Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #555 em: Agosto 22, 2020, 11:37:34 am »
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O deputado do CDS João Gonçalves Pereira quer saber se o Ministro da Defesa Nacional confirma que pode estar em causa a perda da certificação pela NATO para a Base Aérea n.º 6, caso venha a ser concretizada a opção aeroporto civil/militar no Montijo, e que prejuízos concretos podem advir da perda de certificação.

João Gonçalves Pereira quer ainda saber, não sendo possível manter a Base Aérea n.º 6 do com as missões de Vigilância Marítima e Busca e Salvamento, para que Base vão ser deslocalizadas.

No passado dia 16 de agosto, no comentário “Leste Oeste”, na SIC Notícias, o comentador Nuno Rogeiro levantou a dúvida sobre se continuará a existir uma certificação pela NATO da Base Aérea n.º 6, no Montijo, após ser contruído o aeroporto civil e, nesse sentido, ficar esta infraestrutura a ter uma componente civil e outra militar.

Esta dúvida também foi referida num artigo de opinião publicado no jornal Público a 23/06/20 e assinado por António Segadães Tavares, engenheiro civil, autor dos projetos premiados da ampliação do aeroporto da Madeira e do Pavilhão de Portugal da Expo 98; António Carmona Rodrigues, engenheiro civil, professor da UNL, ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa; António Gonçalves Henriques, engenheiro civil, professor do IST, ex-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente; Fernando Nunes da Silva, engenheiro civil, urbanista, professor do IST; José Furtado, engenheiro civil, especialista em planeamento estratégico de infraestruturas de transporte; Luís Póvoas Janeiro, professor da Universidade Católica; Ricardo Reis, professor da Universidade Católica e Rui Vallejo de Carvalho, professor da Universidade Católica.

Referiram os autores que “No uso militar: o padrão-NATO exige separação de 213m entre os eixos da pista e do taxiway, de modo a este poder servir como pista (mínimo regulamentar 210m) e, também, que a extensão do taxiway seja igual à da pista (2440m). A desconformidade da proposta da Vinci é total, com separação de eixos abaixo do mínimo e um incompleto taxiway (pelo que o avião tem de rolar sobre a pista para chegar ao seu topo)”.

Referiram, também, os autores que “Distância disponível para aterragem de 2050m, substancialmente inferior ao recomendado no uso civil e à própria pista 08-26 militar que substituiria (que tem 2440m para aterragem)”.

Referiram, igualmente, os autores que “Distância de segurança após fim-de-pista com menos de metade da recomendação ICAO e da própria pista padrão-NATO que substituiria”.

Referiram, ainda, os autores que “Na descolagem e aterragem, a Superfície Livre de Obstáculos (inclinação 2% ICAO e 2% padrão-NATO) seria violada pelas embarcações navegando no canal do Montijo”.

Referiram, por último, os autores que “O sistema de luzes – 900m de ajuda à aterragem, exigido quer no uso civil, quer no padrão-NATO, não poderia ser instalado dado a respetiva estrutura de suporte atravessar o canal de navegação”.

Concluíram que “Bastaria apenas um incumprimento para impedir a certificação. Na nova pista do Montijo verificam-se oito défices de segurança no uso comum civil-militar”.


Convém não esquecer que, tal como é referido no sítio de internet da EMFA, a Base Aérea n.º 6 desempenha uma função determinante, nomeadamente, “para efetuar missões de Transporte, Vigilância Marítima e Busca e Salvamento”.

http://www.cds.parlamento.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=25103%3A2020-08-20-11-42-22&catid=59%3Ageral&Itemid=64

Sublinhei o que considero relevante para a conversa.

Abraços.
"Se servistes à pátria, que vos foi ingrata, vós fizestes o que devíeis, ela o que costuma."
 
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #556 em: Agosto 23, 2020, 11:56:22 am »
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O deputado do CDS João Gonçalves Pereira quer saber se o Ministro da Defesa Nacional confirma que pode estar em causa a perda da certificação pela NATO para a Base Aérea n.º 6, caso venha a ser concretizada a opção aeroporto civil/militar no Montijo, e que prejuízos concretos podem advir da perda de certificação.

João Gonçalves Pereira quer ainda saber, não sendo possível manter a Base Aérea n.º 6 do com as missões de Vigilância Marítima e Busca e Salvamento, para que Base vão ser deslocalizadas.

No passado dia 16 de agosto, no comentário “Leste Oeste”, na SIC Notícias, o comentador Nuno Rogeiro levantou a dúvida sobre se continuará a existir uma certificação pela NATO da Base Aérea n.º 6, no Montijo, após ser contruído o aeroporto civil e, nesse sentido, ficar esta infraestrutura a ter uma componente civil e outra militar.

Esta dúvida também foi referida num artigo de opinião publicado no jornal Público a 23/06/20 e assinado por António Segadães Tavares, engenheiro civil, autor dos projetos premiados da ampliação do aeroporto da Madeira e do Pavilhão de Portugal da Expo 98; António Carmona Rodrigues, engenheiro civil, professor da UNL, ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa; António Gonçalves Henriques, engenheiro civil, professor do IST, ex-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente; Fernando Nunes da Silva, engenheiro civil, urbanista, professor do IST; José Furtado, engenheiro civil, especialista em planeamento estratégico de infraestruturas de transporte; Luís Póvoas Janeiro, professor da Universidade Católica; Ricardo Reis, professor da Universidade Católica e Rui Vallejo de Carvalho, professor da Universidade Católica.

Referiram os autores que “No uso militar: o padrão-NATO exige separação de 213m entre os eixos da pista e do taxiway, de modo a este poder servir como pista (mínimo regulamentar 210m) e, também, que a extensão do taxiway seja igual à da pista (2440m). A desconformidade da proposta da Vinci é total, com separação de eixos abaixo do mínimo e um incompleto taxiway (pelo que o avião tem de rolar sobre a pista para chegar ao seu topo)”.

Referiram, também, os autores que “Distância disponível para aterragem de 2050m, substancialmente inferior ao recomendado no uso civil e à própria pista 08-26 militar que substituiria (que tem 2440m para aterragem)”.

Referiram, igualmente, os autores que “Distância de segurança após fim-de-pista com menos de metade da recomendação ICAO e da própria pista padrão-NATO que substituiria”.

Referiram, ainda, os autores que “Na descolagem e aterragem, a Superfície Livre de Obstáculos (inclinação 2% ICAO e 2% padrão-NATO) seria violada pelas embarcações navegando no canal do Montijo”.

Referiram, por último, os autores que “O sistema de luzes – 900m de ajuda à aterragem, exigido quer no uso civil, quer no padrão-NATO, não poderia ser instalado dado a respetiva estrutura de suporte atravessar o canal de navegação”.

Concluíram que “Bastaria apenas um incumprimento para impedir a certificação. Na nova pista do Montijo verificam-se oito défices de segurança no uso comum civil-militar”.


Convém não esquecer que, tal como é referido no sítio de internet da EMFA, a Base Aérea n.º 6 desempenha uma função determinante, nomeadamente, “para efetuar missões de Transporte, Vigilância Marítima e Busca e Salvamento”.

http://www.cds.parlamento.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=25103%3A2020-08-20-11-42-22&catid=59%3Ageral&Itemid=64

Sublinhei o que considero relevante para a conversa.

Abraços.

Não sei para quê tudo isso agora, muito sinceramente. Se a FAP aparentemente já não conta com o Montijo, qual é o problema? De facto, as únicas dúvidas residem no futuro das Esq. 502 e EHM, o resto tem destino traçado até porque o próprio CEMFA não parece estar minimamente preocupado com isso. Aliás, nos vários grupos contra o aeroporto complementar no Montijo o que se fala, e bem, é que para o ramo e sua chefia seria tido como um "pepino difícil de descascar" o cancelamento da estrutura civil e manutenção daquela unidade militar. Não vejo como para ser franco visto a perda da base ser uma enorme perda de capacidades para a Força Aérea, assim como um grande transtorno para militares e suas famílias que terão de se deslocar maioritariamente para fora da Grande Lisboa, podendo causar uma repetição do que aconteceu em 2009/10 com a transferência da 601 para Beja que não correu lá muito bem a nível humano.

O artigo menciona o óbvio, isto é, a perda de certificação da base assente na dúvida se será ou não uma estrutura com dupla valência civil e militar, o que cada vez mais se depreende que não. É que a NATO gastou muito dinheiro no Montijo a fim de transformar a BA6 numa unidade de rectaguarda totalmente equipada, de construção de hangares e outras infraestruturas até ao oleoduto para abastecimento de combustível aeronáutico que liga(va) a unidade à POL NATO da Charneca da Caparica, sem falar na pista 08/26 que foi a única certificada para operações com aeronaves da Aliança.

Ainda se vai muito a tempo de parar esta decisão desastrosa a todos os níveis, que será sem dúvida mais um prego no caixão das capacidades operacionais das Forças Armadas, basta haver vontade e não ânsias de se ter mais galões nos ombros, futuras aspirações políticas ou principalmente mais zeros ao final do mês na folha de vencimentos.
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
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Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #557 em: Agosto 23, 2020, 02:14:59 pm »
Eu cada vez tenho menos dúvidas que o aeroporto vai para a frente. Com tantos factores contra a sua construção, com tantas razões que demonstram a sua inviabilidade, a suas futuras limitações, continuam ferrados nesta ideia. Eu acho que esta gente é tão casmurra (ou melhor, tem tantos interesses) que até no Sol mandavam construir um aeroporto se houvessem interesses envolvidos.
 
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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #558 em: Agosto 23, 2020, 04:13:55 pm »
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O deputado do CDS João Gonçalves Pereira quer saber se o Ministro da Defesa Nacional confirma que pode estar em causa a perda da certificação pela NATO para a Base Aérea n.º 6, caso venha a ser concretizada a opção aeroporto civil/militar no Montijo, e que prejuízos concretos podem advir da perda de certificação.

João Gonçalves Pereira quer ainda saber, não sendo possível manter a Base Aérea n.º 6 do com as missões de Vigilância Marítima e Busca e Salvamento, para que Base vão ser deslocalizadas.

No passado dia 16 de agosto, no comentário “Leste Oeste”, na SIC Notícias, o comentador Nuno Rogeiro levantou a dúvida sobre se continuará a existir uma certificação pela NATO da Base Aérea n.º 6, no Montijo, após ser contruído o aeroporto civil e, nesse sentido, ficar esta infraestrutura a ter uma componente civil e outra militar.

Esta dúvida também foi referida num artigo de opinião publicado no jornal Público a 23/06/20 e assinado por António Segadães Tavares, engenheiro civil, autor dos projetos premiados da ampliação do aeroporto da Madeira e do Pavilhão de Portugal da Expo 98; António Carmona Rodrigues, engenheiro civil, professor da UNL, ex-presidente da Câmara Municipal de Lisboa; António Gonçalves Henriques, engenheiro civil, professor do IST, ex-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente; Fernando Nunes da Silva, engenheiro civil, urbanista, professor do IST; José Furtado, engenheiro civil, especialista em planeamento estratégico de infraestruturas de transporte; Luís Póvoas Janeiro, professor da Universidade Católica; Ricardo Reis, professor da Universidade Católica e Rui Vallejo de Carvalho, professor da Universidade Católica.

Referiram os autores que “No uso militar: o padrão-NATO exige separação de 213m entre os eixos da pista e do taxiway, de modo a este poder servir como pista (mínimo regulamentar 210m) e, também, que a extensão do taxiway seja igual à da pista (2440m). A desconformidade da proposta da Vinci é total, com separação de eixos abaixo do mínimo e um incompleto taxiway (pelo que o avião tem de rolar sobre a pista para chegar ao seu topo)”.

Referiram, também, os autores que “Distância disponível para aterragem de 2050m, substancialmente inferior ao recomendado no uso civil e à própria pista 08-26 militar que substituiria (que tem 2440m para aterragem)”.

Referiram, igualmente, os autores que “Distância de segurança após fim-de-pista com menos de metade da recomendação ICAO e da própria pista padrão-NATO que substituiria”.

Referiram, ainda, os autores que “Na descolagem e aterragem, a Superfície Livre de Obstáculos (inclinação 2% ICAO e 2% padrão-NATO) seria violada pelas embarcações navegando no canal do Montijo”.

Referiram, por último, os autores que “O sistema de luzes – 900m de ajuda à aterragem, exigido quer no uso civil, quer no padrão-NATO, não poderia ser instalado dado a respetiva estrutura de suporte atravessar o canal de navegação”.

Concluíram que “Bastaria apenas um incumprimento para impedir a certificação. Na nova pista do Montijo verificam-se oito défices de segurança no uso comum civil-militar”.


Convém não esquecer que, tal como é referido no sítio de internet da EMFA, a Base Aérea n.º 6 desempenha uma função determinante, nomeadamente, “para efetuar missões de Transporte, Vigilância Marítima e Busca e Salvamento”.

http://www.cds.parlamento.pt/index.php?option=com_content&view=article&id=25103%3A2020-08-20-11-42-22&catid=59%3Ageral&Itemid=64

Sublinhei o que considero relevante para a conversa.

Abraços.

Não sei para quê tudo isso agora, muito sinceramente. Se a FAP aparentemente já não conta com o Montijo, qual é o problema? De facto, as únicas dúvidas residem no futuro das Esq. 502 e EHM, o resto tem destino traçado até porque o próprio CEMFA não parece estar minimamente preocupado com isso. Aliás, nos vários grupos contra o aeroporto complementar no Montijo o que se fala, e bem, é que para o ramo e sua chefia seria tido como um "pepino difícil de descascar" o cancelamento da estrutura civil e manutenção daquela unidade militar. Não vejo como para ser franco visto a perda da base ser uma enorme perda de capacidades para a Força Aérea, assim como um grande transtorno para militares e suas famílias que terão de se deslocar maioritariamente para fora da Grande Lisboa, podendo causar uma repetição do que aconteceu em 2009/10 com a transferência da 601 para Beja que não correu lá muito bem a nível humano.

O artigo menciona o óbvio, isto é, a perda de certificação da base assente na dúvida se será ou não uma estrutura com dupla valência civil e militar, o que cada vez mais se depreende que não. É que a NATO gastou muito dinheiro no Montijo a fim de transformar a BA6 numa unidade de rectaguarda totalmente equipada, de construção de hangares e outras infraestruturas até ao oleoduto para abastecimento de combustível aeronáutico que liga(va) a unidade à POL NATO da Charneca da Caparica, sem falar na pista 08/26 que foi a única certificada para operações com aeronaves da Aliança.

Ainda se vai muito a tempo de parar esta decisão desastrosa a todos os níveis, que será sem dúvida mais um prego no caixão das capacidades operacionais das Forças Armadas, basta haver vontade e não ânsias de se ter mais galões nos ombros, futuras aspirações políticas ou principalmente mais zeros ao final do mês na folha de vencimentos.

NATO, ainda contam conosco para algo?

Perder o Montijo e um prego no caixao da FAP.
 

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tenente

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #560 em: Setembro 04, 2020, 10:32:30 pm »
Seria de todo ridículo pensar na possibilidade de esta teimosia em continuar com a opção Portela mais Montijo serve para garantir que a FAP saia do Montijo, sem oportunidade para voltar atrás caso desistissem do aeroporto do Montijo, por forma a depois vender os terrenos a partes interessadas?

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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tenente

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Daniel

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #562 em: Outubro 15, 2020, 10:11:30 am »
Quercus revê posição e passa a estar contra o aeroporto no Montijo
https://executivedigest.sapo.pt/quercus-reve-posicao-e-passa-a-estar-contra-o-aeroporto-no-montijo/

Citar
A associação ambientalista Quercus mudou de posição e é agora contra a construção de um novo aeroporto no Montijo, apoiando outras associações do setor desfavoráveis ao empreendimento.

A Quercus “vem tornar público que a sua posição passou a ser desfavorável ao processo em curso relativo à construção do novo aeroporto, incluindo a emissão da Declaração de Impacto Ambiental (DIA) pela APA (Agência Portuguesa do Ambiente), colocando-se assim ao lado e apoiando a posição das associações de defesa do ambiente que se têm manifestado contra e recorrido aos Tribunais”, lê-se num comunicado da associação hoje divulgado.

A 31 de outubro do ano passado, a Quercus comentou o parecer favorável da APA ao aeroporto considerando que não era a solução ideal mas que podia ser positiva desde que salvaguardadas medidas de minimização de impactos ambientais.

Um dia antes, a 30 de outubro, a APA tinha divulgado uma DIA “favorável condicionada” à construção do aeroporto do Montijo, viabilizando o projeto, algo que tem sido muito criticado desde então nomeadamente por organizações ambientalistas.

A Quercus tem uma nova direção desde fevereiro deste ano e é essa direção que, no comunicado, afirma que a posição de outubro da associação “não reflete a visão da maioria do universo de associados e membros dirigentes”, e diz que na altura não foram abordados temas essenciais.

Importa por isso, destaca a associação no comunicado de hoje, questionar a alegada urgência do Governo na construção do aeroporto, criticar que se tenham tomado posições contratuais antes do processo de avaliação de impacto ambiental estar concluído, ou defender a necessidade de o processo incluir estudos alternativos.

No documento a associação elenca uma dezena de motivos que a levam a estar contra o novo aeroporto, como a necessidade de uma Avaliação Ambiental Estratégica, a contextualização do projeto com as políticas climáticas e metas de redução de emissões de gases com efeito de estufa, ou levar em atenção “preocupações importantes de caráter técnico e de segurança” que entretanto foram levantadas.

Depois, diz também, a avaliação de impacto ambiental do ano passado subvalorizou o potencial poluente das emissões provocadas pelos aviões, é preciso ter em conta o “enorme impacto não mitigável” provocado pelo ruído, e é necessário ponderar devidamente o impacto sobre a avifauna do estuário do rio Tejo.

E a tudo isto juntam-se “aspetos novos” que não existiam há um ano, desde as ligadas à navegabilidade de embarcações típicas do estuário ao atual contexto de crise de pandemia de covid-19, aliado a uma crise económica, que levam a uma redução da procura de voos.
 

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typhonman

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #563 em: Outubro 15, 2020, 12:27:45 pm »
AAHAHAHHAHAHA  :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:
 

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #564 em: Outubro 15, 2020, 12:40:07 pm »
só mesmo para rir,  :rir: :rir: :rir:
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Trafaria

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #565 em: Outubro 15, 2020, 07:07:54 pm »
Antes tarde que nunca.
::..Trafaria..::
 

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #566 em: Outubro 22, 2020, 04:21:54 pm »
Já começou:


Aeroporto do Montijo: PJ realiza operação de buscas
Por Executive Digest   11:52, 22 Out 2020

A última declaração de impacte ambiental do novo aeroporto do Montijo está a motivar uma investigação lançada pela Polícia Judiciária (PJ), que se encontra a realizar buscas a institutos públicos e a um escritório de advogados, avança a ‘SÁBADO’.

Segundo a mesma publicação o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, bem como a Agência Portuguesa do Ambiente serão os locais onde vão decorrer as operações da PJ.

Recorde-se que em Janeiro desde ano foi emitida, pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA), na qual era dado um «parecer positivo» no que respeita à construção do novo Aeroporto do Montijo, que serviria de complemento ao Aeroporto de Lisboa no estuário do Tejo.

Para que o projeto fosse efetivamente aprovado, adianta a ´Sábado’, a ANA, concessionária a quem será entregue a construção do aeroporto, teria de cumprir 160 medidas, no valor estimado de 48 milhões de euros, dos quais 20 milhões tinham como fim «o isolamento de ruído de edifícios privados e públicos nas proximidades do novo aeroporto» e 10 milhões seriam para adquirir dois barcos que transportassem os passageiros para Lisboa.

Em função destas condições, às quais acrescem mais 200 outras medidas, oito associações ambientalistas revelaram que recorreriam aos tribunais, uma vez, na sua opinião, estas «desrespeitam as leis nacionais, as diretivas europeias e os tratados internacionais». Na sequência deste recurso foi iniciada a investigação das autoridades.

*Notícia atualizada às 14h41 com mais informação

https://executivedigest.sapo.pt/aeroporto-do-montijo-pj-realiza-operacao-de-buscas/

Peca é por tardia...

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #567 em: Outubro 22, 2020, 04:26:03 pm »
Já começou:


Aeroporto do Montijo: PJ realiza operação de buscas
Por Executive Digest   11:52, 22 Out 2020

A última declaração de impacte ambiental do novo aeroporto do Montijo está a motivar uma investigação lançada pela Polícia Judiciária (PJ), que se encontra a realizar buscas a institutos públicos e a um escritório de advogados, avança a ‘SÁBADO’.

Segundo a mesma publicação o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas, bem como a Agência Portuguesa do Ambiente serão os locais onde vão decorrer as operações da PJ.

Recorde-se que em Janeiro desde ano foi emitida, pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) uma Declaração de Impacte Ambiental (DIA), na qual era dado um «parecer positivo» no que respeita à construção do novo Aeroporto do Montijo, que serviria de complemento ao Aeroporto de Lisboa no estuário do Tejo.

Para que o projeto fosse efetivamente aprovado, adianta a ´Sábado’, a ANA, concessionária a quem será entregue a construção do aeroporto, teria de cumprir 160 medidas, no valor estimado de 48 milhões de euros, dos quais 20 milhões tinham como fim «o isolamento de ruído de edifícios privados e públicos nas proximidades do novo aeroporto» e 10 milhões seriam para adquirir dois barcos que transportassem os passageiros para Lisboa.

Em função destas condições, às quais acrescem mais 200 outras medidas, oito associações ambientalistas revelaram que recorreriam aos tribunais, uma vez, na sua opinião, estas «desrespeitam as leis nacionais, as diretivas europeias e os tratados internacionais». Na sequência deste recurso foi iniciada a investigação das autoridades.

*Notícia atualizada às 14h41 com mais informação

https://executivedigest.sapo.pt/aeroporto-do-montijo-pj-realiza-operacao-de-buscas/

Peca é por tardia...

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As luvas e as fugas de info é no que dão.
Este é um País de gente incompetente e Corrupta !!

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #568 em: Outubro 22, 2020, 07:10:10 pm »
Eu só me admiro é que como é que a PJ ainda não foi completamente controlada pelo sistema.
https://www.youtube.com/user/HSMW/videos

"Tudo pela Nação, nada contra a Nação."
 

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Re: Desactivação da Base aérea nº 6 do Montijo
« Responder #569 em: Outubro 22, 2020, 08:05:27 pm »
Eu só me admiro é que como é que a PJ ainda não foi completamente controlada pelo sistema.

A continua falta de efectivos é um controlo muito discreto, mas é um controlo pois limita e muito a capacidade da PJ.

Abraços
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