CAS/Overwatch na FAP ???

  • 295 Respostas
  • 38285 Visualizações
*

Red Baron

  • Investigador
  • *****
  • 2869
  • Recebeu: 580 vez(es)
  • Enviou: 355 vez(es)
  • +153/-469
Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #105 em: Setembro 13, 2022, 11:56:22 pm »
Mas porque é que de todos os exemplos a seguir da França ou dos EUA, é das aeronaves dedicadas a COIN que se lembram?

Quem tem dinheiro pode dar-se ao luxo de ter meios dedicados para uma missão tão específica como COIN. Quem não tem, tem que ter algo o mais versátil possível, de preferência que seja útil tanto em TOs de baixa intensidade, como em guerra convencional.

A questão é simples: querem um meio que seja excelente para COIN, mas que seja praticamente inútil em conflito convencional, ou querem um meio que seja útil em conflito convencional, e que consiga cumprir na mesma COIN e outras missões de baixa intensidade?

Na FAP a missão principal do A-29 seria sempre a formação avançada de pilotos.
Todas as outras seriam secundarias.

Armed ISR ou Armed Overwatch é algo moderno e cada vez mais procurado, sobretudo para um país que se focou tanto na BrigRR nos últimos anos.
 

*

tenente

  • Investigador
  • *****
  • 10366
  • Recebeu: 5670 vez(es)
  • Enviou: 4363 vez(es)
  • +8478/-1842
Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #106 em: Setembro 14, 2022, 12:10:35 am »
Primeiro devemos ter a aeronave dedicada para COIN, para convencermos os parceiros africanos CPLP a quem damos formação a comprá-los...depois quando já todo o mundo estiver na fase seguinte é que nós entramos no comboio.

Não temos nem nunca vamos ter orçamento para uma gestão correta e eficiente dos meios e frotas das forças armadas.

Mas sonhar não custa.

Gostei de ler, fiquei convencido, muito bom !
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Subsea7

*

tenente

  • Investigador
  • *****
  • 10366
  • Recebeu: 5670 vez(es)
  • Enviou: 4363 vez(es)
  • +8478/-1842
Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #107 em: Setembro 14, 2022, 12:12:19 am »
Pois mas o tucano ou super tucano será util para a conversão operacional para o F-16...nem todos podem ir ter formação nos EUA para essa plataforma.

Isto tem de ser tudo multitask.

Não temos orçamento para frotas estanques.

Então foi por isso que se compraram os 390 em vez dos J ou dos Atlas ?

Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Subsea7

*

Subsea7

  • Investigador
  • *****
  • 1796
  • Recebeu: 1682 vez(es)
  • Enviou: 2525 vez(es)
  • +5502/-2915
Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #108 em: Setembro 14, 2022, 12:19:14 am »
Primeiro devemos ter a aeronave dedicada para COIN, para convencermos os parceiros africanos CPLP a quem damos formação a comprá-los...depois quando já todo o mundo estiver na fase seguinte é que nós entramos no comboio.

Não temos nem nunca vamos ter orçamento para uma gestão correta e eficiente dos meios e frotas das forças armadas.

Mas sonhar não custa.

São estes senhores que....vestem a farda !
Gostei de ler, fiquei convencido, muito bom !
 

*

tenente

  • Investigador
  • *****
  • 10366
  • Recebeu: 5670 vez(es)
  • Enviou: 4363 vez(es)
  • +8478/-1842
Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #109 em: Setembro 14, 2022, 12:23:14 am »
Se é por causa da "frente africana", então Angola que dê o exemplo e se chegue à frente dado já operar o Super Tucano. Assim ficávamos livres para comprar um avião de treino avançado como deve ser, tipo PC-21 ou mesmo M-346, à semelhança de todo e qualquer país desenvolvido que se preze.

Todo os nossos parceiros têm feito o quê? Adquirido helicópteros de transporte com boa capacidade de sobrevivência em combate, e de ataque para proteção, escolta, missões anti-tanque e apoio aéreo próximo. E o que queremos nós fazer? Adquirir turbo-hélices para voltarmos às guerrinhas no meio do mato, como se isso fosse a pecha mais importante de hoje e dos tempos mais próximos nas nossas Forças Armadas.

Estamos bem entregues, disso não hajam dúvidas.

Completamente de acordo.
Continuam aqui alguns a tentar comparar o incomparável o leque de missões que um heli consegue desempenhar é muitissimo superior às  de um ST.

Será muito mais útil as FFAA possuir uma dúzia de UH-60L/M que o mesmo numero de ST disso não há qq dúvida, mesmo que esses helis sejam adquiridos como vão ser os seis dos combates aos FF.

Permitam-me um ligeiro offtopic que aqui vou colocar quanto aos Evakuativos.
Estive à  onversa com um el da FAP que me disse que esta compra dos helis bombardeiros, modelo que a FAP vem defendendo como heli médio a adquirir, foi o método encontrado para, dispendendo poucos recursos, se adquirir umas unidades desse modelo, versão mais antiga e logo mais baratuxa, a FAP poder iniciar as operações, FF,  ir testando as aeronaves, treinando pilotos e Mecanicos, e, quando em 2023/4, já com 4 helis ao serviço e com cerca de 1000 HV, avançar com a apresentação de um projecto de aquisição de mais uns quantos helis, provavelmente versões L/M, possivelmente também
através da mesma empresa, tendo como base/trunfo para este pedido o desempenho das unidades alocadas desde 2023, aos combates dos FF.
Confesso que se o estratagema é/for este acho que até tem perninhas para ser vencedor e dou os meus sinceros Parabéns a quem na FAP, assim o engendrou.

Já agora, para terminar, convira recordar para os mais esquecidos que a autonomia de um ST varia inversamente com o aumento do armamento instalado para o desempenho de determinada missão.

Abraços
« Última modificação: Setembro 14, 2022, 12:38:15 am por tenente »
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: LM, NVF, Charlie Jaguar, Pescador, Subsea7

*

tenente

  • Investigador
  • *****
  • 10366
  • Recebeu: 5670 vez(es)
  • Enviou: 4363 vez(es)
  • +8478/-1842
Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #110 em: Setembro 14, 2022, 12:41:06 am »
Mas porque é que de todos os exemplos a seguir da França ou dos EUA, é das aeronaves dedicadas a COIN que se lembram?

Quem tem dinheiro pode dar-se ao luxo de ter meios dedicados para uma missão tão específica como COIN. Quem não tem, tem que ter algo o mais versátil possível, de preferência que seja útil tanto em TOs de baixa intensidade, como em guerra convencional.

A questão é simples: querem um meio que seja excelente para COIN, mas que seja praticamente inútil em conflito convencional, ou querem um meio que seja útil em conflito convencional, e que consiga cumprir na mesma COIN e outras missões de baixa intensidade?

Na FAP a missão principal do A-29 seria sempre a formação avançada de pilotos.
Todas as outras seriam secundarias.

Armed ISR ou Armed Overwatch é algo moderno e cada vez mais procurado, sobretudo para um país que se focou tanto na BrigRR nos últimos anos.

E para essa missão primária sera melhor e muito mais econômico apostar no PC21.

Abraços
Quando um Povo/Governo não Respeita as Suas FFAA, Não Respeita a Sua História nem se Respeita a Si Próprio  !!
 

*

Lightning

  • Moderador Global
  • *****
  • 11096
  • Recebeu: 2355 vez(es)
  • Enviou: 3270 vez(es)
  • +741/-1033
Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #111 em: Setembro 14, 2022, 12:47:38 am »
Em qualquer dos casos, a necessidade do ST dedicado a COIN para nós, não me parece existir, ficando nós a ganhar mais com o par helicóptero/UCAV.

Então precisa é de um trio helicóptero/UCAV/PC-21...

Eu até entendo as vantagens dos helis já ditas aqui no Forum, principalmente a capacidade de poder operar de navios.

Mas eu dificilmente vejo uma guerra convencional de grande intensidade que Portugal participe, e mesmo nas operações de baixa intensidade em África não vejo o governo autorizar esse tipo de meios para África, são demasiado "agressivos", e correm o risco de má publicidade contra o governo, sindrome colonialista, vejo mais facilmente helis Black Hawk que possam ser armados, sim.

Helis dedicados Apache/Cobra correm o serio risco de nunca serem usados em nada excepto treinos.
 

*

dc

  • Investigador
  • *****
  • 8556
  • Recebeu: 3909 vez(es)
  • Enviou: 721 vez(es)
  • +4988/-790
Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #112 em: Setembro 14, 2022, 01:44:26 am »

Na FAP a missão principal do A-29 seria sempre a formação avançada de pilotos.
Todas as outras seriam secundarias.

Armed ISR ou Armed Overwatch é algo moderno e cada vez mais procurado, sobretudo para um país que se focou tanto na BrigRR nos últimos anos.

Se isso fosse verdade, a escolha óbvia seria o PC-21, até porque é o que a maioria usa. Para COIN e missões equivalentes seguia-se o rumo dos helicópteros, que mais uma vez é o que os aliados fazem. Em alternativa, ainda se podia complementar os helicópteros com um par de AC-295, sendo que estes ainda podiam desempenhar grande parte das missões de transporte que os C-295 "normais" já fazem.

O país focou-se tanto na BRR porque nos últimos 20 anos o foco foi na guerra contra o terrorismo. Seguindo essa lógica, em vez de artilharia AP ou baterias AA, deviam-se comprar dezenas ou centenas de MRAPs, já que o foco é a BRR. A realidade mudou, isto é um facto, e se o ST faz sentido para África, não faz sentido para as frentes que mais respeito nos dizem, a Europa e sobretudo o Atlântico. E quando a segurança do Atlântico é dada como a principal prioridade e função nas nossas FA, não faz sentido divergir desta ideia.

Em qualquer dos casos, a necessidade do ST dedicado a COIN para nós, não me parece existir, ficando nós a ganhar mais com o par helicóptero/UCAV.

Então precisa é de um trio helicóptero/UCAV/PC-21...

Em qualquer dos casos precisavas de um trio, mesmo com o ST. Até porque desses três, o ST só substitui o PC-21, continuando a fazer falta helicópteros médios que possam ser armados, e UCAVs que são o presente e o futuro da guerra, tanto convencional como não convencional.

Sem ser o negócio dos 12 Super Tucanos por 40 milhões (que cheira a esturro dado que ninguém os quis ainda), fica-te mais barato comprar uma dezena ou dúzia de PC-21 mais uma dúzia de UH-60 bem equipados.

Depois ainda levanto a questão, compramos 12, quantos são para COIN, quantos para treino? Quantos enviados para as missões? Quantos pilotos treinados para esta função específica nesta aeronave? Numa FAP com falta de pilotos, faz mesmo sentido arranjar meia dúzia deles para operar uma aeronave específica numa missão específica? Não faziam mais falta para reforçar as esquadras de F-16?

Eu até entendo as vantagens dos helis já ditas aqui no Forum, principalmente a capacidade de poder operar de navios.

Mas eu dificilmente vejo uma guerra convencional de grande intensidade que Portugal participe, e mesmo nas operações de baixa intensidade em África não vejo o governo autorizar esse tipo de meios para África, são demasiado "agressivos", e correm o risco de má publicidade contra o governo, sindrome colonialista, vejo mais facilmente helis Black Hawk que possam ser armados, sim.

Helis dedicados Apache/Cobra correm o serio risco de nunca serem usados em nada excepto treinos.

Não sabemos o dia de amanhã, sabemos apenas que uma aeronave tipo Super Tucano poderá ter que ficar ao serviço da FAP durante pelo menos 20/30 anos, e aí muita coisa pode mudar. O que também sabemos é que, fora do espectro das missões de baixa intensidade, o ST não serve. Com base nisto, faz sentido meter todas as fichas nos ST? Não me parece.

A mim o que me parece é que, com ou sem guerra à vista, os meios a adquirir devem ter uso idealmente para as três frentes que temos (Atlântico, Europa, África). Adquirir meios que apenas se dão bem no TO africano, e que não contribuem em nada para o resto (excepto treino), é que não me parece fazer sentido.

Agora claro que a minha opinião, e se calhar a de muita gente, é capaz de mudar ligeiramente, se a compra dos ST fosse paralela (e não em detrimento) à compra de um maior número de "helicópteros de evacuação" (o que duvido). Isto, e com a garantia que não se ia reduzir a formação de pilotos de combate de F-16/futuro caça, para os ter para os ST.
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: Pescador

*

Red Baron

  • Investigador
  • *****
  • 2869
  • Recebeu: 580 vez(es)
  • Enviou: 355 vez(es)
  • +153/-469
Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #113 em: Setembro 14, 2022, 02:23:52 am »

Na FAP a missão principal do A-29 seria sempre a formação avançada de pilotos.
Todas as outras seriam secundarias.

Armed ISR ou Armed Overwatch é algo moderno e cada vez mais procurado, sobretudo para um país que se focou tanto na BrigRR nos últimos anos.

Se isso fosse verdade, a escolha óbvia seria o PC-21, até porque é o que a maioria usa. Para COIN e missões equivalentes seguia-se o rumo dos helicópteros, que mais uma vez é o que os aliados fazem. Em alternativa, ainda se podia complementar os helicópteros com um par de AC-295, sendo que estes ainda podiam desempenhar grande parte das missões de transporte que os C-295 "normais" já fazem.

O país focou-se tanto na BRR porque nos últimos 20 anos o foco foi na guerra contra o terrorismo. Seguindo essa lógica, em vez de artilharia AP ou baterias AA, deviam-se comprar dezenas ou centenas de MRAPs, já que o foco é a BRR. A realidade mudou, isto é um facto, e se o ST faz sentido para África, não faz sentido para as frentes que mais respeito nos dizem, a Europa e sobretudo o Atlântico. E quando a segurança do Atlântico é dada como a principal prioridade e função nas nossas FA, não faz sentido divergir desta ideia.

Em qualquer dos casos, a necessidade do ST dedicado a COIN para nós, não me parece existir, ficando nós a ganhar mais com o par helicóptero/UCAV.

Então precisa é de um trio helicóptero/UCAV/PC-21...

Em qualquer dos casos precisavas de um trio, mesmo com o ST. Até porque desses três, o ST só substitui o PC-21, continuando a fazer falta helicópteros médios que possam ser armados, e UCAVs que são o presente e o futuro da guerra, tanto convencional como não convencional.

Sem ser o negócio dos 12 Super Tucanos por 40 milhões (que cheira a esturro dado que ninguém os quis ainda), fica-te mais barato comprar uma dezena ou dúzia de PC-21 mais uma dúzia de UH-60 bem equipados.

Depois ainda levanto a questão, compramos 12, quantos são para COIN, quantos para treino? Quantos enviados para as missões? Quantos pilotos treinados para esta função específica nesta aeronave? Numa FAP com falta de pilotos, faz mesmo sentido arranjar meia dúzia deles para operar uma aeronave específica numa missão específica? Não faziam mais falta para reforçar as esquadras de F-16?

Eu até entendo as vantagens dos helis já ditas aqui no Forum, principalmente a capacidade de poder operar de navios.

Mas eu dificilmente vejo uma guerra convencional de grande intensidade que Portugal participe, e mesmo nas operações de baixa intensidade em África não vejo o governo autorizar esse tipo de meios para África, são demasiado "agressivos", e correm o risco de má publicidade contra o governo, sindrome colonialista, vejo mais facilmente helis Black Hawk que possam ser armados, sim.

Helis dedicados Apache/Cobra correm o serio risco de nunca serem usados em nada excepto treinos.

Não sabemos o dia de amanhã, sabemos apenas que uma aeronave tipo Super Tucano poderá ter que ficar ao serviço da FAP durante pelo menos 20/30 anos, e aí muita coisa pode mudar. O que também sabemos é que, fora do espectro das missões de baixa intensidade, o ST não serve. Com base nisto, faz sentido meter todas as fichas nos ST? Não me parece.

A mim o que me parece é que, com ou sem guerra à vista, os meios a adquirir devem ter uso idealmente para as três frentes que temos (Atlântico, Europa, África). Adquirir meios que apenas se dão bem no TO africano, e que não contribuem em nada para o resto (excepto treino), é que não me parece fazer sentido.

Agora claro que a minha opinião, e se calhar a de muita gente, é capaz de mudar ligeiramente, se a compra dos ST fosse paralela (e não em detrimento) à compra de um maior número de "helicópteros de evacuação" (o que duvido). Isto, e com a garantia que não se ia reduzir a formação de pilotos de combate de F-16/futuro caça, para os ter para os ST.

Ainda não percebi a vantagem do PC-21 em relação ao A-29, é patrocínio?

Tudo o resto é puro desconhecimento.
 

*

Get_It

  • Investigador
  • *****
  • 2280
  • Recebeu: 534 vez(es)
  • Enviou: 466 vez(es)
  • +837/-827
Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #114 em: Setembro 14, 2022, 08:48:10 am »
Eu pensei que o primeiro parágrafo do post do raphael era sarcasmo e uma indirecta.

Mas porque é que de todos os exemplos a seguir da França ou dos EUA, é das aeronaves dedicadas a COIN que se lembram?
Os franceses operam aeronaves COIN em África? Ou melhor: os franceses operam aeronaves COIN? E mesmo os EUA só as têm operado para formar países aliados (Afeganistão e Filipinas) e em testes operacionais (os Bronco na Síria).

O país focou-se tanto na BRR porque nos últimos 20 anos o foco foi na guerra contra o terrorismo.
Pensei que o foco na BRR era porque ficava mais barato equipar uns comandos/rangers/pára-quedistas do que comprar equipamento a sério. ;)

Em qualquer dos casos, a necessidade do ST dedicado a COIN para nós, não me parece existir, ficando nós a ganhar mais com o par helicóptero/UCAV.
Para mim, qualquer conversa a justificar a compra do ST devido à missão COIN é conversa para boi dormir.

Não sabemos o dia de amanhã, sabemos apenas que uma aeronave tipo Super Tucano poderá ter que ficar ao serviço da FAP durante pelo menos 20/30 anos, e aí muita coisa pode mudar.
Qualquer meio adquirido neste país tem de durar no mínimo 40 anos. E mesmo assim depois arranja-se umas modernizações todas XPTO para chegar aos 50 ou 60 anos de serviço.

Cumprimentos,
:snip: :snip: :Tanque:
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: NVF, Subsea7

*

Pescador

  • Investigador
  • *****
  • 4064
  • Recebeu: 2639 vez(es)
  • Enviou: 2190 vez(es)
  • +5704/-2809
Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #115 em: Setembro 14, 2022, 10:29:26 am »
Se é por causa da "frente africana", então Angola que dê o exemplo e se chegue à frente dado já operar o Super Tucano. Assim ficávamos livres para comprar um avião de treino avançado como deve ser, tipo PC-21 ou mesmo M-346, à semelhança de todo e qualquer país desenvolvido que se preze.

Todo os nossos parceiros têm feito o quê? Adquirido helicópteros de transporte com boa capacidade de sobrevivência em combate, e de ataque para proteção, escolta, missões anti-tanque e apoio aéreo próximo. E o que queremos nós fazer? Adquirir turbo-hélices para voltarmos às guerrinhas no meio do mato, como se isso fosse a pecha mais importante de hoje e dos tempos mais próximos nas nossas Forças Armadas.

Estamos bem entregues, disso não hajam dúvidas.

Angola é mais de chegar a frente, mas a mão a agarrar o mais que puder, em troca de uns favores aos que vendem Portugal
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: mafets

*

mafets

  • Investigador
  • *****
  • 8684
  • Recebeu: 3261 vez(es)
  • Enviou: 1002 vez(es)
  • +4063/-6486
Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #116 em: Setembro 14, 2022, 10:29:57 am »
Só por curiosidade. V.exmas sabem que tanto o 337 como o Epsilon em países a serio andaram a mandar brasa. Cá acabaram com os primeiros à pressa e os segundos é só formação. Não davam jeito nenhum na RCA. Tantos brincalhões que passaram pela FAp e agora é que se lembram de Cas e Coin..  :mrgreen: :mrgreen:






Saudações  :mrgreen:

P.S. Lembram-se do Alpha A?  :mrgreen:

"Nunca, no campo dos conflitos humanos, tantos deveram tanto a tão poucos." W.Churchil

http://mimilitary.blogspot.pt/
 

*

Charlie Jaguar

  • Investigador
  • *****
  • 5570
  • Recebeu: 5553 vez(es)
  • Enviou: 3660 vez(es)
  • +10067/-2645
Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #117 em: Setembro 14, 2022, 10:30:17 am »
Citar
The entire region is notably austere, with operations often occurring in remote areas far from large established bases in major population centers. Helicopters and other aircraft have become essential to supporting those activities, with the French often forming temporary air-land task forces to conduct long distance patrols through so-called “ungoverned spaces.” This term applies to areas where formal governments have little presence, giving terrorists and other armed groups, as well as criminal elements, places to flourish.

But given the nature of the terrain, the ALAT is becoming increasingly of the view that helicopters might not be the best tool for all situations and that relying on fast-moving French Air Force multi-role fighter jets to provide additional support simply isn’t practical or cost effective. Lieutenant General Grintchenko revealed to a gathering in London that he was actively looking at acquiring a fleet of manned, fixed wing light attack aircraft to supplement his rotary wing fleet.

Why do I need to use a helicopter to do this particular mission; it has to be because I have something to do on the ground [and need to land in a confined area],” the ALAT’s commander posited, according to a separate report from Jane’s. “If I don’t need to do anything on the ground [such as area surveillance or close air support], then why don’t I use a fixed-wing aircraft instead? It is much cheaper.

E então? Se a França quer aeronaves COIN de asa fixa que as compre. Não pretendem encomendar mais PC-21 para o Armée de l'Air? Pois bem, peçam à Pilatus uma versão musculada do aparelho e utilizem eles lá nas suas guerrinhas no Mali, RCA, Níger, Chade, Djibouti, etc. E, no entanto, o Armée de Terre anda a pensar seriamente é na aquisição do CH-47F depois da Airbus se ter juntado à Boeing no programa de fornecimento do Chinook à Alemanha.

A grande pressão (via ONU) para que tenhamos turbohélices COIN para utilização em cenário africano partiu precisamente da França, que quer que outros façam aquilo que eles não querem fazer (ou gastar), apelidando assim de contributo reforçado. E é por essa e por outras razões que a aquisição do Super Tucano para a Força Aérea Portuguesa não faz qualquer sentido, o que infelizmente não vai de encontro com a corrente de pensamento actual das chefias que parecem hipnotizadas pela propaganda da Embraer.

Escolher o Super Tucano é precisamente seguir o caminho contrário dos nossos congéneres da Aliança Atlântica (excepção feita aos EUA, naturalmente), e embrenhar por uma opção difícil de explicar operacionalmente. Afinal mal há orçamento para que as tripulações (quando as há) mantenham os mínimos NATO de horas de voo ou para a manutenção das frotas, e agora do nada vamos passar a ter uma Esquadra parcialmente dedicada a missões de ataque ao solo e apoio aéreo próximo em teatros ultramarinos? Não cabe na cabeça a ninguém, somente a alguns saudosistas do tempo das colónias. ::)

As nossas Forças Armadas possuem um défice considerável de aeronaves de asa rotativa, e para aquilo que se pretende vir a ter opções é que não faltam; haja para tal vontade. E se queremos, ou temos (pelos vistos ::)), de comprar algo mais à Embraer, então que sejam meios verdadeiramente úteis. Faço por isso minhas as palavras escritas ontem noutro tópico pelo mafets:

Tanta coisa Embraer que fazia jeito a Portugal. Mas tinha de ser este...  :mrgreen:









Saudações
Saudações Aeronáuticas,
Charlie Jaguar

"(...) Que, havendo por verdade o que dizia,
DE NADA A FORTE GENTE SE TEMIA
"

Luís Vaz de Camões (Os Lusíadas, Canto I - Estrofe 97)
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: LM, NVF, mafets

*

Pescador

  • Investigador
  • *****
  • 4064
  • Recebeu: 2639 vez(es)
  • Enviou: 2190 vez(es)
  • +5704/-2809
Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #118 em: Setembro 14, 2022, 10:33:06 am »
Os teatros africanos para Portugal parecem ser muito importantes e quiçá cruciais para alguns. Alguns do caldeirão politico empresarial dos seus amigos e militares com vocação de adidos e nada mais.
Já o País e a Europa, deixam para outros
 
Os seguintes utilizadores agradeceram esta mensagem: NVF, Charlie Jaguar, Subsea7

*

MATRA

  • Especialista
  • ****
  • 1149
  • Recebeu: 983 vez(es)
  • Enviou: 1067 vez(es)
  • +108/-20
Re: CAS/Overwatch na FAP ???
« Responder #119 em: Setembro 14, 2022, 11:09:12 am »

 :mrgreen:
Citar
Embraer engages OGMA, in Portugal, for the maintenance and modernization of the A-29 Super Tucano
:mrgreen:

https://embraer.com/global/en/news?slug=1207092-embraer-engages-ogma-in-portugal-for-the-maintenance-and-modernization-of-the-a-29-super-tucano
“Hard times create strong men. Strong men create good times. Good times create weak men. And, weak men create hard times.”
G. Michael Hopf, Those Who Remain