1940: O plano de Franco para invadir Portugal

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Falcão

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« Responder #75 em: Novembro 15, 2008, 01:40:36 pm »
Citação de: "papatango"

Na prática, a única coisa que valia a pena bombardear era Lisboa e o Porto.
Mas como já foi referido anteriormente, a arma mais moderna e melhor equipada de todo o exército português era a artilharia anti-aérea, principalmente em volta de Lisboa e do Porto.




Infelizmente e, também há que dizê-lo, irresponsavelmente, essa mais valia nunca mais foi tida em conta no nosso país, mesmo quando os meios aéreos multiplicaram por 5 a sua velocidade.

Valha-nos chaparral… :evil:
Cumprimentos
 

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papatango

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« Responder #76 em: Novembro 15, 2008, 02:37:57 pm »
Citação de: "Falcão"
Citação de: "papatango"
Na prática, a única coisa que valia a pena bombardear era Lisboa e o Porto.
Mas como já foi referido anteriormente, a arma mais moderna e melhor equipada de todo o exército português era a artilharia anti-aérea, principalmente em volta de Lisboa e do Porto.
Infelizmente e, também há que dizê-lo, irresponsavelmente, essa mais valia nunca mais foi tida em conta no nosso país, mesmo quando os meios aéreos multiplicaram por 5 a sua velocidade.
Valha-nos chaparral… :evil:


Exactamente.
Quando discutimos eventuais batalhas passadas, deveriamos tirar conclusões.

A arma anti-aérea praticamente não existe.
Ela não existe, porque a partir do momento em que passámos a fazer parte da NATO a possibilidade de um ataque derecto ao nosso território foi muito reduzida. Não podemos esquecer que a ameaça espanhola acabou em principio com a adesão portuguesa à aliança.

Como os russos não tinham meios capazes de nos atacar directamente e como os americanos tinham porta-aviões para deslocar para próximo da peninsula, essa defesa foi sendo gradualmente abandonada por ser irrelevante ou melhor dizendo, inútil.

A falha enorme de 1939 / 1940 no que respeita ao armamento anti-tanque é outra das lições. Os militares falharam, como falharam os planeadores e como falhou o próprio Salazar que foi Ministro Interino da Guerra a partir de 1936.
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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aguadoce1

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« Responder #77 em: Novembro 18, 2008, 09:47:51 pm »
E relativamente ao Marrocos espanhol,alguem sabe qual seriam os planos defensivos dos espanhois?Pois um ataque a Portugal teria que ter uma resposta nem que fosse minima por parte dos Britanicos,o que iria provocar um ataque espanhol a Gibralter(ultimo territorio fora do dominio espanhol).,o que provalmente iria obrigar os Britanicos A ocupar o Sul do estreito.
 

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emarques

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« Responder #78 em: Novembro 20, 2008, 04:25:24 pm »
Já agora, alguém tem a estrutura de forças teórica do exército português nesse período (1935 -> 1942)? Como estavam estruturadas as divisões? E quais foram as alterações introduzidas pelos britânicos e americanos quando começaram a ajudar na reorganização?
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Cabeça de Martelo

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« Responder #79 em: Novembro 20, 2008, 04:28:42 pm »
Que eu saiba de 1935 a 1942 as mudanças feitas nas Forças Armadas foram feitas pelos próprios militares Portugueses.

Que alterações foram introduzidas pelos britânicos e americanos antes da guerra fria?
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nelson38899

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« Responder #80 em: Novembro 22, 2008, 10:04:55 pm »
boas

Gostava de saber porque é que no inicio da 2ª guerra mundial só se falavam no Gloster Gladiator II e nunca se falou do Breda Ba-65Bis ??



Breda Ba-65Bis



Gloster Gladiator II
"Que todo o mundo seja «Portugal», isto é, que no mundo toda a gente se comporte como têm comportado os portugueses na história"
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papatango

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« Responder #81 em: Novembro 23, 2008, 12:24:59 am »
um era um caça e o outro um bombardeiro leve ou no máximo um caça-bombardeiro.
O Breda-65 foi considerado um fracasso e nunca atingiu os objectivos. A velocidade máxima era de 430km/h (superior ao Gloster) mas a manobrabilidade da aeronave era muito má.

Além disso, a capacidade britânica para apoiar as aeronaves que a industria britânica vendia nada tinha a ver com a capacidade italiana. Falo de memória, mas creio que a maioria dos Breda-65 no inicio da guerra estava inoperacional por falta de peças.
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Miguel

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« Responder #82 em: Novembro 23, 2008, 08:36:15 am »
O que se passou com os Breda, que era um lote de 10 aeronaves, e que quando estavam dentro do hangar veio uma tempestade.

O hangar derrumou e os avioes ficaram quase todos destruidos.
 

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nelson38899

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« Responder #83 em: Novembro 23, 2008, 10:03:01 pm »
Citação de: "Miguel"
O que se passou com os Breda, que era um lote de 10 aeronaves, e que quando estavam dentro do hangar veio uma tempestade.

O hangar derrumou e os avioes ficaram quase todos destruidos.


esse episódio aconteceu quando???
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emarques

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« Responder #84 em: Novembro 24, 2008, 03:51:41 pm »
Citação de: "Miguel"
O que se passou com os Breda, que era um lote de 10 aeronaves, e que quando estavam dentro do hangar veio uma tempestade.

O hangar derrumou e os avioes ficaram quase todos destruidos.

Se isso aconteceu, e com a reputação que têm os Ba65, desconfio que terão sido mesmo os aviadores a deitar o hangar abaixo...  :twisted:
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papatango

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« Responder #85 em: Novembro 26, 2008, 09:54:36 pm »
Tentei encontrar alguma referência a essa catástrofe mas não encontrei nada. Houve de facto um inverno muito rigoroso, mas só encontrei referências aos hidroaviões que estavam nos Açores. Alguns deles afundaram com o mau tempo  :roll:  :roll:
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VICTOR4810

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LOS BISPOS CRIMINOSOS DE PAPATANGO
« Responder #86 em: Maio 27, 2009, 07:21:56 pm »
El golpe de Estado tenía motivos políticos, pero el conflicto pronto tomó un cariz religioso. La Iglesia Católica, cuyo poder había sido socavado, se convirtió en blanco de ataques. Trece obispos, 4.184 sacerdotes, 2.365 religiosos, 263 monjas y millares de personas vinculadas a asociaciones confesionales o meramente católicas practicantes fueron asesinados por revolucionarios opuestos al golpe militar, que equiparaban a la Iglesia Española con la derecha. Se saqueó y prendió fuego a iglesias y monasterios. Ante esta barbarie, la Iglesia confió en los sublevados para defender su causa y «devolver la nación al seno de la Iglesia».
   No serían ninguno de los trece de ahí arriba, algunos castrados y descuartizados como el Obispo de Barbastro """ Florentino Asensio Barroso, obispo de Barbastro y mártir, vallisoletano de origen, fue beatificado el pasado domingo junto a Ceferino Giménez Malla, «El Pelé», en la plaza de San Pedro de Roma. Ejecutado apenas una semana más tarde que éste, monseñor Asensio afrontó la tortura y la muerte con entereza heroica y serenidad sobrenatural, como atestiguan los numerosos testimonios aportados en su Causa de Beatificación""
   Bispos criminosos?
El 13 de julio, el asesinato de Calvo Sotelo precipitaba el estallido de la guerra civil. Don Florentino fue avisado del peligro que corría, pero se negó a huir: «Quiero correr la misma suerte que mi diócesis». La noche del 18 de julio, los revolucionarios asaltaron el Ayuntamiento sin encontrar resistencia. Al día siguiente comenzaron las detenciones (entre ellas, la de El Pelé), y a las pocas horas el obispo era confinado en el palacio episcopal bajo arresto domiciliario. El 22 de julio, tras despojarle de la sotana, se le trasladó al colegio de los padres Escolapios, frente al Ayuntamiento, junto a 48 misioneros, 23 benedictinos (algunos aún aspirantes), 13 escolapios, algunos sacerdotes y seglares. Todos ellos fueron martirizados: 114 curas de los 140 que había en la diócesis. La catedral y las iglesias fueron saqueadas, y los objetos de culto, profanados y quemados.
El 4 de agosto, monseñor Asensio fue interrogado por primera vez. El obispo, durante los días que precedieron a su muerte, se dedicó casi exclusivamente a la oración, con sacrificios y ayunos para poder abrazar la cruz del martirio, al tiempo que era testigo de los asesinatos de varios sacerdotes. La noche del 8 de agosto fue conducido al calabozo de la cárcel del partido, donde, entre insultos y blasfemias, se le tortura a golpes y se le mutila salvajemente  "SE LE CASTRA". La madrugada del 9 es conducido con otros doce presos al cementerio, atados de dos en dos por los codos. Camino del suplicio, musita suavemente: «¡Qué hermoso día para mí!». Uno de los guardianes, que le oye, le pregunta si sabía a dónde lo llevaban. Don Florentino responde: «Me lleváis a la casa de mi Dios y mi Señor; me lleváis al cielo». A medida que se multiplican las crueles torturas, el obispo responde con palabras de perdón y de esperanza.
Una vez en el camposanto, le despojan de sus zapatos y pantalones y lo fusilan. El obispo, que no murió al primer balazo, fue rematado con tres tiros de gracia en la sien y arrojado a una fosa común.
El proceso de beatificación de este mártir insigne fue abierto en 1947, interrumpido al poco tiempo, y reanudado de nuevo en 1988. Sus restos, tras ser exhumados e identificados, fueron trasladados a la catedral de Barbastro. En Villasexmir se colocó una lápida con la siguiente leyenda: Víctima por Cristo, nació para el cielo el 9 de agosto de 1936.
   ¿ que opina de esto nuestro amigo?
1.492, DESCUBRIMOS EL PARAISO.
"SIN MAS ENEMIGOS QUE LOS DE MI PÁTRIA"
 

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« Responder #87 em: Junho 28, 2009, 12:14:03 pm »
Qual seria o uso dado aos tanques Renault e Vickers em Portugal? Eram usados apenas para propaganda ( o mais provável ), treino anti-tanque da infantaria ou, juntamente com as autometralhadoras, para treino do estado-maior no emprego de unidades mecanizadas?
Cumprimentos
 

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papatango

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« Responder #88 em: Junho 28, 2009, 11:49:36 pm »
As viaturas blindadas portuguesas eram apenas para teste e pouca utilidade poderiam ter em 1940.

Só em 1943, já os alemães tinham levado a sova de Estalinegrado é que os britânicos nos mandaram os tanques Valentine, que formaram a primeira unidade portuguesa equipada com blindados.
Os Valentine eram superiores aos T-26 e BT-5 dos espanhois (que eram o melhorzinho que eles tinham).

Quando Portugal recebeu os primeiros 16 tanques Valentine, os espanhóis foram imediatamente solicitar aos alemães nada mais nada menos que 100 tanques Panzer-IV.

Dos 100 tanques pedidos, a Alemanha apenas envia a Franco 20 exemplares. Portugal elevará o numero de Valentine de 16 para 24 unidades, mas um Valentine a combater um Panzer-IV, era a mesma coisa que um M-47 a combater contra um Leopard-II.

De qualquer forma, nessa altura era já evidente que a Espanha não atacaria Portugal, porque isso seria suicidio, por causa do desenvolvimento das relações entre Portugal e a Grã Bretanha e especialmente entre Portugal e os Estados Unidos, que estavam desesperados por uma autorização para utilizar os Açores.

Os americanos chegaram a propor enviar tropas para Portugal e material em quantidade para garantir a segurança do país, mas Salazar não queria nem ouvir falar em americanos na peninsula ibérica.
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Onurb

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« Responder #89 em: Junho 29, 2009, 02:18:22 pm »
Papatango, disse que a força aerea espanhola ia ter problemas de combustivel.

uma força de 250 mil homens com uma consideravel componente blindada não teria os mesmos problemas?

Felizmente Franco não deu a ordem para a invasão, Portugal pagaria bem caro em vidas civis.

Mas julgo que mesmo com uma força muito superior á Portuguesa as forças de Franco não teriam vida facil.

Já agora uma pergunta offtopic alguma vez entraram em Lisboa forças de Castelha/Espanha?
"Vossa Exelencia deseja sair por aquela porta ou por essa janela?..."

Lisboa 1 Dezembro 1640
Os Conjurados á Duquesa de Mântua

http://www.youtube.com/watch?v=ubzbFUkfITE