Votação

Qual a melhor aeronave para este tipo para missão para Portugal?

Avião ligeiro de asa fixa (Super Tucano, AT6)
Helicóptero de ataque dedicado (Apache, Cobra, Tiger)...
Avião AC295
Black Hawk armado
outra opção

Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal

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Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
« Responder #45 em: Setembro 27, 2022, 03:30:33 pm »
Tenente, eu nunca compraria aeronaves apenas para uma ou duas funções. Apenas aceito o super tucano porque não tens uma aeronave de treino avançado e estamos a falar de um aparelho que não apenas o faz mas acrescenta mais várias funções à FAP. Percebo e aceito a questão dos Helis, mas também tenho que dizer que não apenas a FAP foi comprar os Koalas, ainda por cima em número insuficiente, como inclusive os Merlin (que para muitos paises é um heli médio, cá é que pelos vistos é pesado), que por exemplo os Dinamarqueses ou os Bifes também têm, só cá é que estão praticamente no Sar e Medevac. Além de ser o tipo que até os teco tecos dos Epsilons tinha lhes metido as armas, pois para ir para a RCA bastava e sobrava. Mas por cá os Merlin nem armados andam e 4 são para a função CSAR. Portanto a FAP e os governantes que se organizem...  :P ;)





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Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
« Responder #46 em: Setembro 27, 2022, 04:07:17 pm »
Tal como disse antes penso que a vinda de Helis de transporte é um dado certo, ou deveria ser. Isso não é relevante (excepto nas sinergias de manutenção) para a discussão. Se a FAP pretender fazer CAS, COIN, Overwatch, CSAR e Treino de PILAVs e adquirir um heli de ataque vai sempre precisar de adquirir mais DOIS sistemas de armas. Se adquirir ST e UH-60 preenche os requisitos todos só com dois SAs em vez de três. O que faltaria discutir é se os UH-60 deveriam vir armados ou não (acho que deveriam vir armados).

Quanto ao custo da HV não posso daer garantias até porque os preços do UH-60 que encontrei na net vão dos $1.600/h até $4.000/h. Teria que saber quanto a FA pensa que ficará cada HV em cada um dos sistemas.

O problema é que estás a partir do princípio que sem ST, se ia comprar helicópteros de ataque, ignorando por completo que a mais o provável e racional é a utilização do maior número de UH-60, para a missão de COIN em África.

A conversa dos hélis de ataque, é mais numa perspectiva idealista, com base na nossa realidade no meio da NATO/Atlântico/África em que se diz que "era ideal se tivéssemos". Mas dada a nossa realidade financeira, e sobretudo de investimento na Defesa, a opção mais realista passa, para já, pelo uso de UH-60 bem armados, que colmatam as lacunas de COIN e CAS sem a necessidade de uma aeronave nova.

Ao adquirir o ST, sim, tapamos o buraco da missão COIN (mas não CAS*), e a lacuna de treino mal e porcamente, já que está visto que, nem substitui o TB-30, pelos seus custos e complexidade, nem o Alpha Jet na hora de transitar para o F-35 ou mesmo F-16V (algo que nos é dito indirectamente pelo interesse da FAB em comprar uma aeronave de treino avançado).

*CAS é muito mais abrangente. E o ST só consegue fazer CAS em TOs de baixa intensidade, e onde há uma infraestrutura de onde descolar relativamente perto. CAS a partir de navio para uma força desembarcada por exemplo, já dependes dos helicópteros. Em TOs de média e alta intensidade, também não serve de nada o ST.

Resumindo, teremos uma aeronave mono-missão (COIN), e que não vai chegar para aquela que seria a sua missão principal (treino) por não ser a mais adequada, principalmente para formar pilotos para caças de geração 4.5 ou 5. Vai ser uma aeronave que vai obrigar a que para já mantenhamos nada mais nada menos que 3 modelos de aviões a hélice para treino, e vai obrigar a que no futuro não muito longínquo, se adquira ainda outra aeronave de treino avançado, ficando a FAP com 3 ou 4 aeronaves de treino distintas (é uma para cada fase).

Isto tudo para se tentar justificar a compra de uma aeronave dedicada a COIN, Armed Overwatch e ISR, que por sua vez só pode fazer COIN se não houver MANPADS lá para o meio, que é mais dispendioso na missão de "Armed Overwatch" que os UCAV e que apenas pode fazer ISR em ambientes permissivos (onde um C-295 VIMAR pode fazer o mesmo), sendo UAVs o meio de eleição no séc.XXI para TOs mais complexos. Meio este que, vamos ter que criar doutrina e formar pessoal para que possa executar a missão de COIN em África que pode nunca mais se repetir para lá da RCA, ficando nós entalados com uma doutrina que não nos serve de nada nos restantes TOs que poderão surgir, nomeadamente na Europa e no Atlântico, e com uma aeronave que fica aquém das necessidades de treino, ao ponto de a sua compra, não reduzir o "nº de sistemas de armas a adquirir", já que obriga a vários modelos de aeronave de treino.

Claramente não se teve em conta nenhuma outra variável para lá de ser Embraer e fazer 2 missões. E a ver vamos se o ST "faz tudo", não bloqueia futuras compras de UCAVs e UAV, de armamento para os F-16, e de armar os UH-60. E a ver vamos se no futuro, na hora de substituir os F-16, não acabamos a comprar F-35 em número inferior a 20 unidades, com a justificação que "já temos o ST para algumas das missões".

Tenente, eu nunca compraria aeronaves apenas para uma ou duas funções. Apenas aceito o super tucano porque não tens uma aeronave de treino avançado e estamos a falar de um aparelho que não apenas o faz mas acrescenta mais várias funções à FAP. Percebo e aceito a questão dos Helis, mas também tenho que dizer que não apenas a FAP foi comprar os Koalas, ainda por cima em número insuficiente, como inclusive os Merlin (que para muitos paises é um heli médio, cá é que pelos vistos é pesado), que por exemplo os Dinamarqueses ou os Bifes também têm, só cá é que estão praticamente no Sar e Medevac. Além de ser o tipo que até os teco tecos dos Epsilons tinha lhes metido as armas, pois para ir para a RCA bastava e sobrava. Mas por cá os Merlin nem armados andam e 4 são para a função CSAR. Portanto a FAP e os governantes que se organizem...  :P ;)

Mas a culpa de não haver aeronaves de treino, é de quem? Não é do mesmo governo que empastelou o assunto durante anos à espera da tal escola internacional? A partir do momento que isso não deu em nada, só tinham de fazer uma coisa, que era comprar o PC-21, para substituir os AJ e os TB-30, passando estes últimos para o lugar dos Chipmunk, e esta seria a solução mais barata e prática para o problema, e que ao contrário do ST, ainda tem o benefício de ser usado por outros aliados NATO.
Já os Merlin, podes equipar com o que quiseres, que continua a fazer falta um héli para o escoltar. O Merlin na FAP devia ser usado como um Chinook dos pobres, e, tal como o Chinook, precisaria sempre de um héli mais leve e versátil para o apoiar. É assim que se faz nos países a sério.

Eu entendo a razão de dizerem que é melhor que nada, mas isso é uma política que a médio/longo prazo vai arruinar (ainda mais) as FA, servindo de justificativo para que sejam feitas aquisições abaixo do necessário (em qualidade), para fins de poupar dinheiro. Já aconteceu com os Koala, vai acontecer com os ST e a ver vamos se não acontece com o substituto dos F-16, P-3, fragatas, etc.
 
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Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
« Responder #47 em: Setembro 28, 2022, 10:23:28 am »
Dc, o Governo não é culpado de gente de responsabilidade nas F.A. dizer que está tudo bem desde de quando vão na Comissão de Defesa ao Facebook, istitucional ou pessoal. Se não percebemos nada da poda, e independentemente de devermos perceber, quando os tipos que serviram durante toda a carreira o Exercito, Marinha ou Força Aérea dizem que tudo anda sobre rodas se calhar até acreditamos.  Portanto não são os políticos os únicos culpados, da questão da UALE e por exemplo da defesa dos NH90 ter sido feita por um artigo de um senhor coronel que até diz que temos a versão ASW e que é um heli muito grande. Novamente, quem não pesca nada do assunto se calhar até acredita. Da mesma forma que o "Picas" vendeu a ideia do porta drones e não se lembrou de meter um espaço ro-ro e capacidade de abastecimento do dito. Também é culpa dos políticos? E muitos exemplos existiriam mas para não me alongar fico-me por aqui.  ;)



Na RCA, precisas de escolta nos Merlin para que? O problema é nem existir condições para os enviar. Manutenção, logística, pessoal. Mas tens 4 na versão CSAR. Culpa dos Políticos?


 
Qualquer solução para ter aviões de treino é viável. Desde que os possamos armar para tiro ou dar apoio por exemplo na RCA, serve. E lá tinhas o problema da escolta dos Merlin resolvida, numa força aérea a serio.  ;)



Dc, a Marinha nada  tem comprado e está arruinada. O exercito, lá se vai safando mas falta muita coisa. A FAP não tem avião de treino mas foi comprar o KC. Depois para treino dos heli, foi comprar o Koala. Faz todo o sentido. A culpa é política e também de quem vende estas ideias aos políticos. E atenção, tudo isto com Uales e afins, sem a compra do ST.É uma questão de organização, e o problema neste país é a desorganização não só política mas também militar. Um grande exemplo são as capelinhas nos 3 ramos quando a nível político a GNR vai +assando as F.A. a toda a escala. ;)



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« Última modificação: Setembro 28, 2022, 11:27:47 am por mafets »
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Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
« Responder #48 em: Setembro 28, 2022, 12:17:09 pm »
A culpa não é só do governo, mas tem a culpa de não soltar as verbas para programas em curso, não incluir na LPM programas prioritários, e dar orçamentos muitíssimo limitados (como o caso dos hélis de evacuação). A culpa também é do governo quando diz que a LPM não é maleável ao ponto de não permitir adiantar a venda para comprar um AOR, mas para comprar produtos Embraer já não precisa de estar na LPM. Também é o Governo que tem culpa de coisas simples como a não libertação de verba para pagar o transporte de M-113 para a Ucrânia, ou por não garantir que os meios doados terão substituição iminente.

Deixa lá o PNM sem espaço Ro-Ro e capacidade de abastecimento. As maiores críticas que se fazem ao navio, é como quer fazer tudo e mais alguma coisa, arriscando-se a substituir classes de navios que não devia. Navio que custa 100 milhões não vai ter mil e uma capacidades.

Os militares não estão isentos de culpa, mas isso já nós sabemos. E não vai ser a compra meramente político do ST que vai mudar isso para pior ou para melhor.

Tu precisas de escolta dos Merlin, ponto. A vida não se resuma à RCA, e é uma estupidez fazer aquisições só a pensar neste TO. Se quiseres usar o Merlin para CSAR, precisas obrigatoriamente de escolta, fora isso, precisas de um helicóptero capaz de dar apoio aéreo a forças no terreno, em qualquer TO (que não se limita a COIN em África), porque de outra forma, não tens mais nada sem ser o Koala.

Para terminar, a única razão para o ST ter alguns apoiantes, é porque "é melhor que nada", e isto é muito perigoso, porque abre o precedente para que no futuro, substituas os F-16 pela treta do Gripen, em número reduzido, ao preço do F-35, e sem o salto tecnológico, e o argumento aí vai ser igual "melhor que não ter aviação de caça". Ou substituis as fragatas por EPC na versão de patrulha, sem metade do armamento, "é melhor que nada". É baixar o nível de exigência para o que se quer das FA e do país.
 

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Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
« Responder #49 em: Setembro 28, 2022, 12:34:23 pm »
Então a tropa que diga que não pode cumprir as missões.

Esta treta de andar por aí dizer, que mesmo com o que se tem ainda assim se pode cumprir as missões , quem é dono do dinheiro diz logo então é porque não precisam.
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Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
« Responder #50 em: Setembro 28, 2022, 12:48:38 pm »
É o lambe-botismo. O grande problema, é que quem quer abrir a boca e reclamar da falta de condições, não o pode fazer.

Depois claro, acredito que existe um certo nível de delusionismo, quanto às reais capacidades das FA. Ainda há dias foi aquela conversa do CEMA, sobre a Marinha ser capaz de defender as selvagens de qualquer ameaça, quando todos sabemos que não é.
 
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Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
« Responder #51 em: Setembro 28, 2022, 01:07:13 pm »
Citar
Para terminar, a única razão para o ST ter alguns apoiantes, é porque "é melhor que nada", e isto é muito perigoso, porque abre o precedente para que no futuro, substituas os F-16 pela treta do Gripen, em número reduzido, ao preço do F-35, e sem o salto tecnológico, e o argumento aí vai ser igual "melhor que não ter aviação de caça". Ou substituis as fragatas por EPC na versão de patrulha, sem metade do armamento, "é melhor que nada". É baixar o nível de exigência para o que se quer das FA e do país.

"treta do Gripen"....é pá vamos com calma. O Gripen é provavelmente o melhor caça de 4ª geração do mundo. Não faz sentido para Portugal. Mas não vamos espingardar e desatar a dizer coisas sem sentido. Os dados apontam o Gripen como fantástico em data links, sistemas de armas, radares, EW, custos de manutenção. Metes um Gripen E com radar AESA, Meteors e capacidade de lock através do capacete e partilha de alvos por data link e os nossos F16 faziam o quê contra essa ameaça?

É "uma treta"??? Vamos com calma. Objectivamente os ST e os Gripen não são bons, são muito bem na no seu segmento. Não interessa se são Embraer ou brasileiros ou o que seja. Os dados são os dados.
 

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Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
« Responder #52 em: Setembro 28, 2022, 01:42:17 pm »
"treta do Gripen"....é pá vamos com calma. O Gripen é provavelmente o melhor caça de 4ª geração do mundo. Não faz sentido para Portugal. Mas não vamos espingardar e desatar a dizer coisas sem sentido. Os dados apontam o Gripen como fantástico em data links, sistemas de armas, radares, EW, custos de manutenção. Metes um Gripen E com radar AESA, Meteors e capacidade de lock através do capacete e partilha de alvos por data link e os nossos F16 faziam o quê contra essa ameaça?

É "uma treta"??? Vamos com calma. Objectivamente os ST e os Gripen não são bons, são muito bem na no seu segmento. Não interessa se são Embraer ou brasileiros ou o que seja. Os dados são os dados.

O Gripen é conhecido como o caça do marketing. Isso já vem do tempo em que o Gripen NG não passava de um desenho de computador, com tecnologia por desenvolver, e andava a Saab a dizer que nos exercícios em computador (deles) dava 4-1 aos Sukhois. Agora junta o marketing da Saab, com a propaganda brasileira (como vemos no KC) na internet. É a incarnação de Deus num avião.

No mundo real, passou da melhor coisa de sempre, para um avião que não consegue ganhar concursos nenhuns, sendo tudo varrido pelo F-16, F-35 e Rafale nos últimos anos. No Brasil ganhou, pela transferência de tecnologia e nada mais.

Os dados, dados de quem? Dos fanáticos deles? Dos haters dos outros? Das empresas que os produzem? Quem quer que tenha dado esses "dados", como é que teve acesso aos dados dos outros caças, nomeadamente dos seus radares e afins? O radar do Gripen é melhor que do F-15EX? Haja fé.

A realidade é esta, o Gripen é o caça de 4ª geração com desenvolvimento mais recente, para lá do F-15EX, logo claro que vai incluir alguma tecnologia que por exemplo um Rafale com 5 anos não terá. No entanto, a performance da aeronave não mudou, e o armamento que tem a bordo não difere em nada do de outros caças.

Queres fazer uma comparação justa, não compares o Gripen de 80/90 milhões a unidade, com radar AESA e Meteor, mais apoio externo através da informação partilhada por data link (pressupondo que há mais uma aeronave metida ao barulho), com os nossos F-16 modernizados com APG-66(v)2 muito mais antigo, que nem AESA é, e com AIM-120C5 e sem apoio nenhum. Quanto muito comparas com o F-16V, com AIM-120D, em que, no papel, o Gripen tem vantagem devido ao Meteor. Faz a mesma comparação com o futuro AIM-260, e de repente já vêm dizer que é injusta a comparação.

E sim, o Gripen é uma treta para uma Força Aérea que, na década de 30, devia já estar na 5ª geração (tal como os nossos aliados já estão), e não a comprar um caça de 4 geração, que custaria o mesmo que o F-35, e que teria forçosamente que aguentar ao serviço por mais 30 ou 40 anos, ou seja ficando a FAP entalada na 4ª geração até 2070.
 

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Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
« Responder #53 em: Setembro 28, 2022, 02:51:09 pm »
Então mas não temos já esses capacetes JHMCS há anos? Tudo bem que nunca se adquiriram os mísseis adequados. E o F-16 pode ser equipado com AESA, se não o fazem é por falta de vontade política. Já para não falar do Link 16. Ou seja, o F-16 tem (ou pode ter) praticamente tudo o que o Gripen tem. Depois do F-16, só a Fat Amy é que faz sentido.
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Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
« Responder #54 em: Setembro 28, 2022, 03:01:42 pm »
Então mas não temos já esses capacetes JHMCS há anos? Tudo bem que nunca se adquiriram os mísseis adequados. E o F-16 pode ser equipado com AESA, se não o fazem é por falta de vontade política. Já para não falar do Link 16. Ou seja, o F-16 tem (ou pode ter) praticamente tudo o que o Gripen tem. Depois do F-16, só a Fat Amy é que faz sentido.

Como disse acima o Gripen não faz sentido para Portugal porque com $10M por unidade fazes o upgrade para 90% ou 95% das capacidades do Gripen (em alguns aspectos até ficas com vantagens), Não faz nenhum sentido mudar para o Gripen. E não gostando do F-35 e achando que é over rated e que os custos de manutenções dados são uma treta completa acho que faz muito mais sentido para a FA. Nestas coisas há que ser objetivo e não nos deixar levar por gostos pessoais.
 

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Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
« Responder #55 em: Setembro 28, 2022, 03:11:18 pm »
Para mim a Razão do ST é não existir avião de Treino entre o Epsilon e o F16. Podia vir outro, com certeza. Podia não ter algumas unidades Coin, podia. Aliás, para mim basta um aparelho de treino com capacidade para levar armas e blindagem , que chega para a RCA. Outro cenário e mandas o F16.



Precisas de Escolta dos Merlin, no dia dia que tiveres capacidade em termos de unidades, logística e pessoal, para os mandar para qualquer lado. Não tens não precisas. Falo da RCA porque é mais urgente o envio de helis. Mas mesmo no Afeganistão os Bifes e os Dinamarqueses nem sempre andavam com escolta.Mas sim, um heli de ataque ou um treinador armado resolviam a questão da escolta. O problema é que cá precisas mais do avião de treino e sai-te mais barato.



O PNM foi só um exemplo que o problema não são apenas os políticos. Duvido que após o picas ser PR venha a ser realidade. SE já tiver algum avanço ainda fica como porta-contentores. :mrgreen:



O Gripen NG é bom para quem não tem por exemplo F16. Agora um F16V faz o mesmo que um Gripen E. Não me espanta que o Brasil e os Suecos vendam o peixe deles, da mesma forma que os Americas vendem o F35. Parecem todas uma maravilha, mas depois é que são elas. Já agora o F16 continua em produção. Vamos ver os outros.  :mrgreen:


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« Última modificação: Setembro 28, 2022, 03:29:01 pm por mafets »
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Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
« Responder #56 em: Setembro 28, 2022, 03:24:57 pm »
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O Gripen é conhecido como o caça do marketing. Isso já vem do tempo em que o Gripen NG não passava de um desenho de computador, com tecnologia por desenvolver, e andava a Saab a dizer que nos exercícios em computador (deles) dava 4-1 aos Sukhois. Agora junta o marketing da Saab, com a propaganda brasileira (como vemos no KC) na internet. É a incarnação de Deus num avião.

No mundo real, passou da melhor coisa de sempre, para um avião que não consegue ganhar concursos nenhuns, sendo tudo varrido pelo F-16, F-35 e Rafale nos últimos anos. No Brasil ganhou, pela transferência de tecnologia e nada mais.

Os dados, dados de quem? Dos fanáticos deles? Dos haters dos outros? Das empresas que os produzem? Quem quer que tenha dado esses "dados", como é que teve acesso aos dados dos outros caças, nomeadamente dos seus radares e afins? O radar do Gripen é melhor que do F-15EX? Haja fé.

Dados:

Red Flag 2006:

Gripen C

1º dia --> 10 - 0 em Kills

1 PILAV abateu 5 F-16 block 50+

Sem AWACS ligaram-se por data link e cumpriram todas as missões.

Dia 2 -->

3 Gripens contra 5 F-16 Noruegueses em 3 rondas:

5-0 // 5-0 // 5-1

Exercício Loyal Arrow:

1 Gripen contra 3 F-15C

2 F-15"killed" e um conseguiu fugir

https://www.globaldefensecorp.com/2021/01/07/gripen/

Na Ásia os Gripen Tailandeses deram uma coça tão grande aos Flankers chineses (e acho que indianos também) que os chineses até mudaram a forma de treino dos pilotos. No primeiro dia as "rules of engagement" ataram as mãos dos Gripen e sofreram baixas a partir do 2º dia levantaram as restrições e parece que foi o descalabro total com os Gripen a dominar. Lembro-me de ler isso há uns meses atrás mas não encontro o link.

Não é "marketing". São dados e não são dos brasileiros nem dos suecos.

Quanto ao radar do F-15EX é óbvio que o radar será melhor porque nestas coisas o tamanho importa e o radar é muito maior. Mas atenção que os Gripen têm um RCS de 1,5m2 e os F15 +- 25 m2 o F-15EX deve ter um RCS ainda superior por carregar mais armas. Por isso não será de estranhar que o F-15 e o Gripen acabem por se "ver" mais ou menos ao mesmo tempo.

Citar
Queres fazer uma comparação justa, não compares o Gripen de 80/90 milhões a unidade, com radar AESA e Meteor, mais apoio externo através da informação partilhada por data link (pressupondo que há mais uma aeronave metida ao barulho), com os nossos F-16 modernizados com APG-66(v)2 muito mais antigo, que nem AESA é, e com AIM-120C5 e sem apoio nenhum. Quanto muito comparas com o F-16V, com AIM-120D, em que, no papel, o Gripen tem vantagem devido ao Meteor. Faz a mesma comparação com o futuro AIM-260, e de repente já vêm dizer que é injusta a comparação.

O Meteor e o IRIS-T são o gold standard de mísseis actuais. Quando os EUA fizerem misseis melhores ou semelhantes o Gripen certamente irá também conseguir dispará-los como faz com basicamente todos os outros do inventório americano.

Citar
E sim, o Gripen é uma treta para uma Força Aérea que, na década de 30, devia já estar na 5ª geração (tal como os nossos aliados já estão), e não a comprar um caça de 4 geração, que custaria o mesmo que o F-35, e que teria forçosamente que aguentar ao serviço por mais 30 ou 40 anos, ou seja ficando a FAP entalada na 4ª geração até 2070.

Nunca disse que Portugal deve de adquirir Gripens. Aliás, até fiz questão de afirmar o contrário.
 

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Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
« Responder #57 em: Setembro 28, 2022, 03:31:22 pm »
A questão é que, acreditar no marketing do Gripen, e desconfiar das capacidades do F-35, revela desde logo uma dualidade de critérios. A única vantagem que o Gripen tem face ao F-35, são os custos de operação e a capacidade em dogfight (vantagens partilhadas pelo F-16), em tudo o resto o F-35 é superior, inclusive em questões de interoperabilidade com os aliados.

O que é certo é que, a curto/médio prazo, F-16 modernizados servem as nossas necessidades, mas mais tarde ou mais cedo terá que ser comprado um novo caça, e não há muitas opções viáveis para isso. Não esquecer que o F-35A, já vai com um custo unitário abaixo dos 80 milhões, duvido que o futuro FCAS ou Tempest custem menos de 100/120 milhões cada um.

Idealmente, esperávamos era pelo F-35 já com o novo motor, mais eficiente, pode ser que na altura de haver vontade de substituir os F-16, já esteja em uso.

Para mim a Razão do ST é não existir avião de Treino entre o Epsilon e o F16. Podia vir outro, com certeza. Podia não ter algumas unidades Coin, podia. Aliás, para mim basta um aparelho de treino com capacidade para levar armas e blindagem , que chega para a RCA. Outro cenário e mandas o F16.

Precisas de Escolta dos Merlin, no dia dia que tiveres capacidade em termos de unidades, logística e pessoal, para os mandar para qualquer lado. Não tens não precisas. Falo da RCA porque é mais urgente o envio de helis. Mas mesmo no Afeganistão os Bifes e os Dinamarqueses nem sempre andavam com escolta.Mas sim, um heli de ataque ou um treinador armado resolviam a questão da escolta. O problema é que cá precisas mais do avião de treino e sai-te mais barato.

Avião de treino não existe porque não quiseram. E entre ter o ST para tapar um buraco, ou adquirir o mais adequado PC-21 para substituir também o TB-30, além do AJ, prefiro o PC-21.

A necessidade COIN não existe ao ponto de ser necessário uma aeronave dedicada, bastando portanto uns UH-60 armados para a RCA e outras missões similares. Nem mesmo outra aeronave a hélice armada faria sentido, porque bastava os hélis.

Precisas de um helicóptero de apoio em qualquer cenário que tires da cartola. Os Koala civis, Lynx sub-equipados e Merlin que apenas 4 são "semi-militarizados", não chegam para as missões. Um UH-60 tapa esses buracos todos, e no dia em que precisares de usar os Mk-516 para uma missão, eles já não vão sozinhos. Os dinamarqueses e ingleses usaram no Afeganistão, mas não estava sozinhos, havendo por lá de tudo o que era aeronave de combate, e quando necessário dar apoio a forças em terra, lá apareciam uns Apaches a dar apoio. Nós na RCA, podemos fazer isso usando os UH-60 armados, sem necessidade de um segundo modelo de aeronave.

O ST é um excelente avião, para quem vai desempenhar missões de COIN com frequência ao longo dos 30 ou 40 anos de serviço da aeronave. Nós podemos ter esta missão na RCA, e mais nenhuma nos próximos 20 anos que exija aeronaves COIN, logo não compensa comprar uma aeronave especializada, e mais vale ter algo mais versátil.
 

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Visitante123

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Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
« Responder #58 em: Setembro 28, 2022, 03:51:55 pm »
A questão é que, acreditar no marketing do Gripen, e desconfiar das capacidades do F-35, revela desde logo uma dualidade de critérios. A única vantagem que o Gripen tem face ao F-35, são os custos de operação e a capacidade em dogfight (vantagens partilhadas pelo F-16), em tudo o resto o F-35 é superior, inclusive em questões de interoperabilidade com os aliados.

O que é certo é que, a curto/médio prazo, F-16 modernizados servem as nossas necessidades, mas mais tarde ou mais cedo terá que ser comprado um novo caça, e não há muitas opções viáveis para isso. Não esquecer que o F-35A, já vai com um custo unitário abaixo dos 80 milhões, duvido que o futuro FCAS ou Tempest custem menos de 100/120 milhões cada um.

Idealmente, esperávamos era pelo F-35 já com o novo motor, mais eficiente, pode ser que na altura de haver vontade de substituir os F-16, já esteja em uso.

O meu problema não é duvidar das capacidades do F35. O meu problema é saber quais elas são e acreditar nos relatórios que vão saindo.

A minha dúvida é sobre os custos de manutenção e repito-a. Um avião stealth não pode ter custos de manutenção menores do que os de um caça de 4ª geração criado de raíz para ter custos de manutenção baixos. Basta ver os custos do material absorvente de radar e as horas (dias) necessários para o manter. Se tudo o resto fosse igual (não é) só isso já chegava para justificar uma diferença grande de precos. Não só não me acredito como estou convencido que o futuro vai mostrar que estou correcto.

Devíamos fazer upgrade progressivo para F16V e as células mais antigas seriam convertidas para F35. Não há pressa para o incorporar porque o F35A ainda não está suficientemente maduro. Pode haver é pressa em os encomendar, isso sim.
 

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Subsea7

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Re: Aeronaves de apoio aéreo próximo em Portugal
« Responder #59 em: Setembro 28, 2022, 04:04:15 pm »
NO SWA, 1 F-35 fez kill em 6 F-15SG....
Cps,