Portugal opta finalmente pelo A400M?

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Spectral

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« Responder #45 em: Junho 07, 2006, 12:47:29 am »
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Tem graça:

Se Portugal e outros países da Nato vão ou já recorrem a um serviço de Transporte Aéreo da NATO, criado recentemente e que recorre a aviões russos ou ucranianos;

Se Portugal utiliza e aluga os serviços de aviões russos ou ucranianos;

Pergunto:

- Porque motivos esses mesmos aviões já não prestam para servir na Força Aérea?


Porque a utilização por parte de Portugal e dos outros países Europeus destes meios de grande porte é de tal maneira infrequente que não se justifica a sua operação a tempo contínuo pelas Forças Aéreas respectivas.

Ou pelo menos isto até há pouco tempo atrás fazia muita lógica, mas recentemente tem havido uma maior pressão no sentido de aumentar as capacidades de transporte estratégico, e daí iniciativas conjuntas como as que foram propostas há uns tempos de operar uma frota de aparelhos comuns.

Quanto ao A-400 vs C-130J ( e não vou comentar na sua adequação a Portugal) : a diferença é que um limita os veículos blindados a transportar a 20 toneladas e o outro a 35, o que faz muitaaaa diferença quando se desenha um veículo blindado moderno, como os americanos chegaram à conclusão ao tentar fazer o FCS caber no C-130. Agora se o tal "salto" na capacidade não podia ter sido realizado mais barato e rápido com por um exemplo um An-70  :wink:
I hope that you accept Nature as It is - absurd.

R.P. Feynman
 

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Lightning

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« Responder #46 em: Junho 07, 2006, 07:15:10 pm »
Como a NATO possui uma unidade propria de AWACS para vigiar a europa já que deste lado do Atlântico só a Grã-Bretanha e a França é que acho que possuem esse género de aeronaves tambem se poderia formar uma unidade idêntica mas de transporte estratégico.
 

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Get_It

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« Responder #47 em: Junho 07, 2006, 07:23:11 pm »
Citação de: "Hélder"
Como a NATO possui uma unidade propria de AWACS para vigiar a europa já que deste lado do Atlântico só a Grã-Bretanha e a França é que acho que possuem esse género de aeronaves tambem se poderia formar uma unidade idêntica mas de transporte estratégico.


Ok, operar uma dúzia de aviões AWACS com pilotos de vários países, e financiar a manutenção desses aviões é uma coisa. Agora, formar uma companhia aérea já é outra coisa. Só as inúmeras complicações que seriam depois para "pedir" os aviões para fazer os transportes. E depois também não estou a ver como seria quando fossemos nós pedir um avião (provavelmente seria um C-17 Globemaster III ou C-5 Galaxy, a não ser que a Ucrânica entrasse de vez para a NATO) para enviar 19 veículos, 126 soldados e equipamento para Timor-Leste, onde pelo que se vê a NATO não está muito importada com a situação. :shock:

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 

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Sintra

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« Responder #48 em: Junho 07, 2006, 10:10:46 pm »
Citação de: "Spectral"
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Tem graça:

Se Portugal e outros países da Nato vão ou já recorrem a um serviço de Transporte Aéreo da NATO, criado recentemente e que recorre a aviões russos ou ucranianos;

Se Portugal utiliza e aluga os serviços de aviões russos ou ucranianos;

Pergunto:

- Porque motivos esses mesmos aviões já não prestam para servir na Força Aérea?

Porque a utilização por parte de Portugal e dos outros países Europeus destes meios de grande porte é de tal maneira infrequente que não se justifica a sua operação a tempo contínuo pelas Forças Aéreas respectivas.

Ou pelo menos isto até há pouco tempo atrás fazia muita lógica, mas recentemente tem havido uma maior pressão no sentido de aumentar as capacidades de transporte estratégico, e daí iniciativas conjuntas como as que foram propostas há uns tempos de operar uma frota de aparelhos comuns.

Quanto ao A-400 vs C-130J ( e não vou comentar na sua adequação a Portugal) : a diferença é que um limita os veículos blindados a transportar a 20 toneladas e o outro a 35, o que faz muitaaaa diferença quando se desenha um veículo blindado moderno, como os americanos chegaram à conclusão ao tentar fazer o FCS caber no C-130. Agora se o tal "salto" na capacidade não podia ter sido realizado mais barato e rápido com por um exemplo um An-70  :wink:
 

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JQT

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Re:
« Responder #49 em: Junho 09, 2006, 06:17:11 pm »
Sintra:
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Um A400 custa quatro vezes mais que um c130j?!!!!!- JQT, de aonde é que vieram esses números?


De cabeça. Há anos atrás, vi uma comparação entre os dois aviões não sei aonde e fixei estas proporções. Admito que estejam erradas. Tenho seguido pouco este assunto porque, muito sinceramente, já tenho pouca paciência para o debate C130J x A400M. Pelo andar da carruagem, não vamos ter nem um nem outro e não tarda o MDN ainda se lembra de vender os C-130H para fazer mais uns trocos, agora que somos um país exportador de armas...

JQT
 

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pedro

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« Responder #50 em: Junho 09, 2006, 09:03:47 pm »
Eles deviao  era fazer uma versao mais armada do NPO para poder exportar isso e o que eles deveriam fazer.
Cumprimentos :evil:
 

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Lightning

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« Responder #51 em: Junho 09, 2006, 09:06:25 pm »
Citação de: "pedro"
Eles deviao  era fazer uma versao mais armada do NPO para poder exportar isso e o que eles deveriam fazer.
Cumprimentos :evil:


O que é que isso tem a ver com o A400M? :shock:
 

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pedro

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« Responder #52 em: Junho 09, 2006, 09:08:14 pm »
Ok Ok foi so um desabafo.
Cumprimentos
 

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Lightning

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« Responder #53 em: Junho 09, 2006, 09:09:09 pm »
Citação de: "pedro"
Ok Ok foi so um desabafo.
Cumprimentos


 :lol:
 

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FinkenHeinle

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« Responder #54 em: Junho 09, 2006, 10:25:33 pm »
Citação de: "Lampuka"
Grande observação. Ainda agora, para Timor, outra vez um Antonov...

Por mim o C130 está fora de questão por ter várias limitações e o A400 vai pelo mesmo caminho, infelizmente, porque perdemos o comboio. Só teria interesse se estivessemos no projecto inicial. Como já não estamos, restam as opções do leste, mais baratas e com provas dadas de que possivelmente serão "apenas" os melhores aviões de transporte do mundo.

O C-130J de fato está no limite máximo da evolução deste avião.

Ele foi um grande projeto, de grande longevidade, mas a idade chega até para esses...

Contudo, o An-70 é um Projeto Nati-Morto, apesar de ser um grande projeto...

Portanto o A-400M seria uma excelente opção, pois não deixa de ser uma Aeronave de grandes qualidades, além de padronizar com a Europa.
Um Forte Abraço.
André Finken Heinle
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"Em condições normais, corro para vencer e venço. Em situações adversas, também posso vencer. E, mesmo em condições muito desfavoráveis, ainda sou páreo." (AYRTON SENNA)
 

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Rui Elias

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« Responder #55 em: Junho 19, 2006, 10:03:04 am »
Mas há uma questão que se coloca:

Se os países da NATO se quotizarem para a compra de determinado nº de aviões de transporte estratégico, e se no seguimento dessa "empresa" forem comprados alguns desses meios, não será para que esse meios sejam apenas e só utilizados em missões NATO?

Ou seja:

Portugal nesta necessidade que teve de fazer transportar homens e equipamentos para Tmor, poderia recorrer a essa frtota da NATO, já que essa deslocaçao foi num âmbito bilateral, enão enquadrada numa missão nas Nações Unidas e muito menos da NATO?

Portugal poderia utilizar esses meios no Afeganistão, ou mesmo no Kosovo psra rotação de homens e equipamentos, viaturas, etc.
mas par timor, ou para um país africano?

Pode-se colocar a questão de para a sua utilização para um teatro em que a NATO nãop esteja envolvida, Portugal tivesse que pagar pelo seu aluguer, mas para isso, Portugal já pagou os meios que utilizou (o Tristar e o Ant-124)

Por isso, acho que Portugal, como cada um os países que constituem a organização devem manter uma reserva de meios próprios para essa missões.

E no caso concreto português, acho que seria de todo importante que Portugal aumentasse a sua frota de C-130H para 8 unidades, até que se definisse para o futuro a nova aeronave.
 

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Leonidas

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« Responder #56 em: Junho 20, 2006, 12:21:38 am »
Saudações guerreiras

Citação de: "R. Elias"
Se os países da NATO se quotizarem para a compra de determinado nº de aviões de transporte estratégico, e se no seguimento dessa "empresa" forem comprados alguns desses meios, não será para que esse meios sejam apenas e só utilizados em missões NATO?

Onde é que quer chegar? Está-se a referir, por exemplo, á compra conjunta de An-124 para  a NATO? Então os C-5 Galaxy dos americanos, não existem para serem utilizados? A linha de montagem pode ser sempre reativada para venda. Acha que os europeus da NATO iriam encomendar material russo? A Rússia há uns anos atrás, tentou vender uns poucos An-124 á Inglaterra com motores Rolls Royce RB211-524 criando-se a versão An-124–210 e resultou em nada.
   
Citação de: "R. Elias"

E no caso concreto português, acho que seria de todo importante que Portugal aumentasse a sua frota de C-130H para 8 unidades, até que se definisse para o futuro a nova aeronave.

Caro R. Elias, de que vale ter 8/10/20 C-130 se este avião, a meu ver, já não está tão adaptado aquilo que são hoje as exigências que se colocam a Portugal, neste campo? Não digo para o deixarmos de o operar. Na minha ideia a existência do C-130 fará sempre sentido, mesmo se alguma vez viermos a ter os A400M ou outros avião do género. Pelo menos um C-130 convertido em KC-130, caso a questão dos A310 multiusos não pegasse, no mínimo. Mas é coisa que não dá muito jeito por causa dos diferentes tipos de reabastecimento que se usam atualmente, não só na FAP, como também no resto do mundo. Por isso é que o A310MRTT é muito importante, para além da sua utilização noutra áreas, através das várias configurações possíveis num avião do género.

Tomaria eu, que a Airbus fizesse o manguito ao governo a dizer-lhe expressamente que agora, encomendas abaixo de 5 unidades não aviamos e se agora quiserem recuperar o estatuto perdido pela saída do programa, terão que encomendar 6 unidades no mínimo (creio que 5 unidades mínimas, era a condição principal, para que outros países tivessem acesso á construção de componentes para o avião como oferta, a troco da sua compra), senão ficam a chuchar no dedo. Com um bocado de sorte e já que este governo é todo europeu, ainda vamos acabar por aderir a isto tudo. Como recompensa por sermos europeus vamos por de lado os F-16 e adquirir os EF-2000 e/ou o Rafale. Afinal sempre há vantagens em sermos todos europeus.
 
Como vê isto tudo é possível. Só tenho muito medo é da posição muito severa (curiosamente  somente nesta área e não, por exemplo, na contabilização das despesas para o TGV, OTA e outras grandes obras públicas do regime - que não são de maneira nenhuma, para encher o olho - usando o mesmo critério que usa para a aquisição de material militar) porque o Eurostat vem aí e diz que não podemos fazer isso, porque senão vamos para a cama com os pés descalços. Cuidado com o Eurostat que não é para brincadeiras. Ainda nos lixamos a sério. É melhor deixar todo como está.

Não esquecer que o NPL é de extrema importancia, para um país que não pode transportar material pesado por via aérea, e mesmo se algum dia viermos a ter os A400M ou hipotéticamente os Il-96. Em 4 dias é possivel chegar a Timor com material mais pesado. Só o governo não sabe disso.

Cumprimentos
 

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Rui Elias

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« Responder #57 em: Junho 20, 2006, 09:37:14 am »
Leónidas:

Concordo consigo, quando afirma que a nossa capacidade KC é priomordial se quisermos ter uma FAP harmoniosa e mais independente das boas vontades e disponibilidades dios parceiros da NATO.

Mas os C-130KC voam demasiadamente lentos para reabastecimento de um F-16 ou um seu futuro substituto, e para os helis, os EH-101 para voarem entre o continente e as ilhas têm uma autonomia de voo que dispensam essa necessidade.

Quanto ao A-400M, eu acho que no mínimo 6 unidades, mas sem colocar de parte a eventualidade de mantermos pelo menos 2 ou 3 C-130 muito mais versáteis que os projectados e sem provas dadas A-400M.

Tratam-se de aviões caríssimos, não passando de uns C-130 um pouco maiores e nada mais.

Por isso, e para mim, eu preferisse que Portugal tivesse 8 C-130J que 5 A-400M.

Quanto a aviões estratégicos, eu nunca pensei nos Ant-124 ou outros vindos da Rússia

Estava a pensar se a Airbus não poderia conceber e construir um avião que concorresse directamente com o C-17, com 4 motores a reacção e com as mesmas performances ou um pouco melhores para ser competitivo.

Em alternativa, que Portugal comprasse 2 C-17 e mantivesse uma força de 6 C-130H (como aquando da proposta de 2003 feita pela Boeing) e assim desse o seu contributo para a NATO, e que lhe valesse os meios para as sua próprias necessidades.

Quanto aos C-5, são excelentes aviões, mas para mim, um pouco datados no tempo.
 

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Rui Conceicao

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« Responder #58 em: Junho 20, 2006, 10:13:30 pm »
Penso que neste momento não existe alternativa ao A400, e isto porque no futuro é pressizo transportar os Pandur.
Não se pode ver só em termos de carga util, mas tambem em termos de espaço.
A alemanha ,antes do A400,esteve para se ligar ao A70, e acabou por desestir tal como a Russia.
Hoje dia 12 de Junho de 2006, dois F 18 Espanhois
faziam exercicios sobre territorio Portugues(concelho de Mértola, entre 8am e 9am)
 

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PereiraMarques

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« Responder #59 em: Junho 21, 2006, 12:17:46 am »
Ó Rui Conceição, peço imensa desculpa, mas o sr. tem uma certa "fixação" pela letra Z...alguns erros detectados em posts seus:

"Aquisizões" - Aquisições
"Pressizo" - Preciso (de Precisar/Necessitar)
"Dissuazão" - Dissuasão

Com os mais respeitosos cumprimentos
BPM