O Vigile é um sistema ESM destinado a detectar, passivamente, sinais electromagnéticos, em todas as bandas rádio — desde radar a sinais de telemóveis, passando por todas as ondas utilizadas na transmissão de sinais TV e rádio comerciais. Independentemente da origem dos sinais ser electrónica ou analógica, desde que gerem ondas rádio, o Vigile vai detectá-las. Parece que é melhor que a maioria dos sistemas ESM equivalentes por ser facilmente programável.
No entanto, não substitui um radar de busca de elevada resolução, especialmente na delicada tarefa de detecção de objectos que não emitem radiação rádio, como no caso de mísseis anti-navio que utilizem sensores ópticos para identificação de alvos.
Quanto a comparar tecnologia de radar com 30 anos, como a que se encontra no Goalkeeper, com radares AESA, é um exercício interessante, tal como é interessante discutir os cenários de “alta intensidade” em que estas fragatas podem participar até 2035, dotadas com os actuais sistemas e sem sinais de que o armamento previsto irá ser adquirido a curto prazo. A maior vantagem introduzida pelo Vigile D, nestes cenários, é que os nossos marinheiros vão ser capazes de detectar uma ameaça a grande distância e efectuar as devidas manobras tácticas para lidar com a situação (fugir dali para fora). Desde que a motorização coxa das fragatas colabore até é possível que funcione.