A escolha de uma eventual versão portuguesa dependeria do nosso OPCON, mas parece-me óbvio que a versão de patrulha de longo alcance francesa e a versão OPV musculado espanhola não fazem muito sentido, a primeira porque estes navios não vão fazer operações autónomas fora de àrea, e a segunda porque não temos navios navios de combate de primeira linha em número suficiente (os espanhóis podem dar-se a esse luxo, porque têm as F100 e F110). Parece-me óbvio que a melhor opção seriam 3 variações da versão italiana, com canhão de 76 mm, CIWS (Phalanx ou outro), 4-8 SSMs e 16-32 ESSM 2, apoidos por um radar AESA relativamente básico (e.g. NS 110 ou 200) um sonar ativo de casco e um VDS rebocado. Isso faria os navios adequados para ASW costeiro e escolta AAW local, por exemplo...
Ab
JohnM, eu quanto á não necessidade de termos uma versão com maior autonomia, desculpa mas, não estou de acordo contigo.
Penso que devido á nossa dispersão populacional pelos vários cantos deste Mundo, deveriamos possuir Navios, fossem estes ou outros quaisquer, com uma autonomia mais musculada.
Como bem sabes, iremos ter sempre um numero muito reduzido de unidades de combate de superficie, dificultando o seu reforço e empenhamento conjunto, que seria agravado pelo facto das ditas fragatas/corvetas necessitarem de aportar em diversos locais para se reabastecerem, a fim de completarem uma provável missão de repatriamento, dou como exemplo da operação crocodilo.
, que ocorreu sabemos bem onde, mas se acontecesse por exemplo em Moçambique ??
Pelo que se vai vendo a Marinha pelos vistos acha que um AOR é uma valência desnecessária, como tal, se as unidades de combate, não tiverem uma autonomia aprecíavel, na ordem das VdG/BD, 5000/6000 nm, então sim podemos dizer adeus á nossa Marinha como Ramo das FFAA.
Abraços
Tenente,
Entendo o seu ponto de vista, mas o problema que os franceses e os Holandess têm é que não há apoio logístico nas suas provincias ultramarinas, como a Polinésia Francesa e as Antilhas Holandesas, por isso, os navios de guarda lá têm que ter autonomia suficiente para aguentar várias semanas de mar sem reabastecimento. No nosso caso isso não acontece... se tivermos que fazer alguma operação PONTUAL fora-de-àrea, como Moçambique, não vai ser um pouco mais de combustível nas fragatas que vai resolver o problema... é exatamente para isso que precisamos de um AOR como de pão para a boca...
Ab
JohnM, mesmo o facto de um AOR, ser imprescindível,
porque o é, para a nossa marinha, a autonomia das unidades navais de combate é uma premissa da maior importância para a nossa realidade, em termos de dispersão de população portuguesa.
SE houvesse uma intervenção numa nação na costa oriental de Africa de certeza que o AOR faria parte da força expedicionária, ficando no entanto algumas unidades no nosso território, e, nada nos garante(ia) que não pudesse ocorrer uma situação em que fosse necessário avançar para outro TO.
Assim mal comparado, temos o planeamento do MLU dos cinco lynx, todos sabemos o que aconteceu e está a acontecer; há largos meses, que estamos sem helis, não só porque são poucos, como o calendário,
ou os pagamentos, do dito MLU correu mal, mas, no caso que referi nada nos garante que o mesmo não possa ocorrer
durante uma intervenção num determinado TO, e mais vale termos meios e que esses meios possam actuar autonomamente sem uma limitação que se prenda com raio de acção/autonomia, dos Navios, do que ficarmos a ver pelas TV's, o que poderia acontecer aos nossos compatriotas.
É assim que penso, e acho, que não estou errado, pois, quando se prevê e se acautela, com meios, claro, situações desta natureza,o risco de correr mal é mais reduzido, mas também sei, e todos nós sabemos, que com a gentinha que vai mandando,
escrevi mandando, não Comandando, as FFAA, essas acções preventivas e esse tipo de planeamento nunca irá acontecer !
A marinha deveria ser o Ramo das FFAA com mais e melhor equipamento e navios de combate em numero suficiente, abaixo de seis/sete fragatas e três/quatro 214 é um numero insuficiente para as nossas necessidades !
Abraços