Eu vi logo em Março deste ano, quando a Alemanha disse que ía gastar 100.000 milhões a mais, que havia problemas de tradução, porque o que os alemãe disseram era que passavam os gastos de aproximadamente 50 ou 60 mil para 100.000.
A maioria das armas que os alemães precisam, demoram muito tempo para produzir. É possível baixar custos mas são precisas encomendas. Os alemães andam a arrastar à décadas a substituição dos Tornado, com capacidade para transportar armas nucleares, não há um substituto europeu, e o que existe estaría operacional lá para 2040.
Entretanto, os alemães estão com problemas muito mais complicados, de arrumar a casa.
Há muitas viaturas paradas por falta de manutenção, upgrades que precisam ser feitos.
Há alemães a perguntar como é que vai haver mais tanques dentro de 5 anos, se não há dinheiro para o upgrade dos Leopard2-A6.
Ou seja... Os alemães terão que ver (como todos os outros) que a guerra que se está a desenrolar, é uma guerra muito menos tecnológica e muito mais numérica.
Quem acredita que em Portugal o avacalho vem de dentro, poderá até ter alguma razão, mas enganam-se os que pensam que isto é um problema português.
Isto funciona por contágio. Funciona com o comportamento de cardume e espirito de rebanho. As ovelhas vão umas atrás das outras, sem saber se a ovelha à sua frente sabe o que está a fazer, porque também está a seguir outra ovelha.
Todas as guerras dão para pensar e reflectir sobre tudo o que se fez.
Se amanhã no norte de África um regime islâmico tomar o poder e comprar drones aos iranianos, a que distância está o turismo algarvio dos drones dos aiatolás ?