Sem estar a responder a ninguém emparticular, é bom que se entendam os pres de cada míssil, como eu já postei antes... um Aster 30 são $4.5 milhões, um SM-2 são $3 milhões, um ESSM blk2 mais de $1 milhão e um CAMM (ou Sea Ceptor) cerca de $1 milhão... é fazer as contas, como dizia o outro, para se ver em quanto ficava equipar uma fragata. Uma configuração de 16 células (12 SM-2 e 16 ESSM) ficava em $50 milhões; uma de 32 células (24 SM-2 e 32 ESSM) são 100 milhões; 40 células (esta em especial para os que querem DZP) são quase 150 milhões POR NAVIO...
Quanto aos canhões de 127 mm, custam mais de $20 milhões cada (pelo menos é isso que a RN está a pagar pelos das T26). Começa a haver uma corrente que diz que, tudo bem que são bons para NGFS, mas quem é que vai arriscar um navio de quase $1000 milhões em ambiente litoral contestado, quando até milícias têm mísseis anti-navio? Os canhões de 57 mm e 76 mm são bastante mais baratos, melhores para AAW e com as novas munições inteligentes e de alcance estendido acabam por perder pouco para os 127 mm em NGFS. Não é por acaso que a US Navy e a RN estão a ir para os 57 mm FFG(X) e T31, respetivamente. No caso da RN até configura mais uma linha logística, porque é um calibre que eles não usam.
Umas EPC subsidiadas, com peça de 76 mm, sonar rebocado ou VDS e apenas 8 células MK-41 para ESSM+VL-ASROC caiam que nem ginjas para navios de segunda linha...
Ab
João
Não creio que seja uma configuração comum ter apenas 4 das 16 células com ESSM. Normalmente usam um dos conjuntos de 8 células para um míssil, e outro para o outro, ficando assim 32 ESSM + 8 SM-2.
Num mundo em que cada vez mais armas estão a ser integradas nos MK-41 e outros VLS, não faz sentido singir-nos pelos 8. Quando se fala na integração dos Hellfire no Mk-41 em quad-pack se não estou em erro, a juntar aos LRASM, ASROC, toda a família SM, o próprio ESSM, e os Tomahawk, acham que 8 células chegam? É que a meu ver, num EPC que de certa forma é mais um LCS que um navio de mar aberto, a inclusão de Hellfire e de mais capacidade land-attack, faz todo o sentido. E neste aspecto, é preferível ter um navio com 16 VLS, sendo metade para AAW e a outra metade dependente da missão a desempenhar, do que ter um navio com 8, limitando muito o payload.
É o mesmo que ter um caça com 10 hardpoints e outro com metade. Mais vale ter os 10, mesmo que passem 90% do tempo vazios, do que ter um com 5/6, que quando for necessário encher, precisas de duas aeronaves para fazer o mesmo de uma.
Os mísseis em si, podem ser adquiridos consoante o necessário, por exemplo ter em stock SM-2 suficientes para uma fragata nacional no SNMG1, e em caso de guerra, comprar mais.
Não sei de onde vem a ideia que se Portugal comprasse um navio de guerra com 32 VLS, vinham todos carregadinhos de mísseis, quando tal não acontece por cá. Aliás é habitual as nossas fragatas andarem com apenas 2 a 4 Harpoon, e temos mais F-16 que AMRAAM.
Quanto ao canhão de 76mm vs 127, antes de mais acho estranho achar que um navio de guerra com função de escoltar LPDs, LHDs, etc nunca se vai aproximar da costa, quando na realidade isso pode acontecer, nem que seja a uma distância "segura" de 10/20km. E em segundo lugar, os canhões de 127mm não seriam obviamente para as EPC, mas sim para navios de maior dimensão como as novas M por exemplo.