É verdade ...
É o que dá ter menos de 16t e apenas seis rodas.
Em contrapartida o Centauro italiano, com 24t e oito rodas, dispara a mesma munição de um Leopard-1
(Já no caso do Centauro com peça de 120mm isso não acontece, não há milagres)
O numero de carros Leopard-1 anunciados é impressionante, mas no caso de isso ser decidido, abre uma via alternativa de fornecimento, no caso de países que possuem grandes quantidades ainda em deposito, mesmo que em mau estado. Isso quer dizer ... peças.
Como disse o Leopard-1, equipado com uma peça de 105mm só pode colocar um carro russo T-72 modernizado ou uma sua derivação mais moderna, como o T-90 de lado, a mesma coisa acontecendo com o T-80 nas suas derivações.
A peça de 125mm russa tem um maior alcance, ainda que a precisão destas armas deixe muito a desejar.
Mas há outra coisa que o L/7 pode fazer que permite ser utilizado como os T-64 e T-72 ucranianos...
O apoio direto à infantaria com munição explosiva, onde a peça tem um alcance maior.
Na pratica, grande parte dos carros ucranianos aparenta fazer exatamente isso.
Nas imagens mais recentes de disparos ( e mesmo as mais antigas) vemos os tanques ucranianos a disparar com o cano elevado, o que implica que não estão a disparar diretamente para outro carro e que, obviamente estão a utilizar munição explosiva (nunca ouvi falar de disparar munição perfurante sem ser em tiro direto).
Entre os varios problemas, destaca-se a necessidade de passar de um sistema com três homens, para um com quatro, porque o T-72 e T-64 utilizam carregamento automático.
Mas isto não aparenta ser grande problema... Os polacos vão introduzir Abrams com uma guarnição de quatro e o tanque coreano K-2 que tal como os tanques russos, também tem apenas três. [1]
Como em outros casos, estamos numa corrida contra o tempo. Há quem acredite que a famosa ofensiva russa na realidade já começou, mas mesmo que tenha começado, o simples anuncio de que vão chegar mais tanques, dá aos ucranianos mais alento, mas acima de tudo, permite-lhes jogar com uma coisa que eles já mostraram ter, e saber utilizar... Reservas operacionais.
Caso o numero de tanques doados continue a aumentar, os ucranianos vão mais facilmente libertar reservas, porque sabem que elas vão ser substituidas, pelo menos em número por carros de combate ocidentais.
Os anuncios de mais tanques para a Ucrânia têm um outro efeito ... Os russos vão tender a andar mais depressa e a apressar uma qualquer ofensiva, porque temem que depois seja demasiado tarde.
[1]
A União Soviética em 1941 tinha milhares de tanques da familia BT, como o BT-7 que era conhecido como «tritankista» e T-26 mais antigos que se caracterizavam por ter três homens.
Isso não os impedia de operar ao mesmo tempo os tanques pesados KV que tinham cinco, ou os T-34 que tinham quatro.
E transferiam homens entre eles.
O problema nos dias de hoje são de outro tipo e têm muito a ver com os sistemas electronicos e de gestão e controlo, que em vários casos são até proprietários e cada país utiliza um diferente.