Qualquer arma teria utilidade. Agora a questão é, no caso do M114, porque razão haveriam os ucranianos de preferir este, em vez de, por exemplo, o M198, que é superior em tudo, incluindo alcance maior e guarnição menor? Eles nem sequer estão a utilizar os M777 ao seu máximo potencial, que é ao ser transportado de helicóptero, logo rebocado por rebocado, o M198 servia perfeitamente.
Nós enviarmos um número simbólico de M114 pouco vale. O que poderia valer, era se tivéssemos um Governo a sério, disposto a abrir os cordões à bolsa, e despachávamos os M109, já com o seu substituto em vista. Por esta hora, já teríamos o primeiro PzH-2000/K9/M109A6 (ou até num programa único, para uniformizar a artilharia AP, com Caesar 6x6 para substituir os M114, e 8x8 para os M109).
Suicidas? A capacidade de fogo contra-bateria dos russos tem-se mostrado ineficaz.
Primeiro, os sistemas de localização são de tecnologia obsoleta.
Segundo, as comunicações desses dados para a artilharia é lenta e complicada.
Terceiro, a própria artilharia russa tem pouca precisão para atacar com sucesso alvos tão pequenos.
Existem inúmeros casos de russos a atingir M109, M777 e companhia com fogo de contra-bateria. Pode não ser totalmente eficaz, mas certamente que essa eficácia aumenta, a partir do momento em que a arma em uso, em vez de um M777 ou M198 ou FH-70, é um M114, que tem de estar situado muito mais próximo das forças opositoras.
O M114 seria, quanto muito, um sistema de último recurso/para fazer número.
De notar sim, é o destaque dos últimos dias do HIMARS. Se continuar a revelar eficácia no conflito, estará na lista de compras de muitos países.