E continuam a bat by er na mesma tecla. Já nem sei se é mesmo ignorância ou falta de vontade de saber. Olham para o MRTT como se fosse um mero avião tanque, o que não é.
Depois querem argumentar como se na FAP estas aeronaves andassem a fazer AAR todos os dias. Anda tudo doido?
Então e se AAR é assim tão caro, para que tencionam possuir esta capacidade no KC-390? Só porque sim?
Já nem me vou dar ao trabalho. Já tomou proporções absurdas, quando uma das aeronaves mais versáteis que poderíamos ter, é vista como um mero avião reabastecedor.
Depois vem o típico argumento de "em caso de ataque, não estamos sozinhos". Pois bem, por essa lógica, vendam os F-16, os P-3, os U-214, as fragatas, e por aí fora. Felizmente somos os únicos na NATO que pensamos assim, os outros, que são burros claro, lá gastam uma pipa de massa nas suas forças armadas, quando podiam fazer como o tuga, e depender de terceiros...
Nós somos um país da NATO com um panorama geográfico único. No entanto continuamos com a mentalidade de sermos uma Bélgica, com um pequeno marzinho e espaço aéreo para controlar.
ó dc, essa nem parece sua... A diferença é que esses outros meios que menciona são essenciais, i.e., “must have”, enquanto o MRTT é um “Nice to have” e, ainda por cima, caríssimos de adquirir e operar . Os ingleses pagam-nos a 25000 £/hora, para fazer reabastecimento e transporte estratégico para as Falkland; por comparação, o F-16 custa $8000/hora, ou seja quase 4 vezes menos. Onde é que íamos ter dinheiro para operar esses bichos? .. dá mais jeito uma fragata,/8 F-16 ou dois MRTT? Porque a questão é essa...
E, sim, o MRTT tem múltiplas valências, mas é principalmente um reabastecedor e continuo a dizer que não precisamos disso para defesa do território e da ZEE, especialmente ao preço que fica operar... lá está, é “Nice to have”, mas é caro para xuxu, como diriam os nossos irmãos de Vera Cruz... por outro lado, se querem transporte estratégico a sério, então adquiram C-17... até ao ano passado havia uns white tails a preço de fábrica... o preço é parecido ($270 milhões para o C-17, enquanto a Austrália deu $300 milhões por cada um dos seus MRTT, além de que o C-17 “só” custa $24000/hora para operar, ou seja, menos 20% que o MRTT) e é um transporte estratégico incomparavelmente melhor... até leva Leos... para que é que querem algo que não é carne nem peixe e custa os olhos da cara?
Cheers
Não, a questão não é essa. O problema é que se está a colocar a opção MRTT, como quem tem que abdicar de outro equipamento para os ter. Como se para ter a perna esquerda, eu tivesse que abdicar da direita, ou vice-versa.
De todos os investimentos que menciona, a LPM não prevê nem substituição/novo upgrade dos F-16, nem fragatas novas. Prevê sim esbanjar um monte de dinheiro em 5 KC-390 mono-missão, apesar de nos tentarem vender a ideia que o KC faz muito mais que o C-130 já fazia. A realidade é esta, ao custo de 100-120 milhões unidade, é uma compra de país rico, e com os 200/240 milhões dos dois últimos KC, pagavas praticamente um MRTT. Não esquecer que estamos aqui a falar na conversão de dois A330 civis em MRTT.
Aliás, eu propunha que se analise a seguinte ideia. Com a reestruturação da TAP, quantos A330 em regime de Leasing a empresa deixará de operar, aviões estes que, dado o estado do sector, dificilmente terão outro contrato de leasing à sua espera, portanto ficarão parados. Será que por um preço aceitável, não conseguíamos 2 destas aeronaves, e depois converter? É que todas as partes envolvidas ganham. Ganha Portugal (capacidade estratégica militar e civil), ganha a Airbus (novo cliente e manutenção de postos de trabalho), a UE (circulação de dinheiro num sector afectado pelo COVID) e a NATO (reforço de capacidade estratégica de um membro). Com tanta vantagem para tanta gente, nem ficava surpreendido se houvesse financiamento da UE/NATO para avançar com esta ideia.
Os custos de h/voo do C-17 vs o MRTT, cheiram-me um pouco a esturro. Mas sou eu a ser céptico. Facto é que, se o C-17 é assim tão "barato", não teria compensado desde logo ter 3 destes em vez dos originais 6 C-130 ou futuros 5 KC?
Concordo que há prioridades, mas eu estou a falar do ponto de vista estratégico. E todos os outros temas já forma mais que debatidos, o caso dos caças, chegou-se uma mão cheia de alternativas, apenas uma financeiramente viável de executar nesta década, substituição das VdG idem. A LPM actual precisa de ser urgentemente renovada, 4200 milhões dá para muito mais do que o que está planeado, se as coisas forem bem feitas.