Programa de substituição do C-130

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Lightning

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #510 em: Julho 13, 2016, 11:55:47 am »
O Correio da Manhã refere avaria no motor como causadora do acidente...

Também já vi esse artigo, diz mais ou menos o seguinte, avaria do motor que levou a aterragem de emergência, durante a aterragem de emergência o avião caiu numa vala (depois da pista, ao lado, não sei) e esse embate causou danos estruturais que levaram a fuga de combustivel, como o motor estava muito quente de estar a trabalhar, o combustivel inflamou.

É o Correio da Manhã, vale o que vale, mais nenhum jornal que tenha visto hoje fala nisso.
 

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Charlie Jaguar

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #511 em: Julho 13, 2016, 12:17:42 pm »
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Inquérito às causas do acidente do avião C-130 sem prazo regulamentar

O inquérito conduzido pela Comissão Central de Investigação da Força Aérea às causas do acidente sofrido pelo C-130 que causou três mortos não tem prazo mas o ramo espera que termine o mais rapidamente possível.

O inquérito, aberto de imediato, é conduzido pela Comissão Central de Investigação da FA, um órgão na dependência da Inspeção-Geral do ramo, e não tem um prazo regulamentar para terminar os trabalhos, disse à Lusa o porta-voz do ramo, coronel Rui Roque."Obviamente é do interesse da Força Aérea concluir a investigação no mais curto espaço de tempo possível", frisou.

A investigação visa apurar objetivamente os factos através da preservação de evidências, desde logo na pista e nos destroços do avião e da recolha de testemunhos por parte da tripulação sobrevivente (quatro militares), disse. A peritagem de componentes, a cativação e análise das comunicações e ainda a avaliação das condições meteorológicas que se faziam sentir no local e na altura do acidente são outros passos necessários ao inquérito, adiantou o EMFA, em resposta à Agência Lusa. Se for necessário, adiantou, é possível recorrer a especialistas externos às Forças Armadas em áreas específicas quer nacionais, quer estrangeiros.

Quanto a possíveis causas, o porta-voz do ramo recusou avançar com qualquer hipótese, frisando que a investigação prossegue os seus trabalhos. O acidente sofrido pelo C-130H, que se incendiou na fase de descolagem, mas ainda em solo, na pista da Base Aérea número 6, Montijo, foi o primeiro com vítimas mortais na história desta classe de aeronaves ao serviço da Força Aérea Portuguesa. Seguindo os procedimentos legais, por ter ocorrido dentro do perímetro das instalações militares e dado terem-se registado três vítimas mortais, a Polícia Judiciária Militar foi chamada ao local e seguirá o processo.

https://www.noticiasaominuto.com/pais/621296/inquerito-as-causas-do-acidente-do-aviao-c-130-sem-prazo-regulamentar


Ontem um spotter que se encontrava junto à cabeceira da pista 26 do Montijo adiantava que o C-130 não chegou a descolar, antes abortou a descolagem quando a tripulação se apercebeu que um dos motores da asa direita se encontrava em chamas. Aquando da travagem de emergência a aeronave resvalou para o lado direito, tendo ido parar a uma das valas de escoamento de águas pluviais que se encontram normalmente nas laterais das pistas.

O embate no solo levou a asa direita a partir-se e à ruptura das células de combustível nela situadas que derramaram sobre a fuselagem central e dianteira jetfuel que entrou em ignição devido ao motor em chamas. E o resto já se sabe. Quanto ao motor há dúvidas se seria o nº 3 ou 4.
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
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Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 

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tenente

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #512 em: Julho 13, 2016, 01:02:01 pm »
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Inquérito às causas do acidente do avião C-130 sem prazo regulamentar

O inquérito conduzido pela Comissão Central de Investigação da Força Aérea às causas do acidente sofrido pelo C-130 que causou três mortos não tem prazo mas o ramo espera que termine o mais rapidamente possível.

O inquérito, aberto de imediato, é conduzido pela Comissão Central de Investigação da FA, um órgão na dependência da Inspeção-Geral do ramo, e não tem um prazo regulamentar para terminar os trabalhos, disse à Lusa o porta-voz do ramo, coronel Rui Roque."Obviamente é do interesse da Força Aérea concluir a investigação no mais curto espaço de tempo possível", frisou.

A investigação visa apurar objetivamente os factos através da preservação de evidências, desde logo na pista e nos destroços do avião e da recolha de testemunhos por parte da tripulação sobrevivente (quatro militares), disse. A peritagem de componentes, a cativação e análise das comunicações e ainda a avaliação das condições meteorológicas que se faziam sentir no local e na altura do acidente são outros passos necessários ao inquérito, adiantou o EMFA, em resposta à Agência Lusa. Se for necessário, adiantou, é possível recorrer a especialistas externos às Forças Armadas em áreas específicas quer nacionais, quer estrangeiros.

Quanto a possíveis causas, o porta-voz do ramo recusou avançar com qualquer hipótese, frisando que a investigação prossegue os seus trabalhos. O acidente sofrido pelo C-130H, que se incendiou na fase de descolagem, mas ainda em solo, na pista da Base Aérea número 6, Montijo, foi o primeiro com vítimas mortais na história desta classe de aeronaves ao serviço da Força Aérea Portuguesa. Seguindo os procedimentos legais, por ter ocorrido dentro do perímetro das instalações militares e dado terem-se registado três vítimas mortais, a Polícia Judiciária Militar foi chamada ao local e seguirá o processo.

https://www.noticiasaominuto.com/pais/621296/inquerito-as-causas-do-acidente-do-aviao-c-130-sem-prazo-regulamentar


Ontem um spotter que se encontrava junto à cabeceira da pista 26 do Montijo adiantava que o C-130 não chegou a descolar, antes abortou a descolagem quando a tripulação se apercebeu que um dos motores da asa direita se encontrava em chamas. Aquando da travagem de emergência a aeronave resvalou para o lado direito, tendo ido parar a uma das valas de escoamento de águas pluviais que se encontram normalmente nas laterais das pistas.

O embate no solo levou a asa direita a partir-se e à ruptura das células de combustível nela situadas que derramaram sobre a fuselagem central e dianteira jetfuel que entrou em ignição devido ao motor em chamas. E o resto já se sabe. Quanto ao motor há dúvidas se seria o nº 3 ou 4.

os nossos canais informativos no seu melhor caso tenha acontecido então não divulguem falha no motor mas incêndio no motor, que é completamente diferente, e os procedimentos de descolagem são só os completamente opostos mas somos o que somos e temos o que temos a ignorância no seu melhor !!!!!!
O JETA1 a arder é uma combustão enorme e muitíssimo poderosa !

Abraços
« Última modificação: Julho 13, 2016, 01:04:11 pm por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

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mafets

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Major Alvega

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #514 em: Julho 13, 2016, 05:16:00 pm »
 Comunicado emitido na página oficial da Força Aérea na rede social Facebook sobre o acidente do Montijo:

" Acidente com aeronave C-130H: ponto de situação.
Na sequência do acidente com uma aeronave C-130H, ocorrido a 11 de julho de 2016, na Base Aérea N.º6, no Montijo, a Força Aérea informa que:
O militar com lesões graves continua internado no Hospital de São José, em Lisboa, encontrando-se estabilizado. Mantém-se, porém, o prognóstico reservado. Os três feridos ligeiros, assistidos no Hospital das Forças Armadas, receberam alta hospitalar durante a tarde de ontem.
Considerando as conclusões preliminares da Comissão Central de Investigação da Força Aérea, e face às informações entretanto veiculadas por alguns órgãos de comunicação social (OCS), esclarece-se o seguinte:
O acidente ocorreu durante uma missão de treino para qualificação da tripulação, ainda na corrida de descolagem, sem que esta se tenha verificado. Da parte da tripulação, não houve reporte de qualquer situação de emergência. A aeronave imobilizou-se fora da pista, incendiando-se de imediato, o que resultou na sua perda total.
Os quatro militares que conseguiram sair da aeronave após a sua imobilização fizeram‑no pelos seus próprios meios, não tendo, em qualquer momento, regressado ao avião. Foi posteriormente confirmada a presença das três vítimas mortais no interior da aeronave.
As questões de natureza técnica avançadas por alguns OCS como causa do acidente têm, neste momento, caráter especulativo, na medida em que, da investigação em curso, não resultou ainda qualquer conclusão neste âmbito.
A Força Aérea prestará mais informação à medida que outros factos venham a ser apurados."
 

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Camuflage

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #515 em: Julho 13, 2016, 07:47:01 pm »
 "A aeronave imobilizou-se fora da pista, incendiando-se de imediato, o que resultou na sua perda total."

Ou seja ardeu totalmente? Porque ainda não divulgaram imagens da mesma?
 

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Charlie Jaguar

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #516 em: Julho 14, 2016, 11:48:41 am »
O diário i de hoje adianta na capa que "Sistema de alerta de acidentes na base não foi acionado". Entretanto a restante imprensa faz eco do comunicado emitido ontem à tarde pela FAP.

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Força Aérea. Não houve comunicação de emergência durante o acidente do C-130
13/7/2016, 17:32
Vítor Matos

A FAP diz que "não houve reporte de qualquer situação de emergência" da parte da tripulação do C-130 acidentado. Os militares que saíram não voltaram a entrar. Não morreram a tentar salvar o piloto.

Não há base para a tese de que dois militares morreram a tentar salvar um camarada no acidente de segunda-feira com o um Hércules C-130, na Base Aérea do Montijo, segundo a Força Aérea Portuguesa (FAP). Nem sequer houve um “reporte de emergência” a partir do cockpit. O ramo desmente as notícias que relacionavam a morte de dois dos tripulantes com a tentativa de salvar o comandante da aeronave que teria ficado preso num banco. O acidente vitimou três dos sete militares que iam a bordo. A FAP explicou, esta quarta-feira, em comunicado, que quem saiu do avião não voltou a entrar:

“Os quatro militares que conseguiram sair da aeronave após a sua imobilização fizeram-no pelos seus próprios meios, não tendo, em qualquer momento, regressado ao avião. Foi posteriormente confirmada a presença das três vítimas mortais no interior da aeronave”.

O Correio da Manhã avançava, na edição de hoje, que dois dos tripulantes (capitão André Saramago e sargento Amândio Novais) tinham morrido ao tentar salvar o tenente-coronel Fernando Castro, que comandava aquele voo de qualificação. Nos relatos que terão realizado para o inquérito que vai apurar as causas e circunstâncias do acidente, os sobreviventes parece terem negado que tal tivesse acontecido. “O acidente ocorreu durante uma missão de treino para qualificação da tripulação, ainda na corrida de descolagem, sem que esta se tenha verificado”, informa o comunicado da FAP. E concretiza: “Da parte da tripulação, não houve reporte de qualquer situação de emergência. A aeronave imobilizou-se fora da pista, incendiando-se de imediato, o que resultou na sua perda total.”

A FAP também não confirma que o acidente se deu por “uma falha de potência nos motores” — como noticiou o Correio da Manhã — e considera especulativa qualquer informação sobre avarias mecânicas antes de ter conclusões do inquérito que está a ser realizado. O que se sabe até ao momento, sublinha fonte oficial da FAP, é que houve um descontrolo na descolagem que levou o C-130 a ficar imobilizado na pista. “As questões de natureza técnica avançadas por alguns Órgãos de Comunicação Social como causa do acidente têm, neste momento, caráter especulativo, na medida em que, da investigação em curso, não resultou ainda qualquer conclusão neste âmbito”, avança o mesmo comunicado.

Como era um voo de qualificação entre a Base Aérea do Montijo e a de Beja, o formador — o tenente-coronel Fernando Castro — estaria sentado no lugar do co-piloto. Quem estava no lugar do piloto era um dos sobreviventes, que estava a receber formação. Três dos sobreviventes tiveram alta na terça-feira à noite. Só ficou internado um militar, que está fora de perigo, mas com prognóstico reservado. Ainda não é conhecida a data das cerimónias fúnebres, o que está dependente da libertação dos corpos após as autópsias que deveriam ser realizadas esta quarta-feira.

http://observador.pt/2016/07/13/forca-aerea-nao-houve-comunicacao-de-emergencia-durante-o-acidente-do-c-130/


"A aeronave imobilizou-se fora da pista, incendiando-se de imediato, o que resultou na sua perda total."

Ou seja ardeu totalmente? Porque ainda não divulgaram imagens da mesma?

Ardeu completamente à excepção da secção da cauda como é visível nas poucas imagens disponíveis. É natural que por parte da FAP, e muito em particular do COCINV, haja precaução em avançar dados mais concretos já que a investigação ao acidente ainda está praticamente no início. E, creio eu, deverão estar à espera de um perito da Lockheed dado se tratar de uma aeronave deste fabricante.
« Última modificação: Julho 14, 2016, 12:01:56 pm por Charlie Jaguar »
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mafets

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #517 em: Julho 14, 2016, 02:20:58 pm »
Ainda não é conhecida a data das cerimónias fúnebres, o que está dependente da libertação dos corpos após as autópsias que deveriam ser realizadas esta quarta-feira.

http://observador.pt/2016/07/13/forca-aerea-nao-houve-comunicacao-de-emergencia-durante-o-acidente-do-c-130/
Relativamente a esta questão: https://www.facebook.com/groups/27375706077/
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As cerimónias fúnebres dos militares da Força Aérea Portuguesa que faleceram em 11 de Julho, estão assim previstas:

Quinta-Feira, 18:00 às 24:00 - Velório na Igreja da Força Aérea (Benfica, junto aos Pupilos do Exército/Monsanto)

Sexta-Feira:
10:00 - Missa na Igreja dos Jerónimos
13:30 - Funeral do Tenente-Coronel Castro - Cemitério da Amadora
13:30 - Funeral do Capitão Saramago - Cemitério de Benfica
18:00 - Funeral do Sargento-Ajudante Novais - Cemitério de Aljezur

ATENÇÃO
ALTERAÇÃO DE HORÁRIO
MISSA DE CORPOS PRESENTES AO MEIO-DIA (12H) NO MOSTEIRO DOS JERÓNIMOS.

https://www.facebook.com/113078412060406/photos/a.116282621739985.10902.113078412060406/1221199947914908/?type=3&theater

Cumprimentos e mais uma vez as sentidas condolências

P.S. Entretanto mais uma noticia relacionada com o acidente: http://ionline.sapo.pt/516606
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Resposta ao incêndio que tomou o avião da Força Aérea poderá não ter sido a mais eficaz. Faltou um sinal sonoro que indica o tipo de acidente

A resposta dos meios de socorro ao acidente que fez três vítimas mortais e outros quatro feridos (um deles grave), esta segunda-feira, na base aérea do Montijo, poderá não ter sido a mais eficaz. O sistema de alarme da base aérea - que dá indicações aos meios de socorro sobre o tipo de acidente em causa e que deve ser sempre acionado em situações como as desta semana - não foi acionado. Força Aérea garante resposta adequada.

Os militares que estavam de serviço na base só se aperceberam do acidente quando viram o fumo negro sobre a pista da base e os primeiros carros de bombeiros a passar em direção ao C-130, que ardia com intensidade. Até esse momento, quando passavam poucos minutos das 12 horas e grande parte do pessoal da base se preparava para almoçar, tudo decorria com a habitual normalidade.

O facto de estarem na messe àquela hora levou vários militares a suspeitar que o problema seria esse mesmo: apesar de ser “bastante audível e inconfundível” com outros ruídos, o som do alarme não chegaria nas devidas condições àquela zona da base.

Nos dias seguintes perceberam que o problema tinha sido mais grave no que diz respeito ao acidente com o C-130. Em vários pontos da base, os comentários iam todos no mesmo sentido: ninguém tinha sido alertado para a ocorrência do acidente - sem precedentes na Força Aérea - pelos sistemas de alerta da Base Aérea 6, no Montijo.

Ao i, a Força Aérea não comenta esta situação. Questionada sobre a falta de sinalização do acidente, fonte da FA refere apenas que “os serviços de socorro reagiram dentro do tempo que está planeado e previsto para estas situações” e que “rapidamente se percebeu que era necessário apoio externo, que foi acionado junto da Proteção Civil”.

Resposta ineficaz A duração e o tipo de som produzido pelo sistema interno de alarme da base aérea do Montijo transmitem aos meios de socorro as primeiras informações sobre que problemas acabam de ocorrer - um acidente com aeronave ou um acidente com um veículo militar, por exemplo. Também dão indicações sobre se se trata de um exercício de treino ou de uma situação real.

O facto de o alarme não ter sido acionado esta segunda-feira poderá ter comprometido a atuação dos meios de socorro da base.

A primeira resposta foi dada, como é habitual, pelos militares que asseguram o serviço de combate a incêndios da base (altamente especializados nestas funções). Também os serviços de socorro médico acorreram à pista onde a aeronave estava imobilizada. Mas uma fonte militar da base refere ao i que os serviços operacionais, responsáveis por coordenar as operações de socorro, careciam de indicações precisas sobre o que tinha acabado de acontecer.

Os meios externos foram acionados às 12h20 e, ao final da tarde de segunda-feira, tinham sido mobilizados para a base 49 operacionais e 16 veículos de apoio, segundo dados disponibilizados pela Proteção Civil.

O avião acabou por ficar completamente destruído na pista, depois de ter sido consumido pelas chamas. Do interior da carcaça foram retirados os corpos das três vítimas mortais: um tenente-coronel, um capitão e um sargento-ajudante, todos com idades entre os cerca de 30 e os 50 anos.

Um quarto militar acabou ferido com gravidade, com queimaduras na quase totalidade do corpo. Os outros três ocupantes do C-130 escaparam com ferimentos mais ligeiros. Foram todos encaminhados para o Hospital de São José, em Lisboa.

O acidente aconteceu quando a aeronave efetuava uma operação de touch and go (tocar e levantar). Depois de um primeiro ensaio, o piloto preparava-se para voltar a levantar voo quando os motores tiveram uma falha.

O trem principal não chegou a sair do chão e o incêndio deflagrou de imediato.

Ferido grave internado. Dos três feridos que resultaram do acidente, apenas o militar com ferimentos mais graves (com queimaduras em grande parte do corpo) continua internado. Está “estabilizado”, mas ainda com “prognóstico reservado”.

Os três feridos ligeiros, que também conseguiram sair do avião, tiveram alta ainda na tarde de terça-feira, de acordo com um comunicado disponibilizado ontem pela FA.

Segundo o i apurou, os corpos dos três militares que perderam a vida no acidente já foram autopsiados. Os funerais devem realizar-se nos próximos dias, mas ainda não têm data marcada.

No mesmo comunicado, a FA refere que “da parte da tripulação, não houve reporte de qualquer situação de emergência” e que “os quatro militares que conseguiram sair da aeronave após a sua imobilização fizeram-no pelos seus próprios meios, não tendo, em qualquer momento, regressado ao avião” - posição que contradiz a tese de que dois dos militares mortos teriam voltado a entrar no avião para resgatar um dos elementos envolvidos no acidente.
« Última modificação: Julho 14, 2016, 04:04:10 pm por mafets »
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #518 em: Julho 14, 2016, 07:18:03 pm »

Ardeu completamente à excepção da secção da cauda como é visível nas poucas imagens disponíveis. É natural que por parte da FAP, e muito em particular do COCINV, haja precaução em avançar dados mais concretos já que a investigação ao acidente ainda está praticamente no início. E, creio eu, deverão estar à espera de um perito da Lockheed dado se tratar de uma aeronave deste fabricante.

As poucas imagens que existem foram tiradas com teleobjectivas a uma grande distância por fotojornalistas. Não entendo porque a FAP não cedeu algumas imagens para demonstrar um pouco mais de transparência e melhor colaboração com os media.
 

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Charlie Jaguar

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #519 em: Julho 15, 2016, 12:09:40 pm »

Ardeu completamente à excepção da secção da cauda como é visível nas poucas imagens disponíveis. É natural que por parte da FAP, e muito em particular do COCINV, haja precaução em avançar dados mais concretos já que a investigação ao acidente ainda está praticamente no início. E, creio eu, deverão estar à espera de um perito da Lockheed dado se tratar de uma aeronave deste fabricante.

As poucas imagens que existem foram tiradas com teleobjectivas a uma grande distância por fotojornalistas. Não entendo porque a FAP não cedeu algumas imagens para demonstrar um pouco mais de transparência e melhor colaboração com os media.

É muito raro a FAP divulgar imagens de acidentes com as suas aeronaves, ainda para mais quando acontecem dentro de perímetro militar. Só quando o aparelho sofre um acidente em área civil é que se costumam ver mais imagens do(s) mesmo(s). Anos mais tarde, em publicações, blogs, sites ou redes sociais é que muitos militares, a título pessoal, as costumam partilhar.

Entretanto, mais um apanhado de imprensa de hoje.

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Frota portuguesa de C-130 é "profundamente envelhecida"

Comissão parlamentar de Defesa Nacional aguarda os resultados do inquérito ao acidente sofrido segunda-feira por um C-130H da Força Aérea Portuguesa para saber a causa e as circunstâncias do desastre
 
2016-07-14 18:33   Redação / VF

A comissão parlamentar de Defesa Nacional aguarda os resultados do inquérito ao acidente sofrido segunda-feira por um C-130H da Força Aérea Portuguesa para saber a causa e as circunstâncias do desastre, lamentando o "gravíssimo acidente". O presidente da comissão, Marco António Costa, disse que irá transmitir junto do ministro da Defesa e das chefias militares que os deputados "fazem questão de saber o que causou o incidente, se foi falha técnica e qual a natureza, se foi falha humana e qual a natureza".

O tema foi suscitado na reunião desta quinta-feira pelo deputado do PS João Soares, que observou que a frota portuguesa de C-130 é uma "frota profundamente envelhecida" e frisou que é preciso saber o que se passou até por "uma questão de prevenção em relação ao futuro". Lamentando o "gravíssimo acidente", o deputado do PCP Jorge Machado considerou "prudente" fazer chegar à Força Aérea Portuguesa a vontade da comissão de Defesa de receber os resultados do inquérito que foi aberto de imediato pela Comissão de Investigação da FAP. O acidente é demasiado grave para que não se perceba a totalidade do que se passou para que não volte a acontecer", considerou.

Pelo PS, o deputado José Miguel Medeiros manifestou confiança no profissionalismo das Forças Armadas e considerou que "haverá o momento e tempo" para a comissão ter acesso ao relatório do inquérito. Também o deputado Bruno Vitorino, do PSD, advertiu contra qualquer especulação sobre as causas do acidente, considerando que a comissão deve aguardar as conclusões do inquérito. No início da reunião, a comissão apresentou um voto de pesar pelo acidente, na Base Aérea nº6, Montijo, que provocou três mortos e quatro feridos, e que será votado na próxima sessão plenária.

http://www.tvi24.iol.pt/sociedade/forca-aerea-portuguesa/frota-portuguesa-de-c-130-e-profundamente-envelhecida

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Aviões C-130 parados nos hangares por respeito aos militares
Daniela Paulo   
14/07/2016 - 13:15
 
Os aviões C-130 estão parados, mas não existe qualquer tipo de problema técnico ou mecânico

Os aviões C-130 estão parados nos hangares desde segunda-feira, quando ocorreu o acidente aéreo em que morreram três militares. As ligações aéres entre bases militares do continente e dos Açores não estão assim a ser realizadas por este este tipo de aeronaves como é costume. No entanto, estas continuaram a ser realizadas por outros aviões da Força Aérea Portuguesa. Segundo fonte das relações públicas da Força Aérea, estas aeronaves não estão a realizar missões, por respeito aos colegas que faleceram no acidente. A decisão foi tomada para que os militares possam realizar o seu luto. Segundo a mesma fonte oficial os três C-130 estão em condições operacionais e não existe nenhum tipo de preocupação relacionada com "problemas técnicos ou mecânicos".

Quanto à organização das cerimónias fúnebres dos três militares falecidos no acidente aéreo de segunda-feira, a Força Aérea ainda não divulgou informações oficiais, mas o ramo das Forças Armadas prevê a realização de um velório esta quinta-feira na Igreja da Força Aérea, em Benfica. Na sexta-feira, serão realizados os funerais dos militares com missa na Igreja dos Jerónimos.

https://www.publico.pt/sociedade/noticia/avioes-c130-nos-hangares-por-respeito-aos-militares-1738254

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Acidente com aeronave C-130: cerimónias fúnebres decorrem dias 14 e 15 de julho
14/7/2016, 16:50

As cerimónias fúnebres dos três militares que morreram na sequência de um acidente que aconteceu na base aérea do Montijo vão decorrer nos dias 14 e 15 de julho.

As cerimónias fúnebres dos três militares que morreram na sequência de um acidente que aconteceu na base aérea do Montijo vão decorrer nos dias 14 e 15 de julho. Em comunicado à imprensa, a Força Aérea Portuguesa revelou no seu site as horas e os locais do velório conjunto, missa do corpo presente e os três funerais:

“Na sequência do acidente com uma aeronave C-130H, ocorrido a 11 de julho de 2016, a Força Aérea informa que as cerimónias fúnebres do Tenente-Coronel Fernando Manuel Geraldes Castro, do Capitão André Francisco de Amaral Saramago e do Sargento-Ajudante Amândio Miguel Correia de Novais terão lugar nos dias e locais a seguir indicados:

Velório conjunto, dia 14 de julho, das 18h00 às 24h00, na Igreja de Nossa Senhora do Rosário – Templo da Força Aérea, em S. Domingos de Benfica, Lisboa.

Missa de corpo presente conjunta, dia 15 de julho, pelas 12h00, no Mosteiro dos Jerónimos, Lisboa.

O funeral do Tenente-Coronel Fernando Castro realiza-se no Cemitério da Amadora, pelas 14h15.

O funeral do Capitão André Saramago realiza-se no Cemitério de Benfica, Lisboa, pelas 13h30.

O funeral do Sargento-Ajudante Amândio Novais realiza-se no Cemitério de Aljezur, pelas 17h30.”

http://observador.pt/2016/07/14/acidente-com-aeronave-c-130-cerimonias-funebres-decorrem-dias-14-e-15-de-julho/
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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #520 em: Julho 15, 2016, 01:59:44 pm »
Frota portuguesa de C-130 é "profundamente envelhecida"

É preciso acontecer um desastre desta magnitude para ouvir comentários destes (ou sequer sobre as FA) na assembleia! políticos de merda!!

Há € para tudo, € para festas, jantaradas, obras faraónicas e depois acontecem estas merdas!!

Falcon, Alouettes, C-130! Tudo aeronaves que já não deviam voar com a nossa cruz há muitos e muitos anos e continuam aí à espera de novos desastres. Com mecânicos a fazer milagres! A fazer omoletes sem ovos. Homens diariamente a arriscar a vida voando em verdadeiras peças de museu. Que triste sina..

Desculpem o desabafo
 
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mafets

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #521 em: Julho 15, 2016, 02:25:10 pm »
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O tema foi suscitado na reunião desta quinta-feira pelo deputado do PS João Soares, que observou que a frota portuguesa de C-130 é uma "frota profundamente envelhecida" e frisou que é preciso saber o que se passou até por "uma questão de prevenção em relação ao futuro". Lamentando o "gravíssimo acidente", o deputado do PCP Jorge Machado considerou "prudente" fazer chegar à Força Aérea Portuguesa a vontade da comissão de Defesa de receber os resultados do inquérito que foi aberto de imediato pela Comissão de Investigação da FAP. O acidente é demasiado grave para que não se perceba a totalidade do que se passou para que não volte a acontecer", considerou.
Do João Soares  ao Jorge Machado é tudo rapaziada conhecedora da realidade das Forças Armadas. Até me admiro que saibam o que é um C130H, já para não falar de serem políticos que deveriam ter responsabilidade nas palavras, bem patentes no facto de quererem ter acesso ao relatório para saber a origem do acidente e sobretudo o Dr. João Soares já querer desatar a dar "estaladas" sem saber realmente o que se passou e a conclusão do tal relatório. Lamentável esta gentalha ser eleita ...  ::) :o
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O presidente da República irá na próxima segunda-feira à Base Aérea n.º 6 e voará num C130H para demonstrar a confiança na Força Aérea, depois do acidente que vitimou três militares.

"Segunda-feira irei à Base Aérea do Montijo e terei oportunidade de saber o que entretanto terá sido indagado e dar uma palavra de confiança na Força Aérea, de confiança naquele tipo de aeronave. Eu próprio voarei num C130 nesse dia", anunciou Marcelo Rebelo de Sousa.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas antes de entrar para a Igreja dos Jerónimos, Belém, onde decorre uma missa de homenagem aos três militares que morreram segunda-feira vítimas de um acidente com um avião C130H, da esquadra 501, na Base Aérea n.º 6, Montijo.
Entretanto o PR na segunda-feira vai voar num C130H da  "frota profundamente envelhecida". Espero que convide os membros da honorável comissão de defesa, nomeadamente o Dr. João Soares ??? :o

http://www.jn.pt/nacional/interior/marcelo-vai-visitar-base-aerea-do-montijo-e-voar-num-c-130-5286766.html

Saudações
« Última modificação: Julho 15, 2016, 02:36:11 pm por mafets »
"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #522 em: Julho 15, 2016, 02:55:39 pm »
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O tema foi suscitado na reunião desta quinta-feira pelo deputado do PS João Soares, que observou que a frota portuguesa de C-130 é uma "frota profundamente envelhecida" e frisou que é preciso saber o que se passou até por "uma questão de prevenção em relação ao futuro". Lamentando o "gravíssimo acidente", o deputado do PCP Jorge Machado considerou "prudente" fazer chegar à Força Aérea Portuguesa a vontade da comissão de Defesa de receber os resultados do inquérito que foi aberto de imediato pela Comissão de Investigação da FAP. O acidente é demasiado grave para que não se perceba a totalidade do que se passou para que não volte a acontecer", considerou.
Do João Soares  ao Jorge Machado é tudo rapaziada conhecedora da realidade das Forças Armadas. Até me admiro que saibam o que é um C130H, já para não falar de serem políticos que deveriam ter responsabilidade nas palavras, bem patentes no facto de quererem ter acesso ao relatório para saber a origem do acidente e sobretudo o Dr. João Soares já querer desatar a dar "estaladas" sem saber realmente o que se passou e a conclusão do tal relatório. Lamentável esta gentalha ser eleita ...  ::) :o
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O presidente da República irá na próxima segunda-feira à Base Aérea n.º 6 e voará num C130H para demonstrar a confiança na Força Aérea, depois do acidente que vitimou três militares.

"Segunda-feira irei à Base Aérea do Montijo e terei oportunidade de saber o que entretanto terá sido indagado e dar uma palavra de confiança na Força Aérea, de confiança naquele tipo de aeronave. Eu próprio voarei num C130 nesse dia", anunciou Marcelo Rebelo de Sousa.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas antes de entrar para a Igreja dos Jerónimos, Belém, onde decorre uma missa de homenagem aos três militares que morreram segunda-feira vítimas de um acidente com um avião C130H, da esquadra 501, na Base Aérea n.º 6, Montijo.
Entretanto o PR na segunda-feira vai voar num C130H da  "frota profundamente envelhecida". Espero que convide os membros da honorável comissão de defesa, nomeadamente o Dr. João Soares ??? :o

http://www.jn.pt/nacional/interior/marcelo-vai-visitar-base-aerea-do-montijo-e-voar-num-c-130-5286766.html

Saudações

É mentira ?
 

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NVF

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #523 em: Julho 15, 2016, 03:07:18 pm »
E no entanto, comentários como os de João Soares têm o mérito de trazer ao debate político o estado de envelhecimento avançado de muito do nosso material militar. Assunto esse que é amplamente debatido neste espaço e que os políticos são frequentemente criticados de ignorarem — como vimos, aliás, acontecer várias vezes nesta singela página.

Goste-se ou não do personagem e da sua habitual boçalidade e antipatia, é difícil de entender a condenação dos seus comentários quando estes reflectem exactamente uma posição que é quase unânime neste espaço. E era só isto.
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mafets

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Re: Programa de substituição do C-130
« Responder #524 em: Julho 15, 2016, 03:13:50 pm »
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O tema foi suscitado na reunião desta quinta-feira pelo deputado do PS João Soares, que observou que a frota portuguesa de C-130 é uma "frota profundamente envelhecida" e frisou que é preciso saber o que se passou até por "uma questão de prevenção em relação ao futuro". Lamentando o "gravíssimo acidente", o deputado do PCP Jorge Machado considerou "prudente" fazer chegar à Força Aérea Portuguesa a vontade da comissão de Defesa de receber os resultados do inquérito que foi aberto de imediato pela Comissão de Investigação da FAP. O acidente é demasiado grave para que não se perceba a totalidade do que se passou para que não volte a acontecer", considerou.
Do João Soares  ao Jorge Machado é tudo rapaziada conhecedora da realidade das Forças Armadas. Até me admiro que saibam o que é um C130H, já para não falar de serem políticos que deveriam ter responsabilidade nas palavras, bem patentes no facto de quererem ter acesso ao relatório para saber a origem do acidente e sobretudo o Dr. João Soares já querer desatar a dar "estaladas" sem saber realmente o que se passou e a conclusão do tal relatório. Lamentável esta gentalha ser eleita ...  ::) :o
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O presidente da República irá na próxima segunda-feira à Base Aérea n.º 6 e voará num C130H para demonstrar a confiança na Força Aérea, depois do acidente que vitimou três militares.

"Segunda-feira irei à Base Aérea do Montijo e terei oportunidade de saber o que entretanto terá sido indagado e dar uma palavra de confiança na Força Aérea, de confiança naquele tipo de aeronave. Eu próprio voarei num C130 nesse dia", anunciou Marcelo Rebelo de Sousa.

Marcelo Rebelo de Sousa falava aos jornalistas antes de entrar para a Igreja dos Jerónimos, Belém, onde decorre uma missa de homenagem aos três militares que morreram segunda-feira vítimas de um acidente com um avião C130H, da esquadra 501, na Base Aérea n.º 6, Montijo.
Entretanto o PR na segunda-feira vai voar num C130H da  "frota profundamente envelhecida". Espero que convide os membros da honorável comissão de defesa, nomeadamente o Dr. João Soares ??? :o

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Saudações

É mentira ?
Como eu não sei as conclusões ao inquérito do acidente com o C130H da Fap não faço especulações, muito menos com base em revelações de políticos que nem nunca foram à tropa e nunca defenderam as F.A. em todo um conjunto de circunstâncias e durante décadas que exercem funções de responsabilidade na política portuguesa (se os aviões não estivesse em condições certamente que a FAP não os colocava no ar numa missão de treino. Aliás existe um C130H parado à uma serie de tempo, algo que é do domínio público). Além disso, temos acidentes com aviões mais velhos (resta saber porque voam) ou inclusive no inicio de vida útil (não me parece que suscite dúvidas o porque do seu uso). Se o inquérito revelar que os aparelhos estavam velhos, cá estarei para comentar, da mesma forma que comentarei se as razões forem outras.  Até porque especulações é o que infelizmente existe com fartura nesta lamentável situação.
E no entanto, comentários como os de João Soares têm o mérito de trazer ao debate político o estado de envelhecimento avançado de muito do nosso material militar. Assunto esse que é amplamente debatido neste espaço e que os políticos são frequentemente criticados de ignorarem — como vimos, aliás, acontecer várias vezes nesta singela página.

Goste-se ou não do personagem e da sua habitual boçalidade e antipatia, é difícil de entender a condenação dos seus comentários quando estes reflectem exactamente uma posição que é quase unânime neste espaço. E era só isto.
Vale-nos o que o debate neste espaço, se independentemente do que aqui se conclui os políticos que realmente podem decidir e apenas falam após situações graves,  nada fazem? Aliás, o orçamento de defesa baixa a cada ano e quais as intenções das personagens em questão quanto a isso, referindo-se que as mesmas estão na política à décadas? Que material foi substituído pela acção dos referidos deputados, entre aquele que é operado à mais tempo que o C130H? Sim, condeno a especulação pois se existe um inquérito em curso é deixar que o mesmo conclua-se e depois activar as devidas conclusões e não fechar os olhos como a muitos outros inquéritos (relativamente a outros acidentes nas F.A. o que adveio dessas conclusões e foi posto em prática?) . Aliás, mais lamentável que responsáveis políticos especularem, é só o fazerem quando existe um acidente desta magnitude com perda de vidas. Antes, os nossos nobres deputados não deviam falar com ninguém das F.A. pois nunca das bocas em questão se viu ou ouviu qualquer palavra a propósito das Forças Armadas Portuguesas, fosse a propósito de homens, equipamento ou fosse o que fosse. Tirem os respectivos das cadeiras, saiam dos Gabinetes, vão as unidades em dias normais e vejam a realidade de forma a falarem da mesma nas reuniões ordinárias das comissões de defesa. Não estejam à espera de evocar santa barbara só quando troveja. Só e apenas isto.

Cumprimentos 

P.S. Um tema de leitura interessante: http://www.globalsecurity.org/military/systems/aircraft/c-130e.htm
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