Crise de refugiados e imigrantes na UE e em Portugal

  • 580 Respostas
  • 101151 Visualizações
*

Get_It

  • Investigador
  • *****
  • 2260
  • Recebeu: 522 vez(es)
  • Enviou: 466 vez(es)
  • +835/-827
Crise de refugiados e imigrantes na UE e em Portugal
« em: Setembro 02, 2015, 06:24:10 pm »
Decidi criar um novo tópico visto que as notícias acerca da actual crise de refugiados, e imigrantes ilegais "disfarçados" de refugiados, estão a ser colocadas em vários tópicos («Notícias em Geral», «Não sei se deva rir ou chorar», «Apetece-me gritar bem alto, FO...») e que as discussões que originam acabam por ficar depois perdidas no meio de centenas de páginas e outros assuntos não relacionados.

Portugal pondera receber mais refugiados, particulares querem saber como ajudar
(29 de Agosto de 2015)
Citação de: "Nuno Ribeiro, Alexandra Campos / Público"
A dimensão da crise humanitária provocada pela vaga de refugiados que assola a Europa leva Portugal a rever, em altas sucessivas, o número de refugiados que vai receber. A quota de 1400 pessoas atribuída pela União Europeia vai subir, numa primeira fase, para 1500. Admitem-se, contudo, novas revisões embora sem precisar um número.

Saber quantos refugiados vai receber Portugal é uma questão ainda em discussão entre o Governo português e as instâncias europeias. “A pressão dos acontecimentos leva a admitir que sejam mais no futuro, em 2016”, diz ao PÚBLICO fonte governamental. Precisar um patamar é impossível, até porque a crise ganhou uma dimensão há pouco impensável.

Diplomatas e funcionários com férias interrompidas têm sido a constante dos últimos dias no Palácio das Necessidades. O ministério de Rui Machete dirige um grupo interministerial com representantes da Administração Interna, do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, da Segurança Social, do Emprego e Instituto de Formação Profissional, das direcções-gerais da Saúde e Educação, e do Alto Comissariado para as Migrações com uma missão urgente. A de preparar o acolhimento de refugiados.

 “O autoproclamado Estado Islâmico (EI) está a afundar a Europa, não é apenas pela guerra da Síria, do conflito no Iraque ou do caos na Líbia, mas também pela eliminação das minorias”, afirma, ao PÚBLICO, um diplomata. “Assim, o EI nem precisa de cometer atentados”, destaca. A falta de coordenação e de gestos solidários da Europa comunitária, e o aparecimento de fenómenos de intolerância são exemplos do braço-de-ferro do radicalismo. Um desafio que as democracias ainda não ganharam.

No Conselho Português para os Refugiados (CPR), organização não-governamental que gere dois centros de acolhimento para requerentes de asilo e refugiados,  “são às centenas os telefonemas, e-mails, e até as visitas” de pessoas a querer saber o que podem fazer para ajudar e, eventualmente,  acolher os estrangeiros, impressionados com as imagens do drama das pessoas que, nos últimos meses, tentam entrar na Europa, arriscando a vida, diz  a assessora da direcção de informação do CPR Mónica Fréchaut. “São manifestações espontâneas de pessoas indignadas com o que está a acontecer”, acentua.

Lembrando que Portugal vai receber “uma gota de água no oceano”, Mónica explica que, a quem se tem oferecido para dar apoio, a resposta é a de que isso poderá acontecer numa segunda fase. “Isso é possível, mas, para já, não está nada organizado nesse sentido”, reforça.

Também a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa já se ofereceu para acolher 350 pessoas e a do Porto, 20. E há várias autarquias que manifestaram disponibilidade para receber refugiados, como as de Sintra, Santarém, Batalha, Oliveira do Hospital e Idanha-a-Nova.

Há ainda pessoas a oferecerem-se como voluntárias para ajudar os que vão chegar. “Tudo somado, já temos um número muito alargado”, destaca Mónica Fréchaut, que lembra que não ser esta a primeira vez que Portugal  recebe, de uma assentada, um volume elevado de refugiados.

Recorda a “operação Kosovo”, em 1999, quando “mais de dois mil kosovares” foram acolhidos. Na altura foram identificados espaços de acolhimento espalhados por todo o território nacional, tendo a  Protecção Civil  “operacionalizado” o acolhimento e o CPR ajudado “na identificação e no apoio jurídico”.  “Foi necessário organizar aulas de português e tentar integrá-los no mercado de trabalho”,  lembra Mónica, que nota que a maior parte acabou por regressar ao seu país ao fim dos dois anos. “É preciso que os cidadãos percebam que estas pessoas não representam um fardo financeiro para Portugal”, acentua.

Na quinta-feira, a  presidente do CPR, Teresa Tito de Morais, defendeu que já deveria estar organizada no terreno a plataforma de acolhimento. Sublinhou que o CPR tem sido contactado por várias empresas com empregos para oferecer. Em 2014, houve 442 pedidos de permanência em território nacional.  As famílias e os adultos são encaminhados pelo CPR para os centros de acolhimento para refugiados na Bobadela e para o centro de acolhimento para crianças, no Parque da Bela Vista, em Lisboa. Os dois estão neste momento cheios.
Fonte: http://www.publico.pt/mundo/noticia/portugal-pondera-receber-mais-refugiados-particulares-querem-saber-como-ajudar-1706302

Olhão disponível para receber centro de refugiados mas não na Fuzeta
(1 de Setembro de 2015)
Citação de: "Romana Borja-Santos"
Local tinha sido disponibilizado pela Cruz Vermelha Portuguesa. Câmara deu outros terrenos como alternativa, para não prejudicar desenvolvimento do turismo.

A presidente do Conselho Português para os Refugiados (CPR) participou nesta terça-feira numa reunião na Câmara de Olhão para debater a possibilidade de instalar um centro de acolhimento para refugiados no terreno da Cruz Vermelha Portuguesa na Fuzeta, Algarve. A iniciativa de disponibilizar o terreno naquela freguesia do concelho de Olhão tinha partido da Cruz Vermelha Portuguesa, através da delegação de Moncarapacho-Fuzeta, mas na reunião essa localização foi afastada. No encontro, Teresa Tito de Morais defendeu que o país tem condições para acolher mais do que os 1500 refugiados avançados pelo Governo.

A dimensão da crise humanitária provocada pela vaga de refugiados que assola a Europa tem levado Portugal a rever o número de refugiados que vai receber. A quota de 1400 pessoas atribuída pela União Europeia subiu, numa primeira fase, para 1500 e o valor pode não ficar por aqui. Se as instalações algarvias avançarem, poderão ser recebidas 50 pessoas, mas noutros locais sugeridos pela autarquia. O espaço na Fuzeta tinha 1700 metros quadrados e destinava-se a um infantário que, devido à quebra da natalidade no país, acabou por não avançar. No entanto, segundo explicou a presidente do CPR, foi descartado pela própria câmara.

“Chegou-se a um consenso de que o terreno na Fuzeta não é o mais apropriado pela sua localização”, referiu também à Lusa o director-geral da Cruz Vermelha, Luís Névoa, que também esteve presente na reunião. De acordo com o presidente da autarquia, António Pina, a instalação do centro na Fuzeta “não se coaduna” com “uma vila que está a desenvolver-se no sentido do turismo”. As alternativas são nas freguesias de Quelfes e Pechão, fora da cidade, ou em Moncarapacho.

Segundo Teresa Tito de Morais, citada pela Lusa, já são acolhidos no país 300 refugiados que chegaram espontaneamente e com cinco autarquias disponíveis era possível ir além dos 1500. A responsável estimou que a chegada dos refugiados não deverá acontecer antes do fim de Outubro, uma vez que falta ainda “uma decisão política” e certezas relativamente ao financiamento, e sublinhou que os refugiados serão distribuídos por vários pontos do país e que o projecto previsto para Olhão terá ainda que passar “pelas autoridades portuguesas e por financiamento da Comissão Europeia”.

[continua]
Fonte: http://www.publico.pt/sociedade/noticia/olhao-disponivel-para-receber-centro-de-refugiados-mas-nao-na-fuseta-1706613

Proposta da reforma das políticas de imigração propostas pelos ministros alemães Frank-Walter Steinmeier e Sigmar Gabriel: A ten-point plan for a European refugee policy response
Citar
Europe is facing a great challenge for our generation. Never before have so many people fled political persecution and war as today, many of whom seek refuge here with us in Europe. In view of the crises in our neighbourhood, we must assume that this could remain the case for years. As Europeans, we owe it to ourselves and to the world to rise to the great challenge posed by these people looking for help.

One thing is clear, and that is that the response so far does not meet the standards that Europe must set for itself. Europe cannot put this off any longer and the EU must act now. We must therefore pursue a European asylum, refugee and migration policy that is founded on the principle of solidarity and our shared values of humanity. Ten points must urgently be addressed in this regard:

1. First, humane conditions must prevail throughout the EU when refugees are received. For this, we need EU-wide standards that are complied with in every EU member state.

2. Second, a common European code of asylum must guarantee asylum status that is valid throughout the EU for refugees in need of protection. Looking to the future, we need a new, much more ambitious integration of European asylum policy.

3. Third, we need a fair distribution of refugees in Europe. The citizens of our country are helping to receive and integrate refugees into our society as never before. This solidarity will only be maintained long-term if people see that the refugee crisis is being approached fairly throughout Europe. A state of affairs in which – as today – only a handful of member states shoulder the entire burden is just as unsustainable as a system that forces those countries that happen to form the outer border of the EU to take the strain alone. We must therefore reform the existing Dublin system. We need binding and objective criteria for refugee quotas for all member states that take their respective capabilities into account.

4. Fourth, Europe needs a common approach to managing its borders, which cannot be merely restricted to securing our frontiers. Above all, we need more European responsibility for registering and looking after newly arrived refugees.

5. Fifth, we must provide immediate assistance to the EU countries that are currently under particular strain. Germany is the only EU country to have made available emergency funds to improve the situation of refugees on the Greek islands. The EU and its member states must become more efficient in this area and quickly offer countries first receiving refugees practical and financial support. For us in Germany, we must ensure that the municipal authorities above all are able to cope with the giant challenges before them. In order to do this, we must provide them with lasting and systematic financial support.

6. Sixth, we cannot stand idly by and watch people risk their lives trying to get to us. The Mediterranean Sea cannot be a mass grave for desperate refugees. Europe’s humanitarian legacy, indeed our European view of humanity, are hanging in the balance. With this in mind, we launched enormous concerted efforts to organise marine rescue operations in the Mediterranean Sea in the spring. We must consolidate these efforts across Europe in the long term and equip the EU with the required capacities.

7. In the long run, we will only be able to help refugees in need of protection if those who are not entitled to asylum return to their countries of origin. For this, we must, seventh, make readmission a key priority of our relations with the countries of origin and also be prepared to make technical and financial support for these counties contingent on constructive cooperation. Existing incentives such as visa facilitations could be expanded.

8. Eighth, we must come to an EU-wide understanding as to which nations we consider to be safe countries of origin. All countries of the western Balkans aim to join the EU, and we have good cause to extend to them the prospect of accession to the Community. By the same token, this means that we cannot treat them as persecuting countries at the same time. In the future, a country that fulfils the criteria to be an EU accession candidate should be considered throughout the EU to be a safe country of origin.

9. Ninth, Germany needs an immigration Act. We need a prudent, controlled immigration policy that facilitates lawful stays for the purposes of employment. We must reduce the burden on the asylum system in this area.

10. Tenth, a comprehensive European asylum, refugee and migration policy also requires new political initiatives to fight the causes of flight in the countries of the Middle East and Africa. Stabilising failing states and curbing violence and civil war must go hand in hand with concentrated efforts to achieve economic development and create genuine economic and social prospects – especially for young people in the countries of origin. All of the international community’s efforts, above all those of the European Union and the United Nations, must be focused with the utmost intensity on this aim.
Fonte: http://www.uk.diplo.de/Vertretung/unitedkingdom/en/__pr/Latest__News/08/Steinmeier-Gabriel-10-Point-Plan.html

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

*

Luso

  • Investigador
  • *****
  • 8508
  • Recebeu: 1611 vez(es)
  • Enviou: 661 vez(es)
  • +925/-7194
Re: Crise de refugiados e imigrantes na UE e em Portugal
« Responder #1 em: Setembro 02, 2015, 11:20:35 pm »
Fez muito bem o "Get_it" em abrir um tópico porque, como diz, os "postais" que a este tema se referem se encontram dispersos.
O que me motiva a acrescentar ou a "repescar" este que aqui deixo é tentar percorrer um caminho diferente daquele que está a ser seguido pela esmagadora maioria dos media, que tenta cultivar o lado imediato e emocional do drama e sofrimento das pessoas que procuram segurança e uma vida melhor.

E esse caminho diferente procura encontrar respostas ou novas perguntas sobre o porquê ou origem deste fenómeno, que, não sendo recente, parece que recebeu um "tiro de partida" para que se procedesse a uma enchente.
Decididamente, parece que quase ninguém quer saber o que se passa nem em fazer certas perguntas, como o silêncio em relação à Líbia intervencionada pela NATO, à cordialidade ISIS-Israel, etc.
Assim sendo, e para dar enquadramento a algumas destas questões, deixo aqui alguns links e referências para vossa consideração. E ainda a este propósito, de colocar estas referências e links, constato que recentemente este fórum tem assistido a demasiado "copy-paste" e pouco... fórum o que é para mim desmotivador.

Citação de: "Luso"
Gostaria que os caros foristas comentassem estas notícias:

Imigrantes são "oportunidade" para desenvolvimento, lembra Poiares Maduro
http://www.jn.pt/PaginaInicial/Nacional ... um=twitter

Cecilia Honorio apresenta Lei de Imigracao do BE

Former Swedish PM: Sweden belongs to the immigrants - not the Swedes
http://speisa.com/modules/articles/inde ... wedes.html

Austrian intelligence says US organizations are funding immigration into Europe
https://translate.google.com/translate? ... edit-text=

Jewish activist promotes "multicultural mode" for Europa: Sample Sweden

Who Funds the Radical Left In America?
http://www.westernjournalism.com/exclus ... n-america/

Tides Fundation
http://www.tides.org/

E um aspecto muito interessante acerca das "extremas direitas" ditas "nacionalistas":
http://wideshut.co.uk/edl-officially-an ... of-israel/

Consensos...
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

*

mafets

  • Investigador
  • *****
  • 8606
  • Recebeu: 3217 vez(es)
  • Enviou: 996 vez(es)
  • +4059/-6467
Re: Crise de refugiados e imigrantes na UE e em Portugal
« Responder #2 em: Setembro 03, 2015, 02:33:15 pm »
A Síria e a Líbia são apenas bases de operações. Sendo parte dos Migrantes de África, convêm falar dos conflitos Etiópia/Eritreia, do Sudão, Darfur, entre outros, acabando agora no Mali (tem que atravessar muitos países e é boa ideia perguntar o que por exemplo o Egipto está a fazer neste campo) . Na Europa temos gente oriunda por exemplo do Kosovo que tem lá a NATO. Na Ásia, a desestabilização do Afeganistão (donde é parte dos migrantes) começa com a queda da Monarquia. mas temos população desde o Paquistão ao Srilanka (só para citar alguns exemplos).

Por outro lado a migração é um problema mundial, que aparentemente só passa a ser preocupação para os Líderes Ocidentais, quando as mortes passam das centenas aos milhares e são vistas pelos eleitores na TV. Enquanto isso não acontece ignora-se (fora da Europa de Janeiro a Setembro de 2014 foram perto de 1000 mortos).

Concluindo e quanto à forma de o Mundo sobretudo ocidental (mas não só), lidar com esta questão, se existe uma crise de liderança Mundial, Regional e Nacional quanto a outros assuntos, é mais que evidente que essa mesma incompetência, facilitismo e ignorância neste caso se reflectem a cada dia que passa. E quanto à população que agora se choca, preocupam-se com geopolítica e geoestratégia, que desde à no mínimo 20 anos conduzem a este desfecho? Não me parece (basta ver quanto tempo tem a Guerra na Síria) ...  :roll:
Citar
Why has the volume of refugees risen so dramatically in the past few years?


The number fleeing war and persecution hasn’t been greater since World War II, the U.N. Office of the High Commissioner for Refugees reported at the end of 2014. More than 60 million people have been displaced by conflicts in Syria, Afghanistan, Iraq, Libya, Yemen, Ukraine and elsewhere, and the violence is expected to drive hundreds of thousands more to seek asylum this year and next.

Refugees from the civil war in Syria, in its fifth year, constitute the largest share of the displaced, and together with Afghans and Somalis, both still in the throes of sectarian conflict, they comprise more than half of the new refugees counted last year.

http://www.latimes.com/world/europe/la-fg-european-migrant-crisis-explainer-20150902-story.html
 

Saudações
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: PereiraMarques, Get_It

*

Get_It

  • Investigador
  • *****
  • 2260
  • Recebeu: 522 vez(es)
  • Enviou: 466 vez(es)
  • +835/-827
Re: Crise de refugiados e imigrantes na UE e em Portugal
« Responder #3 em: Setembro 03, 2015, 06:46:53 pm »
Este assunto tem muito que se diga, desde a questão dos conflitos e das acções que originaram esta vaga de imigrantes/refugiados, às questão de geopolítica e diplomacia, aos interesses dos países do norte de África e da Europa de Leste em deixar os refugiados passar, ao negócio de tráfico humano, ao impacto económico e social que vai ter, e como os governos agem ou não agem.

Interessante ver o Egipto a ser um good boy ao comprar equipamento militar francês mas fazer quase nada, ou mesmo zero, em relação a ajudar a combater esta situação. Quanto à Líbia já nem se fala.

Os políticos da fora da Europa, e os Senhores Doutores e Engenheiros das ONG também têm gostado ultimamente de falar bastante acerca da Europa, mas se isto chegou a esta situação na Europa então quer dizer que as iniciativas e projectos de ajuda em África e na Ásia têm falhado completamente. Afinal de contas, só se está bem é no norte da Europa...

Citação de: "mafets"
Concluindo e quanto à forma de o Mundo sobretudo ocidental (mas não só), lidar com esta questão, se existe uma crise de liderança Mundial, Regional e Nacional quanto a outros assuntos, é mais que evidente que essa mesma incompetência, facilitismo e ignorância neste caso se reflectem a cada dia que passa.
Exacto. A incompetência dos vários poderes por este mundo fora, sejam governos/políticos ou de ONG, é mais que evidente e portanto agora temos por mãos um passar da batata quente que finalmente chegou à Europa.

Citação de: "Luso"
O que me motiva a acrescentar ou a "repescar" este que aqui deixo é tentar percorrer um caminho diferente daquele que está a ser seguido pela esmagadora maioria dos media, que tenta cultivar o lado imediato e emocional do drama e sofrimento das pessoas que procuram segurança e uma vida melhor.
Citação de: "mafets"
E quanto à população que agora se choca, preocupam-se com geopolítica e geoestratégia, que desde à no mínimo 20 anos conduzem a este desfecho? Não me parece (basta ver quanto tempo tem a Guerra na Síria) ...
Eu diria que este acaba por ser o maior problema de todos. Portugal é bom exemplo disso. Portugal, e os portugueses, mesmo tendo vários defeitos acabam por ser um povo bastante solidário.

Gostam de dar uns eurozinhos para esta ou aquela campanha ou instituição, gostam de doar as coisas que já não utilizam, e até gostam de fazer trabalho de voluntariado. Mas fica-se por aí, e acaba-se por ver uma certa hipocrisia, pois não são solidários para o que se passa lá fora, ou para os efeitos que isto tudo terá em Portugal, a longo prazo.

Não se preocupam em nada em pedir esclarecimentos aos governantes de como todos estes conflitos a que deram origem a estes problemas começaram. Muitos destes problemas nem são devido à falta de participação dos países nos conflitos da Síria, mas a falta de evitar que outros metam o bedelho nesses países e os desestabilizem. Também não pedem esclarecimentos do porquê do dinheiro já gasto em apoio humanitário não chegar às mãos de quem precisa, mas que sim fica retido muitas vezes por certos grupos ou governos locais.

Citar
Sublinhou que o CPR tem sido contactado por várias empresas com empregos para oferecer.
Engraçado que com o desemprego que há, e os incentivos para as empresas contratarem desempregados de longa duração, há empresas que já estão interessadas nestes refugiados. Deve ajudar o facto destes refugiados não querem ganhar muito.

Uma das propostas para a alteração das políticas da UE:
Citar
7. In the long run, we will only be able to help refugees in need of protection if those who are not entitled to asylum return to their countries of origin. For this, we must, seventh, make readmission a key priority of our relations with the countries of origin and also be prepared to make technical and financial support for these counties contingent on constructive cooperation. Existing incentives such as visa facilitations could be expanded.
Boa sorte com isso, quando muitos dos refugiados e imigrantes ilegais até chegam ao ponto de queimarem as pontas dos dedos para não poderem ser identificados através das impressões digitais.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: mafets

*

Camuflage

  • Investigador
  • *****
  • 1514
  • Recebeu: 200 vez(es)
  • Enviou: 89 vez(es)
  • +247/-240
Re: Crise de refugiados e imigrantes na UE e em Portugal
« Responder #4 em: Setembro 03, 2015, 07:13:03 pm »
1º Quem desestabilizou e é responsável pela guerra do médio oriente?
2º Quem anda a financiar a FSA na Síria e o ISIS no resto dos locais?
3º Porque nós europeus não começamos desde já apontar o dedo a esses senhores que têm cara e alguns são europeus.
4º Há países europeus que não estão a fazer controlos, a lei comunitária determina que os estrangeiros que requerem asilo devem cumprir um conjunto de critérios. Há países europeus que não estão a revistar, identificar nem a fazer controlos sanitários. Pergunto: quantas armas/droga/explosivos e potenciais terroristas já passaram? Já alguém pensou numa potencial epidemia?
5º Quando os ataques terroristas no centro da Europa começarem, sim porque vão ocorrer, não tenho dúvidas disso, toda a gente se vai preocupar com o assunto e nessa altura a resposta será... vigilância em massa, leis contra a privacidade dos cidadãos europeus, Patriot Acts, tal como a lei das secretas que o Governo actual em conjunto com o PS quis passar mas foi chumbada pelo Constitucional.
6º Se nós tivéssemos na mesma situação esses países de onde são oriundos esses indivíduos estariam dispostos a receber-nos?
7º Já alguém pensou na explosão social que vai ocorrer nos países para onde os "refugiados" estão a ir? Recordo as explosões sociais nos subúrbios de Paris, mas agora será com mais gente e mais descontrolada, nenhum governo pode continuar a receber gente ao calhas ou vai apenas resultar no que a história já nos tem vindo a mostrar.
8º Tratam-se claramente de máfias que estão a trazer os migrantes, pois conhecem as leis, os migrantes trazem imensas mulheres que gravidas e crianças para que não possam ser enviados de volta para o país de origem, coisa que antes não ocorria. Estamos a lidar com uma estrutura muito organizada
9º Quem é que anda a pagar este movimento em massa?
10º Se durante a I e II Guerra Mundial todos os civis europeus fugissem dos países em conflito, hoje que seria feito da Europa? Onde está a resistência? Porque não se incentiva as pessoas a lutarem pelos seus países? Lutem contra o ISIS, FSA, Governos e secretas estrangeiras, não fujam do problema!
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: typhonman, Get_It

*

HSMW

  • Moderador Global
  • *****
  • 12750
  • Recebeu: 3088 vez(es)
  • Enviou: 7580 vez(es)
  • +770/-1303
    • http://youtube.com/HSMW
Re: Crise de refugiados e imigrantes na UE e em Portugal
« Responder #5 em: Setembro 03, 2015, 09:06:53 pm »
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

*

Alvalade

  • Especialista
  • ****
  • 1073
  • Recebeu: 271 vez(es)
  • Enviou: 79 vez(es)
  • +51/-13
Re: Crise de refugiados e imigrantes na UE e em Portugal
« Responder #6 em: Setembro 03, 2015, 10:10:47 pm »
Mais fica para quem precisa
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Lusitano89

*

Camuflage

  • Investigador
  • *****
  • 1514
  • Recebeu: 200 vez(es)
  • Enviou: 89 vez(es)
  • +247/-240
Re: Crise de refugiados e imigrantes na UE e em Portugal
« Responder #7 em: Setembro 03, 2015, 10:57:57 pm »
Citação de: "HSMW"
Desculpe, como disse?
 :N-icon-Axe:

O título do ´vídeo é falso e enganador, aqui está a realidade: http://www.rtp.pt/noticias/mundo/autor- ... ha_n854607

Cuidado com a propaganda dos extremos direita e esquerda que se aproveitam destes casos.
 

*

Get_It

  • Investigador
  • *****
  • 2260
  • Recebeu: 522 vez(es)
  • Enviou: 466 vez(es)
  • +835/-827
Re: Crise de refugiados e imigrantes na UE e em Portugal
« Responder #8 em: Setembro 04, 2015, 06:37:48 pm »
Enquanto vários países da Europa agora resolveram ceder às pressões da comunicação social e do Zé Povinho deles, e simplesmente receber todos os refugiados possíveis, a Eslováquia tenta ainda ser realista e quer tentar focar a resolução do problema nos países de origem dos refugiados.

Entretanto, temos a Turquia, que olham para o lado, e até ajudaram, vários grupos no Iraque que lutavam contra o PKK («O inimigo do nosso inimigo é nosso amigo») e agora queixam-se que a culpa é da União Europeia. :roll:

Fico government firm on anti-migrant stand
(3 de Setembro de 2015)
Citação de: "Michaela Terenzani / The Slovak Spectator"
The Slovak government however admitted it feels under enormous pressure from its foreign partners and that “there is a real threat that we will face the pressure of the member states that the migrants are heading to, on our own”.

SAFE ZONES that would provide humanitarian aid to people fleeing their homes are a medium term solution to Europe’s migration crisis, argue Slovak officials as they prepare to coordinate policy with regional partners before an EU summit later this month.

Prime Minister Robert Fico’s government remains committed to the line that the migration crisis must be solved in the war-torn source countries. The negative stance towards resettlement quotas remains unchanged even amid the shift in the migration debate among the public following the discovery of a truck carrying 71 dead migrants on the Austrian highway near the Slovak border.

(...) [Refugees die near border]

This event brought the migration crisis home to many Slovaks. At the turn of August and September, numerous individuals and groups organised through online social networks, collected material aid for refugees, mainly those stranded at railway stations in Budapest and those placed in the camp in Traiskirchen, Austria.

A group of citizens put together a Plea for Humanity, a document that was signed by more than 10,000 Slovaks as of September 2, including the country’s president, Andrej Kiska. The Plea authors call on the government to use its capacities to provide help to refugees in neighbouring countries.

The government, however, did not directly react to the Plea. The cabinet approved an updated stance towards the migration crisis on September 2, and assigned Fico to represent Slovakia at the September 4 summit of the Visegrad Group countries in Prague. In its stance, the government maintained its line that problems with refugees in Europe are a consequence and the solutions should be directed at the causes of the problem, back where the refugees come from.

Thus, the Slovak government proposes to build ‘safe zones’ for refugees in their countries of origin, where they could seek humanitarian aid.

(...) [Under pressure]

Lajčák: Schengen fell apart

The Slovak government focused on the protection of borders in its stance.

“We’re ready to cooperate at the level of the police corps when it comes to the protection of the internal Schengen area,” said Fico as quoted by TASR. “We want to press countries on the external Schengen border to carry out their duties properly and not open the borders to everybody.”

As things stand now, Schengen “has de facto fallen apart”, according to Foreign Minister Miroslav Lajčák who said that countries responsible for protecting the Schengen border let migrants pass through their territory freely.

“Under normal circumstances it is difficult to be granted the Schengen visa, while now tens of thousands of people walk around here without anyone checking on them,” Lajčák said as quoted by SITA. “So do we have Schengen or not?”

Securing the Schengen border is also one of the solutions that Slovakia is ready to pay for, as its financial contribution to the solving of the migration crisis. No concrete sums have been mentioned as of yet, however.

Police hunt smugglers

Following the tragedy on the Austrian highway, the Slovak police pledged they would cooperate with their Austrian and Hungarian counterparts, and seem to have intensified their activity against smugglers of migrants.

The police have been checking cars at border crossings to Austria and Hungary at the turn of August and September.

Over the last weekend of August, the police discovered 60 foreigners mostly from Syria in suspicious vans near the city of Žilina – in northern Slovakia – and in Štúrovo in the south of the country.

Moreover, two vans containing 26 refugees, including one child, of Iraqi and Syrian nationality, were stopped at the Čunovo border crossing to Hungary near Bratislava on August 31. They were being transported by two Serbian drivers in two vehicles.

On August 27, police detained a person who was attempting to smuggle two migrants to Germany, TASR reported. A police patrol pulled over a suspect vehicle with German licence plates between Lozorno and Malacky, both in Bratislava region. The vehicle had driven into Slovakia from the Czech Republic.

On September 2, a truck carrying 20 Syrian refugees was detained in Komarno, southern Slovakia. The driver, a UK citizen of Iraqi origin, attempted to escape.

Interior Minister Robert Kaliňák confirmed, as quoted by the Hospodárske noviny daily, that the latest detentions reflected the increased activity and analysis. Slovak police are boosting and updating security measures, he said.

[continua]
Fonte: http://spectator.sme.sk/c/20060071/fico-government-firm-on-anti-migrant-stand.html

Ankara Angry Over Refugee Crisis
Citação de: "Dorian Jones / Voice of America"
As the European Union struggles to deal with a flood of migrants, Turkey, home to more refugees than any other country in the world, is blaming EU leaders for the chaos. Turkey says European nations ignored repeated warnings.

With much of the world shocked by the image of a drowned Syrian toddler on a Turkish beach – the latest victim among refugees seeking to enter the EU – Turkish President Recep Erdogan Thursday accused European countries of turning the Mediterranean Sea into a grave.

According to Ahmet Icduygu, an expert on migration for Istanbul’s Koc University, there is deep resentment in Ankara that the EU ignored its warnings and calls for help over the mounting refugee crisis.

"Why the European countries are having less concern about the refugee Syrian problem? Unfortunately, it's the case almost around the world: Everyone tries to shift the responsibility to other side," he explained. "We should not forget that European countries [are] observing those migrants in terms of their economies. Also, there is an economic crisis in Europe."

Ankara is hosting over 2 million Iraqi and Syrian refugees at a cost of over $6 billion. Erdogan has repeatedly criticized Brussels for failing to share fairly the cost or burden of caring for refugees, a point he reportedly made during a telephone conversation Thursday with his French counterpart, Francois Hollande.

Ankara's share of blame

But political scientist Cengiz Aktar of Istanbul’s Suleyman Sah University says some of the blame lies with Ankara.

"International organizations, the big NGOs, they were all ready to come and help. But Turkey said, 'No, no, I can do it myself.' Now they are stuck," said Aktar.

With the growing refugee crisis now reaching EU countries, there is hope in Ankara that Brussels finally will act, says political columnist Semih Idiz of Turkey’s Cumhuriyet newspaper and Al Monitor website.

"It's already hard-pressed to meet the requirements of these refugees. They are spread across the country," Idiz said. "It's also causing social problems within Turkey between communities."
Fonte: http://www.voanews.com/content/turkey-angry-over-refugee-crisis/2946773.html

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

*

mafets

  • Investigador
  • *****
  • 8606
  • Recebeu: 3217 vez(es)
  • Enviou: 996 vez(es)
  • +4059/-6467
Re: Crise de refugiados e imigrantes na UE e em Portugal
« Responder #9 em: Setembro 04, 2015, 08:07:53 pm »
Citação de: "Get_It"
Entretanto, temos a Turquia, que olham para o lado, e até ajudaram, vários grupos no Iraque que lutavam contra o PKK («O inimigo do nosso inimigo é nosso amigo») e agora queixam-se que a culpa é da União Europeia. :roll:
Citar
Revealed: How the five wealthiest Gulf Nations have so far refused to take a single Syrian refugee

Four million Syrians have fled, most live in Middle Eastern refugee camps
More than 30,000 have risked their lives to reach European shores in 2015
Saudi Arabia, UAE, Qatar, Kuwait, Bahrain have resettled 'zero' refugees
Amnesty International described their inaction in the crisis as 'shameful'


Read more: http://www.dailymail.co.uk/news/article ... z3knXJHomW
Follow us: @MailOnline on Twitter | DailyMail on Facebook

Acho muito bem que os Eslovacos defendam algo com pés e cabeça (aparentemente os únicos nesta pobreza de liderança). Aliás, só por este mapa se vê a palhaçada que é esta "crise de Migrantes do tapete estendido"... :roll:


Saudações
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 

*

Luso

  • Investigador
  • *****
  • 8508
  • Recebeu: 1611 vez(es)
  • Enviou: 661 vez(es)
  • +925/-7194
Re: Crise de refugiados e imigrantes na UE e em Portugal
« Responder #10 em: Setembro 04, 2015, 09:08:20 pm »
No meio da "palha informativa" e da espuma do tempo, esquecemo-nos de coisas destas, "estranhamente" esquecidas pelos me®dia:





E - "I´ll be damned!" - não há nada do Kristol sobre os refugiados.

E nenhuma estação aborda isto, preferindo apostar a propaganda e narrativa "pro-refugiados", esses desgraçados cuja vida foi destruída por monstros que a maioria se recusa a conhecer e ainda menos a reconhecer.

A "palha informativa", amigos, come-a quem quer.
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

*

Crypter

  • Investigador
  • *****
  • 1207
  • Recebeu: 204 vez(es)
  • Enviou: 233 vez(es)
  • +29/-7
Re: Crise de refugiados e imigrantes na UE e em Portugal
« Responder #11 em: Setembro 04, 2015, 09:38:33 pm »


Vai praqui uma confusão entre Migrantes (mais Imigrantes..) e refugiados!!

Eu não me vou expandir muito mais nesta tópico... Senão ainda me acusam de coisas   :roll:
 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20594
  • Recebeu: 2391 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1118/-1481
Re: Crise de refugiados e imigrantes na UE e em Portugal
« Responder #12 em: Setembro 04, 2015, 10:07:10 pm »
EUA sob pressão para acolher mais refugiados sírios


Atualmente, e após mais de quatro anos de guerra civil na Síria, cerca de 1.500 refugiados encontraram refúgio nos Estados Unidos.

Em finais de setembro, os refugiados sírios em território norte-americano serão cerca de 1.800.

O Departamento de Estado prometeu que teria entre 5.000 a 8.000 sírios em solo norte-americano até ao outono de 2016.

Questionado pelo jornal eletrónico norte-americano Huffington Post sobre o afluxo sem precedentes de pessoas que procuram refúgio na Europa, o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, respondeu simplesmente que se tratava de uma questão "extremamente urgente" e que os Estados Unidos "poderiam fazer muito mais para proteger essas pessoas".

"Mas, não estou a falar em ter [mais refugiados] de maneira permanente", frisou o chefe da diplomacia norte-americana.

Para os especialistas em matéria de migração, o processo de reinstalação de refugiados no território norte-americano é demasiado lento.

"Nos últimos anos, as medidas suplementares em matéria de segurança fizeram com que a reinstalação, que levava entre nove a 12 meses, leve agora 18 meses ou mais", lamentou, em declarações à agência francesa AFP, Larry Yungk, representante do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (ACNUR).

Segundo a agência das Nações Unidas, as autoridades norte-americanas terão em mãos cerca de 17 mil processos de refugiados sírios.

O antigo chefe da diplomacia britânica David Miliband, atualmente presidente da associação International Rescue Committee (IRC), também referiu que a primeira potência mundial não está a fazer o suficiente em relação aos sírios.

"No ano passado, atingimos um recorde de 20 milhões de refugiados em todo o mundo. Cerca de 150.000 estão reinstalados em países ricos e os Estados Unidos aceitaram cerca de 70 mil", afirmou Miliband, ao canal de televisão norte-americano MSNBC, citado pela AFP.

"Mas, em relação à Síria, acredito que o desempenho não está à altura: desde o início do conflito sírio, os Estados Unidos acolheram 1.234 refugiados, cerca de 250 por ano", criticou o ex-ministro britânico.

O Alto-comissário da ONU para os Refugiados, António Guterres, divulgou em julho passado que o número de refugiados sírios tinha ultrapassado os quatro milhões.

Estes refugiados estão concentrados sobretudo em acampamentos na Turquia, Líbano, Jordânia e Iraque. O ACNUR estimou que até ao final deste ano cerca de 4,27 milhões de pessoas terão fugido da Síria.

O porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, Mark Toner, reconheceu que existe "certamente urgência" para agir, mas recordou que "a primeira prioridade é proteger a segurança nacional dos Estados Unidos e dos seus cidadãos".

Funcionários do Departamento de Segurança Interna deslocam-se regularmente a países do Médio Oriente para entrevistar candidatos que desejam entrar nos Estados Unidos.

Washington também argumenta que é o maior doador de ajuda humanitária para as vítimas da guerra na Síria, com quatro mil milhões de dólares (cerca de 3,5 mil milhões de euros) disponibilizados desde 2011 para as agências das Nações Unidas e organizações não-governamentais.

Desde março de 2011, a Síria é cenário de um conflito civil que provocou mais de 240 mil mortos, segundo ativistas.

Diversos grupos opositores lutam contra o regime de Bashar al-Assad na Síria, país que também enfrenta uma ofensiva do grupo extremista Estado Islâmico (EI), que em junho de 2014 proclamou um "califado" nos vastos territórios que já controla no território sírio e no Iraque.


Lusa
 

*

Lusitano89

  • Investigador
  • *****
  • 20594
  • Recebeu: 2391 vez(es)
  • Enviou: 257 vez(es)
  • +1118/-1481
Re: Crise de refugiados e imigrantes na UE e em Portugal
« Responder #13 em: Setembro 04, 2015, 11:00:13 pm »
Guterres quer "medidas excepcionais" na Europa porque "a alternativa é o caos"


A crise de refugiados que a Europa enfrenta é uma situação excepcional que não se resolve com medidas progressivas, mas com um "salto" na resposta europeia, A ideia foi defendida esta sexta-feira pelo alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, António Guterres.

"O meu apelo é para que os Estados europeus reconheçam que este é um momento excepcional que exige medidas excepcionais, que a Europa, como um todo, tem de responder com solidariedade e que é também uma batalha de valores em que a Europa não pode falhar", afirmou Guterres, em conferência de imprensa em Genebra.

"A minha expectativa é que haja um salto na resposta europeia no futuro próximo porque a alternativa é o caos, é sofrimento e é óbvio e isso irá gerar uma situação impossível de gerir", disse.

Guterres não tem dúvidas de que este é um caso de vontade e não de dinheiro. "Não acho que seja um problema de financiamento, é claramente um problema de vontade politica e de expressão de solidariedade entre todos os Estados- membros da União Europeia", disse o alto comissário, que termina o seu mandato em Dezembro (e que não será prolongado).

Apesar de a situação ser "dramática", Guterres reconheceu que "as coisas estariam muito piores" se não tivessem sido tomadas duas decisões "fulcrais" pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humano: uma decisão que não permite repelir os barcos que se encaminham para a Europa; e a decisão de travar o reenvio de migrantes para a Grécia de acordo com as normas do protocolo de Dublin.

"Estas duas decisões fulcrais são dois princípios básicos que permitem hoje criar as condições que esperamos venham a ser aplicadas em prol de uma resposta europeia eficaz", acrescentou Guterres, voltando ao que para si é, agora, "a questão central": "Enfrentamos circunstâncias excepcionais, precisamos de uma resposta excepcional. Continuar tudo como dantes ou só melhorar gradualmente os mecanismos que já existem não permitem gerir o que é, hoje, uma crise maciça de refugiados e de migração na Europa."

Renascença
 

*

mafets

  • Investigador
  • *****
  • 8606
  • Recebeu: 3217 vez(es)
  • Enviou: 996 vez(es)
  • +4059/-6467
Re: Crise de refugiados e imigrantes na UE e em Portugal
« Responder #14 em: Setembro 05, 2015, 11:26:02 am »









Cumprimentos
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/