Mas uma nota que tenho de deixar, particularmente durante as guerras napoleónicas, Portugal teve bons oficiais, desde o Marquês de Alorna e a sua Legião de Tropas Ligeiras, um conceito muito interessante e de certa forma avançado para a época, como Miguel Forjaz, um dos oficiais que permitiu a reorganização do exército na altura.
É verdade...
O que mostra que, o que muitas vezes muda as coisas, são pessoas capazes para levar à prática ideias que já existem.
As linhas de Torres Vedras, que ficaram na História como a primeira clara derrota de um exército Napoleónico, não foram uma ideia dos ingleses, foram apenas resultado do aproveitamento de planos já feitos pelos portugueses, que já tinham feito o levantamento de quase todas as colinas e elevações que constituiram as linhas defensivas...
Estas crises parecem ser constantes. A reconstrução depois do terramoto de 1755, levou a que se esquecesse completamente o exército. Chamaram estrangeiros, a coisa mais ou menos organizou-se, mas alguns anos depois, estavamos na mesma, praticamente sem exército para lutar contra o Napoleão.
Na atual situação de crise, esperemos que a União Europeia consiga desenvolver alguma ideia que permita alterar os estado de coisas.
A existência de carros de combate pesados, sem as necessárias viaturas de combate de infantaria apenas demonstraram o problema das compras de ocasião.
Pensava-se substituir os M60 e surgiu uma possibilidade interessante. A compra dos Leopard-2 impressionou todos na altura, quando até se falava na compra do Leopard-1A5.
Mas o problema, tem vindo a ser o mesmo... Os sistemas cada vez mais sofisticados são cada vez mais caros.
A ideia que fica é que os responsáveis militares e políticos se limitam a ver o que há, e pensar no que vai substituir, mas sem ter em consideração o que é que realmente se faz com os equipamentos.
Uma qualquer unidade nacional, com carros de combate pesados, precisa não apenas das viaturas de combate de infantaria, que protegem os tanques (e são protegidas ), como precisa de algo que nunca tivemos em condições, que é a defesa anti-aérea movel. Hoje essa defesa tem que ser feita contra o que era tracidional (defender de ataques de aviões e helicópteros) mas agora temos que ter meios para defender as unidades dos mirones dos drones.
E não é com mísseis que se atacam drones...
Por isto, uma vez que, em território nacional uma força blindada pesada só se pode utilizar com eficiencia no sul do país, talvez seja altura de equacionar para que serve e se de facto serve para alguma coisa.