Estás um bocado optimista, João — até subtraíste uma FREMM GP. Como disse anteriormente, duvido (baseado nos rumores que correm) que as Type 32 vão para frente — menos cinco escoltas. Quanto aos PPA, têm Aster e, no futuro, Aster + CAMM-ER, além de SSM e os italianos planeiam passar todos à versão Full. Os sistemas e radares dos PPA, são muitíssimo superiores aos das Type 31 — não esquecer que esta classe serve, basicamente, para mostrar bandeira, com pouco armamento e sistemas baratos. Resultado: 13 escoltas versus 17 escoltas, deixando de fora as EPC.
No que toca aos DDG, os Type 45 vão ter, no futuro, 72 VLS, mas todos unicelulares. Já os Orizzonte, quando os CAMM-ER bi-pack entrarem ao serviço, vão dispor de 64 mísseis AAW — quase ao mesmo nível, portanto. Já os DDG-X, com 96 VLS (ao nível dos AB) vão dispor de mais de 100 mísseis AAW e, provavelmente, cerca de 16 SSM hipersónicos — é outro nível, que talvez os ingleses consigam atingir com os Type 83, se não ficarem sem dinheiro.
Quanto aos QE, sim tem uma capacidade muito superior aos PA/LHD italianos, no entanto, ao contrário dos navios italianos, com sistemas defensivos muito débeis. O problema vai ser a disponibilidade dos F-35B. No único deployment até agora efectuado, embarcaram cerca de uma vintena de F-35B, metade dos quais eram do USMC. A doutrina da RN, prevê um PA equipado com 24 a 36 F-35B, sendo o segundo PA relegado para navio Commando, ou seja apoio a operações anfíbias. Já os italianos, apesar de só preverem adquirir 30 F-35B, têm mais dinheiro para sobresselentes (não esquecer que fabricam os seus próprios F-35A) e conseguem, em geral obter maiores níveis de disponibilidade que a RAF e a FAA.
Os MCM italianos também vão servir de motherships, como aliás, a maioria dos MCM previstos pelas principais marinhas. A RN optou por motherships civis (a versão Bimby dos bifes) porque não têm dinheiro para adquirir MCM modernos.
Os três futuros LPD italianos vão ter dimensões semelhantes aos Albion, mas com a vantagem de disporem de hangar para helis e UAVs. Já a RN ainda nem começou a planear a substituição dos seus navios anfíbios, mais uma vez por falta de $$$.
Os AOR da classe Vulcano vão três ao todo.
Não, não estou a brincar. Os italianos têm uma marinha mais equilibrada que a RN (e que a Marine Nationale), essencialmente, porque escolheram não terem SSN nem SSBN (estes últimos, porque não têm armas nucleares próprias). Os SSBN são o principal sorvedouro de dinheiro da RN e da MN — e até da US Navy —, que, no limite, se traduz em menor capacidade convencional.
A MM está entre as melhores marinhas convencionais do planeta, atrás da japonesa e da sul-coreana. O que caracteriza estas três marinhas (italiana, japonesa e sul-coreana) é que são concebidas para operar nos seus teatros regionais. Já os bifes e os franciús querem manter o seu estatuto “global”, mas como não há almoços grátis, os seus meios convencionais são adquiridos em menor número e armados e sem muitos dos equipamentos previstos — 12 Type 45 previstos, 06 adquiridos; 13 Type 26 previstos, 08 adquiridos; 17 FREMM previstos, 08 adquiridos).