Ainda que seja verdade que a cobertura mediatica é exagerada, a verdade é que, num país onde não acontece quase nada, um funeral é um espectáculo que não se pode perder.
Os portugueses adoram funerais e isso não é de agora.
Para lá disso, parece que há uma vertente que a própria comunicação social esquece.
Assim, em termos de protocolo de estado relativo às relações internacionais:
Os países determinam luto nacional conforme estão mais ou menos relacionados com o país da pessoa que morre.
Em outros casos, há razões políticas e históricas, e em Portugal há também um diazinho a mais ou a menos que pode ser dado pelo chefe do governo.
Há aqui um factor que parece que os jornalistas esqueceram e que todos os oportunistas, também parecem ter esquecido.
A morte de um Chefe de Estado não é a mesma coisa que a morte de uma pessoa que JÁ FOI chefe de estado.
Assim, numa monarquia constitucional, a morte do monarca é sempre a morte da mais alta figura do país, que não só morreu, como morreu no exercício do seu cargo.
Há listas na internet com os dias de luto nacional todos trocados e com falhas em todo o lado. Isto é manipulação para levar a que o Zé acredite em tudo.
Portugal decretou três dias de luto nacional quando morreu um chefe de estado, como ...
O chanceler Hitler
O imperador do Japão
O presidente americano J.F. Kennedy (e o Salazar detestava o Kennedy)
O Caudillo de Espanha Francisco Franco, em 1975 (já o Pinheiro de Azevedo era primeiro ministro)
A morte de um chefe de estado estrangeiro, passa (ao contrário das outras) pelo ministério dos negócios estrangeiros, onde o ministro tem a sua palavra a dizer.
Mas nesta javardela pegada dos teoricos da conspiração, terraplanistas e quetáis, isto é um escandalo porque uma gaja, que ninguém consegue identificar numa fotografia, chamada Paula Rego, só teve um dia de luto nacional e a rainha de Inglaterra, que todos os portugueses reconhecem, foi homenageada com três ...
Está tudo louco, mas o problema não são só os governantes, somos nós os governados que nos deixamos guiar como patinhos ... e é tão fácil enganar o maralhal...