Há ideias e conceitos que tenho dificuldade em entender no atual contexto ...
Nós - tanto quanto sei - não temos nenhuma guerra à porta com os países que podem constituir uma ameaça real nas nossas águas. Nem a França, nem a Espanha, nem Marrocos, nem a Mauritânia aparentam ser um potêncial inimigo...
Os potênciais inimigos no atual contexto são países como a Russia e a China e eventuais "proxies" que nem estou a ver quem seriam.
Submarinos ainda mais pequenos, só podem ter utilidade de forma defensiva... E achar que podemos utilizar submarinos para patrulhar as águas contra outros submarinos, bem ... enfim ...
Num potencial conflito futuro, o inimigo vai vir de submarino, porque não há nenhuma embarcação de superfície que consiga chegar próximo das águas portuguesas, a flutuar.
E se conseguir, então estamos tramados porque isso quer dizer que os países nordicos, a Alemanha, a Polonia, a Holanda a França e o Reino Unido, forram derrotados no mar...
Logo, o que faria mais sentido seria um aumento na capacidade de luta anti-submarina.
Não existindo um inimigo claro que possa colocar em causa as rotas comerciais que passam ao longo da nossa costa, os submarinos fariam sentido como arma ofensiva e não como arma defensiva. E submarinos como arma ofensiva, precisam de capacidades acrescidas, nomeadamente a capacidade de transportar por exemplo mísseis de cruzeiro.
Os israelitas queriam mísseis de cruzeiro para instalar nos seus submarinos e os americanos recusaram...
Isto só para dar um exemplo da função dos submarinos, quando não há uma ameaça clara de superficie ...