsters nazistas tomaram as ruas e a maioria da população calou-se, enquanto os gangsters decidiam quem ficava com o controlo do poder.

Achando que eles se anulariam uns aos outros, a esmagadora maioria dos alemães,  que não pertencia a nenhum dos grupos, não fez nada.
Mas quando perceberam o que se tinha passado era demasiado tarde.

Eu não posso alertar todas as pessoas para as mentiras que propositadamente ou inadvertidamente o P44, e outros pretendem divulgar, disfarçados sob a capa de democratas desiludidos com a democracia.

O método começa a ser comum.
Começam por apontar os defeitos das democracias, explicando que também são corruptas, que também mentem. Afinal, até um presidente precisa do dinheiro do capital para ser eleito.
Afinal, se os americanos são uma democracia, eles não mentiram no Iraque ?
Então a conclusão é a de que a democracia é um sistema mentiroso.
Logo, é melhor acreditar nas mensagens dos Kamerraden que até vêm com musica a condizer

Eu não tenho a pretensão de mudar a opinião de ninguém, mas a falsidade e a facilidade com que pessoas como o P44 (repito: mesmo que inadvertidamente) utilizam argumentos falaciosos, distorcidos, fora do contexto, é pelo menos para mim inaceitável.

E perante o que eu acho um insulto à inteligência, eu respondo!
Pelo menos fico em paz com a minha consciência.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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« Responder #164 em: Abril 02, 2008, 12:37:55 pm »
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porque razão é que sendo os albaneses no minimo dos minimos 75% da população do Kosovo já nos anos 70, há gente que afirma que os albaneses invadiram o Kosovo e que por terem muitos filhos tornaram-se maioria.

E foi isso que você aqui afirmou sem tirar nem por! ! !

mentiroso é vc, pois eu nunca afirmei tal coisa, não invente.

Eu não vou perder tempo a discutir com alguém que se assume dono da verdade absoluta, e que insulta todos aqueles que não pensam pela sua cartilha.
Não perco mais tempo com fanáticos!

Postarei artigos e "enlaces", se mo permitirem

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Kosovo's Next Masters?

Chris Hedges

Foreign Affairs, May/June 1999, p.24-42

Editor's note: the following text for practical purposes includes only excerpts from the interesting article by Chris Hedges.

    Who is KLA (p.26)

    "The Kosovo Liberation Army (KLA) splits down a bizarre ideological divide, with hints of fascism on one side and whiffs of communism on the other.  The former faction is led by the sons and grandsons of rightist Albanian fighters --either the heirs of those who fought in the World Word II fascist militias and the Skandeberg volunteer SS division raised by the Nazis, or the descendants of the rightist Albanian kacak rebels who rose up against the Serbs 80 years ago.

    Although never much of a fighting force, the Skandeberg division took part in the shameful roundup and deportation of the province's few hundred Jews during the Holocaust.

    The division remnants fought Tito's Partizans at the end of the war, leaving thousand of ethnic Albanians dead.  The decision by KLA commanders to dress their police in black fatigues and order their fighters to salute with a clenched fist to the forehead has led many to worry about these fascist antecedents.  Following such criticism, the salute has been changed to the traditional open-palm salute common in the U.S. Army.

    The second KLA faction, comprises most of the KLA leaders in exile, are old Stalinists who were once bankrolled by the xenophobic Enver Hoxha, the dictator of Albania.  Most of these leaders were students at Pristina University after 1974, when Belgrade granted the province autonomy.  Freed from Yugoslav oversight, the university imported thousands of textbooks from Albania, all carefully edited by Hoxha's Stalinist regime, along with at least a dozen militant Albanian professors.  Along with its degree programs, Pristina University began to quietly school young Kosovar leaders in the art of revolution.  ot only did a huge percentage of the KLA leadership come out of the university, but so, ominously, did the Albanian leadership to the neighboring [Former Yugoslav Republic of] Macedonia.

    The two KLA factions have little sympathy with or understanding of democratic institutions.  Split bitterly between radical left and radical right, they are now arguing over whether to carry the fighting to the pockets of ethnic Albanians who live in western [FYRO]Macedonia and neighboring Montenegro.  The only thing they agree on is the need to liberate Kosovo from Serbian rule.  All else, menancigly, will be decided later.  It is not said how."

    On the quest for a greater Albania (p.36)

    [Editors note: the author makes a reference to a book he found in a destroyed KLA compound]

    "In the ruins of one room lay a blackened book with a map that showed a Greater Albania that included Kosovo, parts of Serbia, much of [FYRO]Macedonia, and parts of the present-day Greece and Montenegro.   The map was drawn up on July 1, 1878, when the bajraktars, or clan chieftains, from the Turkish realms of the southwest Balkans founded the League for the Defense of the Albanian Nation.  The book was a potent reminder of what the war was about --especially since, with most ethnic Albanians concentrated in homogeneous areas bordering Albania, the drive to extend Albania's borders remain feasible.

    That drive is not only a wider threat to European stability but also to Albanian moderation.  Kosovar Albanians in exile --and even some who have gone back to fight-- express deep frustration at the provincialism of the leadership within Kosovo, but to little avail.  Leader of the KLAA, especial those who have not lived abroad and convinced that they have embarked on the century-long dream of a Greater Albania.  Many KLA commanders tout themselves as "a liberation army for all Albanians" --precisely what frightens the NATO alliance most."

    [...]

    "etween 1966 and 1989 an estimated 130,000 Serbs left the province because of frequent harassment and discrimination by the Kosovar Albanian majority..." p.38

    "There are already signs that contacts have been established.  The Serbs, whose information is admittedly often unreliable, say that Islamic charities in the Persian Gulf are giving millions to the KLA.   I saw bearded mujahideen, who did not look Albanian, wandering around the staging areas in northern Albania, a hint that there may be some truth to these assertions.

    The Serbs also contend that the KLA has about 1,000 foreign mercenaries from Albania, Saudi Arabia, Yemen, Afghanistan, Bosnia, and Croatia, as well as British and German instructors.  Most of the mercenaries are probably Albanian nationals, especially former Albanian army officers, police officers, and members of the state security services.

    The KLA is clearly preparing for a long slog.  It has tried to recruit ethnic Albanian veterans in Croatia, who formed two battalions in Croatia's war against the Serbs.  In early February, Yugoslav officials said that they had seized $500,000 worth of weapons, ammunition, and uniforms for the KLA that were smuggled in from Croatia in a truck.  Zagreb has been warned by senior NATO officials to stay out of the conflict, but Croatian President Franjo Tudjman's government can hardly be displeased to see Belgrade mired in another disaster.  There are rebel training camps now in Albania --apparently in Ljabinot, near Tirana-- as well as ones I saw in Tropoja (near the Yugoslav border), Kuks, and Bajaram Curi." (p.39-40)

    [...]

    "Led by KLA, Kosovo will separate from Serbia, whether by negotiations or by violence." (p.42 -- concluding line of the article).

    Chris Hedges, currently a Nieman Fellow at Harvard University, was the The New York Times' Balkan Bureau Chief from 1995 to 1998.
http://users.westnet.gr/~cgian/hedges.htm


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Kosovo "Freedom Fighters" Financed By Organised Crime

Michel Chossudovsky

 

Heralded by the global media as a humanitarian peace-keeping mission, NATO's ruthless bombing of Belgrade and Pristina goes far beyond the breach of international law. While Slobodan Milosevic is demonised, portrayed as a remorseless dictator, the Kosovo Liberation Army (KLA) is upheld as a self-respecting nationalist movement struggling for the rights of ethnic Albanians. The truth of the matter is that the KLA is sustained by organised crime with the tacit approval of the United States and its allies.

Following a pattern set during the War in Bosnia, public opinion has been carefully misled. The multibillion dollar Balkans narcotics trade has played a crucial role in "financing the conflict" in Kosovo in accordance with Western economic, strategic and military objectives. Amply documented by European police files, acknowledged by numerous studies, the links of the Kosovo Liberation Army (KLA) to criminal syndicates in Albania, Turkey and the European Union have been known to Western governments and intelligence agencies since the mid-1990s.

"...The financing of the Kosovo guerilla war poses critical questions and it sorely test claims of an "ethical" foreign policy. Should the West back a guerilla army that appears to partly financed by organised crime." 1

While KLA leaders were shaking hands with US Secretary of State Madeleine Albright at Rambouillet, Europol (the European Police Organization based in the Hague) was "preparing a report for European interior and justice ministers on a connection between the KLA and Albanian drug gangs."2 In the meantime, the rebel army has been skilfully heralded by the global media (in the months preceding the NATO bombings) as broadly representative of the interests of ethnic Albanians in Kosovo.

With KLA leader Hashim Thaci (a 29 year "freedom fighter") appointed as chief negotiator at Rambouillet, the KLA has become the de facto helmsman of the peace process on behalf of the ethnic Albanian majority and this despite its links to the drug trade. The West was relying on its KLA puppets to rubber-stamp an agreement which would have transformed Kosovo into an occupied territory under Western Administration.

Ironically Robert Gelbard, America's special envoy to Bosnia, had described the KLA last year as "terrorists". Christopher Hill, America's chief negotiator and architect of the Rambouillet agreement "has also been a strong critic of the KLA for its alleged dealings in drugs."3 Moreover, barely a few two months before Rambouillet, the US State Department had acknowledged (based on reports from the US Observer Mission) the role of the KLA in terrorising and uprooting ethnic Albanians:

"...the KLA harass or kidnap anyone who comes to the police, ... KLA representatives had threatened to kill villagers and burn their homes if they did not join the KLA [a process which has continued since the NATO bombings]... [T]he KLA harassment has reached such intensity that residents of six villages in the Stimlje region are "ready to flee." 4

While backing a "freedom movement" with links to the drug trade, the West seems also intent in bypassing the civilian Kosovo Democratic League and its leader Ibrahim Rugova who has called for an end to the bombings and expressed his desire to negotiate a peaceful settlement with the Yugoslav authorities.5 It is worth recalling that a few days before his March 31st Press Conference, Rugova had been reported by the KLA (alongside three other leaders including Fehmi Agani) to have been killed by the Serbs.

Covert Financing of "Freedom Fighters"

Remember Oliver North and the Contras? The pattern in Kosovo is similar to other CIA covert operations in Central America, Haiti and Afghanistan where "freedom fighters" were financed through the laundering of drug money. Since the onslaught of the Cold War, Western intelligence agencies have developed a complex relationship to the illegal narcotics trade. In case after case, drug money laundered in the international banking system has financed covert operations.

According to author Alfred McCoy, the pattern of covert financing was established in the Indochina war. In the 1960s, the Meo army in Laos was funded by the narcotics trade as part of Washington's military strategy against the combined forces of the neutralist government of Prince Souvanna Phouma and the Pathet Lao.6

The pattern of drug politics set in Indochina has since been replicated in Central America and the Caribbean. "The rising curve of cocaine imports to the US", wrote journalist John Dinges "followed almost exactly the flow of US arms and military advisers to Central America".7

The military in Guatemala and Haiti, to which the CIA provided covert support, were known to be involved in the trade of narcotics into Southern Florida. And as revealed in the Iran-Contra and Bank of Commerce and Credit International (BCCI) scandals, there was strong evidence that covert operations were funded through the laundering of drug money. "Dirty money" recycled through the banking system--often through an anonymous shell company-- became "covert money," used to finance various rebel groups and guerilla movements including the Nicaraguan Contras and the Afghan Mujahadeen. According to a 1991 Time Magazine report:

"Because the US wanted to supply the mujehadeen rebels in Afghanistan with stinger missiles and other military hardware it needed the full cooperation of Pakistan. By the mid-1980s, the CIA operation in Islamabad was one of the largest US intelligence stations in the World. `If BCCI is such an embarrassment to the US that forthright investigations are not being pursued it has a lot to do with the blind eye the US turned to the heroin trafficking in Pakistan', said a US intelligence officer.8

America and Germany join Hands

Since the early 1990s, Bonn and Washington have joined hands in establishing their respective spheres of influence in the Balkans. Their intelligence agencies have also collaborated. According to intelligence analyst John Whitley, covert support to the Kosovo rebel army was established as a joint endeavour between the CIA and Germany's Bundes Nachrichten Dienst (BND) (which previously played a key role in installing a right wing nationalist government under Franjo Tudjman in Croatia).9 The task to create and finance the KLA was initially given to Germany: "They used German uniforms, East German weapons and were financed, in part, with drug money".10 According to Whitley, the CIA was, subsequently instrumental in training and equipping the KLA in Albania.11

The covert activities of Germany's BND were consistent with Bonn's intent to expand its "Lebensraum" into the Balkans. Prior to the onset of the civil war in Bosnia, Germany and its Foreign Minister Hans Dietrich Genscher had actively supported secession; it had "forced the pace of international diplomacy" and pressured its Western allies to recognize Slovenia and Croatia. According to the Geopolitical Drug Watch, both Germany and the US favoured (although not officially) the formation of a "Greater Albania" encompassing Albania, Kosovo and parts of Macedonia.12 According to Sean Gervasi, Germany was seeking a free hand among its allies "to pursue economic dominance in the whole of Mitteleuropa."13

Islamic Fundamentalism in Support of the KLA

Bonn and Washington's "hidden agenda" consisted in triggering nationalist liberation movements in Bosnia and Kosovo with the ultimate purpose of destabilising Yugoslavia. The latter objective was also carried out "by turning a blind eye" to the influx of mercenaries and financial support from Islamic fundamentalist organisations.14

Mercenaries financed by Saudi Arabia and Koweit had been fighting in Bosnia.15 And the Bosnian pattern was replicated in Kosovo: Mujahadeen mercenaries from various Islamic countries are reported to be fighting alongside the KLA in Kosovo. German, Turkish and Afghan instructors were reported to be training the KLA in guerilla and diversion tactics.16

According to a Deutsche Press-Agentur report, financial support from Islamic countries to the KLA had been channelled through the former Albanian chief of the National Information Service (NIS), Bashkim Gazidede.17 "Gazidede, reportedly a devout Moslem who fled Albania in March of last year [1997], is presently [1998] being investigated for his contacts with Islamic terrorist organizations."18

The supply route for arming KLA "freedom fighters" are the rugged mountainous borders of Albania with Kosovo and Macedonia. Albania is also a key point of transit of the Balkans drug route which supplies Western Europe with grade four heroin. 75% of the heroin entering Western Europe is from Turkey. And a large part of drug shipments originating in Turkey transits through the Balkans. According to the US Drug Enforcement Administration (DEA), "it is estimated that 4-6 metric tons of heroin leave each month from Turkey having [through the Balkans] as destination Western Europe."19 A recent intelligence report by Germany's Federal Criminal Agency suggests that: "Ethnic Albanians are now the most prominent group in the distribution of heroin in Western consumer countries."20
 

The Laundering of Dirty Money

In order to thrive, the criminal syndicates involved in the Balkans narcotics trade need friends in high places. Smuggling rings with alleged links to the Turkish State are said to control the trafficking of heroin through the Balkans "cooperating closely with other groups with which they have political or religious ties" including criminal groups in Albanian and Kosovo.21 In this new global financial environment, powerful undercover political lobbies connected to organized crime cultivate links to prominent political figures and officials of the military and intelligence establishment.

The narcotics trade nonetheless uses respectable banks to launder large amounts of dirty money. While comfortably removed from the smuggling operations per se, powerful banking interests in Turkey but mainly those in financial centres in Western Europe discretely collect fat commissions in a multibillion dollar money laundering operation. These interests have high stakes in ensuring a safe passage of drug shipments into Western European markets.

The Albanian Connection

Arms smuggling from Albania into Kosovo and Macedonia started at the beginning of 1992, when the Democratic Party came to power, headed by President Sali Berisha. An expansive underground economy and cross border trade had unfolded. A triangular trade in oil, arms and narcotics had developed largely as a result of the embargo imposed by the international community on Serbia and Montenegro and the blockade enforced by Greece against Macedonia.

Industry and agriculture in Kosovo were spearheaded into bankruptcy following the IMF's lethal "economic medicine" imposed on Belgrade in 1990. The embargo was imposed on Yugoslavia. Ethnic Albanians and Serbs were driven into abysmal poverty. Economic collapse created an environment which fostered the progress of illicit trade. In Kosovo, the rate of unemployment increased to a staggering 70 percent (according to Western sources).

Poverty and economic collapse served to exacerbate simmering ethnic tensions. Thousands of unemployed youths "barely out of their Teens" from an impoverished population, were drafted into the ranks of the KLA...22

In neighbouring Albania, the free market reforms adopted since 1992 had created conditions which favoured the criminalisation of State institutions. Drug money was also laundered in the Albanian pyramids (ponzi schemes) which mushroomed during the government of former President Sali Berisha (1992-1997).23 These shady investment funds were an integral part of the economic reforms inflicted by Western creditors on Albania.

Drug barons in Kosovo, Albania and Macedonia (with links to the Italian mafia) had become the new economic elites, often associated with Western business interests. In turn the financial proceeds of the trade in drugs and arms were recycled towards other illicit activities (and vice versa) including a vast prostitution racket between Albania and Italy. Albanian criminal groups operating in Milan, "have become so powerful running prostitution rackets that they have even taken over the Calabrians in strength and influence."24

The application of "strong economic medicine" under the guidance of the Washington based Bretton Woods institutions had contributed to wrecking Albania's banking system and precipitating the collapse of the Albanian economy. The resulting chaos enabled American and European transnationals to carefully position themselves. Several Western oil companies including Occidental, Shell and British Petroleum had their eyes rivetted on Albania's abundant and unexplored oil-deposits. Western investors were also gawking Albania's extensive reserves of chrome, copper, gold, nickel and platinum... The Adenauer Foundation had been lobbying in the background on behalf of German mining interests. 25

Berisha's Minister of Defence Safet Zoulali (alleged to have been involved in the illegal oil and narcotics trade) was the architect of the agreement with Germany's Preussag (handing over control over Albania's chrome mines) against the competing bid of the US led consortium of Macalloy Inc. in association with Rio Tinto Zimbabwe (RTZ).26

Large amounts of narco-dollars had also been recycled into the privatisation programmes leading to the acquisition of State assets by the mafias. In Albania, the privatisation programme had led virtually overnight to the development of a property owning class firmly committed to the "free market". In Northern Albania, this class was associated with the Guegue "families" linked to the Democratic Party.

Controlled by the Democratic Party under the presidency of Sali Berisha (1992-97), Albania's largest financial "pyramid" VEFA Holdings had been set up by the Guegue "families" of Northern Albania with the support of Western banking interests. VEFA was under investigation in Italy in 1997 for its ties to the Mafia which allegedly used VEFA to launder large amounts of dirty money.27

According to one press report (based on intelligence sources), senior members of the Albanian government during the Presidency of Sali Berisha including cabinet members and members of the secret police SHIK were alleged to be involved in drugs trafficking and illegal arms trading into Kosovo:

(...) The allegations are very serious. Drugs, arms, contraband cigarettes all are believed to have been handled by a company run openly by Albania's ruling Democratic Party, Shqiponja (...). In the course of 1996 Defence Minister, Safet Zhulali [was alleged] to had used his office to facilitate the transport of arms, oil and contraband cigarettes. (...) Drugs barons from Kosovo (...) operate in Albania with impunity, and much of the transportation of heroin and other drugs across Albania, from Macedonia and Greece en route to Italy, is believed to be organised by Shik, the state security police (...). Intelligence agents are convinced the chain of command in the rackets goes all the way to the top and have had no hesitation in naming ministers in their reports.28

The trade in narcotics and weapons was allowed to prosper despite the presence since 1993 of a large contingent of American troops at the Albanian-Macedonian border with a mandate to enforce the embargo. The West had turned a blind eye. The revenues from oil and narcotics were used to finance the purchase of arms (often in terms of direct barter): "Deliveries of oil to Macedonia (skirting the Greek embargo [in 1993-4] can be used to cover heroin, as do deliveries of kalachnikov rifles to Albanian `brothers' in Kosovo".29

The Northern tribal clans or "fares" had also developed links with Italy's crime syndicates.30 In turn, the latter played a key role in smuggling arms across the Adriatic into the Albanian ports of Dures and Valona. At the outset in 1992, the weapons channelled into Kosovo were largely small arms including Kalashnikov AK-47 rifles, RPK and PPK machine-guns, 12.7 calibre heavy machine-guns, etc.

The proceeds of the narcotics trade has enabled the KLA to rapidly develop a force of some 30,000 men. More recently, the KLA has acquired more sophisticated weaponry including anti-aircraft and antiarmor rockets. According to Belgrade, some of the funds have come directly from the CIA "funnelled through a so-called "Government of Kosovo" based in Geneva, Switzerland. Its Washington office employs the public-relations firm of Ruder Finn--notorious for its slanders of the Belgrade government".31

The KLA has also acquired electronic surveillance equipment which enables it to receive NATO satellite information concerning the movement of the Yugoslav Army. The KLA training camp in Albania is said to "concentrate on heavy weapons training - rocket propelled grenades, medium caliber cannons, tanks and transporter use, as well as on communications, and command and control". (According to Yugoslav government sources.32

These extensive deliveries of weapons to the Kosovo rebel army were consistent with Western geopolitical objectives. Not surprisingly, there has been a "deafening silence" of the international media regarding the Kosovo arms-drugs trade. In the words of a 1994 Report of the Geopolitical Drug Watch: "the trafficking [of drugs and arms] is basically being judged on its geostrategic implications (...) In Kosovo, drugs and weapons trafficking is fuelling geopolitical hopes and fears"...33

The fate of Kosovo had already been carefully laid out prior to the signing of the 1995 Dayton agreement. NATO had entered an unwholesome "marriage of convenience" with the mafia. "Freedom fighters" were put in place, the narcotics trade enabled Washington and Bonn to "finance the Kosovo conflict" with the ultimate objective of destabilising the Belgrade government and fully recolonising the Balkans. The destruction of an entire country is the outcome. Western governments which participated in the NATO operation bear a heavy burden of responsibility in the deaths of civilians, the impoverishment of both the ethnic Albanian and Serbian populations and the plight of those who were brutally uprooted from towns and villages in Kosovo as a result of the bombings.

 

NOTES

1. Roger Boyes and Eske Wright, Drugs Money Linked to the Kosovo Rebels The Times, London, Monday, March 24, 1999.

2. Ibid.

3. Philip Smucker and Tim Butcher, "Shifting stance over KLA has betrayed' Albanians", Daily Telegraph, London, 6 April 1999

4. KDOM Daily Report, released by the Bureau of European and Canadian Affairs, Office of South Central European Affairs, U.S. Department of State, Washington, DC, December 21, 1998; Compiled by EUR/SCE (202-647-4850) from daily reports of the U.S. element of the Kosovo Diplomatic Observer Mission, December 21, 1998.

5. "Rugova, sous protection serbe appelle a l'arret des raides", Le Devoir, Montreal, 1 April 1999.

6. See Alfred W. McCoy, The Politics of Heroin in Southeast Asia Harper and Row, New York, 1972.

7. See John Dinges, Our Man in Panama, The Shrewd Rise and Brutal Fall of Manuel Noriega, Times Books, New York, 1991.

8. "The Dirtiest Bank of All," Time, July 29, 1991, p. 22.

9. Truth in Media, Phoenix, 2 April, 1999; see also Michel Collon, Poker Menteur, editions EPO, Brussels, 1997.

10. Quoted in Truth in Media, Phoenix, 2 April, 1999).

11. Ibid.

12. Geopolitical Drug Watch, No 32, June 1994, p. 4

13. Sean Gervasi, "Germany, US and the Yugoslav Crisis", Covert Action Quarterly, No. 43, Winter 1992-93).

14. See Daily Telegraph, 29 December 1993.

15. For further details see Michel Collon, Poker Menteur, editions EPO, Brussels, 1997, p. 288.

16. Truth in Media, Kosovo in Crisis, Phoenix, 2 April 1999.

17. Deutsche Presse-Agentur, March 13, 1998.

18. Ibid.

19. Daily News, Ankara, 5 March 1997.

20. Quoted in Boyes and Wright, op cit.

21. ANA, Athens, 28 January 1997, see also Turkish Daily News, 29 January 1997.

22. Brian Murphy, KLA Volunteers Lack Experience, The Associated Press, 5 April 1999.

23. See Geopolitical Drug Watch, No. 35, 1994, p. 3, see also Barry James, In Balkans, Arms for Drugs, The International Herald Tribune Paris, June 6, 1994.

24. The Guardian, 25 March 1997.

25. For further details see Michel Chossudovsky, La crisi albanese, Edizioni Gruppo Abele, Torino, 1998.

26. Ibid.

27. Andrew Gumbel, The Gangster Regime We Fund, The Independent, February 14, 1997, p. 15.

28. Ibid.

29. Geopolitical Drug Watch, No. 35, 1994, p. 3.

30. Geopolitical Drug Watch, No 66, p. 4.

31. Quoted in Workers' World, May 7, 1998.

32. See Government of Yugoslavia at http://www.gov.yu/terrorism/terroristcamps.html.

33. Geopolitical Drug Watch, No 32, June 1994, p. 4.

 

Michel Chossudovsky

Professor of Economics at the University of Ottawa and author of The Globalization of Poverty, Impacts of IMF and World Bank Reforms, Third World Network, Penang and Zed Books, London, 1997.

C Copyright by Michel Chossudovsky, Ottawa, 1999. All rights reserved. Permission is granted to post this text on non-commercial internet sites, provided the essay remains intact and the copyright note is displayed. To publish this text in printed and/or other forms contact the author at http://users.westnet.gr/~cgian/klafinance.htm

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WHO'S THE KLA? GERMAN DOCUMENT REVEALS SECRET CIA ROLE

By Gary Wilson

The forces generating and sustaining the so-called Kosovo Liberation Army have remained mostly hidden. What's really behind the KLA has become more important now that President Bill Clinton has started a war against Yugoslavia.

Many reports in the past have mentioned the covert forces involved with the KLA. For example, on July 15, 1998, PBS Newshour reported that U.S. Vietnam War veterans were training KLA mercenaries in Albania.

Funding for the KLA has been shadowy, much of it funneled through drug sales.

Almost every European newspaper has reported on the known ties between the KLA and the sales of illegal drugs in Europe. Only the U.S. media have ignored this story.

The European media, however, don't mention the history of the U.S. Central Intelligence Agency's use of illegal drug sales to funnel money to various covert operations. This record--from secret operations in Southeast Asia during the Vietnam War to financing the contra war against Nicaragua-- has been documented.

Recent media reports tie several imperialist military and spy agencies to the KLA. This is significant since both U.S. Secretary of Defense William Cohen and the top U.S. general, Henry Shelton, have said in the last week that the goal of the U.S. military operation against Yugoslavia is a victory for the KLA.

On April 19, Canadian Member of Parliament David Price told reporters that 50 Canadian soldiers are working with the KLA in Kosovo to help report "where the bombs are falling" so they can better target "where the next bomb should go," UPI reported. Opposition to Canada's participation in the U.S. war on Yugoslavia is growing rapidly in that country.

Jane's Defense Weekly reported April 20: "Special forces involvement confirmed." The report said that that special units from Britain, the United States, France "and other NATO groups'' were working undercover in Kosovo.

The April 18 London Sunday Telegraph reported that SAS, a unit of the British special forces, is running two KLA training camps near Tirana, the Albanian capital. According to the Telegraph, the KLA units trained by SAS are infiltrating Kosovo, using satellite and cellular telephones to help guide NATO bombing missions.

The same report said that the KLA also has contact with the Virginia-based MPRI, which is apparently expanding its role. MPRI is a shadowy operation--the Telegraph called it a professional mercenary organization--which was set up by top U.S. military officers.

MPRI was contracted by the Pentagon to organize and train the Croatian Army, which is acknowledged to have carried out the most vicious campaign in the Balkans since the Nazi invasion in the 1940s--the August 1995 offensive against Serbian farmers in the Krajina region.

A report in the July 28,1997, Nation magazine detailed the role played by MPRI and the Pentagon in this criminal campaign, which left hundreds of thousands of Serbs homeless. Finally, this March 21, the New York Times carried a front-page story about a report by the International War Crimes Tribunal in The Hague that characterized this attack as probably the most brutal event in the Balkans in the last decade. The report was then quickly buried.

The Croatian government recently confirmed that several of its generals have "taken leave" to go work with the KLA.

A more revealing report was released April 8 by Jurgen Reents, press spokes person for the Party of Democratic Socialism in Germany. The PDS received almost as many votes as the Green Party, which is part of Germany's ruling coalition. The PDS has actively opposed the NATO war on Yugoslavia.

Reents said the report came from someone who holds a "strictly confidential and high position in the offices of the German government." The report came through a Catholic priest who has kept the individual's identity secret but has verified the person's authenticity.

The report asserts that top NATO, U.S., British and German officials are "utterly lying in public concerning almost all the facts in regard to the Balkan War." It says there are no pictures of any mass killings or of troops force-marching the people of Kosovo out of their homes. There are no such pictures because this is not happening.

NATO has desperately attempted to create such pictures but has been unable to, the report asserts.

The report says that NATO has let it be known in the refugee camps in Albania and Macedonia that anyone who can produce a videotape or still photographs of any kind-- including staged photos--showing these things will be paid $200,000 in U.S. currency. Still, no pictures have appeared.

The report says that the German government knows NATO consciously created the refugee crisis. For example, the report says, NATO has targeted and destroyed nearly every fresh-water facility in Kosovo. It also asserts that there are KLA units in Kosovo--one is entirely U.S. mercenaries, the other German mercenaries--who report to the military commands of those countries.

Perhaps most revealing is the report's description of a CIA covert operation cynically named "Operation Roots." It is aimed at sowing ethnic divisions in Yugoslavia to encourage its breakup.

The report says that this operation has been going on "since the beginning of Clinton's presidency." It is a joint operation with the German secret service, which has also sought to destabilize Yugoslavia.

The final objective of "Roots," according to this report, "is the separation of Kosovo, with the aim of it becoming part of Albania; the separation of Montenegro, as the last means of access to the Mediterranean; and the separation of the Vojvodina, which produces most of the food for Yugoslavia. This would lead to the total collapse of Yugoslavia as a viable independent state."

The report asserts that the KLA was founded by the CIA. And the funding was funneled through drug-smuggling operations in Europe.

When it appeared that an agreement for Kosovo autonomy was about to be reached between Slobodan Milosevic and Ibrahim Rugova in 1998, the CIA stepped up KLA attacks on Yugoslav police units. The Yugoslav police attempts to curtail the KLA were used as the pretext for NATO's attacks.

The authenticity of this report cannot be independently verified at this time. But much of it is consistent with what is already known. It helps to expose the real forces behind the war on Yugoslavia and shows who are the true aggressors.


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-Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas