F16 MLU

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Luso

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« Responder #15 em: Julho 12, 2006, 11:48:25 pm »
Citação de: "Marauder"
Citação de: "Luso"
Correndo o risco de me desviar: fará sentido ter F16 MLU´s ou Grippens "surplus"?

Depende do critério de avaliação....
desempenho ou custo operacional?
funções?


Faz tudo, bem e barato. :wink:
Não me acredito que o F35 venha por USD$50M...
Ai de ti Lusitânia, que dominarás em todas as nações...
 

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papatango

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« Responder #16 em: Julho 12, 2006, 11:50:18 pm »
O programa MLU está a transformar-se, se é que não se transformou já numa trapalhada.

Há coisas que começam a ser óbvias, e decorrem da simples análise.

O tempo que em Portugal se demorou para produzir quatro F-16 MLU é demonstrativo dos problemas.

Os F-16MLU até sairam, mas a uma média de um avião a cada 9 meses em vez de um avião a cada dois meses.

Ao que consta, e é sempre preciso sublinhar que muitas vezes não é possível confirmar as informações de mais que um lado, porque cada lado diz doisas que nem sempre são coincidentes os problemas com a Lockeed têm a ver com as modernizações dos MLU e com exigêmcias de Portugal, que decorrem do atraso no programa.

Ou seja. Nunca há culpa apenas de um lado, mas infelizmente, neste país temos o habito de encontrar desculpas com muita facilidade.
Pessoalmente, também, estou convencido de que não só a FAP teve mais olhos que barriga, como o governo não soube cumprir com a sua missão e  "deixou andar".

Inicialmente o programa "Peace Atlantis 2" implicava que Portugal passava a ter 20 F-16MLU modernos e que os outros 20 F-16A/B ficariam para missões secundárias. Pelo menos foi o que foi discutido na Comissão Parlamentar de Defesa.
A decisão foi tomada no tempo de António Vitorino, antes de ele se demitir por causa do problema com os impostos que foi «inventado» pelo "Independente".

Só bastante mais tarde, é que é anunciado o interesse de Portugal em converter para MLU mesmo a primeira esquadra.

Há um periodo bastante longo, em que parece que toda a FAP andava a viver no mundo da Lua, e não só conseguiu a compra das carcaças dos F-16, como ainda por cima conseguiu um compromisso do governo português para adquirir mais 20 kits MLU.

Um dos argumentos (e está por toda a imprensa) era o apoio à industria nacional. Nas OGMA foi apresentado o primeiro MLU em 2003.
Depois, parece que houve problemas com entre as OGMA e a FAP  e esta última concentrou o trabalho. As informações são meio desconexas e é complicado organizar o filme dos acontecimentos.

Mas parece haver muita água metida pela Forçºa Aérea.

Como é normal mandar as desculpas para cima do sector privado, então pode-se bater na Lockeed, nas OGMA ou até nos restaurantes McDonalds  porque parece bem.

Agora, analisando os resultados, os resultados são uma porcaria!
Desculpas, há de certeza muitas e boas, tanto neste caso como no caso dos NPO que ainda vai dar muito que falar.

Os organismos do estado, estão desacreditados. A norma e a regra, é que funcionam mal, demoram demasiado tempo e são incapazes de cumprir horários e compromissos.

O que vemos neste caso, parece ser mais do mesmo. E de repente, pode ser que algum ministro tenha um assomo de nacionalismo e corte algum contrato, como o Paulo Portas fez com os helicópteros, que agora foram escolhidos pelos americanos para o exército deles.

Se por outro lado, a Força Aérea está coberta de razão, então só tem que fazer uma coisa:

Colocar as coisas em pratos limpos e explicar o que se passou, com argumentois que não nos dêm vontade de rir.

Se não o fizer, estará a aceitar as culpas que inevitavelmente lhe vão caír em cima.

Cumprimentos
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Lightning

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« Responder #17 em: Julho 12, 2006, 11:50:51 pm »
F-22 talvez comprassemos 1 ou 2, Portugal com o seu poderio economico é que vai comprar F-22 porque paises como Austrália, Canadá, e o Reino Unido são pobresinhos e vão se deixar ficar pelo F-35...

... da ultima vez que vi a nossa Força Aérea estava equipada com F-16 A/B em processo de transformação para F-16 MLU, não me lembro de ver F-15 E/F Strike Eagle no iventário...

... sinceramente o combate aéreo sempre foi o "parente pobre" da força aérea na minha opinião, temos EH101 novos, C295 novos, P-3C modernizados, mas os F-16 modernizados seriam um bom caça para hoje, não para daqui a 10 anos...
 

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papatango

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« Responder #18 em: Julho 12, 2006, 11:54:00 pm »
Citar
sinceramente o combate aéreo sempre foi o "parente pobre" da força aérea

Alguma vez um avião português enfrentou outro avião numa situação de combate ?
É muito mais fácil enganar uma pessoa, que explicar-lhe que foi enganada ...
 

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Lightning

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« Responder #19 em: Julho 12, 2006, 11:57:51 pm »
Citação de: "papatango"
Citar
sinceramente o combate aéreo sempre foi o "parente pobre" da força aérea
Alguma vez um avião português enfrentou outro avião numa situação de combate ?


Acho que não...mas isso também não pode ser desculpa, a maior parte dos paises da Europa a ultima vez que teve um combate aéreo foi na Segunda Guerra Mundial, e outros nem isso, acho que a Suécia não entra em guerra à bem mais de 100 anos, talvez aí pela altura das guerras com Napelão ou por esses anos...

Edit: Estou a referir-me a combate aéreo com outro caça porque missões de ataque ao solo tivemos bastantes na Guerra Colonial...

...mas li numa Mais Alto um caso em que FIAT G-91 interceptaram um helicoptero na Guiné e obrigaram-no a aterrar na base, chegaram mesmo a disparar os canhões para intimidação...
 

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PereiraMarques

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« Responder #20 em: Julho 13, 2006, 12:36:21 pm »
Citação de: "papatango"
Citar
sinceramente o combate aéreo sempre foi o "parente pobre" da força aérea
Alguma vez um avião português enfrentou outro avião numa situação de combate ?


I Guerra Mundial?, eventualmente pilotos portugueses integrados em esquadrilhas francesas? Tenho uma vaga ideia de que haverá informações sobre isso no livro "Aviões da Cruz de Cristo" de Mário Canongia Lopes ... :conf:
 

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Sintra

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« Responder #21 em: Julho 13, 2006, 01:28:07 pm »
Alguém leu hoje o "Destak" (um jornal gratuito com tiragem elevadissima e distribuido à porta do metro)?!
 Na página 19 vem lá um Cartoon sobre a Força Aérea e a novela dos F16. Sim, um jornal do mais popularucho possivel já goza com o assunto  :shock:
 Não tenho scanner por isso não coloco aqui a tira, mas para dar uma ideia são dois tipos a conversar no metro em que o primeiro diz
"a frota de f16 que o governo comprou nos anos 90 ainda está por montar e agora sem sequer ter dado uso, vão pôr à venda" ao qual o outro responde "estou a ver que não é de aviões melhores que a força aérea precisa" e continua com um muito certeiro "precisa é de alguém que saiba ler as instruções"!
 E esta , heim!
 

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Yosy

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« Responder #22 em: Julho 14, 2006, 11:22:39 am »
Citação de: "Sintra"
Alguém leu hoje o "Destak" (um jornal gratuito com tiragem elevadissima e distribuido à porta do metro)?!
 Na página 19 vem lá um Cartoon sobre a Força Aérea e a novela dos F16. Sim, um jornal do mais popularucho possivel já goza com o assunto  :lol:
 

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antoninho

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« Responder #23 em: Julho 14, 2006, 05:40:13 pm »
Na primeira grande guerra tivemos pilotos envolvidos em combate aéreo .....

Heroi da 1ª grande guerra a titulo postumo....

Oscar Monteiro Torres
 

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Marauder

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« Responder #24 em: Julho 17, 2006, 11:12:13 am »
Citar
Falta de técnicos na OGMA ameaça modernização dos F16
A falta de técnicos na OGMA – Indústria Aeronáutica de Portugal poderá colocar definitivamente em risco a execução do programa de modernização dos 36 caças F16 que ainda permanecem encaixotados até 2010, data prevista no protocolo de celebrado entre a Força Aérea (FA) e a OGMA, em 14 de Julho de 2004.

A notícia é avançada na edição desta segunda-feira do Correio da Manhã, que, citando um relatório do próprio Chefe do Estado Maior da Força Aérea (CEMFA), general Taveira Martins, refere que, dos 12 aviões que deveriam ter sido entregues pela OGMA à FA até Julho deste ano, só quatro estão a voar.

Segundo o mesmo documento, o protocolo assinado entre as duas instituições estabelece que «deverão ser entregues seis aeronaves por ano» à FA, compromisso esse que não tem sido cumprido e que leva o CEMFA a considerar que a falta de técnicos na OGMA para trabalhar no programa de modernização dos F16 é «preocupante».

Para Taveira Martins, é da «maior premência que, antes de mais, a OGMA satisfaça rapidamente o compromisso de atribuir ao programa os 79 técnicos previstos, sabendo-se que, presentemente, menos de metade desses lugares se encontra preenchido».

17-07-2006 8:52:48


de:
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?s ... ews=236428

36 empacotados??? hehehehe..se o jornalista abrisse a pestana reparava que nós temos mais do que 4 F-16 a voar ora bolas!!

Pois...a ogma...ogma...ela já está privatizada? Se sim...não parece..
 

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antoninho

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« Responder #25 em: Julho 17, 2006, 01:08:45 pm »
Vocês já repararam, na desinformação proviniente, quer dos jornalistas, quer das diversos estados maiores, sejam da força aerea quer da marinha, uns é com os npo outros com os f16 mlu, isto é triste isto é o nosso fado isto é incompetência.
 

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Sintra

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« Responder #26 em: Julho 17, 2006, 05:11:52 pm »
Bingo...
 

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typhonman

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« Responder #27 em: Julho 17, 2006, 06:25:03 pm »
 

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Lightning

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« Responder #28 em: Julho 17, 2006, 06:54:50 pm »
Ao ler esse site ainda fiquei mais parvo, 25 milhões de euros modernizar todos os 40 F-16 isso é meio F-35 (se ficarem pelos 50 milhões a unidade)... tou mesmo a ver nós a comprar F-35 :wink:
 

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Leonidas

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« Responder #29 em: Setembro 09, 2006, 03:06:14 am »
Saudações guerreiras

Bom, não querendo bater sempre na mesma tecla, como podem ver, para além dos “supostos” problemas causadas pelas restrições financeiras, há um elemento introduzido, nesta discussão, que, para mim, vem justificar (parcialmente) o fracasso da implantação do programa MLU em Portugal, que é a questão das OGMA. Quando avancei com a questão financeira, nem me lembrei do que se passou nas OGMA, ou seja, a sua (parcial) privatização.

A questão da troca de dono das OGMA e o acesso a tecnologias avançadas por parte desses mesmo donos - que não são originários do país que forneceu os F-16 a Portugal -  e sendo concorrentes entre si, também deveria ter sido ou tem sido uma questão de difícil resolução, dadas as incompatibilidades mais que evidentes nesta situação.

Leva-me a crer que também houve uma falha nas negociações entre OGMA e governo, todo isto com as OGMA já privatizadas. Houve também, provavelmente uma falha de planeamento ao não prever as reais consequências do impacto da venda das OGMA na produção dos MLU, ou um optimismo em demasia por parte da FAP ao não prever prever a mudança radical nas OGMA (duvido que os responsáveis da FAP não soubessem das intenções do governo em relação á privatização das Oficinas) Sendo assim o processo tem que se arrastar, dependendo (ou não(?)) de mais uma linha de produção a abrir em Monte Real ou o reformular de tudo novamente, para além daquilo que estaria previsto.  

No entanto, na minha opinião, o tempo (gasto) com isto tudo, não justifica, mesmo assim, todo o atraso que tem caracterizado todo este programa. Por isso mesmo, a questão financeira é a questão essencial, porque deriva da vontade de se fazer algo que já estava planeado desde há vários anos. Como as pessoas mudam e as vontades também, é mais que obvio, (para mim, claro) que deve haver um claro desinteresse no programa MLU.

Mas nem tudo é mau. Se não é para se fazer, ao menos, é para se ir fazendo. Se formos a analisar bem a coisa, o MLU não foi cancelado. A existência dele é só para dizer, ou melhor, para convencer alguns  portugueses  - como fossem, estes, algumas vez foram importantes - e os que eventualmente estiverem interessados nos 12 aviões MLU, no resto pode-se aplicar a conversa da banha da cobra que se venderá sempre muito bem. “Depressa e bem, não há quem”, como se costuma dizer. É que se fossem montados ao ritmo que estava previsto, ainda sobravam peças!!! Isto é o ritmo normal e há coisas bem piores que isto, descansemos.  

Sem bem que é referido “uma tal incapacidade das OGMA” não acredito que seja por falta de qualificação técnica e a falta de técnicos pode servir perfeitamente como desculpa ao governo, que deve ser de outro país e não o de Portugal, para não exigir nada e nem ser conhecido algum tipo de intervenção por parte de quem de direito para que as coisas se mexam e que os interesses de Portugal.
 
O que há, deve ser o possível para que as OGMA(?) possam fazer o seu trabalho(?) no MLU sem perder dinheiro, para não correr o risco de arcar com responsabilidades de um/uns governo(s) que não sabe(m) e nunca soube/souberam o que fazer com um sector em que, muito pragmaticamente, o nº de votos não cobrem as chatices e que o empreender da melhor demagogia política em campanhas eleitorais ou programas de televisão tipo “grande entrevista”, não dá para o latim gasto, podendo, em última instância, os benefícios reverterem a favor do adversário.

As OGMA foram vendidas porque mais uma vez se chegou á uma decisão “pragmática” num contexto económico já de descalabre total (lembram-se da conversa da tanga?) e no qual só importaria meter na ordem o “santo” défice, como se todo o resto nunca fosse importante ou bem mais importante que o dito cujo, aliás. Portanto, quem é que queria realmente saber da gestão das OGMA ou de qualquer decisão a tomar ou levar por diante em relação a isto tudo?

O que vos parece depois de tanto pragmatismo aplicado? Acham que a privativação das OGMA, tal como aquilo que se está a prever fazer com a questão do “parceiro tecnológico” para os ENVC (leia-se outra privatização = venda) resolverá a situação ou que será a médio/longo prazo a que mais interessa a todos os que se identificam com este país?

Será isto pragmatismo ou falta de visão de futuro?
Eles muito provavelmente nunca souberam que quem tem iniciativa aliada a quem tem poder, dita leis. Mas, é verdade, estava-me a esquecer que tanta docilidade é sempre vista como boa educação. Já dizia a minha avozinha: “Cordeirinho manso, mama na da mãe e mama na da alheia. Cordeirinho bravo, ninguém o quer.”
 
Citação de: "Spectral"
Em minha opinião a FAP é "culpada" de ter tido mais "olhos que barriga" e ter avançado para o projecto MLU sem ter acautelado o sistema necessário para operar 40 aparelhos modernos de combate como o F-16 (veja-se as dificuldades de recrutamento para os actuais 20).

Isto lembra-me um pouco com a atitude dos sucessivos governos na questão dos médicos – e nos tempos que correm, não interessa qual a especialidade – desde os anos 80 do séc. XX. Em determinados anos houve uma quantidade ínfima de formados. Hoje é aquilo que se vê e continuamos a pensar com a razão que tem assistido muitos políticos inteligentes, passando pelo ex-presidente da república Jorge Sampaio, que numa visita qualquer, respondeu a uma entrevista, face à gravidade geral da situação, mais coisa menos coisa: “Não havia nada a fazer, porque o que se quer são médicos com qualidade e quanto a isso não há nada a fazer.”Uma coisa muito certa, por sinal. O que também é certo é que o país, á custa de tal “qualidade” de pensamento, esvazia-se rápidamente em quadros que, sabe Deus o que custam e como valiosos são.    

Não nos chateamos com nada, por favor, só dá dores de cabeça. É deste tipo de pragmatismo que eu gosto, o rendermo-nos ás evidências. Mas afinal, quem sou eu para dizer no contrário? Pelo andar da carruagem duvido que alguma vez possamos enviar algum astronauta para o espaço, coisa que também nunca virará problema. "Do mal, o menos, ora essa!!!". Isto cheira-me (de)mais a xico-espertice!!!  

Mas não nos podemos queixar de nada, vamos fazer que nada se passa, nada é connosco. Não vamos levantar lérias, porque tá tudo resolvido. Não há linha de produção para o MLU, pois não? Não há crise, virá, então, a montagem dos aviões da EMRAER, diz o PM. Resta saber o que Portugal dá em troca? Os brasileiros não são estúpidos… e os portugueses também não!!! Aliás ninguém é estúpido, diga-se de passagem. Aqui ninguém perde e sai sempre prémio, como nas feiras.

Portugal ganhará mais uma fábrica de aviões e passa para um outro estádio de desenvolvimento superior ao da Alemanha (porque só fabricam componentes), terá mais emprego qualificado para dar vazão ao plano tecnológico, o PIB crescerá de forma sólida. Portugal exporta aviões, já raparam? Inimaginável até há bem pouco tempo!!!!

Estamos na EU, por isso mesmo, somos também uns dos melhores do mundo, carago. A Embraer de mãos dadas com a EADS, vão fazer como a fábrica de Palmela, recebem subsídios. É isso que Portugal dá e provavelmente é isso que fará eventualmente deslocar a produção para Portugal. Mas não nos preocupemos, não vamos dar nada que seja nosso. Só vamos dar aquilo que recebemos, não é verdade? Como vêm, é tudo ouro sobre azul. Toda a gente viverá feliz para sempre, não nos podemos queixar.

Pragmatismo e espírito empreendedor como este são o exemplo a seguir. Será que os alemães os ingleses, franceses, suecos, italianos, americanos russos, chineses, japoneses, sul-coreanos, espanhóis, marroquinos, islandeses, dinamarqueses, enfim, para que os dedos não me comecem a doer, o mundo inteiro ainda não reparou nestas maravilhas da engenheira, curioso?    

Enfim, posso sempre ir perguntando, escapa-me algo?

Citação de: "Spectral"
E também deviam ter programado melhor o projecto de MLU aos aparelhos, já que a responsabilidade final e supervisão é sua. Não chega empurrar todas as culpas para as OGMA e Lockheed... Noutros países o programa MLU correu muito bem, sendo bastante económico e rápido.

Também não nego que possa ter havido alguma coisa que não tenha corrido bem por parte da FAP. Acho que, não sendo desejável, pode muito bem acontecer. O que é certo é que nos outros países não aconteceu o episódio das OGMA e só se optou pelo MLU enquanto que em Portugal, para além do MLU há o FALCON UP e o FALCON STAR, tudo isto ao mesmo tempo.

Citação de: "PapaTango"
O que vemos neste caso, parece ser mais do mesmo. E de repente, pode ser que algum ministro tenha um assomo de nacionalismo e corte algum contrato, como o Paulo Portas fez com os helicópteros, que agora foram escolhidos pelos americanos para o exército deles.

Os organismos do estado, estão desacreditados. A norma e a regra, é que funcionam mal, demoram demasiado tempo e são incapazes de cumprir horários e compromissos.


Se fosse só isso…    

Experimentem tirar a tanga a Portugal. Se encontrarem alguma coisa avisem-me. Melhor, o que cobrirá ela agora? Aguado respostas imaginativas. Escrevam: FR (Fernado Rocha) seguido do nº 0000. Não me responsabilizo pela boca respondida. IVA incluído á taxa em vigor.

Cumprimentos