Programa de substituição do C-130

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #630 em: Fevereiro 12, 2017, 05:16:15 pm »
Eu acho que o que importa ao PS, ou a qualquer governo português, é quem é que mete dinheiro em Portugal, é a Airbus, é a Lockheed, é a Embraer?

Somos amigos de toda a gente principalmente dos que meterem cá dinheirinho...
Bem, a Lockheed Martin é a única "de fora" que mete dinheiro cá - e mesmo assim é dinheiro das contrapartidas. Tudo o resto é fundos comunitários e mais contrapartidas (contratado dos C-295M) no caso da Airbus.

A verdade é que somos amigos de quem mete cá dinheiro no bolso dos políticas e das elites.

Major Alverga, concordo plenamente, embora seja mais no primeiro parágrafo do seu seu primeiro post. A nossa imprensa é mais uma agência de marketing para alguns do que propriamente um meio de comunicação.

A ver se a questão "do combate aéreo aos incêndios" não pesa na decisão...  8)
Essa do combate aos incêndios é mais uma feature que os vendedores de banha da cobra foram buscar à pressa. E se percorrerem as notícias e vídeos onde começou a surgir isso facilmente vêm como foram só buscar isso para justificar a compra Z.

Na hora da aquisição é algo que nem vai ser incluído no contrato; seja em termos de compra do material necessário ou de FFBNW. Entretanto, o C-130H/J é o único com um sistema certificado e em utilização por vários países para o combate aos incêndios. Mais recentemente foram os tailandeses a adquirir essa capacidade.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Lightning

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #631 em: Fevereiro 12, 2017, 07:07:04 pm »
Bem, a Lockheed Martin é a única "de fora" que mete dinheiro cá - e mesmo assim é dinheiro das contrapartidas. Tudo o resto é fundos comunitários e mais contrapartidas (contratado dos C-295M) no caso da Airbus.

Mas sabe investimentos em concreto? São contrapartida porque compra? É que recentemente não lhes compramos nada, ainda é coisas do tempo dos F-16?

A Airbus sei que teve parte da OGMA mas depois vendeu tudo à Embraer, e esta ainda foi construir as fábricas de Évora. Major Alvega eu não sabia que o CEO da AirbusMilitary mandava na UE, porque é que não lhe pergunta quantos A400M tem a Itália, a Holanda, os países nórdicos e de leste, para mim ele pode dizer o que quiser, ele é um vendedor que quer vender o seu produto, mas não temos que acreditar nas historinhas todas, e ainda menos de cair nelas. O A400m tem um grande defeito que é o preço, mas se vier com desconto 50% em cartão continente, podíamos comprar uns helicópteros com esse valor :D, ai já posso olhar melhor para esse aparelho.

MajorAlvega quando diz que já podemos ir fazer asneiras à vontade está a referir-se a comprar o A400M certo?

Citar
A verdade é que somos amigos de quem mete cá dinheiro no bolso dos políticas e das elites.

Também é verdade, politicamente parece-me que os Brasileiros são os que estão primeiro (se calhar já começaram a meter dinheiro no sitio certo), eles são latinos :P e são os que mais precisam de uma venda ao exterior, os Americanos ultimamente não tem feito nada por nós (ex: Lajes) por isso ou se mexem ou não vão ter tratamento preferencial.

Militarmente, a FAP deve exigir as características do C-130, logo a não ser que diga que a aeronave tem que ser turbo-prop, o KC390 parece-me que cumpre, depois é assuntos que fogem da esfera militar como o preço, etc.
« Última modificação: Fevereiro 12, 2017, 11:39:51 pm por Lightning »
 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #632 em: Fevereiro 12, 2017, 09:33:30 pm »
Mas sabe investimentos em concreto? São contrapartida porque compra? É que recentemente não lhes compramos nada, ainda é coisas do tempo dos F-16?
Sim, estou a me referir às contrapartidas dos F-16 e das modernizações dos F-16 e P-3.

A Airbus sei que teve parte da OGMA mas depois vendeu tudo à Embraer, e esta ainda foi construir as fábricas de Évora.
Foi construir fábricas com ajudas do Estado e fundos comunitários.

Entretanto, temos empresas portuguesas que são subcontratadas por estas três empresas para tudo e mais alguma coisa.

Também é verdade, politicamente parece-me que os Brasileiros são os que estão primeiro (se calhar já começaram a meter dinheiro no sitio certo), eles são latinos :P e são os que mais precisam de uma venda ao exterior, os Americanos ultimamente não tem feito nada por nós (ex: Lajes) por isso ou se mexem ou não vão ter tratamento preferencial.
Basta ver as negociatas nos últimos anos que envolveram a nossa classe política e o Brasil.

Acho que nesta nova era das forças armadas, a FAP deverá apresentar as suas necessidades conforme as necessidades políticas.

Cumprimentos,
« Última modificação: Fevereiro 12, 2017, 09:36:21 pm por Get_It »
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #633 em: Fevereiro 12, 2017, 10:13:58 pm »
Entretanto o "tal" C130J teve um 2016...hum, interessante... ::) ;D

https://www.zacks.com/stock/news/211583/lockheed-receives-153b-c130j-super-hercules-contract
Citar
Prime defense contractor Lockheed Martin Corp. (LMT - Free Report)   has nabbed a major U.S. Air Force contract for C-130J military transport aircraft. The Pentagon awarded the contractor with the $1.53 billion deal, to procure titanium and other long-lead materials required to build 28 C-130J military transport aircraft.

The latest modification contract is part of a $5.3 billion multi-year contract for 78 C-130J Super Hercules that was awarded to Lockheed Martin last December. However, the latest modification contract would fund 28 C-130Js models comprising 14 typical C-130J, 8 MC-130J special operation variants, and 5 search-and-rescue HC-130J variants.

The contract will run through July 31, 2019 and be funded by the fiscal 2016 defense budget.

The latest model in Lockheed Martin’s Hercules family – C-130J Super Hercules – is a four-engine turboprop military transport aircraft. The Hercules family has the longest continuous production run of military aircraft in history. C-130J's crew includes two pilots and one loadmaster (no navigator or flight engineer is required).

The J-model is almost similar to the classic Hercules in terms of general appearance. However, it uses updated technology like the new Rolls-Royce AE 2100 D3 turboprops with Dowty R391 composite scimitar propellers, digital avionics and needs reduced crew. These improvements boosted its performance over its C-130E/H predecessors with 40% greater range, 21% higher maximum speed and 41% shorter take-off distance.

Recently, Lockheed Martin has won a modification contract, worth $106 million, from the U.S. Air Force for the C-130J multi-year production aircraft. The contract will provide procurement funding for long-lead efforts related to 11 fiscal 2017 C-130J aircraft in the following configuration: 2 C-130J-30, 3 HC-130J, 5 MC-130J and 1 KC-130J.

Lockheed Martin is the largest U.S. defense contractor with a platform-centric focus that guarantees a steady inflow of follow-on orders from its leveraged presence in the U.S. Army, Air Force, Navy and IT programs.

In fact, the company holds significant potential given the positive budget revision for fiscal 2016 and fiscal 2017. The fiscal 2016 budget reflects an annual increase of approximately $25 billion. This is also the first increase in the annual DoD budget since 2012. Importantly, the budget represents a double-digit annual percentage increase in investment accounts to fund new equipment procurement and research and development activities.


http://www.janes.com/article/63142/lockheed-martin-awarded-usd10-billion-for-future-c-130j-production
Citar
Lockheed Martin has been awarded USD10 billion to support all remaining C-130J Hercules production through to 18 August 2026.

The indefinite delivery/indefinite quantity (IDIQ) contract, which was announced by the US Department of Defense (DoD) on 19 August, covers both domestic and Foreign Military Sales (FMS) production of the four-engined airlifter at the company's Marietta facility in Georgia.

The DoD noted that C-130Js associated with fiscal years (FY) 2014, 2015 and 2016, including those acquired through the multi-year (MY) 2 deal, have received funding as part of this larger IDIQ contract. As explained by the US General Services Administration (GSA), "Indefinite delivery, indefinite quantity contracts provide for an indefinite quantity of services for a fixed time. They are used when GSA can't determine, above a specified minimum, the precise quantities of supplies or services that the government will require during the contract period. IDIQs help streamline the contract process and speed service delivery."

While no aircraft numbers were disclosed, a Justification and Approval (J&A) notice issued by the DoD the following day stated that an estimated 100 C-130Js for the US and FMS customers will be covered.

Production of the C-130 began in the early 1950s, with deliveries of the latest-generation C-130J beginning in 1998. The first multi-year contract for 60 US Air Force (USAF) and US Marine Corps (USMC) C/KC-130Js was announced in 2003 and ran through to 2008. On 30 December 2015, the US government announced its MY 2 contract for 78 USAF and USMC C/KC-130Js to run from 2016 to 2020.

Nations that currently operate the C-130J comprise; Australia (Royal Australian Air Force), Canada (Royal Canadian Air Force), Denmark (Royal Danish Air Force), India (Indian Air Force), Iraq (Iraqi Air Force), Israel (Israeli Air Force), Italy (Italian Air Force), Korea (Republic of Korea Air Force), Kuwait (Kuwaiti Air Force), Norway (Royal Norwegian Air Force), Oman (Royal Flight of Oman and the Royal Air Force of Oman), Qatar (Qatari Air Force), Tunisia (Tunisian Air Force), the United Kingdom (Royal Air Force), and the United States (USAF, including active duty, Air National Guard and Air Force Reserve Command; US Coast Guard; and USMC).

Citar
A formation of US Air Force C-130Js fly towards a drop zone in North Carolina in 2013. Lockheed Martin has been awarded USD10 billion to cover production through to 2026. Source: US Air Force

E continua... https://thaimilitaryandasianregion.wordpress.com/2016/12/05/france-buys-2-c-130j-30/
Citar
France buys 2 C-130J-30
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Lockheed Martin to produce C-130J-30 aircraft for France

By Ryan Maass   |   Dec. 2, 2016 at 8:52 AM

WASHINGTON, Dec. 2 (UPI) — Lockheed Martin has received a $133.4 million contract modification to produce two U.S. government-configured C-130J-30 aircraft for France.

Work on the contract will be performed at Marietta, Ga. U.S. government officials expect the work to be done by Aug. 30, 2020. The Air Force Life Cycle Management Center at Wright-Patterson Air Force Base, Ohio, is listed as the contracting activity.

All funding for the project supports the U.S. government’s foreign military sale to France.

The C-130J-30, also known as the Super Hercules, is a stretched-out version of the C-130J military transport plane. The larger model adds 15 feet to the fuselage and increases usable space, making more room for cargo.


Saudações e:

 
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 

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Lightning

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #634 em: Fevereiro 12, 2017, 11:46:44 pm »
Entretanto, temos empresas portuguesas que são subcontratadas por estas três empresas para tudo e mais alguma coisa.

Então acha que as 3 estão em pé de igualdade em relação a investimentos em Portugal?

Eu por acaso acho o KC390 um projecto muito interessante, mas do ponto de vista da Força Aérea deve ser um tiro no escuro, é de certeza uma aposta muito mais segura o C-130J, um avião cheio de provas dadas, que a FAP utiliza na versão H, com centenas construídos e em várias versões, o A400M admito que para mim já perdeu o "brilho", cheio de atrasos e problemas, além de acreditar que é um avião demasiado grande para as necessidades do dia-a-dia das FA, e o seu preço superior fará termos que reduzir o numero de aeronaves na esquadra.
 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #635 em: Fevereiro 13, 2017, 12:01:04 am »
Bem, a Lockheed Martin é a única "de fora" que mete dinheiro cá - e mesmo assim é dinheiro das contrapartidas. Tudo o resto é fundos comunitários e mais contrapartidas (contratado dos C-295M) no caso da Airbus.

Mas sabe investimentos em concreto? São contrapartida porque compra? É que recentemente não lhes compramos nada, ainda é coisas do tempo dos F-16?

A Airbus sei que teve parte da OGMA mas depois vendeu tudo à Embraer, e esta ainda foi construir as fábricas de Évora. Major Alvega eu não sabia que o CEO da AirbusMilitary mandava na UE, porque é que não lhe pergunta quantos A400M tem a Itália, a Holanda, os países nórdicos e de leste, para mim ele pode dizer o que quiser, ele é um vendedor que quer vender o seu produto, mas não temos que acreditar nas historinhas todas, e ainda menos de cair nelas. O A400m tem um grande defeito que é o preço, mas se vier com desconto 50% em cartão continente, podíamos comprar uns helicópteros com esse valor :D, ai já posso olhar melhor para esse aparelho.

MajorAlvega quando diz que já podemos ir fazer asneiras à vontade está a referir-se a comprar o A400M certo?

Citar
A verdade é que somos amigos de quem mete cá dinheiro no bolso dos políticas e das elites.

Também é verdade, politicamente parece-me que os Brasileiros são os que estão primeiro (se calhar já começaram a meter dinheiro no sitio certo), eles são latinos :P e são os que mais precisam de uma venda ao exterior, os Americanos ultimamente não tem feito nada por nós (ex: Lajes) por isso ou se mexem ou não vão ter tratamento preferencial.

Militarmente, a FAP deve exigir as características do C-130, logo a não ser que diga que a aeronave tem que ser turbo-prop, o KC390 parece-me que cumpre, depois é assuntos que fogem da esfera militar como o preço, etc.

"MajorAlvega quando diz que já podemos ir fazer asneiras à vontade está a referir-se a comprar o A400M certo?"
- Você percebeu muito bem o que eu escrevi, por isso não é necessário responder à sua ironia.

"A Airbus sei que teve parte da OGMA mas depois vendeu tudo à Embraer, e esta ainda foi construir as fábricas de Évora. Major Alvega eu não sabia que o CEO da AirbusMilitary mandava na UE, porque é que não lhe pergunta quantos A400M tem a Itália, a Holanda, os países nórdicos e de leste, para mim ele pode dizer o que quiser, ele é um vendedor que quer vender o seu produto, mas não temos que acreditar nas historinhas todas, e ainda menos de cair nelas."

- O CEO da Airbus Military não manda na UE (é inteiramente verdade) mas o conglomerado Airbus tem a influência mais que suficiente para fazer uns contactos em Bruxelas, Berlim e Estrasburgo etc. E depois ligarem para Lisboa a darem a "ordem". Ou não sabia que estas coisas se resolviam assim?
 Na altura que a Itália, Dinamarca e Noruega tomaram a decisão pelo C-130J, o A400M ainda estava muito longe de fazer o 1º vôo e de estar disponível. E não havia o problema que existe hoje de haver A400M ás "pallettes" sem cliente final, devido haver uma redução drástica na carteira de encomendas de alguns países. E essas aeronaves vão ter de ser construidas na mesma.
E não se preocupe com o preço, porque não é esse o problema. Se for preciso Bruxelas autoriza a fazer um expediente contabilistico para resolver o sarilho dos A400M para não afectar o déficit. Não sei se fui claro consigo e olhe que não estou a falar de cor.

 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #636 em: Fevereiro 13, 2017, 12:41:04 am »
Então acha{s} que as 3 estão em pé de igualdade em relação a investimentos em Portugal?
Se formos ver bem ao microscópio, não. Umas receberam mais apoios comunitários e estatais que outras, umas tiveram um papel mais estratégico para expandir a indústria nacional lá fora, umas contribuíram mais para o desenvolvimento tecnológico e outras têm contratado mais serviços de empresas nacionais.

Mas como podemos ver nos últimos tempos isto dos investimentos na verdade não interessa. O que interessa é quem grita mais alto e quem consegue mais endorsements (*wink*wink*).

A400M admito que para mim já perdeu o "brilho", cheio de atrasos e problemas,
Muitos problemas do A400M advém da sua natureza multi-nação e multi-europeia e de muita politiquice entre aqueles gajos todos. Também foi uma aeronave para o qual se desenvolveu muita coisa de raiz. Depois o C-130J já tem muitas provas dadas e um programa de desenvolvimento com décadas e mais décadas, e os restantes utilizam tecnologia que hoje é off-the-shelf e que até tinha sido desenvolvida para o A400M (aqui precisava de colocar o smiley em que ele bate na própria cabeça com uma marreta). Alguns sistemas que a Cobham anda a comercializar foram desenvolvidos com o financiamento de contratos da Airbus.

além de acreditar que é um avião demasiado grande para as necessidades do dia-a-dia das FA,
Mas por outro lado traria maior capacidade para a FAP e hoje também já temos os C-295M que conseguem fazer missões que até há uns anos atrás apenas os C-130H podiam fazer.

e o seu preço superior fará termos que reduzir o numero de aeronaves na esquadra.
Acho que nesse ponto existem certas manobras que podem ser feitas. Desde aproveitar que a Alemanha e Espanha querem vender algumas das suas encomendas; a participar numa pool europeia que seria pool apenas em nome e onde ficássemos à mesma com as aeronaves para o que nos apetecesse; a obter financiamento da UE para ajudar a cobrir os custos; até comprar as primeiras unidades aos espanhóis e alemães com pouquíssimas horas de voo como aeronaves sem segunda-mão, ficando eles com as restantes encomendas que queriam vender.

Quanto às influências, isso tem muito que se diga, e tem muito que se pode analisar relativamente a geopolítica, posição estratégica e vantagens financeiras. Mas eu pessoalmente não sou da opinião que Bruxelas tenha uma influência absoluta nesta matéria. Quer porque não dão grande importância cá ao burgo ou porque têm outros trunfos na manga ao qual a Airbus poderia recorrer. E não nos vamos esquecer que a Airbus e os franceses em geral têm feito grandes negócios no Brasil. Se já na altura da venda do Rafale falavam na aquisição do 390 para suplementar o A400M e substituir os C-130 na Força Aérea Francesa então talvez também não se iriam importar muita de abrir mão do mercado português para não arranjarem chatices.

Cumprimentos,
« Última modificação: Fevereiro 13, 2017, 12:49:43 am por Get_It »
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #637 em: Fevereiro 13, 2017, 01:21:29 am »
Vocês vão descobrir que o KC-390 é o melhor avião de transporte para a FAP quando receberam uma ligação telefônica de Berlim, se já não receberam!

O legal é ler alguns histriônicos megalomaníacos falando em A400M... parece piada, né? e é mesmo.

 

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diogo13350

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #638 em: Fevereiro 13, 2017, 07:31:02 am »
Vocês vão descobrir que o KC-390 é o melhor avião de transporte para a FAP quando receberam uma ligação telefônica de Berlim, se já não receberam!

O legal é ler alguns histriônicos megalomaníacos falando em A400M... parece piada, né? e é mesmo.

O KC 390 é o melhor, quem disse ?? Acho que não precisamos da opinião de um "expert"nesta matéria.
 

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Lightning

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #639 em: Fevereiro 13, 2017, 08:52:03 am »
Se for preciso Bruxelas autoriza a fazer um expediente contabilistico para resolver o sarilho dos A400M para não afectar o déficit. Não sei se fui claro consigo e olhe que não estou a falar de cor.

Certo, é algo possível de acontecer. Vamos ver.
 

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #640 em: Fevereiro 13, 2017, 09:29:47 am »
Mas como podemos ver nos últimos tempos isto dos investimentos na verdade não interessa. O que interessa é quem grita mais alto e quem consegue mais endorsements (*wink*wink*).

Pois é, isto é aquilo que não é preciso ser (o que mais investe), basta parecer (que se é), e "aparecer" na tv muitas vezes. É o mundo Big Brother e televisivo em que vivemos.

Citar
Mas por outro lado traria maior capacidade para a FAP e hoje também já temos os C-295M que conseguem fazer missões que até há uns anos atrás apenas os C-130H podiam fazer.

Pois é, mas num futuro com 12 C-295 e 3 A400M, estou a ver é a FAP passar de destacamentos de C-130 para C-295 (que já acontecem) e passam a ser regra e não de A400M, pois são poucos e ficam mais como transporte estratégico.

Citar
Acho que nesse ponto existem certas manobras que podem ser feitas. Desde aproveitar que a Alemanha e Espanha querem vender algumas das suas encomendas; a participar numa pool europeia que seria pool apenas em nome e onde ficássemos à mesma com as aeronaves para o que nos apetecesse; a obter financiamento da UE para ajudar a cobrir os custos; até comprar as primeiras unidades aos espanhóis e alemães com pouquíssimas horas de voo como aeronaves sem segunda-mão, ficando eles com as restantes encomendas que queriam vender.

Isso é a hipótese que o MajorAlvega referiu ;D, vamos ver.

Citar
Quanto às influências, isso tem muito que se diga, e tem muito que se pode analisar relativamente a geopolítica, posição estratégica e vantagens financeiras. Mas eu pessoalmente não sou da opinião que Bruxelas tenha uma influência absoluta nesta matéria. Quer porque não dão grande importância cá ao burgo ou porque têm outros trunfos na manga ao qual a Airbus poderia recorrer. E não nos vamos esquecer que a Airbus e os franceses em geral têm feito grandes negócios no Brasil. Se já na altura da venda do Rafale falavam na aquisição do 390 para suplementar o A400M e substituir os C-130 na Força Aérea Francesa então talvez também não se iriam importar muita de abrir mão do mercado português para não arranjarem chatices.

Anda ai um post que a França encomendou alguns C-130J, mas se também quiserem comprar KC390 isso é com eles. Claro que para a Airbus é mais importante o Brasil do que Portugal, é outra dimensão, e entramos na geopolítica, ninguém quer ficar a perder, se eles tiverem que fazer essa escolha, claro que 3 A400M perde na balança contra dezenas de aviões comerciais, helicópteros, etc, que eles podem vender ao Brasil, mas se a Airbus puder vender a ambos Brasil e Portugal, então vai vender. Acho que quem está mais interessado em despachar A400M nem é a Airbus propriamente dita, eu acho que é a Alemanha e Espanha, pois a Airbus vai construir esses aviões e a Alemanha e Espanha vão ter que os pagar à Airbus, se depois os conseguem vender a terceiros, isso já pouco afecta a Airbus, mas se a Airbus a pedido da Alemanha e Espanha puder fazer alguma força nisso, deve fazer, sempre ganham mais um cliente na logística.

Uma outra hipótese que me surgiu, comprávamos o avião de dimensão que me parece mais acertada C-130J/KC-390, mas quando tivéssemos grandes quantidades de material para movimentar, como recentemente material dos Comandos para a Republica Centro-Africana, em vez de alugarmos aviões Antonov passávamos a alugar A400M à força europeia ;D. Claro que são precisos 4 voos de A400M (37t) para transportar a tonelagem de um voo de An-124 (150t), não sei se compensaria.
« Última modificação: Fevereiro 13, 2017, 09:34:16 am por Lightning »
 
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #641 em: Fevereiro 13, 2017, 11:08:51 am »
Mesmo com problemas no A400, A350 e Super Puma a Airbus teve lucro no primeiro semestre de 2016...  ;)

Citar
7 July 2016, ©. Leeham Co: Airbus Group presented its first half year results today, posting strong results in the face of delivery troubles with the A320neo and A350; and more charges on the ailing A400M. It has been a troubled start to 2016 with deliveries in key programs (A320, A350, A400M, Super Puma H225) being far behind targets. In total only the space segment is going well in Airbus Group at the moment.
The key commercial aircraft segment is still enjoying a vast backlog (6,700 aircraft) and sales which point to a book to bill of one for the year. But deliveries are not going well. Twenty A320neo “gliders” are just now getting their first engines and the A350 delivery problems are dragging on.
On top of that, the A400M program has hit new problems in the engine area where the propeller gearbox needs a redesign. An interim fix is needed to keep customers flying.
Airbus helicopter side has also hit trouble. The large Super Puma H225 helicopter suffered a fatal off-shore area crash in April and is still grounded as the investigation to what broke in the helicopter is taking time.
The financial results for the Airbus Group for the first half of 2016 (1H 2015) were revenue €28.8b (€28.9b) with net profit €1.8b (€1.5b). These figures includes €1.9b in write offs (A400m €1b, A350 €0.4, Currency €0.5b) and €2.1b in capital gain one offs (Launchers JV valuation €1.1b, Dassault shares €0.9b, Divestitures €0.1b). This means that one time effects kept the result up for 1H 2016 but these will not be there the next quarters should the troubles continue. Airbus Group maintains 2016 guidance for Revenue, EBIT and Free Cash Flow.
Here the details of the Airbus Group divisions results for first half 2016:

https://leehamnews.com/2016/07/27/airbus-group-1h2016-results-trouble-key-programs/


Já agora, os Alemães também piscam o olho ao C130J.  ;) http://airheadsfly.com/2016/10/04/germany-fed-up-with-a400m-looks-at-c-130j-hercules/
Citar
GERMANY FED UP WITH A400M, SET TO BUY C-130 WITH FRANCE
2016/10/04 AIRHEADS/EH
Germany is set to buy and operate four to six Lockheed Martin C-130J Super Hercules transport aircraft in a joint effort with France, German reports say on Tuesday 4 October. Berlin with such a move clearly shows it doesn’t have much faith in the Airbus A400M, which is now being delivered to the German Luftwaffe at a painfully slow rate while also showing shortcomings for which Berlin seeks compensation.

The Hercules aircraft are to be delivered in 2021 and based in France, according to sources. They would be fitted especially for special operations and be able to operate from unpaved runways.

Signal
If anything, the purchase is a clear signal to Airbus that the Germans are fed up with the A400M. Germany has 53 of the type on order but only saw delivery of a handful of aircraft as a result of production delays and operational limitations. Berlin now apparently think the A400M will never be the ‘tactical’ airlifter it thought it ordered.

France already ordered four C-130J Super Hercules aircraft earlier, while Germany was known before to also look at other options apart from the A400M. A joint purchase of new C-130s was never on the cards, however. The German-Franco aircraft will likely be stationed at Orleans airbase in France, home to the existing French Hercules fleet.



Cumprimentos
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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Lightning

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #642 em: Fevereiro 13, 2017, 12:13:05 pm »
Mesmo com problemas no A400, A350 e Super Puma a Airbus teve lucro no primeiro semestre de 2016...  ;)

Já agora, os Alemães também piscam o olho ao C130J.  ;)

Isso confirma o que eu disse, a Airbus está bem, os países que compraram o A400M é que não.
 

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Charlie Jaguar

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #643 em: Fevereiro 13, 2017, 12:59:10 pm »
Convém não esquecer que, nestes tempos "trumpistas" em que vivemos, antes da Embraer lá estar já a Lockheed tinha um centro de manutenção de referência em Alverca, abrangendo aparelhos como o C-130 Hercules, P-3 Orion e recentemente F-16 Fighting Falcon. Se o lobby brasileiro é grande, o da Lockheed Martin é bem, bem maior.  ;)

Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
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Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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Burro

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #644 em: Fevereiro 13, 2017, 03:34:45 pm »
Convém não esquecer que, nestes tempos "trumpistas" em que vivemos, antes da Embraer lá estar já a Lockheed tinha um centro de manutenção de referência em Alverca, abrangendo aparelhos como o C-130 Hercules, P-3 Orion e recentemente F-16 Fighting Falcon. Se o lobby brasileiro é grande, o da Lockheed Martin é bem, bem maior.  ;)

Meu amigo, fazer manutenção em C130, F16 e P-3 até Equador, Bolívia e Venezuela o fazem.

Me diga o que vocês fabricavam e ou exportavam (jactam-se agora por serem "exportadores") antes da chegada dos brasileiros em Portugal?

E você não deixa de ter sua razão, é por conta do trumpismo, que a Embraer deverá levar a linha de produção do KC-390 para os Estados Unidos... "Make in América"..