É caro, sim. Não excessivamente, mesmo para a nossa realidade. Cada bateria "custa" 24 NSM (mais reservas, de preferência). Juntando o sistema de deteção/tracking (radar) e os "camiões", deverá andar à volta dos 80 a 85 milhões por bateria.
2 para a RA Açores e um para a RA Madeira. Contas de merceeiro... 250 a 260M€.
As baterias AA para "garantir" a sobrevivência deste sistemas é de simples resolução.
Skynex 30 HEL (com Stinger/Mistral) ou o sistema que espero vivamente que a Marinha contemple para equipar os Fuzos. Madis Mk 1 e Mk 2, que fazem Shorad e Counter UAS.
Não sei quantidades, mas aqui fala em 105M.
https://www.navalnews.com/naval-news/2023/12/latvia-and-usa-ink-nsm-coastal-defence-systems-procurement-deal/Mas vamos supor que tudo o que dizes custaria 250M. Ora esse preço é o preço de 2 baterias Barak MX. Uma bateria em cada arquipélago (Lajes e Porto Santo respectivamente), e isto já viabilizava a operação de F-16 (com certificação para mísseis anti-navio, que tarda em acontecer) e P-3 para ASuW, ao defender as bases de onde operariam.
No nosso caso, baterias costeiras de mísseis seriam sempre a "cereja no topo do bolo", precisamente por serem um sistema demasiado focado numa função.
Outra alternativa, era com uma hipotética aquisição de um MLRS para o EP, e escolher um modelo transportável em C-130/KC e que tenha/venha a ter acesso a algum tipo de míssil capaz de atacar alvos navais. Esta solução faria praticamente o mesmo (especialmente se apoiada por UAVs para aquisição de alvos), ao mesmo tempo que teria maior versatilidade consoante o tipo de ameaça.
Sistemas VSHORAD, a serem adquiridos alguns, parece-me que teriam que ser à base do RapidRanger com LMM/Starstreak. Parece-me difícil justificar a compra de um modelo completamente diferente.
Os Açores são um problema para defender. Nove ilhas e com distãncias grandes. Aqui penso que sistemas itinerantes (navios) funcionariam melhor que sistemas apeados e com dificuldade de serem transportados.
A dificuldade em defender os Açores, assenta essencialmente no desinvestimento nas FA e na falta de meios/pessoal.
São 9 ilhas, e cada uma delas é como se fosse um porta-aviões, tendo um aeroporto, ou um aeródromo. Dadas as distâncias entre ilhas/grupos de ilhas e a falta de navios combatentes na Marinha, a melhor forma de defender o arquipélago é com meios aéreos.
A partir daqui, com o devido investimento em meios aéreos, é possível tornar os Açores numa autêntica fortaleza.
A Madeira é que é mais difícil de defender. Muito menos ilhas/infraestrutura aeronáutica, e muito maior proximidade de territórios potencialmente hostis. Não só a Madeira precisaria de um forte destacamento de caças, 2 baterias AA (uma em cada aeroporto), também precisaria de uma forte presença naval.
Em qualquer dos casos, a falta de meios é gritante, tal como a falta de uma estratégia de defesa nacional.