Dirigente do Estado Islâmico capturado por forças especiais dos EUA
Um dirigente do grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI) foi feito prisioneiro por forças especiais norte-americanas deslocadas no Iraque, indicou hoje um responsável do Pentágono.
O responsável do Departamento de Defesa confirmou as informações da CNN e do New York Times que referiram a captura no Iraque de um "significativo" responsável do EI por uma unidade das forças especiais norte-americanas.
Esta unidade foi deslocada há alguma semanas por Washington com a missão de efetuar operações contra responsáveis 'jihadistas' no Iraque e na Síria. O objetivo consiste em extrair informações aos 'jihadistas' detidos e desorganizar o grupo extremista fazendo pairar uma ameaça direta sobre a sua hierarquia.
Segundo o responsável norte-americano, o prisioneiro está a ser interrogado por forças especiais dos EUA.
"Obtivemos boas coisas dele", indicou. Ao citar fontes não identificadas no Pentágono, o New York Times referiu que o quadro do EI detido está a ser interrogado "num local de detenção temporária em Erbil, no Iraque".
A intenção consiste em entregá-lo de seguida às autoridades iraquianas ou curdas, mas os interrogatórios pelos norte-americanos poderão "prolongar-se por semanas ou meses", segundo o diário.
Interrogado pela agência noticiosa France-Press, um responsável da Defesa dos EUA sublinhou o exército norte-americano "não assumirá a responsabilidade" de manter os prisioneiros sob a sua alçada por um longo período.
"Temos um acordo com o Governo iraquiano. Se capturarmos responsáveis do grupo Estado Islâmico, vamos transferi-los", declarou.
A detenção de 'jihadistas' pelas autoridades militares norte-americanas desde 2002 na prisão de Guantánamo tornou-se num problema político e jurídico para a administração de Washington.
Na sua primeira campanha presidencial, Barack Obama comprometeu-se no encerramento do campo de prisioneiros mas no final de dois mandatos na Casa Branca não parece em condições de cumprir a sua promessa.
Segundo o New York Times, a unidade de forças especiais responsável pela condução das operações contra os 'jihadistas' integra 200 homens e é essencialmente constituída pelos discretos comandos Delta, uma unidade de elite norte-americana especializada em missões antiterroristas.
DN