Afinal em que ficamos?
João Gomes Cravinho: Afinal, nada está decidido sobre o envio de tanques Leopard 2 à Ucrânia
MadreMedia 25 jan 2023 16:15 Atualidade
O ministro dos Negócios Estrangeiros corrigiu as declarações prestadas ao inicio da tarde desta quarta-feira, indicando que nada está decidido sobre o envio de tanques Leopard 2 por parte de Portugal à Ucrânia.
Não vai ser assim tão rápido decidir o que vai, ou não...
O governo já está sob barragens de fogo por causa da corrupção, e compras militares dão sempre problemas. Com este tipo de gente a tratar de compras militares, ... Minha Nossa Senhora ...
Não se sabe ainda o que é que quem vai mandar.
Nós só temos um tipo de Leopard, o A6, e até agora não se sabe que carros é que vão ser enviados pelos vários países que se dispuseram a doa-los
A título de exemplo:
Os alemães sabe-se que vão disponibilizar Laropard-2A6, que são os mesmos que nós temos.
Os polacos não têm nenhum carro de combate Leopard ao nível do 2A6, excepto o pequeno numero da versão específica da Polónia, devem disponibilizar o "A5"
Os Finlandeses, pelo pequeno numero que disponibilizaram devem estar a pensar no "A6"
A Espanha tem o Leopard-2E, que é uma espécie de Leopard-2A6+ com blindagem adicional, mas mais ninguém tem esta versão.
Depois têm os Leopard-2A4. Ainda que tenham feito os possíveis para os manter, o Leopard-2A4 tem 40 anos e não foi feito para resistir aos mísseis da atualidade (os "A4" lembro, possuem uma peça menos potente que os "A6" ou "A7".
Colocar um Leopard-2A4 ao nível de um A5 ou um A6 é praticamente a mesma coisa. E não vale a pena continuar a fazer conversões em escada, do A4 para o A5, do A5 para o A6 isso é caríssimo.
O normal seria utilizar a carcaça de um A4 e converte-lo num A6+ ou num A7.
Os americanos fizeram isso, ao converter milhares de Abrams da primeira série de mais de 3000 unidades, em Abrams M1A2/SEP (e variantes)
Portanto, o que parece até agora, é que os países que já afirmaram que vão enviar tanques, vão enviar não os carros mais antigos, mas viaturas operacionais retiradas do numero de carros ao serviço.
Isto levou os alemães a toda a novela do vai ou não vai, porque mesmo os alemães não têm uma ideia correta do que existe, não só em termos de carros mas como em termos de peças. Não só as peças em stock, mas as peças nos armazens do fabricante, e as matérias primas que o fabricante tem em stock para produzir em tempo útil peças de reposição.
PortugalA nossa situação, é complicada, porque temos um governo que parece ter maioria absoluta, mas que na realidade não a tem.
Há uma fação de 30 a 35 deputados dentro do Partido Socialista que tem que ser mantida "contente" e a forma de o fazer é distribuir diretorias gerais e empregos de acessoria pelos deputados ou pelos seus familiares. É o MES, o Bloco de Esquerda privativo, comandado em principio por gente como o puto dos aviõezinhos, recentemente saido do governo. Um fanático que podia estar ao lado das camaradas do berloque, mas que não o faz porque acima de tudo gosta de dinheiro.
Por outro lado, enviar armas para a Ucrânia, é agora uma forma de ser visto como pro-europeu, e o PS não pode dar-se ao luxo, de numa situação de corrupção e catástrofe interna, aparecer internacionalmente como estando ao lado de Putin.
A Geringonça de Costa - e que colocou Costa no poder - foi incentivada pelo partido que está ao lado da guerra e que insulta a Ucrânia na Assembleia da República. Os relatórios que são enviados pelas embaixadas dos países da NATO para os seus governos sobre Portugal (é para isso que servem os adidos militares)
não deixaram seguramente de lembrar Washington, Paris, Berlin, Varsóvia e naturalmente Kiev, sobre esta pedra no sapato de Antonio Costa.
Costa está condenado a ter que ajudar a Ucrânia. Não quer, mas ainda assim, tem que aparecer como estando a ajudar alguma coisa. A sua imagem na Europa depende disso e
as pretensões europeias de Costa são conhecidas.
Quando aos nossos tanques, a verdade é que sem governos dispostos a gastar dinheiro, quaisquer aquisições militares ficam na oficina porque os politicos não têm a noção dos custos dos equipamentos nem dos custos de manutenção.
Infelizmente, neste ponto, este desconhecimento do custo enorme de manter equipamentos operacionais é generalizado e chega mesmo aos militares.
Nós já aqui falámos dos Leopard, e de outros sistemas de armas, mas mesmo quando falamos dos sistemas de armas e do seu preço, esquecemos sempre quanto custa por ano.
A propósito, a preços de alguns anos atrás um Leopard-2A7+ se a memoria não me falha custava aproximadamente 12 milhões de Euros.