Notícias da FAP

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Re: Notícias da FAP
« Responder #990 em: Setembro 09, 2022, 07:27:42 pm »
DC, se os Apaches levam Hellfire o ST pode disparar os Cilit turcos desenhados para os Cobra e que deram origem aos Mam usados nos TB2. E pode transportar Mavericks e Paveway II.

Se me perguntassem se queria ir para a Ucrânia num Cobra ou num ST eu antes queria era ir a pé pois nenhum terá muita sobrevivência. Mas o ST peloenos é mais rápido e tem bancos ejetáveis o que deve de ajudar alguma coisinha (que não muito) na sobrevivência dos pilotos. A performance dos Ka52 tem que abrir os olhos de muita gente. São bons helis e resistentes mas mesmo assim caem que nem moscas.
 

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Lightning

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Re: Notícias da FAP
« Responder #991 em: Setembro 09, 2022, 08:15:14 pm »
Visitante123 pois é o ST tem cadeiras de ejecção, só por isso já deve ser o preferido dos pilotos  :mrgreen:.
 

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Re: Notícias da FAP
« Responder #992 em: Setembro 10, 2022, 12:47:30 pm »
Não sei se estás a gozar ou não. Mas se eu fosse piloto a dirigir-me para um teatro onde é quase certo ser alvejado por AAA preferia o aparelho com banco ejetável 10 vezes em 10.
 

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Re: Notícias da FAP
« Responder #993 em: Setembro 10, 2022, 01:06:49 pm »
A sobrevivência entre um helicóptero de ataque como o Apache, projectado de raíz com blindagem, redundância e crashworthiness e um avião de treino adaptado como o Super Tucano, é um debate interessante.  È verdade que o Tucano é mais rápido mas isso não tem muita importância porque o é um turboprop ("lento" por natureza quando comparado com jactos).
Para a velocidade ser um factor de protecção, para ser relevante contra misséis modernos AA, não é uma velocidade máxima de 590km/h que fará diferença.

O assento ejectável é um bom argumento mas, em todo o caso, já ficou provado inúmeras vezes em combate a excelente sobrevivência dos gunships.

É claro que também dependeria da missão, mas numa missão clássica de CAS eu preferiria estar num Apache.

 
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Re: Notícias da FAP
« Responder #994 em: Setembro 10, 2022, 02:51:26 pm »
590 KMS/h não é nem de longe nem de perto suficiente para escapar a anti-aereas. O máximo que se pode esperar é sair do limite visual do operador antes do Manpad conseguir adquirir o lock. É a única, pequena, vantagem de passar a 590kms/h em vez de 350kms/h.
 

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Lightning

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Re: Notícias da FAP
« Responder #995 em: Setembro 10, 2022, 05:00:51 pm »
Não sei se estás a gozar ou não. Mas se eu fosse piloto a dirigir-me para um teatro onde é quase certo ser alvejado por AAA preferia o aparelho com banco ejetável 10 vezes em 10.

Não estou a gozar na parte do piloto também ser um ser humano que quer safar o seu corpinho, claro.

Mas quem escolhe a compra de aeronaves não o vai fazer puramente por este factor.
« Última modificação: Setembro 10, 2022, 05:02:21 pm por Lightning »
 

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dc

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Re: Notícias da FAP
« Responder #996 em: Setembro 10, 2022, 05:43:02 pm »
DC, se os Apaches levam Hellfire o ST pode disparar os Cilit turcos desenhados para os Cobra e que deram origem aos Mam usados nos TB2. E pode transportar Mavericks e Paveway II.

Se me perguntassem se queria ir para a Ucrânia num Cobra ou num ST eu antes queria era ir a pé pois nenhum terá muita sobrevivência. Mas o ST peloenos é mais rápido e tem bancos ejetáveis o que deve de ajudar alguma coisinha (que não muito) na sobrevivência dos pilotos. A performance dos Ka52 tem que abrir os olhos de muita gente. São bons helis e resistentes mas mesmo assim caem que nem moscas.

Mas tu estás a ver a panóplia de armamento que pode levar. Eu estou a falar do armamento que pode levar de uma vez, que é o que define o poder de fogo. Se comprarmos o ST, não vais ter essas opções todas, até porque muitas delas fazem praticamente a mesma missão. Já o ST poder usar armas do Bayraktar é um bom argumento, excepto que, se (politicamente) podes comprar armas turcas para o ST, então também podes ir comprar o próprio TB2, mais o dito armamento, que é muito mais barato que o ST e ainda pode vir com a desculpa de vigilância florestal no Verão.

Na Ucrânia nada que não seja stealth tem sobrevivido, nem mesmo UAVs com RCS relativamente reduzido. Vê-se mais helicópteros a ser abatidos do que as restantes aeronaves, porque têm sido usados de forma massiva, e sempre junto ao solo. O que num país que é praticamente plano, e onde existem centenas ou mesmo milhares de MANPADS e AAA, é complicado. Nenhum país conseguiu atingir superioridade aérea. Mesmo os resistentes SU-25, tem sido usados com muita precaução de parte a parte, agora imagine-se como seria para um ST.

Na Ucrânia também não queria ir em nenhum desses dois. Mas em Portugal, onde tens diversas áreas com bastante cobertura natural, o helicóptero, seja de ataque, seja de transporte armado é muito mais adequado. Numa boa parte do terreno europeu idem. Em operações de desembarque, na retomada de alguma ilha ou operações ofensivas vindas do mar, o helicóptero (operado a partir de navios) também é o mais adequado. Operações no meio do oceano, nenhum se adequa. O ST destaca-se em África e outros TOs/missões semelhantes, e é só.

A questão central mantém-se: o ST é um excelente meio para COIN, mas deixa muito a desejar em tudo o resto. Faz sentido, e podemos dar-nos ao luxo de escolher um meio tão especializado? Ou faz mais sentido escolher algo mais versátil, e que tanto serve para as missões em África, como para as missões NATO e nacionais?
 
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Re: Notícias da FAP
« Responder #997 em: Setembro 10, 2022, 05:49:08 pm »
DC, se os Apaches levam Hellfire o ST pode disparar os Cilit turcos desenhados para os Cobra e que deram origem aos Mam usados nos TB2. E pode transportar Mavericks e Paveway II.

Se me perguntassem se queria ir para a Ucrânia num Cobra ou num ST eu antes queria era ir a pé pois nenhum terá muita sobrevivência. Mas o ST peloenos é mais rápido e tem bancos ejetáveis o que deve de ajudar alguma coisinha (que não muito) na sobrevivência dos pilotos. A performance dos Ka52 tem que abrir os olhos de muita gente. São bons helis e resistentes mas mesmo assim caem que nem moscas.

Mas tu estás a ver a panóplia de armamento que pode levar. Eu estou a falar do armamento que pode levar de uma vez, que é o que define o poder de fogo. Se comprarmos o ST, não vais ter essas opções todas, até porque muitas delas fazem praticamente a mesma missão. Já o ST poder usar armas do Bayraktar é um bom argumento, excepto que, se (politicamente) podes comprar armas turcas para o ST, então também podes ir comprar o próprio TB2, mais o dito armamento, que é muito mais barato que o ST e ainda pode vir com a desculpa de vigilância florestal no Verão.

Na Ucrânia nada que não seja stealth tem sobrevivido, nem mesmo UAVs com RCS relativamente reduzido. Vê-se mais helicópteros a ser abatidos do que as restantes aeronaves, porque têm sido usados de forma massiva, e sempre junto ao solo. O que num país que é praticamente plano, e onde existem centenas ou mesmo milhares de MANPADS e AAA, é complicado. Nenhum país conseguiu atingir superioridade aérea. Mesmo os resistentes SU-25, tem sido usados com muita precaução de parte a parte, agora imagine-se como seria para um ST.

Na Ucrânia também não queria ir em nenhum desses dois. Mas em Portugal, onde tens diversas áreas com bastante cobertura natural, o helicóptero, seja de ataque, seja de transporte armado é muito mais adequado. Numa boa parte do terreno europeu idem. Em operações de desembarque, na retomada de alguma ilha ou operações ofensivas vindas do mar, o helicóptero (operado a partir de navios) também é o mais adequado. Operações no meio do oceano, nenhum se adequa. O ST destaca-se em África e outros TOs/missões semelhantes, e é só.

A questão central mantém-se: o ST é um excelente meio para COIN, mas deixa muito a desejar em tudo o resto. Faz sentido, e podemos dar-nos ao luxo de escolher um meio tão especializado? Ou faz mais sentido escolher algo mais versátil, e que tanto serve para as missões em África, como para as missões NATO e nacionais?

dc, excelente intervenção !
É mesmo isso...Nas reuniões de planeamento dos ramos, esse foi um dos pontos focados, plataformas como o AH-60, AH-1Z são bastante mais versáteis, permitindo o seu uso em missões NATO, voo desde navios logísticos, etc..
O ST não ! Mas...É Embraer.... CPS
 
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Re: Notícias da FAP
« Responder #998 em: Setembro 10, 2022, 06:28:06 pm »

dc, excelente intervenção !
É mesmo isso...Nas reuniões de planeamento dos ramos, esse foi um dos pontos focados, plataformas como o AH-60, AH-1Z são bastante mais versáteis, permitindo o seu uso em missões NATO, voo desde navios logísticos, etc..
O ST não ! Mas...É Embraer.... CPS

É necessário separar aí os dois helis propostos. O AH60 é mais versátil que o ST porque pode evacuar tropas e civis e pode fazê-lo de plataformas marítimas. O AH-1Z não é mais versátil. Simplesmente não é. E convém de uma vez por todas separar estes conceitos.
 

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Re: Notícias da FAP
« Responder #999 em: Setembro 10, 2022, 06:30:40 pm »
Esqueci-me de uma coisa.

DC o negócio dos ST era de 40M€ e não 200. Para 12 aparelhos e já incluía manutenção. Houve várias fontes que pareciam confirmar essa info nas páginas anteriores do FD.
 

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Re: Notícias da FAP
« Responder #1000 em: Setembro 11, 2022, 02:41:34 am »
AH-60? Acho que tal “modelo”, ou designação, nunca existiu.
Talent de ne rien faire
 

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Re: Notícias da FAP
« Responder #1001 em: Setembro 11, 2022, 11:18:21 am »
São conceitos diferentes claro, no entanto como é óbvio o AH-60, poderia realizar as missões ONU, levando somente um tipo de meio para a frente...Já em missões NATO o AH-1Z faria mais sentido, com maior probabilidade de sobrevivência.
Cps,
 

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Pescador

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Re: Notícias da FAP
« Responder #1002 em: Setembro 11, 2022, 11:24:46 am »
AH-60? Acho que tal “modelo”, ou designação, nunca existiu.




https://www.pfeifermachinery.com/pt/caterpillar-ah60-08848

Estes AH60 para levar nos novos cargueiros 3ª série da Marinha em vez de helicópteros

Foi engano na letra, a referencia é aos UH. Com tanta sigla já se mistura o alfabeto  ;)

Mas existem com letra A e outras antes do H nos Sikorsky. AH, HH, MH
No infinito bate certo  ;D
« Última modificação: Setembro 11, 2022, 11:30:50 am por Pescador »
 

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dc

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Re: Notícias da FAP
« Responder #1003 em: Setembro 11, 2022, 12:43:22 pm »
AH-60? Acho que tal “modelo”, ou designação, nunca existiu.

Existe a versão AH60L Arpía III da Colômbia, feita, ironicamente, para COIN. Também foi proposto à Austrália a versão AH-60L Battlehawk.

Mas efectivamente, o nome do helicóptero é irrelevante, desde que fosse equipado como este:
https://www.lockheedmartin.com/en-us/products/armed-black-hawk-helicopter.html

Esqueci-me de uma coisa.

DC o negócio dos ST era de 40M€ e não 200. Para 12 aparelhos e já incluía manutenção. Houve várias fontes que pareciam confirmar essa info nas páginas anteriores do FD.

É um excelente valor, mas gera muitas dúvidas. Desde logo em que estado estarão os aparelhos, se são totalmente equipados, quantos anos estão incluídos na manutenção? Depois, o lobby Embraer ganha mais se vender aparelhos novos, do que uma dúzia de usados que podem ser vendidos a países como o Uruguai.

E serão estes?
https://www.cavok.com.br/uruguai-informa-negociacoes-com-brasil-para-compra-de-12-aeronaves-super-tucano

De notar no fim, que foram oferecidos à Ucrânia, e pelos vistos nem eles os quiseram. Se calhar porque são muito bons para a guerra convencional.  :mrgreen:

É necessário separar aí os dois helis propostos. O AH60 é mais versátil que o ST porque pode evacuar tropas e civis e pode fazê-lo de plataformas marítimas. O AH-1Z não é mais versátil. Simplesmente não é. E convém de uma vez por todas separar estes conceitos.

Sim, devemos separar.
Então o ST faz:
-treino básico e avançado
-COIN e outras missões em TOs de baixa intensidade, a partir de locais com algum tipo de pista
-ISR, apesar de UAVs serem mais baratos para a função

AH-1, AH-64, Tiger fazem:
-COIN e outras missões em TOs de baixa intensidade, a partir de praticamente qualquer local e de navios
-combater em ambientes de média e alta intensidade, desde que a área o permita (cobertura)
-escoltar os Merlin ou outro helicóptero, a operar a partir de navios, em missões de evacuação de civis nacionais em zonas de conflito de baixa intensidade/guerra civil
-apoiar o desembarque de forças anfíbias
-combater pirataria/terrorismo no mar, novamente a partir do navio, caso a ameaça justifique mais poder de fogo
-contribuir para a defesa dos arquipélagos, conferindo grande poder de fogo por via aérea, sem depender do uso de pistas (alvos primários para quem queira lá desembarcar)
-contribuir para o reforço das fileiras da NATO, à semelhança do que aconteceria com os Leopard
-num caso remoto da defesa territorial, hélis são mais adequados para o tipo de terreno que temos

Esqueci-me de alguma coisa?

Dá para perceber que o ST não é tão versátil assim, sendo excelente numa função (COIN), mas não o sendo como treinador avançado nem ISR, nem servindo de muito noutros tipos de conflito.

E convém não misturar as coisas, não é UH-60 ou ST ou helicóptero de ataque. A ideia é, UH-60 (ou héli equivalente) + um dos outros dois*. A alternativa, é riscar os outros dois, e reforçar o número do preferido UH-60, dos tais 5/6 para uns 12/15, e equipá-los como deve ser, como o do link da LM. O treino então ficar encarregue de uma dezena/dúzia de PC-21, e se ainda se achar necessário, M-346 ou M-345 (a ser necessário complementar os PC-21 com uma aeronave a jacto, então seria igual com o ST), enquanto ISR pode ficar entregue a UAV/UCAV.

*A terceira alternativa seria o AC-295, mas do qual pouco se fala.
 
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Re: Notícias da FAP
« Responder #1004 em: Setembro 11, 2022, 01:12:18 pm »
De notar no fim, que foram oferecidos à Ucrânia, e pelos vistos nem eles os quiseram. Se calhar porque são muito bons para a guerra convencional.

Nós queremos para o "Corpo Expedicionário"
Enfim

Já os AC295 podia ser bem pensado, tendo até em conta a logística já existente
 
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