Boas jmg,
Então concerteza que visitas-te o PO e a linha de peças do pico da Cruz ?
As três bocas de fogo 15cm TR M1897, material alemão, fizeram fogo real pela última vez em 1964 !
Em 1982, estava eu colocado no GAG2, como alferez miliciano, e conseguimos colocar as peças e as instalações operacionais, desde 1964 é compreensível que o estado operacional não fosse o melhor...... e executar fogo reduzido, calibre 37mm .
Não se efectuou fogo real por três motivos :
1) falta de treino dos serventes e chefes de secção.
2) Falta de cargas para as 300 granadas disponíveis e principalmente.
3) fuga de info que houve depois de ter sido planeado o exercício fuga essa que originou uma reunião com os representantes das freguesias limitrofes ao destacamento pois o receio do tiro real já feito anos atrás poderia ter os mesmos resultados anteriores, montes de telhados levantados devido à onda de choque da passagem das granadas .
Durante esse ano tentei juntamente com o Cmdt penso que era o TCor Estorninho, que fossem colocados no GAG2 pelo menos um pelotão, duas BF 10,5 cm Oto Melara, para o Grupo ter alguma capacidade de tiro de campanha, mas tal não foi possível e lá continuou o GAG2 com as únicas BF que ali existiam operacionais, as oito 4cm AA e os oito reparos quádruplos de 12,7mm da bataria operacional, os quatro 8,76 cm existente, os vulgo 25 libras eram usados para tiro de salva, e tiveram de ser exaustivamente reparadas pois até bocados de estrias retirei à mão das almas dos tubos.
espero ter ajudado com esta info.
Abraços/ten
E já agora muito se fala de artilharia de campanha e de anti aérea, mas será que alguém me pode esclarecer quanto a situação da nossa artilharia de costa. Somos um país com um litoral extenso penso que não se deveria descurar este campo.
Lembro-me de visitar os complexos de costa na madeira quando estive colocado no RG3. Infraestruturas impressionantes, mas segundo os artilheiros o material já estava praticamente obsoleto.....