Penso que antes de iniciarmos uma discussão deste tipo temos de analisar e defenir 2 questões:
- O que são os pontos sensíveis?
- Que ameaças são as plausíveis?
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O que são os pontos sensíveis?Ora bem, não podemos analisar que medidas defensivas deveremos tomar sem primeiro saber o que vamos defender. O que tomamos como pontos sensíveis do nosso país?
Estamos a falar de um ponto de vista estritamente militar? (
Bases militares, sistemas de controlo e comando, estações de radar? ) Ou de um ponto de vista económico e social?
( AutoEuropa, Ponte 25 de Abril, etc... ) Ou mesmo de um ponto de vista político e de liderança?
( S. Bento/Assembleia, Belém )Lembro-me que, durante a I guerra do golfo, e isto é algo que muitos poucos nacionais sabem, os silos da trafaria tiveram seguranaça extrema. Isto pois, para os muitos que não sabem, na altura os silos da trafaria representavam a 4ª ( !!! ) maior reserva alimentar do mundo.
Vamos tomar o pressuposto que os pontos sensíveis nacionais são todos aqueles pontos, militares, sociais, económicos ou outros, que influenciam de uma forma directa ou indirecta o bem estar e soberania do país de uma forma bastante considerável.
Sendo assim, vamos analisar a outra questão.
Que ameaças são as plausíveis?Penso que é absurdo atribuir a defesa de algum "ponto" a apenas um ramo isoladamente pois as ameaças possíveis seriam tantas, e com tantas variáveis, que apenas 1 ramo com os seus meios poderia não conseguir dominá-la. É óbvio que em caso de conflito ( qualquer que seja a escala, declarado ou não, mesmo a nível de terrorismo ) a defesa dos pontos cruciais do país seria feita pelos 3 ramos e forças de segurança civis, consoante o grau da ameaça, pois, sem saber qual seria a ameaça seria impossível atribuir tarefas.
Dando como exemplo as reservas de gás natural da GALP em Sines, estas seriam defendidas, num hipotético cenário de conflito ou ataque terroristra, pelos 3 ramos. Enquanto que a Força Aérea monitorizaria o espaço aéreo e impediria qualquer ameaça, a Marinha patrulharia o litoral e o exército ou forças de segurança civis ( PSP ou GNR ) ficariam encarregues da segurança do local em terra.
Agora imagem lá se fosse apenas um ramo a dar protecção?
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A protecção de pontos vitais do país a nível estratégico é sempre feita em conjunto pelos 3 ramos e com autoridades civis. Sendo assim penso que a sua questão está um pouco mal estruturada, ou então não entendi o seu sentido.
Artilharia Antiaerea em Portugal que caminho a seguir?
Por enquanto será o caminho da inexsistência, o que na minha opinião é pena, mas existem áreas da Defesa que justificam, e em muito, os fundos que eventualmente seriam destinados à aquisição de material de defesa anti-aérea.
A única solução a curto-prazo que concebo seria a entrega de algum material excedentário de outros países ( estou a lembrar-me de baterias HAWK holandesas e norte-americanas ) através da NATO, com base num qualquer acordo de protecção mútua.
Cumprimentos