Duvido no actual quadro que o destacar lá fora, saia do papel. No que diz respeito à questão dos meios a FAP preferia um jacto o que iria sempre obrigar a manter o Epsilon, Chip ou que viesse a seguir.
Eu não duvido, já que vamos servir de montra do ST na Europa, logo não é apenas com a missão de treino que o vai fazer, já que é inferior ao concorrente directo neste aspecto, restando-lhe tentar impressionar no COIN em África. Mais depressa não enviam é os helicópteros de "evacuação", e vão usar a desculpa que "esses meios podem ser fornecidos por outros países", argumento esse que, por coincidência, não toca no ST, apesar de haver vários utilizadores em África.
Resta saber se vai ser armado. O Merlin até hoje não foi. Portanto...
Com a vinda do ST, o mais certo é os "estrategas" virem dizer que afinal não é preciso armar os helicópteros para África, logo já será uma sorte se receberem metralhadoras nas portas laterais. Lá está, o efeito dominó da vinda de uma aeronave a hélice armada, que vai "bloquear" a vinda de armamento para as demais esquadras.
A Opção T2 nunca saiu do papel. A própria FAB só vai modernizar parte dos AMX biplace pelo que fica a restante frota encaixotada à espera de Upgrade ou comprador. E para mim a opção do PC21 é viável como sempre foi. Desde que venham com os 5 pontos de armamento que mesmo para mandar uns balázios no CTA tem de se usar os F16.
O ponto fulcral é que nem para a FAB, o ST serve para treino avançado. O que nos vai obrigar mais tarde ou mais cedo a comprar outra aeronave, ou a andar a pagar horas noutro lado. E agora só por curiosidade, hoje em dia ainda é essencial aeronaves de treino serem capazes de lançar armamento (pelo menos no caso das aeronaves a hélice que vão formar pilotos de caças)? Compensa sequer os custos, dadas as diferenças de performance e capacidades entre as aeronaves? Um bom assunto a debater creio, principalmente quando me parece que os franceses por exemplo, não o fazem com os seus PC-21 (creio eu, que nunca vi um PC-21 armado).
Mas são os EUA que produzem os Super Tucano em Sierra Nevada e os vendem para um conjunto de países, além de o "avaliarem". Salvo erro, do mesmo tipo os américas só produzem o AT6.
E pretendem usar no US SOCOM, ou seja, para missões de nicho, e eles têm dinheiro para essas andanças. Nós precisamos é de meios que sejam o mais versáteis possível, ou meios que, no caso de serem "mono-missão", sejam baratos e simples. O ST não é nenhum dos dois.
Esse investimento começa nas 120 milenas dos Nh90 que acabaram em zero unidades. Fora outros negócios ruinosos para as F.A.
E isso não tem muito a ver com a vinda do ST. Quanto muito, servirá de alerta para estes negócios da treta para ajudar os amigos, sem quaisquer critérios técnicos em consideração.
Os Epsilon e os Falcon tiveram parte da verba da Modernização a vir da UE. Tens os CL515 que parte da verba mais uma vez vem da UE e obviamente não vão apenas apagar fogos. Já para não falar da mega lancha da GNR. Além disso as LPM nunca neste pais quiseram saber de grande coisa nem foram cumpridas na integra. Prioridade para mim sempre foram os Caracóis e a substituição dos Alpha. Falo disso em muitos posts. O resto já não é comigo.
Essencialmente tudo o que é meio civil. Mas agora imagina precisarmos de ajuda para modernizar os Epsilon, que são tostões comparados com os restantes programas. O CL515 é para apagar fogos, não é uma fragata. O patrulha da GNR foi com financiamento que a Marinha não conseguiria de qualquer maneira. Pena é não se ter utilizado esse financiamento, para adquirir mais e substituir os Cacine de vez, nem que a GNR ficasse com essa parte da responsabilidade, e a Marinha com a vertente Oceânica.
As LPM nunca se cumprem na íntegra, mas também nunca acontece o Governo aceitar alterar a dita Lei, para adquirir mais meios militares. No caso do AOR, não se pode mexer, mas para os amigos do ST, já pode, e é esta a maior indignação de todas.
Quanto ao que é ou não prioridade, é simples, importa é que o treino seja ministrado, seja comprando horas, seja com aeronaves próprias, seja numa escola conjunta. Por outro lado, para os meios de combate, já não há estas soluções.
Volto a dizer que a questão treino e as missões do Al III teriam sempre que ser contabilizadas. Portanto um terceiro heli teria sempre que ser contemplado. Os Koala pecam pelo baixo número de unidades, pois nem para treino, SAR e os tais apaga fogos dão. Quanto ao ST em Africa só se os Francius pagarem, de resto não estou a ver. Então se formos ao exemplo da RCA só levamos os meios terrestres e andamos a usar os Mi disponíveis pela ONU.
E um helicóptero ligeiro bimotor militar fazia isso, sobretudo se comprado em número suficiente. Não te ficava é pelos tais 20 milhões. A diferença é que, com a vinda do koala e agora do héli de evacualão, não terás 3 modelos de héli nas FA, terás 4 (Lynx, Koala, Merlin e o que se espera UH-60). Isto sem contar com os de combate aos fogos. Resta a esperança que, para voltar a reduzir esse nº para 3 modelos, venha mesmo o UH-60 para a FAP e no futuro SH/MH-60 para a Marinha.
Então e se o uso do ST em África estiver limitado pelo financiamento dos franceses, isso não revela ainda mais a não necessidade da aquisição deste modelo de aeronave? Vamos acabar a ter um avião de treino a hélice, que é mais caro e pior para treino, que o PC-21.

Quero ver como se mete um navio de 100 metros onde se metia uma Lancha Hidrográfica. 100 milhões da para um AOR e parte dos AOR nem armas levam . Enfim, cenas estranhas...
O hidrográfico será operado no Oceano, que é a maior área aquática que temos. Para rios, podes usar perfeitamente uma lancha da dimensão das Argos/Centauro (que até estão a precisar de substituição, por isso fica a ideia) e recorrer a tecnologia de UUVs. Isto de ter hidrográficos de rio, só fazia sentido se tivéssemos o Amazonas.
100 milhões dá para um AOR made in China. Se o Maud, made in Coreia do Sul, custou 150 milhões, então um feito na Europa, custará tanto ou mais. Com 100 milhões, compras um AOR rudimentar. Não esquecer que os NPOs custam entre 50 a 60 milhões cada um, sem armamento nem sensores militares.
Dc, mesmo que tu tenhas um financiamento de 100%, tens a logística, manutenção e emprego operacional. E esse dinheiro como é obvio vem na maior parte da marinha. A questão do AOR e do LPD para mim sempre foi falta de vontade. Até porque um dos LPD italianos é da proteção civil. Mas por cá além das capelinhas tens as prioridades para ir pedir a Bruxelas. E nesse campo a FAP só teve direito a verba para modernização. Portanto, para mim é político. Mas isto é a minha humilde opinião.
Isso seria um argumento válido, se o navio não viesse substituir nada. Mas como vem substituir 2 a 4 hidrográficos, acabas por ficar a ganhar. Pode-se sim, é questionar os custos da complicação que será a operação como "porta-drones", já que isso implicará, desde logo, a compra dos drones e treino envolvendo este tipo de meio numa doutrina completamente nova.
O AOR foi sem dúvida falta de vontade, até porque há anos que falamos de um em segunda-mão, e diziam sempre que "na LPM não se mexe", logo não arranjavam verba, já para o ST, esta regra não se vai aplicar. O LPD é mais complicado, já que exige guarnição grande, maiores custos tanto de aquisição como de operação, numa Marinha que tem poucas fragatas, ainda por cima coxas. Se o PNM é despesa para a Marinha, então a besta do LPD é um buraco negro para os recursos.